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Changes in Quality of Life after kidney transplantation and related factors

Changes in Quality of Life after kidney transplantation and related factors

Autores:

Ana Elza Oliveira de Mendonça,
Gilson de Vasconcelos Torres,
Marina de Góes Salvetti,
Joao Carlos Alchieri,
Isabelle Katherinne Fernandes Costa

ARTIGO ORIGINAL

Acta Paulista de Enfermagem

On-line version ISSN 1982-0194

Acta paul. enferm. vol.27 no.3 São Paulo May/June 2014

http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201400048

Introdução

Os avanços tecnológicos e científicos nos transplantes possibilitaram milhares de procedimentos que beneficiaram receptores de órgãos e tecidos em todo mundo. O transplante beneficia pacientes que necessitam de órgãos sólidos, tecidos e células por meio do desenvolvimento e melhoria das técnicas cirúrgicas, avanços, equipamentos e medicamentos imunossupressores necessários para essa terapia.(1) Na última década houve aumento significativo do número de transplantes renais realizados e na lista de candidatos a transplante.(2)

Em algumas situações, esses procedimentos se configuram como o único recurso para manutenção da vida.(1) No entanto, essa opção de tratamento nem sempre está disponível para aqueles que aguardam um transplante de órgão, já que o transplante requer uma doação.(2-4) De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, em Junho de 2013, haviam 22.187 pacientes cadastrados na lista de espera para transplante de órgãos sólidos. Desses, 19.913 (89,75%) aguardavam transplante renal.(5)

O transplante renal requer compatibilidade entre os tecidos, que é obtida por meio da tipagem de antígenos de leucócitos humanos (HLA). O paciente com doença renal crônica, enquanto aguarda por um doador, tem outras formas de terapia de substituição renal (TSR) que permitem a manutenção da vida e justificam o número crescente de pacientes cadastrados em lista de espera por um transplante renal.(3,4)

A insuficiência renal (IR) e a complexidade do tratamento são problemas sérios de saúde pública em todo o mundo e tem encargos sociais e financeiros resultantes do aumento das taxas de pacientes jovens com disfunção renal.(6) Assim, dimensionar a qualidade de vida (QV) após o transplante renal é um assunto relevante para muitos indivíduos em diálise no Brasil, distribuídos em 696 centros cadastrados na Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).(7)

O transplante renal é a melhor opção terapêutica para pacientes com doença renal crônica. O procedimento cirúrgico é relativamente simples e após o transplante são necessárias ações importantes tais como o uso de medicamentos imunossupressores e o acompanhamento ambulatorial.(8) Com isso, para esses pacientes o gerenciamento clínico, a avaliação dos resultados do tratamento e o impacto na QV constituem questões importantes.

O objetivo deste estudo foi identificar as mudanças na qualidade de vida após a efetivação do transplante renal e verificar a influência dos fatores sociodemográficos na percepção da qualidade de vida.

Métodos

A população foi constituída por pacientes com insuficiência renal crônica que recebiam tratamento ambulatorial em um centro de referência para transplante renal no nordeste do Brasil. Foram incluídos 63 pacientes maiores de 18 anos de idade. Os dados foram coletados em duas fases para avaliar a percepção dos receptores de rim antes e após o transplante. Na primeira fase entrevistou-se os candidatos ao transplante cadastrados na lista de espera. A segunda fase foi realizada após o transplante, respeitando o intervalo mínimo de três meses; tempo necessário para adaptação e retorno do paciente a suas atividades diárias. Todos os pacientes foram informados dos objetivos do estudo, e aqueles que concordam em participar assinaram termo de consentimento.

Trata-se de estudo descritivo, com desenho longitudinal realizado de Maio de 2010 a Maio de 2013 em uma população de pacientes com doença renal crônica que recebiam tratamento ambulatorial. O estudo foi conduzido no único hospital público estadual que realiza transplante renal e oferece assistência especializada para essa população.

