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Atividades assistenciais e administrativas do enfermeiro na clínica médico-cirúrgica

Atividades assistenciais e administrativas do enfermeiro na clínica médico-cirúrgica

Autores:

Marilia Moura Luvisotto,
Ana Carolina Vasconcelos,
Lívia Canelas Sciarpa,
Rachel de Carvalho

ARTIGO ORIGINAL

Einstein (São Paulo)

versão impressa ISSN 1679-4508versão On-line ISSN 2317-6385

Einstein (São Paulo) vol.8 no.2 São Paulo abr./jun. 2010

http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082010ao1354

INTRODUÇÃO

A assistência de enfermagem tem como objetivo promover, manter e recuperar a saúde de seus clientes, sejam eles o paciente, a família ou a comunidade. Assim sendo, a ideia de cuidado está implícita na enfermagem, uma vez que a assistência é representada por atividades que devem ser prestadas com qualidade e por um bom profissional, não apenas do ponto de vista ético e humanístico, como também do ponto de vista técnicocientífico(1).

O enfermeiro deve ter conhecimento, experiência e dinamismo. Deve pautar sua meta de trabalho sobre a qualidade dos resultados e exercer suas funções com eficiência e criatividade. Deve valorizar as qualidades das pessoas e preocupar-se com o desenvolvimento técnico e científico de sua equipe. Além disso, deve manter bom relacionamento com a direção da instituição e com seus funcionários, servindo de ponte entre os dois lados. A dignidade pessoal e o respeito ao ser humano devem ser características visíveis em sua personalidade(2).

As competências gerais do enfermeiro também estão relacionadas com a área administrativa, que engloba tomada de decisão, liderança e administração. Dentre as funções administrativas, destacam-se o planejamento, a organização, a coordenação, a direção e o controle dos serviços de saúde. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões e comunicação de forma efetiva e eficaz(3).

Na liderança, o enfermeiro influencia as ações de outros para o estabelecimento e para o alcance de objetivos. Isto implica definir e planejar a assistência de enfermagem num cenário interativo. Para que o enfermeiro exerça liderança, ele precisa dominar e conciliar o emprego de princípios e técnicas de administração com os princípios e as técnicas que norteiam a prestação do cuidado em enfermagem(4).

De acordo com a lei nº 7.498/86, Regulamentação do Exercício Profissional, do Conselho Regional de Enfermagem (COREN), o enfermeiro exerce atividades, cabendo-lhe: dirigir órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde e chefiar o serviço e a unidade de enfermagem; organizar e dirigir os serviços de enfermagem e suas atividades técnicas e auxiliares; planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar os serviços de assistência de enfermagem; realizar sistematização da assistência de enfermagem; oferecer cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida; prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas; participar do planejamento, da execução e da avaliação da programação de saúde e participar da elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde(5).

Considera-se a conciliação das funções de supervisão e assistência como pressuposto à construção da identidade profissional do enfermeiro, bem como à prestação de serviços de enfermagem de qualidade ao paciente(6).

Com a necessidade de conhecermos o contexto das atividades administrativas executadas pelo enfermeiro e a relação destas com a assistência de enfermagem, este trabalho teve a finalidade de levantar as principais funções assistenciais e administrativas desenvolvidas pelos enfermeiros, buscando compreender a percepção dos mesmos acerca das suas ações.

OBJETIVOS

Identificar as atividades administrativas e assistenciais mais realizadas pelos enfermeiros nas clínicas médico-cirúrgicas e conhecer as mais e menos prazerosas, na opinião dos próprios profissionais.

MÉTODOS

Estudo exploratório, descritivo, pois buscou informações apuradas a respeito de um grupo, a fim de caracterizá-lo e evidenciar um perfil(7), de campo, pois o levantamento de dados aconteceu no local onde os fenômenos ocorreram(8), transversal, pois a coleta de dados foi feita em um momento particular, específico do tempo(78), e de nível I, pois envolveu a denominação ou classificação de fatos e eventos(8), com abordagem quantitativa, na qual dados estatísticos representaram fatos empíricos e eventos(7).

