versão On-line ISSN 2317-1782
CoDAS vol.30 no.1 São Paulo 2018 Epub 05-Mar-2018
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20182017036
Nos últimos anos, os modelos de compreensão dos aspectos pragmáticos da linguagem(1-3) tiveram um grande impacto no estudo dos distúrbios de linguagem. Dentro de uma perspectiva ampla, esses modelos tentam caracterizar a competência comunicativa do indivíduo refletindo uma complexa dinâmica entre conceitos: conhecimento da linguagem estrutural (conhecimento do código linguístico), conhecimento pressuposicional (capacidade de realizar julgamentos corretos sobre como deve ser a forma de um enunciado para ser adequado à intenção do falante) e conhecimento conversacional (compreensão das regras conversacionais dentro de uma sociedade interativa). Essa perspectiva funcional dá fundamento para a compreensão de como a linguagem é determinante para o sucesso comunicativo(4).
Para que um indivíduo tenha sucesso na comunicação, ele não deve ser apenas capaz de usar a linguagem em uma determinada situação de forma apropriada, mas deve ser capaz, também, de compreender as pistas sociais usadas pelos interlocutores(5). Este tipo de competência pragmática pode incluir as habilidades verbais, paralinguísticas e não verbais de comunicação, além de considerar a compreensão social e o contexto comunicativo(6).
Utilizando o contexto como premissa e pensando em sua variedade relacionada ao uso da linguagem, a interpretação do ouvinte sobre as intenções do falante é de extrema importância(7), desta forma, é possível manejar como os outros aspectos da linguagem (fonologia, semântica, morfologia e sintaxe) são usados em contextos conversacionais(8,9) evidenciando a importante intersecção entre o desenvolvimento da linguagem e as interações sociais(10).
A pragmática analisa a função da linguagem na comunicação(11) e se refere a uma séria de regras que explicam ou regulam o uso intencional da linguagem(12). As habilidades de comunicação estão relacionadas à capacidade de um indivíduo participar de uma sequência interativa de atos de fala, com o objetivo de troca comunicativa. Assim, a competência comunicativa refere-se à capacidade de usar a linguagem como uma ferramenta eficaz para interagir em outros contextos sociais. Esta competência envolve a intenção comunicativa do falante, independentemente dos meios usados para a comunicação.
O ato comunicativo é a unidade mínima de análise dos aspectos pragmáticos, com foco em cada turno comunicativo, independentemente da organização geral do diálogo(13). Eles podem ser estudados em relação à sua estrutura de linguagem, às intenções que transmitem (este é o foco geral da análise) e seus efeitos sobre o ouvinte. No entanto, os atos analisados são necessariamente aqueles que se encaixam em uma certa ideia de assertividade. A intenção comunicativa é o ponto de sobreposição da intenção de se comunicar, querer ser compreendido e compreender os mecanismos sociais necessários para realizar a tarefa. Portanto, essas iniciativas são o ponto de encontro privilegiado entre um indivíduo e o outro.
No entanto, as trocas comunicativas são duplas. De um lado está a iniciativa e, do outro, a responsividade(14). O intercâmbio só será eficaz se os participantes compartilharem um núcleo interacional comum(15). Durante um diálogo, deve haver um ajuste eficaz entre a fala e segmentos silenciosos e também com os elementos não verbais(16). Uma declaração sem resposta é considerada uma falha comunicativa pelo iniciador e, portanto, a maioria das respostas tem um valor importantíssimo na manutenção do fluxo comunicativo. Alguns autores(13,16) têm estudado a questão da responsividade em crianças. Os autores propuseram quatro tipos de ajuste entre o discurso precedente e a resposta. Desta forma, visavam compreender o grau de harmonia determinado entre os interlocutores. Responder significa entender o discurso precedente, estar interessado em continuar a falar, fornecer novas informações e garantir troca de turnos. Dessa forma, respondendo é - assim como as iniciativas - outro ponto de encontro privilegiado entre um indivíduo e o outro.