Os dados foram coletados em local reservado utilizando a versão abreviada do World Health Organization Quality of Life WHOQOL-bref adaptado e validado para língua Portuguesa por meio do Grupo WHOQOL.(9) Esse instrumento inclui 26 questões de múltipla escolha que avaliam a percepção da QV por meio de duas questões gerais pertinentes a saúde e QV e aos domínios físico, psicológico, relações sociais e ambiente.(10) As respostas aos itens avaliados são distribuídas em uma escala Likert variando de 1 a 5, e quanto mais próximo de 5 melhor a QV. A soma dos escores obtidos em cada domínio varia de 4 a 20. Este instrumento é de fácil entendimento e sua confiabilidade foi testada em pacientes com doença renal obtendo índice Alpha de Cronbach de 0,88, dado que confirma sua aplicabilidade neste grupo de pacientes.(11)

Os dados foram organizados em planilhas eletrônicas (Microsoft Office Excel®) e posteriormente exportados ao SPSS versão 17,0 para serem categorizados, processados e analisados por meio de estatísticas descritivas e analises univariadas. Realizou-se a análise de variância simples (ANOVA), o teste t e o teste Mann-Whitney. O nível de significância estabelecido foi de p< 0,05.

O desenvolvimento do estudo atendeu as normas nacionais e internacionais de ética em pesquisa envolvendo seres humanos.

Resultados

Participaram do estudo 63 pacientes. O perfil sociodemográfico dos entrevistados revelou predominância de homens (61,9%), idade média de 38,9 anos (DP=12,9), casados (60,3%) e com filhos (51,8%). A maioria dos participantes tinha até 8 anos de escolaridade e no período do estudo 90,4% deles não exerciam atividade de trabalho. Nesse grupo de pacientes a hemodiálise foi a TSR mais comum (96,8%) e em média o tempo em lista de espera para transplante foi de 1,9 anos (Tabela 1).

Tabela 1 Associação entre as variáveis sociodemográficas e qualidade de vida pré e pós-transplante 

Variáveis sócio-demógraficas n(%) QV geral
Pré-transplante Pós-transplante
Valor de p Teste de Mann Whitney
Sexo      
 Masculino 39(61,9) 0,920 0,769
 Feminino 24(38,1)
Idade      
 < 35 anos 32(50,8) 0,692 0,066
 > 35 anos 31(49,2)
Estado civil      
 Solteiro 25(39,7) 0,470 0,446
 Casado 38(60,3)
Filhos      
 Sim 32(51,8) 0,195 0,494
 Não 31(49,2)
Escolaridade      
 < 08 anos 38(60,3) 0,989 0,257
 > 08 anos 25(39,7)
TSR      
 < 05 anos 31(49,2) 0,776 0,717
 > 05 anos 32(50,8)
Tempo em lista de espera      
 < 2 anos 49(77,8) 0,693 0,264
 > 2 anos 14(22,2)

A análise dos fatores sociodemográficos relacionados à QV geral antes e após o transplante mostraram que esses fatores (sexo, idade, estado civil, filhos, escolaridade, tempo em diálise e tempo em lista de espera) não influenciaram a percepção de QV dos pacientes.

Para análise dos dados, o escore médio dos domínios e desvio padrão (DP) foram calculados nas duas fases (antes e depois do transplante) com objetivo de comparação. A análise dos escores mostraram que a QV melhorou significativamente em todos os domínios. A maior mudança foi observada na QV geral, nas questões que avaliam a satisfação geral com a QV e com a saúde. O domínio que mostrou menor variação após o transplante foi o domínio meio ambiente (Tabela 2).

