versão impressa ISSN 1809-2950versão On-line ISSN 2316-9117
Fisioter. Pesqui. vol.23 no.1 São Paulo jan./mar. 2016
http://dx.doi.org/10.1590/1809-2950/14546123012016
Se comparó el estándarpostural relacionado a la columna cervical y cintura escapular de estudiantes practicantes y no practicantes del método pilates. Se trata de un estudio trasversal y cuantitativo. El estudio evaluó una muestra de conveniencia formada por 39 estudiantes, divididos en grupo pilates (GP), compuesto por 21 estudiantes, y grupo inactivo (GI), compuesto por 18 estudiantes. Se realizó la evaluación postural mediante el software Sapo. Hubo diferencia significativa entre los grupos en las variables relacionadas a la alineación horizontal de los acromiones (p=0,02), asimetría horizontal de la escápula (p=0,003), alineación vertical del cuerpo en vista lateral derecha (p=0,0003) y asimetría en el plano frontal (p=0,0003). Los estudiantes practicantes de pilates obtuvieron mejor alineación del hombro y escápula y mejor alineación corporal y del centro de gravedad cuando comparados a los no practicantes.
Palabras clave: Fisioterapia; Niños; Postura
O termo postura é definido como a relação dinâmica dos segmentos corporais, principalmente a parte musculoesquelética, que se adapta em resposta a um estímulo recebido1. Nesse sentido, a postura também é empregada para descrever o alinhamento do corpo, bem como sua orientação no espaço2. Assim, é de suma importância uma postura adequada para que não ocorram desequilíbrios musculares e, desse modo, menor propensão a lesões ou deformidades3.O principal fator de risco para que ocorram distúrbios na coluna vertebral são os hábitos posturais inadequados durante as atividades de vida diária4.
Em crianças, os hábitos posturais incorretos devido a longos períodos na postura sentada, assentos desproporcionais, exercícios inadequados ou mal executados pelas crianças e utilização de mochilas pesadas, implicam em distúrbios posturais desde os primeiros anos de escolaridade5. Ainda, a mecânica corporal dessas crianças se encontra em processo de crescimento e as estruturas musculoesqueléticas estão em desenvolvimento, sendo mais suscetíveis a deformações6. A postura correta na fase infantil ou a detecção precoce de distúrbios posturais possibilitam alinhamento corporal quando adulto, pois esse período é essencial para o desenvolvimento musculoesquelético do indivíduo, com maiores possibilidades de prevenção e tratamento dessas alterações posturais, principalmente na coluna vertebral7. Segundo Peliteiro et al.8, a avaliação postural pode fornecer um diagnóstico precoce para tais indivíduos.
No contexto da reeducação postural, é conhecido que o método pilates contribui positivamente no alinhamento postural do corpo6, visto que é uma técnica baseada em exercícios que integrama força, o alongamento e a respiração, o que se pressupõe melhorar a postura, o condicionamento físico e mental. De fato, um estudo reitera que o método pilates apresenta benefícios sobre a postura corporal em mulheres jovens e saudáveis9; no entanto, seu efeito em criançassaudáveis em idade escolar é escasso.
Considerando a carência de trabalhos envolvendo a prática do método pilates sobre o perfil postural de crianças, este estudo objetivou comparar o padrão postural relacionado à coluna cervical e cintura escapular de estudantes praticantes e não praticantes do método pilates.
Trata-se de um ensaio clínico controlado,no qual foi incluída uma amostra de conveniência formada por estudantes com idades entre 9 a 14 anos, regularmente matriculados em três turmas de quinto ano do ensino fundamental de uma escola pública do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Dessa amostra, foram recrutados dois grupos de estudantes: o grupo pilates, que praticou exercícios baseados no método pilates (GP), constituído por 21 estudantes (06 meninos e 15 meninas), e ogrupo inativo (GI), formado por 18 estudantes (05 meninos e 13 meninas) que não praticaram nenhum exercício físico regular, nem Educação Física escolar.
