versão impressa ISSN 1413-8123versão On-line ISSN 1678-4561
Ciênc. saúde coletiva vol.24 no.8 Rio de Janeiro ago. 2019 Epub 05-Ago-2019
http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018248.17982017
A adolescência está compreendida entre o período cronológico dos 10 aos 19 anos (OMS)1. É conceituada como uma fase de várias transformações estruturais e comportamentais, sobretudo nos aspectos psíquicos, físicos, biológicos e sociais2. Para dados estatísticos, podemos dividi-la em três etapas: adolescência inicial (dos 10 aos 13 anos), adolescência intermediária (dos 14 aos 16 anos), adolescência final (dos 17 aos 19 anos)3.
Durante a adolescência, o cérebro humano passa por mudanças substanciais para o desenvolvimento e aperfeiçoamento próprio e habitual do sujeito. Modificações estas, essenciais, que possibilitam ao adolescente o desenvolvimento e a conquista de um cérebro adulto equilibrado, autônomo e saudável4. Simultaneamente, neste período, podem emergir diversas inquietudes, além do surgimento de doenças mentais5.
Transformações ocorrem na neuroquímica e neurotransmissão no sistema nervoso do adolescente6. Novas conexões cerebrais são estabelecidas e verifica-se o amadurecimento do córtex pré-frontal, região responsável pela tomada de decisões e o controle dos impulsos. Também ocorrem modificações no sistema de recompensa do cérebro. Assim, comportamentos que são impulsionados por uma recompensa tendem a ser repetidos e aprendidos na procura pelo prazer7,8.
A ansiedade, o nervosismo, o estresse, o medo e a insegurança, são os principais impasses vivenciados pelos jovens que se encontram na etapa média e final da adolescência. Tudo isso em razão das expectativas criadas e vivenciadas para o vestibular e para o ingresso no mercado de trabalho9. Os distúrbios alimentares, a discriminação de gênero e a violência também são pressupostos para o aparecimento desses transtornos mentais10. Dessa maneira, estas manifestações contribuem para que os jovens sejam vulneráveis à utilização de drogas psicotrópicas11.
Drogas psicotrópicas são aquelas que agem no Sistema Nervoso Central (SNC), produzindo alterações no comportamento, no humor e na cognição12. É frequente a prescrição desse tipo de medicamento para adolescentes que sofrem de transtornos mentais13. Tal utilização está ocorrendo precocemente, de modo crescente, exacerbado e indiscriminado14-17.
Assim como os medicamentos psicotrópicos, o exercício físico pode ser usado como uma possível terapêutica, para o tratamento de alguns casos de patologias mentais. Podendo substituir ou diminuir o uso de medicamentos e promover a saúde mental18.
Evidências apontam que o exercício físico acarreta benefícios para a função cerebral, sendo capaz de melhorar a aprendizagem e a memória em seres humanos18,19. O mesmo proporciona sentimentos de alegria, satisfação e bem-estar, diminuindo a ansiedade e a depressão20,21. Entre outros benefícios do exercício, estão uma melhor vascularização cerebral, o estímulo a neurogênese, a diminuição da incidência de demência e o aumento dos níveis de fatores neurotróficos derivados do encéfalo no hipocampo21-23. Nessa perspectiva, o exercício físico é uma atividade favorável ao crescimento e desenvolvimento do adolescente, tornando-se um coadjuvante terapêutico no tratamento das doenças mentais24-26.
Diversos fatores relacionam-se com a prática de atividade física por adolescentes. Estudo recente defende que o conhecimento sobre os benefícios da atividade física para a saúde e o bem-estar estão relacionados com a prática regular de exercícios físicos27.
Investigações que busquem identificar e discutir o conhecimento de adolescentes acerca de hábitos de vida saudáveis, como por exemplo, a prática de atividade física, são relevantes, pois têm o potencial de incrementar indicadores para elaboração de políticas públicas de atenção à saúde destes indivíduos tanto na atenção primária à saúde como nos ambientes escolares.
Nessa direção, o presente estudo teve como objetivo investigar o conhecimento dos adolescentes acerca dos benefícios do exercício físico para a saúde mental.
Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa, realizado em uma escola estadual de um município do Centro-Oeste de Minas Gerais.