Outros autores(17) consideraram a responsividade como uma nova proposta de análise pragmática e concluíram que considerar as respostas dentro da perspectiva do perfil funcional da comunicação fornece informações relevantes sobre a estrutura global das intenções comunicativas e sobre as habilidades comunicativas mais amplas, sendo de fundamental importância para a avaliação de linguagem.
O Test of Pragmatic Skills(18) (ToPS) é um teste tradicional que, por sua facilidade de aplicação, tem sido usado em diversos estudos. Ele é composto por quatro conjuntos de atividades simples, com material comum, aplicáveis em um curto período de tempo (em torno de 15 minutos) e que conta com dados de normalidade para crianças americanas e gregas e está sendo aplicado em alguns países do oriente.
A possibilidade de ampliar os recursos para o diagnóstico fonoaudiológico com o uso de instrumentos que podem ser compartilhados internacionalmente representa contribuição significativa para a ciência e relevante para a prática clínica. Dessa forma, o objetivo deste estudo é aplicar a versão traduzida do ToPS-R.
Observa-se a necessidade de instrumentos internacionalmente reconhecidos, que sejam aplicáveis nacionalmente. Levando isso em consideração, a proposta de adaptar para a língua portuguesa (Brasil) o ToPS-R começou a ser conduzida pela tradução do manual do teste para o Português, sua back-translation por duas pessoas fluentes em Inglês (um fonoaudiólogo e um não fonoaudiólogo) e a aprovação, pelo autor, da versão em Português Brasileiro. A proposta do presente artigo é aplicar o protocolo com crianças brasileiras em desenvolvimento típico.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, sob o número 366/13. Os responsáveis por todos os participantes do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido concordando com a participação das crianças na pesquisa.
Os critérios considerados para a inclusão dos participantes na pesquisa foram:
Não ter histórico de alterações graves de desenvolvimento;
Não possuir perdas sensoriais;
Estar regularmente matriculado na rede de ensino pública em São Paulo;
Não ter realizado tratamento fonoaudiológico e/ou psicoterapêutico;
Ter a língua portuguesa como única língua.
A partir desses critérios, foram selecionadas 60 crianças de 3:0 a 8:11 anos, sendo cinco meninas e cinco meninos em cada grupo etário. O teste foi aplicado na escola de cada participante, em uma sala reservada. Os participantes foram divididos em quatro grupos, conforme a idade. O G1, composto de cinco meninas e cinco meninos com idades entre 3:00 e 3:11 anos, do infantil 1; o G2, composto de cinco meninas e cinco meninos com idades entre 4:00 e 4:11 anos, do infantil 2; o G3, composto de cinco meninas e cinco meninos com idades entre 5:00 e 5:11 anos, do pré; o G4, composto de cinco meninas e cinco meninos com idades entre 6:00 e 6:11 anos, do 1º ano; o G5, composto de cinco meninas e cinco meninos com idades entre 7:00 e 7:11 anos, do 2º ano; e o G6, composto de cinco meninas e cinco meninos com idades entre 8:00 e 8:11 anos, do 3º ano.
Foram utilizados os objetos propostos pelo teste original:
Dois fantoches de pano de tamanho médio, um do gênero masculino e outro do feminino;
Dois telefones de brinquedo;
10 blocos cúbicos coloridos de MDF;
Folha de tarefas contendo três formas geométricas impressas;
Lápis.
Além disso, o material utilizado neste estudo incluiu o guia de tarefas do teste e uma câmera, para filmagem da aplicação.
Após a definição dos participantes, foi feita uma apresentação prévia de cada examinadora aos grupos e as atividades de sala de aula foram acompanhadas durante duas semanas para que as crianças se familiarizassem com elas. Além disso, previamente à aplicação do teste, conversava-se informalmente com cada criança para criar uma situação amigável.