O estudo foi realizado nas clínicas médico-cirúrgicas do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), uma instituição de grande porte, que conta com cerca de 500 leitos e igual número de enfermeiros, numa relação geral proporcional de “um para um”. A amostra foi constituída por 40 enfermeiros que trabalham nas referidas unidades. Os critérios de inclusão da amostra na pesquisa foram: atuar na clínica médico-cirúrgica há, pelo menos, um ano (não foram inseridos enfermeiros em treinamento e nem na função de enfermeiro júnior); realizar atividades administrativas e assistenciais; consentir participar da pesquisa, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

O instrumento de coleta de dados (Anexo 1), construído pelas autoras com base no instrumento de Bianchi(9), constou de três partes. A primeira parte continha dados de identificação e caracterização do perfil do enfermeiro. A segunda parte continha uma relação de atividades assistenciais e administrativas, para cada qual o enfermeiro deveria enumerar com que frequência era realizada, sendo: “0 = não realizo”, “1 = realizo eventualmente”, “2 = realizo moderadamente” e “3 = realizo diariamente”. A terceira parte continha duas questões semiabertas, nas quais o enfermeiro listou as atividades que lhe eram mais e menos prazerosas.

Os dados foram coletados após aprovação do projeto pela Comissão Científica da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein e pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HIAE, sob protocolo número 0098.0.028.000-07.

Os dados obtidos foram tratados estatisticamente e apresentados em números absolutos e percentuais, por meio de tabelas e quadros.

RESULTADOS

Considerando-se a amostra da pesquisa, composta por 40 enfermeiros, após coleta de dados por meio do questionário (Anexo 1), apresentam-se os resultados divididos em caracterização da amostra, atividades administrativas e assistenciais mais realizadas pelos enfermeiros e atividades mais e menos prazerosas realizadas por esses mesmos profissionais.

A grande maioria dos enfermeiros participantes do estudo (37; 92,5%) era do gênero feminino.

Quanto à idade dos enfermeiros entrevistados, a maioria (25; 62,5%) pertencia à faixa etária entre 25 e 35 anos, sendo que 13 (32,5%) tinham de 25 a 30 anos e 12 (30%) tinham de 30 a 35 anos (Tabela 1).

Tabela 1 Distribuição dos enfermeiros, segundo a faixa etária 

Faixa etária n %
20 |- 25 anos 5 12,5
25 |- 30 anos 13 32,5
30 |- 35 anos 12 30
35 |- 40 anos 5 12,5
40 |- 45 anos 3 7,5
45 |- 50 anos 2 5
Total 40 100

Em relação ao tempo de formação acadêmica dos enfermeiros participantes da pesquisa, 77,5% da amostra (31 profissionais) possuíam de 1 a 10 anos de formados, sendo que 17 deles (42,5%) eram graduados no período de 5 a 10 anos (Tabela 2). Consideram-se coerentes os dados relativos à idade e ao tempo de formados dos enfermeiros, pois se tratou de uma amostra composta predominantemente por adultos jovens, que se encontravam no mercado de trabalho entre 1 a 10 anos.

Tabela 2 Distribuição dos enfermeiros, segundo o tempo de formação acadêmica 

Tempo de formação acadêmica n %
01 |- 05 anos 14 35
05 |- 10 anos 17 42,5
10 |- 15 anos 4 10
15 |- 20 anos - -
20 |- 25 anos 4 10
25 |- 30 anos 1 2,5
Total 40 100

Quanto ao tempo de atuação na clínica médico-cirúrgica, a grande maioria (34; 85%) trabalhava de 1 a 10 anos na área, sendo que 19 (47,5%) trabalhavam na área de 1 a 5 anos e 15 (37,5%) entre 5 e 10 anos (Tabela 3).