Para a inclusão/exclusão dos adolescentes foram adotados os seguintes critérios: adolescentes entre 14 e 19 anos, cursando do 1º ao 3º ano do Ensino Médio na escola onde foi realizado o estudo, que estavam presentes na sala de aula no dia e horário que ocorreu a coleta de dados.
Para a coleta de dados, foi utilizada uma ficha perfil, com a finalidade de caracterizar a amostra estudada. Também foi utilizado um questionário estruturado sobre Exercício Físico e Saúde Mental elaborado pelos pesquisadores, que abordou o conhecimento dos adolescentes acerca dos benefícios do exercício físico sobre a saúde mental. Para a elaboração deste questionário, levou-se em consideração a busca do tema em artigos publicados e na literatura específica. As categorias questionadas foram: conhecimento estrutural e funcional do sistema nervoso central, neurogênese e neuroplasticidade, conhecimento sobre memória e aprendizado, conhecimento sobre ansiedade, depressão, estresse, autoimagem, autoestima, demência e bem-estar mental4-7,10,18,21,24. Devido à complexidade de alguns questionários encontrados na literatura e por não atenderem o nosso objetivo, optamos por produzir um material.
O instrumento elaborado foi testado primeiramente em uma amostra de 10 adolescentes que não participaram da pesquisa, com o intuito de avaliar o entendimento das questões. O questionário também foi analisado pelos professores da escola na qual a pesquisa foi realizada, com intuito de avaliar o entendimento, compreensão e complexidade das questões. O processo fundamentou-se em um estudo de Gazzinelli et al.28. O questionário final foi composto por 20 questões fechadas em que cada resposta correta somava um ponto. Pontuações maiores indicavam maior conhecimento dos adolescentes.
Os adolescentes responderam o questionário de forma individual a pesquisadores devidamente treinados. O processo de coleta durou trinta dias. Foram ainda utilizados o International Physical Activity Questionnaire – IPAQ, versão curta, validado para a população brasileira, e o questionário socioeconômico da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, ABEP/201429-31.
Os dados coletados foram digitados e conferidos em uma planilha do programa Microsoft Excel 2010 e transferidos para o programa de estatística SPSS 19.0 (Statistical Package for the Social Sciences). As análises de estatística descritiva incluíram cálculos de médias, medianas e medidas de variabilidade das variáveis quantitativas, e cálculos de frequências absolutas e relativas das variáveis qualitativas. O teste D’Agostino & Pearson omnibus normality test foi utilizado para verificar a normalidade dos dados das variáveis quantitativas do estudo. Para a análise da associação entre o nível de atividade física (muito ativo; ativo; irregularmente ativo a; irregularmente ativo b; sedentário) e o nível socioeconômico (estratos A, B1, B2, C1, C2, D-E) em relação ao conhecimento, tendo em vista a distribuição assimétrica dos dados, utilizou-se o Teste Kruskal-Wallis, seguido pelo teste de Dunn. Para a análise da associação entre o nível socioeconômico e o nível de atividade física, foi aplicado o teste do qui-quadrado. O nível de significância estabelecido em todos os casos foi de 5% (P ≤ 0,05).
Todo o protocolo experimental realizado foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa com Seres Humanos - CCO da Universidade Federal de São João del-Rei, Campus Centro Oeste, Dona Lindu.
A amostra final foi composta por 302 adolescentes, na faixa etária de 14 a 19 anos, alunos desta escola. Desse total, 198 (65,6%) dos participantes eram do sexo feminino. Dentre os alunos do ensino médio, 121 (40%) eram do primeiro ano, 116 (38%) do segundo ano e 65 (22%) do terceiro ano.
Quanto ao nível socioeconômico (Tabela 1), a maioria dos jovens pertencia às classes C1 e B2, apresentando uma renda média domiciliar entre R$ 2.409,01 a R$ 4.427,36, de acordo com ABEP/2014.
Tabela 1 Caracterização socioeconômica dos participantes do estudo, por Participantes (N) e Porcentagem (%), ABEP/2014. (N = 302).