O GP foi selecionado por meio de um projeto de extensão realizado na mesma escola, que tinha como objetivo a inserção da prática do método pilates com estudantes. Este grupo praticou o método na própria escola no período compreendido entre os meses de abril a novembro de 2014, com frequência de duas vezes semanais e duração de 1h cada. Os estudantes praticaram um protocolo com os exercícios baseados no método pilates, constando de pilates solo e acessórios composto por três etapas, baseado no protocolo de Araújo et al.10 e adaptado pelos pesquisadores, sendo o nível de dificuldade aumentado gradativamente conforme a evolução dos estudantes. Já o GI não realizou Educação Física na escola, tendo em vista que algumas escolas públicas no país não ofertam a disciplina de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental; o grupo não praticou nenhum exercício físico regular, respondido por eles por meio de um questionário simples aplicado pelos pesquisadores.
Assim, os critérios de inclusão do estudoforam: praticar exclusivamente o método pilates na escola por um período mínimo de quatro meses com no mínimo 75% de frequência (GP), e não praticar nenhum exercício físico regular, nem Educação Física escolar (GI). Os critérios de exclusão foram: a prática de outras modalidades de exercícios físicos pelos estudantes além do pilates (GP), bem como a prática de qualquer exercício físico e Educação Física escolar (GI) e alguma incapacidade física e/ou cognitiva que impossibilitasse o estudante de participar do estudo (GP e GI).
Os preceitos éticos foram respeitados de acordo com a Declaração de Helsinque (2008), e os responsáveis legais por cada estudanteassinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), autorizando a participação dos estudantes no estudo. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Pampa, sob o número 457.088 em 13 de novembro de 2013.
Os estudantes foram submetidos a uma avaliaçãoantropométrica (peso corporal e altura, para determinação do índice de massa corporal − IMC), bem como a uma avaliação postural, na qualfoi utilizada uma máquina fotográfica digital Sony 16.1MP DSC-W690, posicionada sobre um tripé a uma altura de 90 cm do solo e com distância de 300 cm da criança. Foi solicitado ao estudante, que estava trajando roupas de banho,que permanecesse em posição ortostática, paralelamentea um fio de prumo e perpendicularmente à câmera, em vistas anterior, posterior e perfil direito e esquerdo. Parapermitir uma posterior calibração no software, foram fixadas esferas de isopor no fio de prumo com distância de 100 cm entre elas. Os dados foram registrados por meio de fotogrametria e analisados no Softwarede Avaliação Postural (Sapo)3. Os pontos anatômicos específicos11) (Figura 1) foram dispostos sobre esferas de isopor de 1cm e 2cm de diâmetro e fixados com fitas adesivas dupla face.
Figura 1 Referências ósseas do protocolo do software de avaliação postural Sapo. Vista anterior − 2, 3:tragus direito e esquerdo; 5, 6: acrômio direito e esquerdo; 12, 13: espinha ilíaca ântero-superior direita e esquerda; 14, 15:trocanter maior direito e esquerdo; 16, 19: projeção lateral da linha articular do joelho direito e esquerdo; 17, 20: centro da patela direita e esquerda; 18, 21: tuberosidade da tíbia direita e esquerda; 22, 25: maléolos laterais; 23, 26: maléolos mediais.Vista posterior − 7, 8: ângulo inferior da escápula direita e esquerda; 17: terceira vértebra torácica; 32, 33: ponto medial da perna;35, 39: linha intermaleolar; 37, 41: tendão calcâneo bilateralmente.Vista lateral -2:tragus; 8: sétima vértebra cervical; 5: acrômio; 21: espinha ilíaca ântero-superior; 22: espinha ilíaca póstero-superior; 23:trocanter maior; 24: projeção da linha articular do joelho; 30: maléolo lateral; 31: região entre o segundo e o terceiro metatarso
A marcação dos pontos anatômicos e o registro fotográfico foram realizados por dois avaliadores previamente treinados, e os ângulos analisados11 estão dispostos no Quadro 1.A análise e a interpretação dos resultados foram realizadas pelo mesmo pesquisador, previamente treinado. A avaliação dos desvios posturais no Sapo foi realizada por um avaliador cego.
