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A duração da pausa silente difere entre palavras de classe aberta ou fechada?

A duração da pausa silente difere entre palavras de classe aberta ou fechada?

Autores:

Paula Renata Pedott,
Letícia Bondezan Bacchin,
Ana Manhani Cáceres-Assenço,
Debora Maria Befi-Lopes

ARTIGO ORIGINAL

Audiology - Communication Research

versão On-line ISSN 2317-6431

Audiol., Commun. Res. vol.19 no.2 São Paulo abr./jun. 2014

http://dx.doi.org/10.1590/S2317-64312014000200009

INTRODUÇÃO

A aquisição da linguagem é um processo complexo e gradual, que exige alta demanda cognitiva. Quando aspectos específicos da linguagem (especialmente os sintáticos e lexicais) ainda estão em desenvolvimento, há maior chance de ocorrência de rupturas durante a emissão da fala(1,2).

Durante o desenvolvimento linguístico, as disfluências são aceitáveis, uma vez que podem refletir as incertezas da criança durante o planejamento da sentença. Sendo assim, propiciam um ganho de tempo para elaboração do enunciado e tendem a diminuir gradualmente, com a maturidade do sistema linguístico(2). Crianças com distúrbio específico de linguagem (DEL) não costumam apresentar essa diminuição, pois possuem dificuldades morfossintáticas que as levam a cometer mais disfluências, se comparadas à população em desenvolvimento típico de linguagem(3,4).

Dentre as rupturas gagas, a pausa silente pode ser utilizada como estratégia de ganho de tempo para formulação do enunciado, sem adição de palavras ou sons(2). Seu uso também é referido quando há uma sobrecarga de informações relacionadas ao processamento linguístico(5,6).

Como a ocorrência de rupturas está associada aos elementos linguísticos, há estudos recentes que buscam compreender as relações entre as diferentes classes de palavras e os eventos disfluentes(7,8). Devido às diferenças de aquisição e complexidade, estudos relataram maior número de rupturas em palavras de classe fechada (como artigos e preposições), que são adquiridas posteriormente e utilizadas como elementos de ligação entre palavras e frases sendo, portanto, mais abstratas(9-11). Já as palavras de classe aberta (como substantivos e verbos), são adquiridas anteriormente e apresentam referenciais mais concretos, sendo mais facilmente relacionadas ao contexto e, portanto, há menos evidência de disfluência nessa classe de palavra(9,10). Alguns autores utilizaram exames eletrofisiológicos para estudar o comportamento cerebral durante a utilização de palavras de classe aberta e fechada e concluíram que o seu processamento ocorre de forma distinta, em razão de suas diferentes funções e relações linguísticas(12,13).

Dando continuidade à investigação da relação entre a classe gramatical e a pausa silente, este estudo teve por objetivo verificar se o tempo médio das pausas silentes difere para a classe das palavras (aberta ou fechada) e se há diferença entre esse tempo para crianças em desenvolvimento típico de linguagem e crianças com distúrbio específico de linguagem (DEL), em cada tipo de palavra.

MÉTODOS

O projeto foi aprovado pela Comissão de Análises de Projetos de Pesquisa (CAPPesq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo (USP), sob parecer número 1150/09. Os responsáveis pelas crianças que atenderam aos critérios de inclusão neste estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Casuística

O estudo contou com 60 sujeitos falantes do Português, com idade variando entre 7 e 10 anos. O pareamento dos grupos considerou a faixa etária e, para cada sujeito com DEL, havia dois sujeitos sem alteração de linguagem. O grupo com DEL (GDEL) foi composto por 20 crianças, sendo 14 do gênero masculino. O grupo em desenvolvimento típico de linguagem (GDTL) foi composto por 40 crianças, sendo 18 do gênero masculino.

Os critérios de inclusão do GDEL foram: apresentar desempenho em tarefas de inteligência não verbal dentro dos limites de normalidade; ter produção de fala inteligível; ter diagnóstico de distúrbio específico de linguagem, confirmado pelo desempenho abaixo do esperado em, pelo menos, dois dos seguintes testes padronizados de linguagem: vocabulário, fonologia e pragmática do ABFW(14) e extensão média do enunciado(15).

A seleção dos sujeitos do GDTL foi realizada em uma escola estadual da zona oeste da cidade de São Paulo. Os critérios de inclusão foram: não apresentar processos fonológicos produtivos na avaliação da fonologia(16); ter desempenho adequado em tarefas que envolvem consciência fonológica, leitura e escrita(17); apresentar rendimento acadêmico compatível com a faixa etária e série que frequenta, confirmado pela ficha escolar.