Classe - ABEP/2014 | Participantes (N) | Porcentagem (%) | Renda média domiciliar (R$) |
---|---|---|---|
A | 19 | 6,3 | 20.272,56 |
B1 | 43 | 14,2 | 8.695,88 |
B2 | 86 | 28,5 | 4.427,36 |
C1 | 91 | 30,2 | 2.409,01 |
C2 | 49 | 16,2 | 1.446,24 |
D/E | 14 | 4,6 | 639,78 |
A média de pontos obtidos no questionário de avaliação do nível de conhecimento sobre exercício físico e saúde mental foi de 14,2 (71%) pontos, com um desvio padrão de 2,2º pontos. A mediana foi de 14 pontos, com um intervalo interquartil de três pontos.
Em relação à quantidade de tempo em horas que os adolescentes gastam sentados durante um dia de semana e um dia de final de semana, a média obtida foi de respectivamente 7,8 horas durante um dia de semana e 7,2 horas durante um dia de final de semana.
Com relação ao uso de medicamentos, 58 (19,2%) dos adolescentes fazem uso de medicamentos contínuos. Sendo que destes, 11 (3,6%) usam psicotrópicos.
Sobre a prática de exercícios físicos e esportes, 168 (55,6%) responderam que praticam, sendo que entre os adolescentes do sexo feminino, 55% não praticam exercícios físicos e esportes e no sexo masculino, 25% relatam não praticar essas atividades. A maior parte dos participantes, no entanto, foi classificada como ativos no critério nível de atividade física (Tabela 2).
Tabela 2 Caracterização dos participantes do estudo quanto o nível de atividade física, IPAQ, por Participantes (N) e Porcentagem (%). (N = 302).
Classificação IPAQ | Participantes (N) | Porcentagem (%) |
---|---|---|
Muito ativo | 38 | 12,6 |
Ativo | 175 | 57,9 |
Irregularmente ativo A | 30 | 9,9 |
Irregularmente ativo B | 38 | 12,6 |
Sedentário | 21 | 7,0 |
Total | 302 | 100% |
Quando analisamos a associação entre o conhecimento e o questionário IPAQ (Gráfico 1), observou-se que indivíduos mais ativos possuíam um maior conhecimento acerca dos benefícios do exercício físico para a saúde mental. Este resultado foi estatisticamente significativo, P = 0,002 no teste Kruskal Wallis. O teste de Dunn indicou diferenças significativas entre a categoria “sedentário” e as categorias “muito ativo”, “ativo” e “irregularmente ativo A”. As menores pontuações foram obtidas em indivíduos irregularmente ativos do grupo B e em sedentários.
Gráfico 1 Distribuição de pontos obtidos na avaliação do nível de conhecimento, associado com o nível de atividade física realizada pelos participantes. Teste Kruskal-Wallis, P = 0,002.
Com relação à comparação e interpretação entre o nível socioeconômico dos participantes e o nível de atividade física praticada, e a correlação entre o nível de conhecimento dos participantes com o nível socioeconômico, encontrou-se um p > 0,05, não sendo este resultado, estatisticamente significativo.
Os resultados encontrados nesse estudo sugerem que o conhecimento dos adolescentes acerca dos benefícios do exercício físico para a saúde mental influenciam no hábito da prática de atividade física. Os participantes considerados mais ativos apresentaram um maior conhecimento em relação aos proveitos do exercício físico sobre a saúde mental, p = 0,002.
Venâncio et al.32, ao avaliarem o excesso de peso, o nível de atividade física e os hábitos alimentares em escolares, verificaram a seguinte questão: os estudantes classificados como obesos, possuíam um alto nível de conhecimento sobre nutrição e práticas alimentares não saudáveis. Assim, o conhecimento do escolar não favoreceu a execução de hábitos nutricionais adequados. Ao oposto, no presente estudo, o conhecimento sobre as vantagens do exercício físico à saúde mental, e sobre os diversos sistemas orgânicos, oportunizou ao púbere a prática de hábitos mais saudáveis quanto à prática de esportes, atividades e exercícios físicos.
Um estudo de Serafim et al.33, que analisou a influência do conhecimento sobre o estilo de vida saudável no controle da pressão arterial dos indivíduos, demonstrou que o entendimento referente à perda de peso corporal, foi uma condição determinante para o controle adequado da hipertensão. O presente trabalho corrobora com esse estudo, onde o conhecimento adquirido pelo adolescente favoreceu a prática regular de atividade física. Sendo que os indivíduos classificados como sedentários demonstraram um menor conhecimento referente ao tema. Diante disso, reforça-se a iniciativa e importância das intervenções em educação e saúde.
