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Atualmente, os desafios da Urgência e Emergência dos Hospitais são pauta em diversos encontros e congressos médicos.
Assim, o diagnóstico e os desafios enfrentados nessa assistência mostram a importância do estudo da Urgência e Emergência no ensino médico hospitalar.
O que são Urgências e Emergências?
Uma Emergência é uma situação de ameaça imediata. Hemorragias, paradas respiratórias ou cardíacas, por exemplo, são emergências. Além disso, elas são conhecidas por aparecerem de forma súbita e imprevista.
Já a Urgência é, por exemplo, situações de luxações, torções ou fraturas. São situação que podem, caso não sejam solucionadas, se transformar em emergências.
Além disso, a Urgência se define pelo critério de tempo em que se deve responder a necessidade – o tempo como cronologia, duração, intensidade e oportunidade.
O estudo da Urgência e Emergência no ensino médico
Para o médico Mauro Ribeiro, do Conselho Federal de Medicina (CFM), a graduação não fornece um preparo para a Urgência e Emergência.
Mais do que isso, Ribeiro acredita que, para sanar esse problema, é necessária uma especialidade de Urgência e Emergência.
Temos, aproximadamente, 16 mil formandos para 14 mil vagas de residencia. Somente 9 mil médicos acabam frequentando a residência, e o restante vai para o mercado de trabalho. Então, acabam caindo no setor de Urgência e Emergência sem nenhuma instrução mais específica.
Mauro Luiz Ribeiro, do CFM
Além disso, ele propõe modificações curriculares. Assim, estudantes de medicina teriam um aprendizado em Urgência e Emergência de forma linear.
Nova proposta para as grandes áreas da medicina
Dessa forma, seriam sete grandes áreas da Medicina. Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde da Família, Saúde Mental e Urgência e Emergência.
Atualmente, só há dois programas de formação em pós-graduação em Urgência e Emergência no Brasil. Um em Porto Alegre e outro em Fortaleza.
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A importância da formação
Milhares de vidas são salvas anualmente pelo atendimento médico na Urgência e Emergência.
Em 2013, o conselheiro Jefferson Piva trouxe a importância dessa formação com o caso da Boate Kiss, em Santa Maria.
Durante a tragédia, um dos profissionais fez a diferença. Com conhecimento de Urgência e Emergência, conseguiu minimizar os danos, atuando na gestão do atendimento.
A duração dos plantões
Para Mauro Ribeiro, é necessária a implantação de um processo de acolhimento com classificação de risco. Além disso, deveria ser obrigatório ter um responsável pelo gerenciamento do fluxo.
“Não pode ter um paciente internado em OS e o médico não pode dar plantão por mais de 12h”
Mauro Luiz Ribeiro, do CFM
Estudos já demonstram que, após oito horas, o nível de atenção e qualidade cai. Por isso, não devemos exceder às 12 horas. Ainda, a vaga zero precisa ser tratada como exceção e ser responsabilidade exclusiva dos médicos reguladores.
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O déficit de serviços de emergência no Brasil
Atualmente há, aproximadamente, 2,4 leitos por mil habitantes no SUS. Enquanto isso, há uma necessidade que é de 4 a 5 por mil habitantes.
Além disso, há somente 371 serviços de emergência no país. Seguindo o padrão internacional, seriam necessários 750.
O ideal de um pronto socorro é que o paciente permaneça por, no máximo 12 horas. Então, após esse período, ele deve ser encaminhado para alta ou internação.
“Para que todas essas medidas sejam tomadas, o primeiro passo é estudar e entender a Urgência e Emergência de forma específica”
Mauro Luiz Ribeiro, do CFM
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