Quadro 1 Ângulos do protocolo do software de avaliação postural Sapo
Vista anterior | Cabeça | Ângulo 1− Alinhamento horizontal da cabeça: 2-3 e a horizontal. |
Tronco | Ângulo 2− Alinhamento horizontal dos acrômios: 5-6 e a horizontal. | |
Ângulo 3− Alinhamento horizontal das espinhas ilíacas ântero-superiores: 12-13. | ||
Ângulo 4− Ângulo dos dois acrômios e as duas espinhas ilíacas ântero-superiores:5-6; 12-13. | ||
Membros inferiores | Ângulo 5− Ângulo frontal do membro inferior direito: 14-16-22 (ângulo de fora). | |
Ângulo 6 - Ângulo frontal do membro inferior esquerdo: 15-19-25 (ângulo de fora). | ||
Ângulo 7 - Diferença no comprimento dos membros inferiores: D(12;23)-D(13;26). | ||
Ângulo 8 -Alinhamento horizontal das tuberosidades das tíbias: 18-21 e horizontal. | ||
Ângulo 9 - Ângulo Q direito: ângulo entre 12-17 e 17-18. | ||
Ângulo 10 - Ângulo Q esquerdo: ângulo entre 13-20 e 20-21. | ||
Vista lateral | Cabeça | Ângulo 11 - Alinhamento horizontal da cabeça (C7): 2-8 e horizontal. |
Ângulo 12 - Alinhamento vertical da cabeça (acrômio): 5-2 e vertical. | ||
Tronco | Ângulo 13 - Alinhamento vertical do tronco: 5-23 e vertical. | |
Ângulo 14 - Ângulo do quadril (tronco e membro inferior): 5-23-30. | ||
Ângulo 15 - Alinhamento vertical do corpo: 5-30 e vertical. | ||
Ângulo 16 - Alinhamento horizontal da pélvis: 21-22 e horizontal. | ||
Membros inferiores | Ângulo 17 - Ângulo do joelho: 23-24-30. | |
Ângulo 18 - Ângulo do tornozelo: 24-30 e horizontal. | ||
Vista Posterior | Tronco | Assimetria horizontal da escápula em relação à T3. |
Membros inferiores | Ângulo 19 - Ângulo perna/retropé direito: 32-35-37 | |
Ângulo 20 - Ângulo perna/retropé esquerdo: 33-39-41. |
Foi utilizado o programa estatístico Stata, e os dados foram apresentados por meiode análise descritiva, como média e desvio padrão ou como frequência absoluta e relativa. Foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificação da normalidade dos dados. Assim, foi utilizado o teste t de Student para amostras independentes nas variáveis contínuas que apresentaram distribuição paramétrica e o teste de Mann-Whitney quando as variáveis apresentavam uma distribuição não paramétrica. Foi utilizado o teste de Mann-Whitney nas variáveis: alinhamento horizontal da cabeça, alinhamento horizontal dos acrômios e alinhamento horizontal da cabeça no perfil direito e esquerdo na comparação intergrupos. Foi considerado como estatisticamente significativo um p<0,05.
Foi analisado o perfil postural referente à coluna cervical e cintura escapular em uma amostra composta por 39 estudantes, sendo 21 estudantes do GP (10,38±0,58 anos e IMC=18,74±4,51kg/m2) e 18 estudantes do GI (10,68±1,3 anos e IMC=17,57±1,61kg/m2).
Os valores referentes ao perfil postural da coluna cervical e cintura escapular dos estudantes do GP e GI estão dispostos na Tabela 1. Houve diferença significativa entre os grupos nas variáveis relacionadas ao alinhamento horizontal dos acrômios (p=0,02), assimetria horizontal da escápula (p=0,003), alinhamento vertical do corpoem vista lateral direita (p=0,0003) e assimetria no plano frontal (p=0,0003), evidenciando que nos estudantes do GP, em comparação aos do GI, o acrômio esquerdo está menos elevado, a escápula esquerda está menos abduzida e há melhor alinhamento corporal e do centro de gravidade, respectivamente.