As tarefas foram propostas exatamente como descritas no guia de tarefas. Se a criança falhasse ou não emitisse resposta depois da primeira tentativa, esta era repetida apenas uma vez. O tempo de aplicação do teste variou entre sete e 25 minutos. O detalhamento das tarefas avaliativas e as possibilidades de intenções comunicativas encontram-se na Tabela 1.
Tabela 1 Detalhamento das tarefas avaliativas
TAREFA | TIPO DE CONTEXTO | NÚMERO DE PROVAS | TIPOS DE INTENÇÕES |
---|---|---|---|
1 | Brincando com fantoches | 10 | Cumprimentando |
Respondendo | |||
Informando | |||
Nomeando/rotulando | |||
Rejeição/Negação | |||
Solicitando informação | |||
Raciocínio | |||
Terminando conversa | |||
2 | Brincando com lápis e folha de papel | 7 | Convocando/Chamando |
Solicitando informação | |||
Solicitando Ação | |||
Informando | |||
Respondendo | |||
Rejeição/Negação | |||
Raciocínio | |||
Nomeando/rotulando | |||
3 | Brincando com telefones | 9 | Cumprimentando |
Respondendo | |||
Informando | |||
Solicitando informação | |||
Nomeando/rotulando | |||
Terminando conversa | |||
4 | Brincando com blocos | 8 | Solicitando informação |
Solicitando ação | |||
Rejeição/negação | |||
Nomeando/rotulando | |||
Respondendo | |||
Informando | |||
Total | 34 |
Cada tarefa do teste, depois de aplicada, é pontuada de acordo com a sofisticação linguística e quão apropriada é a resposta. A escala de pontuação varia de 0 a 5 e encontra-se descrita no Quadro 1.
Quadro 1 Escala de pontuação
Pontuação | Descrição |
---|---|
0 | Nenhuma resposta |
1 | Contextualmente inapropriada |
2 | Resposta contextualmente apropriada, apenas gestual/não verbal |
3 | Resposta contextualmente apropriada, com uma palavra sem elaboração |
4 | Resposta contextualmente apropriada, com elaboração mínima (duas ou três palavras) |
5 | Resposta contextualmente apropriada, com elaboração extensiva (mais de três palavras) |
Após a pontuação de cada tarefa, é calculada a Pontuação Composta Média (PCM), que é definida pela soma da pontuação das quatro tarefas dividida por quatro (média). A partir desta pontuação, é possível determinar o percentil do desempenho de cada criança a partir da tabela normativa de acordo com a faixa etária(18).
Os dados foram analisados de acordo com os grupos em relação às faixas etárias. Os escores mínimos e máximos, média, mediana e desvio padrão de cada uma das tarefas estão apresentados a seguir.
A tarefa 1 consiste em dois fantoches conversando sobre os seus programas de televisão favoritos. A tarefa 2 envolve a criança copiar desenhos em linhas em três diferentes formatos. O uso de intenções comunicativas pela criança é o mais importante nesta tarefa e não os desenhos. Os desenhos são apenas meios para facilitar as ações desejadas. A Tarefa 3 é intermediada por telefones de brinquedo e o examinador e a criança conversam. A tarefa 4 envolve 10 blocos de madeira e o examinador e a criança conversam, é realizada uma tarefa com os blocos cujo objetivo não é o acerto da tarefa, mas a possibilidade de apresentar iniciativa comunicativa a partir da interação. A pontuação que reflete o desempenho dos grupos nas 4 tarefas está apresentada na Tabela 2.