Tabela 3 Distribuição dos enfermeiros, segundo tempo de atuação na clínica médico-cirúrgica 

Tempo de atuação na clínica n %
01 |- 05 anos 19 47,5
05 |- 10 anos 15 37,5
10 |- 15 anos 3 7,5
15 |- 20 anos 1 2,5
20 |- 25 anos 1 2,5
25 |- 30 anos 1 2,5
Total 40 100

Considerando-se as competências gerais do enfermeiro e tendo como meta alcançar o primeiro objetivo do estudo, destacam-se, nas tabelas 4 e 5, as atividades administrativas e assistenciais mais realizadas por eles, segundo relato dos próprios profissionais que atuavam na clínica médico-cirúrgica.

Tabela 4 Atividades administrativas realizadas pelos enfermeiros da clínica médico-cirúrgica 

Atividades administrativas 0 = não realiza 1 = eventualmente 2 = moderadamente 3 = diariamente
n % n % n % n %
Passagem de plantão - - - - - - 40 100
Escala diária/tarefas de funcionários - - - - 4 10 36 90
Escala de folga/férias de funcionários 12 30 17 42,5 11 27,5 - -
Avaliação de funcionários 8 20 16 40 12 30 6 15
Previsão/reposição e controle de materiais e equipamentos 8 20 20 50 10 25 2 5
Treinamento de funcionários 6 15 10 25 20 50 4 10
Participação em reuniões - - 4 10 30 75 6 15
Elaboração de trabalhos científicos 8 20 30 75 1 2,5 1 2,5
Gerenciamento de exames - - 1 2,5 5 12,5 34 85

Tabela 5 Atividades assistenciais realizadas pelos enfermeiros da clínica médico-cirúrgica 

Atividades assistenciais 0 = não realiza 1 = eventualmente 2 = moderadamente 3 = diariamente
n % n % n % n %
Histórico de enfermagem - - 1 2,5 9 22,5 30 75
Exame físico - - - - 2 5 38 95
Evolução de enfermagem - - - - - - 40 100
Prescrição de enfermagem - - - - - - 40 100
Admissão e alta de pacientes - - - - 5 12,5 35 87,5
Procedimentos técnicos - - 2 5 6 15 32 80
Orientações ao pacientes e familiares - - - - 3 7,5 37 92,5
Supervisão do cuidado prestado - - - - 2 5 38 95
Relacionamento com a equipe multiprofissional - - - - - - 40 100

Quanto ao segundo objetivo, as tabelas 6 e 7 representam as atividades mais e menos prazerosas realizadas pelos enfermeiros, segundo sua própria opinião.

Tabela 6 Atividades diárias mais prazerosas realizadas pelo enfermeiro da clínica médico-cirúrgica 

Atividades menos prazerosas Número de respostas* %
Assistência direta ao paciente 23 19,8
Avaliação do paciente 22 19,0
Implementação da SAE 17 14,7
Orientação/educação de pacientes e familiares 12 10,4
Treinamento/supervisão de funcionários 12 10,4
Discussão com a equipe multiprofissional 10 8,6
Pesquisa científica/estudo de caso 4 3,4
Trabalho em equipe 4 3,4
Passagem de plantão 3 2,6
Aplicação de protocolos 2 1,7
Assistência humanizada/apoio ao paciente 2 1,7
Escala de funcionários 2 1,7
Negociação entre setores 2 1,7
Organização do setor 1 0,9
Total de respostas 116 100

SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem

*O número de respostas excede o número de sujeitos da pesquisa, visto que cada participante pôde dar até três respostas.