Procedimentos

Cada sujeito produziu 15 narrativas baseadas em histórias, representadas por uma sequência de quatro figuras(18). Durante a coleta de dados, foi explicado aos participantes que a sequência de quatro figuras compunha uma história. A criança era solicitada a organizar as figuras e narrar a respectiva história, que era registrada em gravador digital. Para eliminar possíveis variáveis, como déficit de memória de curto prazo, as figuras ficaram visíveis para a criança durante todo o tempo de sua narração.

O arquivo com a gravação de cada história foi analisado acusticamente no software Audacity (1.3 Beta), que permitiu a marcação da duração de cada palavra enunciada pela criança e das pausas entre elas (transcrição da amostra). Todas as palavras foram classificadas como de classe aberta (substantivo, adjetivo, verbo, advérbio e numeral), ou fechada (artigo, preposição, pronome, conjunção e interjeição).

O arquivo foi, então, processado em um software, desenvolvido especificamente para calcular a duração das pausas silentes (em milissegundos), imediatamente anteriores a cada palavra. Esse software gerou um relatório para cada uma das 15 narrativas produzidas por cada sujeito, resultando no levantamento do tempo médio (em milissegundos) das pausas silentes anteriores a substantivos, adjetivos, verbos, advérbios, numerais, artigos, preposições, pronomes, conjunções e interjeições desta amostra. É importante ressaltar que, de acordo com os critérios adotados, consideramos como pausa silente todos os episódios de silêncio entre as palavras.

Análise dos dados

Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial para responder aos objetivos deste estudo. O teste não paramétrico de Mann-Whitney foi utilizado para comparar o tempo médio das pausas silentes entre os grupos e o teste não paramétrico de Wilcoxon foi utilizado para a comparação entre as classes de palavras. Essa análise foi realizada no software SPSS versão 18 e o nível de significância adotado foi de 5%.

RESULTADOS

A comparação entre as classes de palavras indicou que a pausa silente foi mais longa quando precedia as palavras de classe fechada, tanto para o GDTL (z=-5,471, p<0,001), quanto para o GDEL (z=-3,435, p=0,001) (Figura 1).

Figura 1 Tempo médio (em milissegundos) das pausas silentes anteriores a palavras de classe aberta e fechada em ambos os grupos 

Dentre as palavras de classe aberta, as pausas silentes foram mais longas para o grupo com DEL, com exceção do numeral (Tabela 1).

Tabela 1 Comparação do tempo médio (em milissegundos) das pausas silentes anteriores a palavras de classe aberta 

Classe de palavra Grupo Média Desvio-padrão Mediana Intervalo de confiança
 
U Z Valor de p
limite inferior limite superior
Substantivo DTL 25,70 19,25 21,69 19,54 31,85 71,0 -5,159 <0,001*
DEL 67,22 37,22 55,91 49,80 84,64

Adjetivo DTL 52,76 85,44 20,84 25,44 80,09 255,5 -2,267 0,023*
DEL 190,74 301,31 112,61 49,72 331,76

Verbo DTL 89,05 45,91 76,06 74,36 103,73 144,0 -4,014 <0,001*
DEL 185,71 94,90 172,96 141,30 230,12

Advérbio DTL 99,48 100,80 70,59 67,24 131,72 215,0 -2,901 0,004*
DEL 182,52 142,70 136,79 115,73 249,30

Numeral DTL 39,33 134,43 0,00 -3,66 82,32 328,0 -1,393 0,164
DEL 67,55 133,77 0,00 4,95 130,16

Aberta geral DTL 306,32 210,38 230,52 239,03 373,60 146,0 -3,983 <0,001*
DEL 693,73 464,34 586,83 476,41 911,05

* Valores significativos (p≤0,05) – Teste de Mann-Whitney

Legenda: DTL = crianças em desenvolvimento típico de linguagem (n=40); DEL = crianças com distúrbio específico de linguagem (n=20), U = estatística do teste de Mann-Whitney; Z = escore z

Já dentre as palavras de classe fechada, o grupo com DEL teve pausas mais longas, com exceção da interjeição (Tabela 2).

