versão impressa ISSN 0066-782Xversão On-line ISSN 1678-4170
Arq. Bras. Cardiol. vol.109 no.5 São Paulo nov. 2017
https://doi.org/10.5935/abc.20170156
Prezado editor,
Li com grande interesse o artigo intitulado "Quais lesões coronárias são mais propensas a causar infarto agudo do miocárdio?" por Sen et al.,1 recentemente publicado no jornal. Os pesquisadores relataram que mais de 70% dos pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM) tiveram circulação colateral coronária (CCC) com escores de Rentrop de 1-3 durante a angiografia coronária primária. Isso mostra que a maioria dos casos de IAM em nosso estudo originou-se de estenoses de alto grau subjacentes, desafiando a crença comum. Níveis mais elevados de triglicerídeos no soro, maior volume médio de plaquetas e aumento da contagem de glóbulos brancos e neutrófilos foram associados de forma independente ao desenvolvimento reduzido de vasos colaterais.1
A sinergia entre a intervenção coronária percutânea com Taxus e escore da cirurgia cardíaca (SYNTAX) é o sistema de pontuação angiográfica e é amplamente utilizado para avaliar a gravidade e a complexidade da doença coronariana.2 O escore SYNTAX (SS) prevê não apenas possíveis dificuldades periprocedimentais, mas também indica o padrão de ateroma, incluindo comprimento, trombose e calcificação da lesão.3 A associação entre doença de múltiplos vasos e CCC tem sido relatada por vários estudos.4,5 Börekçi et al.4 relataram esse maior SS em pacientes com CCC pobre. Cetin et al.5 observaram que no grupo CCC pobre, SS foram significativamente maiores em comparação com o grupo CCC bom.
Neste contexto, considerando a associação entre SS e CCC, a correlação do resultado deste estudo com SS pode esclarecer estudos futuros.