Tabela 7 Atividades diárias menos prazerosas realizadas pelo enfermeiro da clínica médico-cirúrgica 

Atividades mais prazerosas Número de respostas* %
Rotinas administrativas e burocráticas 21 23,9
Justificativas de queixas e resoluções de problemas 17 19,3
Realização de escalas de funcionários 16 18,2
Negociação com a escala 9 10,2
Previsão e provisão de materiais e equipamentos 9 10,2
Conflitos com equipe 4 4,5
Cuidados diretos ao paciente 3 3,4
Acompanhamento de visitas médicas 2 2,3
Avaliação de funcionários 2 2,3
Organização do setor 2 2,3
Passagem de plantão 2 2,3
Prescrição de enfermagem 1 1,1
Total de respostas 88 100

*O número de respostas excede o número de sujeitos da pesquisa, visto que cada participante pôde dar até três respostas.

DISCUSSÃO

Analisando-se os resultados de maneira global, as atividades assistenciais foram as mais realizadas e também as mais prazerosas em relação às atividades administrativas, na opinião dos enfermeiros participantes do estudo.

A atividade administrativa mais realizada pelos enfermeiros foi a passagem de plantão, a única que todos responderam fazer diariamente. A seguir, encontravam-se: escala diária e de tarefas de funcionários e o gerenciamento de exames.

Por outro lado, as atividades administrativas menos realizadas foram: escala de folga e férias de funcionários, avaliação dos funcionários, previsão, reposição e controle de materiais e equipamentos e elaboração de trabalhos científicos.

De acordo com estudiosos sobre o assunto(1011), as atividades administrativas do enfermeiro incluem: assistir a passagem de plantão; controlar assiduidade, pontualidade e disciplina de seus funcionários; elaborar escalas de serviço mensalmente e escala de folga/férias dos funcionários; organizar e participar do programa de educação continuada; realizar avaliação dos funcionários; controlar equipamentos, materiais e medicamentos; promover reuniões periódicas; participar de pesquisas na área de enfermagem; liderar, orientar e supervisionar a equipe de enfermagem. Verifica-se, desta forma, concordância entre as atividades realizadas pelos enfermeiros do estudo e as preconizadas na literatura.

Na prática, verifica-se que algumas atividades, como passagem de plantão e gerenciamento de exames (agendamento, preparo do paciente, certificação de disponibilidade de horário e avaliação dos resultados), fazem parte da assistência prestada diretamente ao cliente, e podem ser caracterizadas como atividades assistenciais. Porém, a literatura pesquisada insere tais ações como sendo administrativas, por fazerem parte do gerenciamento da assistência.

No que se refere às atividades assistenciais realizadas pelo enfermeiro na clínica médico-cirúrgica, verificou-se que todas as que foram descritas eram realizadas diariamente pelo profissional, sendo que a totalidade da amostra respondeu que realizava evolução e prescrição de enfermagem e relacionamento com a equipe multiprofissional diariamente.

Nesse contexto, dados da literatura consideram(10) que as principais atividades assistenciais realizadas pelo enfermeiro incluem: histórico, prescrição e evolução de enfermagem; assistência de enfermagem direta aos pacientes mais graves; realização de procedimentos privativos do enfermeiro; supervisão da assistência de enfermagem prestada pela equipe de enfermeiros; identificação e tomada de condutas rápidas diante das situações fora da rotina da unidade; orientação diária dos profissionais de enfermagem na realização de procedimentos.

Os resultados desta pesquisa demonstram que os enfermeiros estavam envolvidos na realização das fases do processo de enfermagem que fazem parte das atividades independentes do profissional e estão instituídas no hospital onde a pesquisa foi realizada. Por outro lado, não se pode deixar de considerar que, apesar de todos os enfermeiros evoluírem e prescreverem diariamente para os seus clientes, dois deles responderam realizar exame físico parcialmente, sendo essa etapa condição sine qua non para a realização das duas anteriores.

Verificou-se que, apesar de o enfermeiro realizar, na sua rotina, atividades assistenciais e administrativas, as atividades realizadas diariamente são, na sua maioria, assistenciais.