Tabela 2 Escores de qualidade de vida antes e após o transplante renal 

Questões gerais e domínios   WHOQOL-BREF** Median Score (SD)  
Antes do transplante Após o transplante Valor de p Teste t ANOVA
QV geral 8,57 (2,01) 17,65 (1,78) <0,001* 0,038*
Domínio físico 9,94 (2,10) 17,41 (1,78) <0,001* 0,032*
Domínio psicológico 12,71 (1,90) 17,70 (1,66) <0,001* 0,064
Domínio das relações sociais 12,70 (2,95) 17,27 (1,83) <0,001* 0,035*
Domínio ambiental 11,98 (2,14) 14,39 (2,24) <0,001* 0,694

Apesar do teste t de Student ter mostrado diferença significativa na comparação dos escores médios em todos os domínios da QV, observou-se que a QV geral (p=0,038), o domínio físico (p=0,032) e domínio das relações sociais (p=0,035) mostraram variância significativa, o que reforça a melhora na QV nestes aspectos após o transplante renal.

Discussão

Neste estudo observou-se predomínio de pacientes adultos jovens com idade até 35 anos (50,8%) e média de idade de 38,9 (DP=12,9), revelando uma estatística preocupante devido ao desenvolvimento precoce da doença renal de rápido progresso em indivíduos jovens e economicamente ativos. Resultados diferentes foram observados em pesquisa que avaliou 107 pacientes com doença renal crônica e que apresentou média de idade um pouco mais elevada, com 51,1 anos.(12)

Neste estudo houve predomínio de participantes casados (60,3%) e com filhos (51,8%). Resultados similares foram encontrados em estudos envolvendo pacientes com doença renal nos quais mais da metade dos pacientes eram casados ou viviam em relacionamento estável (61,7%), e a maioria tinha filhos (81,2%).(13,14)

A maior parte dos entrevistados tinha menos de 8 anos de estudo (60,3%). Resultado diferente foi observado em estudo com pacientes em hemodiálise no sudeste do Brasil, no qual grande parte dos participantes (48,6%) tinha ensino médio completo.(12) A diferença do nível educacional observado neste estudo reflete a desigualdade e os diferentes níveis do desenvolvimento humano nas diversas regiões do Brasil.

Em relação à ocupação, 90,4% dos participantes não estavam trabalhando durante o período do estudo. Pesquisas com pacientes submetidos à diálise devido a doença renal crônica mostraram resultados similares em relação a ocupação (80,0% dos pacientes eram aposentados e apenas 6,7% trabalhavam).(13,15,16) Em outro estudo, apenas 9,3% dos participantes relataram alguma atividade de trabalho, sendo identificado nos relatos a dificuldade de encontrar equilíbrio entre o trabalho e o tempo requerido na hemodiálise.(12) Estudo que comparou a QV de pacientes renais em diálise e pacientes pós-transplante relatou que aproximadamente 80% daqueles submetidos a transplante renal estavam dispostos a retornar sua atividade profissional três meses após a o transplante, enquanto o índice para pacientes que estavam em tratamento de diálise foi menor que 30%.(8)

As abordagens para terapia de substituição da função renal são divididas em diálise e transplante renal. A diálise pode ser obtida por filtragem do sangue no circuito extracorporal, a chamada hemodiálise (HD) ou por meio de aplicação na cavidade abdominal, a chamada diálise peritoneal. O transplante renal é um das modalidades disponibilizadas recentemente para paciente com doença renal crônica que consiste na substituição da função renal por meio de implante de rim saudável.(17)

No Brasil há cerca de 100.000 pacientes em diálise e a HD é o tratamento mais utilizado para substituição da função renal.(7) A elevada prevalência de HD foi confirmada neste estudo já que 96,8% dos participantes realizavam hemodiálise três vezes por semana enquanto apenas 3,2% realizavam diálise peritoneal. A hemodiálise substitui parcialmente a função renal, portanto, os pacientes cadastrados na lista para transplante renal podem esperar por muitos anos, já que o tratamento mantêm os compostos de nitrogênio em níveis compatíveis com os de um individuo saudável e remove o excesso de liquido da corrente sanguínea.(4,18)

A maioria dos pacientes são mantidos por cinco ou mais anos em diálise (50,8%). Resultados divergentes foram encontrados em outro estudo que apontou intervalo de tempo prevalente de 1 a 5 anos na maioria das diálises.(19) Em razão desses achados, enfatiza-se a necessidade do encaminhamento precoce de pacientes em diálise para cadastramento em lista de espera para transplante renal, já que o tempo de diálise pode influenciar negativamente a identificação de um doador compatível e também o tempo de sobrevida do órgão transplantado.(8)

