Coronavírus

Anvisa autoriza uso emergencial das vacinas CoronaVac e AstraZeneca

Anvisa autoriza uso emergencial das vacinas CoronaVac e AstraZeneca

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Por unanimidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, no último domingo (17), o uso emergencial no Brasil das vacinas CoronaVac e AstraZeneca contra a COVID-19.

A CoronaVac é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A AstraZeneca, por sua vez, é resultado de parceria entre a Universidade de Oxford e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Os imunizantes começarão a ser aplicados em populações consideradas grupos de riscos, como indígenas, idosos e profissionais da saúde. Além disso, elas serão disponibilizadas somente pela rede pública, com distribuição e logística organizadas pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a Anvisa, a aprovação se baseou em pareceres de áreas técnicas que serão detalhados no site oficial da agência nos próximos dias. A modalidade de uso emergencial para vacinas é nova e está sendo adotada por agências regulatórias do mundo todo diante da emergência sanitária provocada pelo novo coronavírus. Diferentemente do registro definitivo, a modalidade emergencial é temporária, experimental e pode ser revogada se necessário.

Para que a vacinação em massa e a venda para a rede privada aconteça, os laboratórios precisarão pedir um novo registro à Anvisa. Por enquanto, isso não foi feito pelas responsáveis das vacinas CoronaVac e AstraZeneca.

Após o anúncio da Anvisa, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), promoveu uma cerimônia no Hospital das Clínicas, na capital paulista, para vacinar a primeira pessoa no Brasil. A escolhida foi a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, que atua na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

Corrida contra o tempo pelas vacinas CoronaVac e AstraZeneca

O Instituto Butantan tem 10,8 milhões de doses da vacina no Brasil e estima que, até o final de março, conseguirá disponibilizar um total de 46 milhões de doses. Já a Fiocruz espera pelo envio de 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca, importadas da Índia e ainda sem previsão de chegada.  

O governo federal se comprometeu a distribuir de maneira exclusiva e simultânea as vacinas em todos os estados e municípios do Brasil, que ficarão responsáveis pela logística de distribuição e aplicação. Para imunização, ambas as vacinas precisam de duas doses.

Eficácia comprovada

Criada pela empresa chinesa Sinovac Biotech, a CoronaVac é feita com vírus SARS-CoV-2 inativado. No Brasil, o estudo do imunizante durou seis meses e envolveu 12,5 mil profissionais da saúde voluntários e 16 centros de pesquisa científica, em sete estados mais o Distrito Federal. A eficácia contra a COVID-19 da CoronaVac é de 50,38%, porcentagem acima dos 50% exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Já a vacina da Fiocruz tem eficácia de 70,4%. Foi desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, a partir de biomoléculas contendo a proteína do vírus SARS-CoV-2. Cerca de 10 mil profissionais da saúde voluntários participaram dos estudos, iniciados em junho de 2020.

Para entender melhor os avanços no combate ao novo coronavírus, veja também os tipos de vacina em estudo contra a COVID-19.

Com informações do Uol

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