versão impressa ISSN 0066-782Xversão On-line ISSN 1678-4170
Arq. Bras. Cardiol. vol.114 no.2 São Paulo fev. 2020 Epub 20-Mar-2020
https://doi.org/10.36660/abc.20190773
Li com grande interesse o artigo escrito por Celebi et al.,1 demonstrando que a elevação nos níveis plasmáticos da porção N-terminal do pró-hormônio do peptídeo natriurético do tipo B (NT-pro BNP) na admissão é um biomarcador preditivo significativo do desenvolvimento de aneurisma ventricular esquerdo após infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de segmento ST (IAMCSST) na atualidade.
Seus achados são objetivos e nos levariam às próximas questões. A primeira questão é a reversibilidade do NT-pro BNP e seu impacto nos desfechos pós-IAMCSST. A redução do NT-pro BNP após IAMCSST estaria associada a uma menor taxa de formação de aneurisma do ventrículo esquerdo?
Outra questão é a metodologia para melhorar o NT-pro BNP. O uso de diversos medicamentos, incluindo inibidores de P2Y12, esteve associado à prevenção de aneurisma do ventrículo esquerdo. No entanto, dada a natureza retrospectiva de seu estudo, eles não podem excluir a confusão entre o uso de medicamentos e a gravidade do IAMCSST. Estudos prospectivos são necessários para investigar a implicação de intervenções agressivas usando assistência circulatória cardíaca mecânica (por exemplo, Impella) ou assistência circulatória cardíaca clínica (por exemplo, dosagens agressivas de betabloqueadores) na prevenção da formação de aneurisma esquerdo pós-IAMCSST.