A percepção da QV geral dos pacientes antes e após o transplante não foi influenciada por fatores sociodemógraficos, confirmando achados de outro estudo que correlacionou fatores demográficos e QV após o transplante renal.(20)

A comparação entre o escore médio dos domínios de QV antes e após a efetivação do transplante mostrou melhora significativa na QV geral e em todos os domínios avaliados, mostrando o impacto positivo do transplante renal na percepção dos pacientes. A melhora foi mais significativa nos domínios de QV geral, saúde física e relações sociais. Resultados similares foram observados em estudo que comparou pacientes que receberam um rim com aqueles em lista de espera para transplante.(21)

Estudo que avaliou as questões relacionadas à saúde e QV em 262 receptores de rim mostrou que o componente físico foi influenciado pela presença de comorbidades tais como hipertensão e diabetes, além de fatores como nível de creatinina e hematócrito, condições que melhoram após o transplante.(22)

O domínio de relações sociais avalia o grau de satisfação com o tempo gasto com a família e amigos, além do suporte recebido deles. Esse domínio mostrou aumento significativo no escore médio após o transplante. Estudo que avaliou pacientes em hemodiálise indicou que o domínio de relações sociais foi considerado muito relevante para pacientes renais em razão da necessidade de cuidado e dependência de suporte durante o curso da doença.(2,4) Outro estudo mostrou que as relações sociais influenciaram a percepção da QV, afetando a saúde, bem-estar e percepção de suscetibilidade ao progresso da doença, que se configuram como um espaço de troca de experiências, desenvolvimento do potencial e de proteção social.(23)

O domínio psicológico reflete os resultados do transplante tais como medos e emoções dos pacientes, demostrando percepções e estratégias de enfrentamento do indivíduo em situações de sofrimento.(24) Os aspectos emocionais devem ser considerados como indicadores importantes de saúde e QV em pacientes com doença renal crônica devido ao estilo de vida imposto pela doença, tratamento e progressão dos sintomas que com o tempo limitam as atividades diárias e causam efeitos emocionais negativos na percepção de QV.(22,24-26) Outros estudos mostraram que os fatores psicológicos tendem a melhorar após o transplante.(21,25)

Apesar do domínio meio ambiente ter apresentado o menor escore comparado aos outros domínios de QV, ele também mostrou diferença significativa antes e após o transplante, indicando melhoria nesse aspecto. O resultado pode ser explicado em parte pelas condições de segurança e moradia dos participantes que geralmente não mudam após transplante. Estudo que avaliou a QV de pacientes renais utilizando o WHOQOL-BREF obteve resultados similares em relação ao domínio meio ambiente com menor escore quando comparado aos outros domínios.(9)

Os resultados deste estudo indicaram que os pacientes que realizaram transplante renal mostraram melhora na QV em todas as dimensões avaliadas por meio do WHOQOL-BREF quando comparado com a QV antes do transplante, confirmando os achados de outros estudos.(3,8,25)

Este estudo contribui para literatura sobre a QV de indivíduos com doenças renais crônicas submetidos a transplante renal. Estudo recente que examinou a influência das questões relacionadas à saúde e QV em pacientes submetidos a transplante renal mostrou que os escores de QV foram capazes de predizer a mortalidade e as falhas do enxerto, independente dos fatores sociodemográficos e de risco clinico, indicando a importância da avaliação da QV neste grupo de pacientes.(27)

Conclusão

Este estudo examinou o impacto do transplante renal na qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica. Os resultados indicaram que o transplante teve um impacto positivo e modificou a percepção da QV nesses pacientes. Todos os domínios de QV mostraram melhora após o transplante, especialmente em relação à percepção geral de QV. Os fatores sociodemográficos não influenciaram a qualidade de vida neste grupo de pacientes indicando que o transplante foi o principal fator para explicar a mudança na qualidade de vida.

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