Tabela 1 Comparação do perfil postural da coluna cervical e cintura escapular entre praticantes e não praticantes do método pilates
GP | GI | P | |
---|---|---|---|
N | 21 | 18 | |
Vista anterior | |||
Alinhamento horizontal da cabeça | 0,9±3,0 | 8,4±42,2 | 0,14 |
Alinhamento horizontal dos acrômios | 1,1±1,9 | -10,4±42,0 | 0,02* |
Vista posterior | |||
Assimetria horizontal da escápula | -4,6±20,0 | -25,6±21,8 | 0,003* |
Vista lateral direita | |||
Alinhamento horizontal da cabeça | 49,9±18,5 | 42,1±8,2 | 0,08 |
Alinhamento vertical da cabeça | 6,5±11,0 | 8,3±13,7 | 0,65 |
Alinhamento vertical do tronco | -1,1±3,9 | -0,9±3,0 | 0,87 |
Alinhamento vertical do corpo | 1,4±1,7 | 3,5±1,6 | 0,0003* |
Vista lateral esquerda | |||
Alinhamento horizontal da cabeça | 49,0±19,0 | 44,1±6,2 | 0,39 |
Alinhamento vertical da cabeça | 6,6±8,8 | 1,5±8,3 | 0,07 |
Alinhamento vertical do tronco | 1,1±3,2 | -0,3±4,5 | 0,25 |
Alinhamento vertical do corpo | 2,8±2,5 | 2,3±1,8 | 0,50 |
Centro de gravidade | |||
Assimetria no plano frontal | 7,9±11,6 | -11,6±12,9 | -11,6±12,9 0,0003* |
Assimetria no plano sagital | 38,7±12,9 | 43,9±14,7 | 0,24 |
Assimetrias no plano frontal e sagital são apresentadas em percentis, e as demais variáveis apresentadas em graus.GP = grupo pilates;GI = grupo inativo;N=número de indivíduos em cada grupo.*Valores <0,05 indicam diferença significativa
Este estudo analisou o perfil postural referente à coluna cervical e cintura escapular em uma amostra composta por 39 estudantes com idades entre 9a 14 anos, e identificou alterações posturais nesses segmentos, o que vai ao encontro dos achados de Detsh et al.12. Ainda, este trabalho evidenciou que os praticantes do método pilates apresentaram um melhor alinhamento de ombro e escápula, bem como melhor alinhamento corporal e do centro de gravidade quando comparados aos não praticantes do método.
Com relação ao padrão postural, um estudo analisou os efeitos do pilates sobre padrões biomecânicos durante uma tarefa funcional de flexão de ombro, e os resultados indicaram que o programa foi eficaz na estabilização da postura quando era realizado o movimento de flexão do ombro. Este achado sugere a relação da prática do método com a prevenção de distúrbios que envolvem os segmentos pescoço-ombro13. Esse efeito positivo do pilates sobre o complexo do ombro também foi evidenciado neste estudo, no qual os praticantes do método apresentaram melhor alinhamento nesse segmento quando comparados aos não praticantes.
O melhor alinhamento corporal e do centro de gravidade presente nos praticantes de pilates neste estudo pode ser explicado pelo fato de que os exercícios desse método influenciam no controle postural e estimulam o trabalho dos músculos centrais e estabilizadores da coluna14. Nesse sentido, o pilates requer ativação e coordenação de vários grupos musculares em um mesmo momento, enfatizando o fortalecimento dos músculos centrais e a coordenação entre a respiração, o movimento e o posicionamento do corpo15, desenvolvendo assim estabilização e flexibilidade16. Logo, o método busca a simetria corporal, pois trabalha sobre os movimentos do tronco buscando integrar o equilíbrio, flexibilidade e fortalecimento muscular17.