Tabela 2 Desempenho dos grupos nas tarefas do TOPS
Tarefa 1 | Tarefa 2 | Tarefa 3 | Tarefa 4 | |||||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
G1 | G2 | G3 | G4 | G5 | G6 | G1 | G2 | G3 | G4 | G5 | G6 | G1 | G2 | G3 | G4 | G5 | G6 | G1 | G2 | G3 | G4 | G5 | G6 | |
Média | 29,8 | 36,7 | 31,7 | 33,9 | 34 | 38 | 20,3 | 25 | 19,1 | 20,1 | 20,7 | 24 | 24,5 | 31,5 | 25,6 | 29,7 | 32,1 | 32 | 21,3 | 28,9 | 24,1 | 27,1 | 25,2 | 28,2 |
Mediana | 33,5 | 38 | 33 | 34 | 35 | 37,5 | 20,5 | 25 | 19 | 21 | 20 | 23,5 | 24,5 | 32,5 | 25 | 30 | 32,5 | 32,5 | 21 | 30,5 | 23,5 | 27,5 | 24,5 | 27,5 |
DP | 12,2 | 6,4 | 9,4 | 4,8 | 5,9 | 2 | 5 | 4,1 | 4,3 | 3,2 | 5,4 | 1,6 | 3,6 | 5,1 | 5,4 | 3,2 | 1,8 | 3,2 | 6,1 | 6 | 6 | 5,3 | 5,1 | 5,3 |
Mínimo | 7 | 23 | 10 | 24 | 19 | 35 | 12 | 16 | 14 | 13 | 11 | 22 | 19 | 19 | 19 | 25 | 30 | 25 | 13 | 15 | 17 | 18 | 19 | 19 |
Máximo | 50 | 44 | 41 | 39 | 40 | 41 | 29 | 31 | 26 | 24 | 31 | 27 | 30 | 36 | 35 | 34 | 35 | 37 | 29 | 35 | 35 | 34 | 36 | 38 |
A PCM foi obtida a partir da média simples das pontuações das quatro tarefas e os dados estão apresentados a seguir na Tabela 3, que sintetiza os dados da pontuação obtida em cada um dos grupos.
Tabela 3 Desempenho dos grupos na PCM do TOPS
Mínimo | Máximo | Média | Mediana | DP | |
---|---|---|---|---|---|
G1 | 17 | 31 | 24,3 | 26 | 4,9 |
G2 | 19 | 36 | 30,9 | 31 | 4,7 |
G3 | 19 | 33 | 25,2 | 24 | 4,8 |
G4 | 22 | 32 | 27,7 | 27,8 | 2,7 |
G5 | 21 | 35 | 28,5 | 28 | 3,7 |
G6 | 28 | 33 | 30,9 | 31 | 1,9 |
Os dados da PCM geraram o percentil do desempenho de cada indivíduo a partir da tabela normativa. A Figura a seguir (Figura 1) apresenta o desempenho em relação aos grupos divididos entre os percentis.
Foi realizado o teste t-Student com intervalo de confiança de 95% para determinar se o percentil mais frequente foi significativo para cada um dos grupos. O percentil 99 foi o mais frequente para o G1 e o G2, sendo significativo para estas faixas etárias (p=0,001 e p<0,0001, respectivamente).
O G3 apresentou a maior variabilidade na distribuição dos percentis sendo o mais frequente o percentil <10, mas este dado não foi significativo (p=0156). Para o G4, o percentil mais frequente foi o 50, sendo significativo (p=0,0003) para esta faixa etária. O percentil <10 também foi o mais ocorrente no G5 e, para esta faixa etária, foi significativo (p=0,005). Para o G6, o percentil mais frequente foi o 25, sendo significativo para esta faixa etária (p=0,0001).
O Test of Pragmatic Skills é capaz de descrever as habilidades pragmáticas de crianças entre 3 e 8 anos em função de mudanças nos contextos comunicativos. Este instrumento de avalição foi construído com o objetivo de utilização em diversas condições clínicas com suspeita de alterações de linguagem relacionadas ao uso inapropriado ou ausência de intenção comunicativa.
