versão impressa ISSN 1809-2950
Fisioter. Pesqui. vol.21 no.3 São Paulo jul./set. 2014
http://dx.doi.org/10.590/1809-2950/00021032014
A Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Fisioterapia (ABRAPG-Ft), fundada em 6 de maio de 2005, já realizou nove Fóruns Nacionais de Pesquisa e Pós-graduação em Fisioterapia, envolvendo importantes temas e debates em prol ao desenvolvimento político, científico e tecnológico da Área. Com a participação dos coordenadores, docentes e discentes dos Programas de Pós-graduação (PPGs) em Fisioterapia e Reabilitação, a ABRAPG-Ft tem promovido estes Fóruns, envolvendo tradicionalmente os órgãos de fomento, predominantemente o Conselho Nacional de Pesquisa Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPES), mas também segmentos e representações da classe profissional, particularmente o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITOS). Isso, além de possibilitar espaço para reuniões do corpo editorial das revistas cientificas da área. Dentre os temas debatidos, de interesse para o desenvolvimento do campo, destacam-se os critérios que norteiam as avaliações trienais que são realizadas pela CAPES.
Desde sua fundação, a ABRAPG-Ft tem se preocupado com o desenvolvimento cientifico e a formação de recursos humanos qualificados (Mestres e Doutores) na área. Atualmente, com 17 anos da criação do primeiro PPG em Fisioterapia no Brasil, são 14 PPGs existentes, dos quais 9 sustentam, além do curso de Mestrado, também o de Doutorado. Estes dados são de fundamental importância, tanto ao que se refere ao número de fisioterapeutas capacitados para a pesquisa, quanto para a produtividade científica da área. Ainda que alguns destes cursos de Doutorado estejam em fase inicial de implantação, estima-se que em breve a fisioterapia brasileira passará a ter mais de 150 novos doutores anualmente, formados pelos PPGs da área no país. Com estes dados, pode-se concluir que a fisioterapia brasileira já atingiu sua autonomia científica e de capacitação docente e encontra-se em franco desenvolvimento de melhoria da qualidade científica para disputar, junto a comunidade científica brasileira, cada vez mais recursos para o desenvolvimento de suas pesquisas.
O reflexo deste desenvolvimento científico e de capacitação docente da fisioterapia brasileira tem sido a constante melhoria do corpo docente dos cursos de graduação em fisioterapia; sobretudo, no que se refere ao desenvolvimento do senso crítico e científico já nos jovens acadêmicos ao se integrarem na iniciação científica e na participação em grupos de pesquisa.
A exemplo das demais entidades de classe, seja da fisioterapia brasileira, seja qualquer outra área, a ABRAPG-Ft tem um fundamental papel na representação do segmento a qual ela afeta, particularmente da pesquisa e da pós-graduação stricto sensu. E o faz buscando sempre encaminhar as decisões de assembleias internas e o posicionamento de seus associados, dentro de um espírito democrático, no entendimento de que o desenvolvimento de uma profissão, de um grupo ou segmento, depende de sua organização política e do seu espírito de coletividade.