Considerando que a função do centro de força (powerhouse) é promover a sustentação da coluna e órgãos internos, estabilizar o tronco e manter a postura correta, a fim de reduzir o gasto energético durante o movimento e o risco de lesões18, é relevante o fortalecimento dos músculos centrais para promover a correção e o alinhamento postural, princípio abordado pelo pilates. Nesse contexto, os músculos centrais formam um complexo conhecido como quadril-pélvico-lombar, no qualse incluem os músculos paravertebrais, abdominais, do assoalho pélvico, adutores de quadril, glúteos e o diafragma19. Entre eles, os músculos multifídios e o transverso do abdome são importantes estabilizadores da coluna lombar, na qual geram uma pressão intra-abdominal com carga mínima para a coluna lombar20. Assim, por meio dessa função, ocorre uma diminuição na compressão axial e na força de cisalhamento, promovendo maior estabilidade à coluna vertebral21.
Adicionalmente, no centro de força, também se encontra o centro de gravidade, correspondendo ao local onde os movimentos se iniciam. Portanto, o fortalecimento desses músculos centrais por meio do pilates leva à prevenção e reabilitação de desordens musculoesqueléticas e posturais21. Esses fatores corroboram os dados deste estudo, no qual houve um melhor alinhamento do tronco e do centro de gravidade nos praticantes de pilates.
Durante a fase de crescimento da criança saudável, o corpo atinge gradualmente a forma do adulto, sendo quese altera especialmente na puberdade em virtude das modificações hormonais, do desenvolvimento musculoesquelético e em função do estirão de crescimento rápido; logo, os maus hábitos e alterações posturais tendem a ocorrer com mais frequência nessa etapa22), (23. De forma complementar, além das influências hormonais, existe as de ordem ambientais e comportamentais, que podem ser fatores agravantes das alterações posturais nesses jovens, como o excesso de peso e o transporte inadequado do material escolar, as condições ergonômicas relativas aos mobiliários inadequados à necessidade do escolar e a manutenção de posturas incorretas adotadas durante as aulas e no período extraescolar24.
Sob essa perspectiva, torna-se relevante a adoção de medidas para detecção e intervenção precoce das alterações posturais por meio da ação integrada de educadores, estudantes, pais, fisioterapeutas e do governo23, tendo em vista essa etapa crucial de desenvolvimento postural em crianças. Assim, um dos métodos de reeducação postural amplamente utilizado atualmente é o método pilates25; porém, sua atuação nas escolas em crianças ainda é escassa. O estudo de Andeo et al.26) propôs a inserção de uma variedade de exercícios baseados no método pilates para os professores de Educação Física que trabalham no ensino primário adaptarem em suas aulas, a fim de desenvolver habilidades biopsicossociais e promover a saúde dos estudantes; contudo, o estudo não relata os efeitos dessa prática.
Estudos demonstraram efeitos positivos da prática do método pilates sobre a postura ea estabilização do tronco em adultos jovens16), (27), (28), (29, bem como em mulheres jovens com alterações posturais30. Além disso, a prática do método foi efetiva para um melhor alinhamento de cabeça, ombros e escápulas de uma adolescente com diagnóstico clínico de escoliose31. Nomeadamente, Pata et al.32 e Kaesler et al.33) indicaram que um programa de exercícios baseados no método pilates foi eficaz na melhora da estabilidade postural em idosos.Apesar de estudos apontarem para um efeito positivo do método pilates sobre o padrão e estabilidade postural em diferentes populações, em crianças em fase escolar seus efeitos ainda são escassos. Esse fato demonstra a relevância deste trabalho, uma vez que encontrou um melhor perfil postural em praticantes do método quando comparado aos não praticantes.
Como limitação do estudo, reitera-se que não foi possível determinar se o grupo praticante do método pilates já não apresentava, antes da avaliação, um alinhamento postural mais adequado em comparação aos não praticantes.
Por meio dos dados reportados neste estudo, foi possível identificar que os estudantes praticantes do método pilates apresentaram melhor alinhamento de ombro e escápula e melhor alinhamento corporal e do centro de gravidade em comparação aos não praticantes.