O objetivo desta pesquisa foi realizar a aplicação da versão traduzida para o português do TOPS desenvolvido por Shulman(18) em 1986 em crianças brasileiras. A normatização do teste foi realizada com crianças americanas de classe média com equilíbrio numérico entre os gêneros e os com base nos dados do censo americano da época e diversificada entre as regiões geográficas dos EUA, por isso, o objetivo deste trabalho não envolve a normatização e nem definição de padrões de normalidade para a população brasileira, e sim uma possibilidade de avaliação e caracterização dos aspectos pragmáticos da população estudada.
O desempenho nas tarefas e, por conseguinte, na PCM, foi melhor nos participantes dos grupos 1 e 2 e pior nas crianças mais velhas (a partir de 5 anos). Considerando a data de desenvolvimento do teste – 1986 – é congruente supor que as provas realizadas nas tarefas podem estar diretamente relacionadas à falta de interesse das crianças mais velhas, como observado na aplicação.
Além disso, autores sugerem(19) que alguns aspectos pragmáticos não são mensuráveis apenas em amostras pequenas, e sim necessários momentos de conversação mais ricos e amplos.
Quando comparados os dados médios obtidos na população estudada com os dados médios obtidos na normatização, podemos perceber que os participantes dos grupos 1 e 2 apresentam desempenho médio nas tarefas e, na PCM, melhores dos que os obtidos com as crianças americanas, mas os participantes dos grupos 3, 4, 5 e 6 apresentam desempenho pior do que o apresentado nos dados americanos.
Um estudo realizado por Chakrabarty et al.(20) sugeriu que a educação é uma variável importante que interfere nas habilidades pragmáticas dos indivíduos. Outro estudo(21) concluiu que crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem apresentaram escores mais baixos em comparação a crianças de desenvolvimento típico em um teste que investiga as habilidades pragmáticas, principalmente no que se refere à quantidade de atos de fala, manutenção inadequada do tópico, troca de turno, limitação das estratégias de reparo de quebras comunicativas e coerência e coesão.
Considerando a questão educacional e relacionando-a ao posicionamento social dos indivíduos deste estudo, somos levados a concluir que as habilidades educacionais e o desempenho escolar das crianças mais velhas brasileiras (a partir de 5 anos) é mais discrepante em relação às crianças americanas. Este fato parece ser determinante, não exatamente no desenvolvimento pragmático de linguagem, mas sim dentro de uma perspectiva avaliativa dos aspectos pragmáticos. Talvez no que tange à sensibilidade (ou à falta dela) nos instrumentos padronizados.
Um estudo realizado em 2016 por Spanoudis(22) também chegou à conclusão de que as tarefas apresentadas por eles não mediram com eficácia as construções pretendidas de avaliação, muitas vezes devido às dificuldades das tarefas, e faz associação, também, com a possibilidade da diversificação das questões linguísticas, sendo estas mais interferentes nas habilidades pragmáticas.
Testes padronizados e validados em outras línguas e amplamente utilizados para avaliar a linguagem de crianças são de extrema importância para a pesquisa clínica e definição de parâmetros específicos para critérios diagnósticos dentro da Fonoaudiologia brasileira. Porém, compreender as limitações e possibilidades destes protocolos quando aplicados a partir de uma proposta de tradução fazem parte do processo de investigação da sensibilidade do instrumento para a língua antes da sua correta validação e difusão.
Crianças brasileiras quando testadas com o TOPS tendem a apresentar melhor desempenho quando mais novas. Diversos fatores qualitativos podem estar relacionados a este desempenho, o interesse nas atividades parece ser determinante já que as crianças mais novas se interessaram mais pelos materiais e provas propostas pelo teste. Por outro lado, esse teste parece ser mais sensível para identificar a variabilidade do desempenho de crianças entre 5 e 6 anos de idade, porém são necessários mais estudos aumentando o número de participantes nas faixas etárias estudadas para que estas afirmações possam ser melhor fundamentadas.
Além disso, uma das limitações encontradas neste estudo foi em relação à população estudada, talvez ampliar a amostra em relação aos diversos níveis sociais possa ser uma importante estratégia para melhor caracterização da população brasileira avaliada pelo TOPS.