Tabela 2 Comparação do tempo médio (em milissegundos) das pausas silentes anteriores a palavras de classe fechada 

Classe de palavra Grupo Média Desvio-padrão Mediana Intervalo de confiança
 
U Z Valor de p
limite inferior limite superior
Artigo DTL 97,86 70,85 76,52 75,20 120,52 81,0 -5,002 <0,001*
DEL 244,79 118,99 212,56 189,10 300,48

Preposição DTL 75,76 72,26 56,96 52,65 98,87 124,0 -4,328 <0,001*
DEL 169,40 100,38 136,74 122,42 216,38

Pronome DTL 179,49 245,50 94,88 100,98 258,01 271,0 -2,023 0,043*
DEL 283,29 271,01 214,76 156,46 410,13

Conjunção DTL 309,45 213,52 261,41 241,16 377,73 232,0 -2,634 0,008*
DEL 478,09 269,55 425,85 351,94 604,24

Interjeição DTL 473,49 578,62 351,68 288,44 658,54 369,5 -,479 0,632
DEL 477,80 379,28 366,30 300,29 655,31

Fechada geral DTL 1136,05 797,03 928,95 881,15 1390,96 221,0 -2,807 0,005*
DEL 1653,37 808,90 1435,62 1274,80 2031,94

* Valores significativos (p≤0,05) – Teste de Mann-Whitney

Legenda: DTL = crianças em desenvolvimento típico de linguagem (n=40); DEL = crianças com distúrbio específico de linguagem (n=20), U = estatística do teste de Mann-Whitney; Z = escore z

DISCUSSÃO

Verificamos que a duração da pausa silente foi menor quando precedia palavras de classe aberta, em ambos os grupos. Por serem frequentes na fala materna e anteriormente adquiridas, as palavras de classe aberta são utilizadas com mais constância e por mais tempo no cotidiano das crianças(2). Esse contato contínuo e precoce propicia a solidificação do conceito, da semântica e da fonologia dessas palavras, o que leva ao acesso lexical mais rápido e preciso(19,20).

Conforme amplia-se o vocabulário, a extensão do enunciado das crianças tende a aumentar concomitantemente e, desta forma, a introdução de palavras de classe fechada no enunciado torna-se necessária para que ocorra a conexão entre as palavras da sentença e entre as próprias sentenças. Sendo assim, por não possuírem referencial concreto e serem adquiridas posteriormente, é compreensível que o tempo médio das pausas silentes seja maior quando precede as palavras de classe fechada(21).

Quanto à duração dessas pausas, que também foi maior para crianças com DEL nas duas classes de palavras, ressalta-se que, como essas crianças usualmente apresentam prejuízo na memória e aquisição lexical mais lenta, que pode estar relacionada tanto a uma dificuldade simbólica (prejudicando a categorização dos traços semânticos desses vocábulos), quanto a uma desorganização do sistema fonológico (dificultando a representação fonológica das mesmas), o acesso lexical pode ser mais impreciso. Porém, apesar desse padrão, as palavras de classe aberta continuam a compor a categoria gramatical mais facilmente adquirida e utilizada por esses sujeitos, devido a sua grande carga de representação concreta(15,22).

Com relação às palavras de classe fechada, é sabido que essa população, que já apresenta déficits em outras etapas do processamento da linguagem, tem mais dificuldade para compreender a necessidade e o contexto correto da sua utilização. Assim, apresentam falhas na formação das regras gramaticais da língua e produzem sentenças curtas e sem refinamento sintático, necessitando de maior tempo para processar essas palavras conectoras, o que evidencia a razão pela qual as pausas que as precedem sejam maiores(21).

O fato de a população com DEL ter evidenciado o uso de pausas silentes mais longas do que as crianças em desenvolvimento típico, em todas as classes gramaticais estudadas, com exceção do numeral e da interjeição, reflete a dificuldade de aquisição lexical dessa população e reflete também, claramente, as incertezas desses sujeitos quanto à formulação linguística em atividade discursiva(2,21). Possivelmente, a ausência de diferença estatística em relação ao numeral e à interjeição ocorreu devido ao fato do estímulo eliciador das narrativas não ter favorecido a produção desse tipo de palavra em nenhum dos grupos, o que interferiu na análise dos dados relativos a essas classes de palavras.

A partir desses dados, verificou-se intrínseca relação entre a aquisição e utilização das classes gramaticais e seu impacto na fluência da fala em crianças em idade escolar, tendo sido possível verificar a diferença entre o nível de domínio linguístico em cada uma das populações estudadas.

Os resultados contribuem para a avaliação diagnóstica, ao indicarem que um discurso com pausas longas entre as palavras seja indicativo de comprometimento nas habilidades de elaboração discursiva. Portanto, o processo de intervenção terapêutica de crianças com alteração do desenvolvimento da linguagem deve considerar a necessidade de aprimorar o discurso desses sujeitos, permitindo que sejam capazes de transmitir sua mensagem com maior clareza e de uma forma mais elaborada.

CONCLUSÃO

A duração da pausa silente varia conforme a classe gramatical da palavra que será enunciada, sendo menor quando precede palavras de classe aberta. Além disso, o fato de os indivíduos com DEL apresentarem pausas silentes mais longas que seus pares, confirma a menor velocidade de seu processamento linguístico.

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