Não há dicotomia entre as funções assistenciais e administrativas realizadas pelo enfermeiro, uma vez que elas se complementam. Acredita-se que o enfermeiro seja o administrador/gerente da assistência de enfermagem prestada ao paciente, pois o exercício dessa função é centrado na assistência, incluindo o gerenciamento de recursos humanos, do material e das instalações necessárias ao adequado atendimento ao cliente e à sua família(12).

A realização dessas atividades (assistenciais e administrativas), com dedicação e competência, refletem diretamente a qualidade da assistência prestada a toda clientela que procura os serviços de Saúde.

Atualmente, há um aumento no número de enfermeiros envolvidos com a assistência, porém, na vertente do gerenciamento, cresceu o papel desse profissional quanto à orientação sobre rotinas, normas e atribuições aplicadas à sua equipe(13). Esse fato pode ser comprovado pelo alto índice de realização diária de orientações ao paciente e aos familiares e supervisão do cuidado prestado.

A presente pesquisa identificou, ainda, que as atividades diárias mais prazerosas realizadas pelos enfermeiros na clínica médico-cirúrgica foram: assistência direta ao paciente, avaliação do cuidado prestado e implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), além de orientação ao paciente e à sua família, treinamento e supervisão de funcionários e discussão de casos com a equipe multiprofissional.

As atividades diárias menos prazerosas realizadas pelos enfermeiros na clínica médico-cirúrgica, segundo sua própria opinião, foram: rotinas administrativas e burocráticas, justificativas de queixas e resoluções de problemas, realização de escalas de funcionários, entre outras.

Verificou-se que a realização das atividades assistenciais foi mais prazerosa para os enfermeiros do que a realização das atividades administrativas na clínica médico-cirúrgica.

Em um estudo realizado com enfermeiras do centro cirúrgico da mesma instituição, constatou-se que, dentre as atividades menos prazerosas, encontravam-se: escala de funcionários, pedido e checagem de material e não realização de assistência direta ao paciente, como punção venosa e curativo. Estas últimas atividades, as enfermeiras relataram que gostariam de realizar(14). Observou-se, portanto, que mesmo se tratando de diferentes setores do hospital, as atividades mais e menos prazerosas para o enfermeiro foram similares.

Salientamos a incipiência de estudos relacionados ao tema, especialmente na literatura nacional, visto que o levantamento bibliográfico nos aportou a trabalhos que discutem o papel do enfermeiro como gerente/líder de equipes ou setores, principalmente relacionados a especialidades, e não quanto à atuação em unidades de internação clínicas e cirúrgicas.

Com este trabalho, foi possível conhecer as principais funções desenvolvidas pelo enfermeiro na clínica médico-cirúrgica, constatando-se que, além de mais prazerosas, as atividades assistenciais foram mais realizadas pelos enfermeiros que compuseram a amostra.

Sabe-se que as atividades assistenciais e administrativas fazem parte das competências necessárias para a prática de enfermagem, visando à excelência da qualidade da assistência prestada ao cliente e aos familiares que o acompanham no processo de hospitalização.

CONCLUSÕES

A análise dos dados obtidos por meio dos questionários respondidos por 40 enfermeiros das clínicas médico-cirúrgicas permitiu-nos concluir que:

    –. as atividades assistenciais foram mais realizadas em relação às atividades administrativas na rotina diária dos enfermeiros;

    –. as atividades administrativas mais realizadas foram: passagem de plantão, escala diária e de tarefas de funcionários e gerenciamento de exames;

    –. as atividades assistenciais mais realizadas foram: implementação da SAE (evolução e prescrição de enfermagem) e relacionamento com a equipe multiprofissional;

    –. as atividades assistenciais foram mais prazerosas para os enfermeiros do que as administrativas;

    –. as atividades mais prazerosas foram: assistência direta ao paciente, avaliação do paciente e implementação da SAE;

    –. as atividades menos prazerosas foram: rotinas administrativas e burocráticas, justificativa de queixas/resolução de problemas e realização de escalas de funcionários.

REFERÊNCIAS

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