Entretanto, em adolescentes, só o conhecimento não resulta na transformação do comportamento ou nas mudanças no hábito ou estilo de vida. Neste aspecto, as intervenções em educação em saúde devem considerar a individualidade e o contexto social dos púberes, tendo a função de estimular comportamentos, valores, atitudes, criatividade e a reflexão dos adolescentes34.
Na literatura, existem poucos estudos relacionados à atividade física e a intervenção em saúde dos escolares35. Assim, esse trabalho projeta um olhar para a necessidade e o intuito de criar e propor intervenções, informar e socializar os jovens quanto ao hábito saudável da prática de exercício físico, assim como despertar no púbere o interesse pelo entendimento e conhecimento dos benefícios do exercício para a saúde mental e do corpo. Os resultados do presente estudo possibilitam fundamentar políticas públicas e subsidiar a prática clínica dos profissionais de saúde, sobretudo nos aspectos que compreendem a educação, a prevenção e a promoção em saúde mental.
Neste trabalho, a relação entre o nível de atividade física e o nível socioeconômico dos participantes não foi estatisticamente significativa. Estudos que investigaram a ligação entre atividade física e classe social se depararam com os mais diferentes resultados. Características físicas, sociais e ambientais das populações, além dos vários questionários utilizados e disponíveis na literatura, contribuem para grande variabilidade das conclusões36.
Um estudo de Sousa et al.37, que objetivou identificar a relação existente entre o nível de atividade física e o nível socioeconômico de adolescentes escolares, concluiu que indivíduos classificados como mais ativos, pertencem às classes econômicas mais baixas, enquanto que os participantes menos ativos, são condizentes as classes sociais mais elevadas38.
Souza et al.39 explica que os adolescentes das classes socioeconômicos mais pobres, utilizam a caminhada e a bicicleta como meio de transporte na sua locomoção diária. Relata também que os sujeitos do sexo feminino das classes inferiores, estão mais envolvidos com as atividades domésticas diárias do lar. Estes aspectos podem contribuir para a justificativa do nível elevado da prática de atividade física das classes sociais menos favorecidas40.
Ao correlacionar o conhecimento dos jovens com o nível socioeconômico dos mesmos, também não foi possível encontrar significância estatística. Determinado estudo que comparou adolescentes escolares da rede pública e privada, referente ao conhecimento apropriado sobre os métodos contraceptivos, evidenciou baixa ligação do conhecimento com a variável da classe econômica. O mesmo justificou que os indivíduos pertencentes a melhores classes sociais, possuem melhor acesso às referências seguras e com propriedades. No entanto, essas informações podem não ser o bastante e suficientes para determinar nível de conhecimento41. O presente estudo corrobora com tal análise. Todos os participantes da pesquisa pertenciam a uma escola da rede pública. Assim, evidenciamos que mesmo os integrantes das classes econômicas desfavorecidas, dispõem de acesso à informação, sobretudo nas mídias e redes sociais com o uso da internet42.
Os benefícios da prática regular de exercício físico já são bem evidenciados e descritos na literatura21,22. O mesmo previne o excesso de peso, a obesidade, ajuda a reduzir e controlar os níveis de pressão arterial, os níveis de colesterol, controla o diabetes, melhora a autoestima, diminui a ansiedade, a depressão, regula o sono, fortalece o sistema musculoesquelético, além de induzir a plasticidade cerebral24,25. Desta maneira, a maioria dos profissionais que trabalham na área da saúde encontra-se familiarizada com tais benefícios, diferentemente do leigo, que nem sempre possui esse conhecimento43.
Neste estudo, 44,4% dos participantes relataram não praticar nenhum tipo de exercício físico. A porcentagem de meninas que não praticam é de 55%, contra 25% dos meninos, salientando que os meninos praticam mais atividade física do que as meninas. Também, em porcentagem, ocorre uma redução da prática de exercício físico ao longo dos anos do ensino médio.
Um estudo de Hallal et al.44, que avaliou atividade física na adolescência e os seus benefícios a saúde, evidenciou uma taxa de prevalência de sedentarismo de 58,2%. Na pesquisa o sedentarismo estava associado ao sexo feminino, ao nível socioeconômico, a ter mãe inativa e ao tempo diário assistindo à televisão. A presente pesquisa corrobora com esse estudo, estando às taxas de sedentarismo ou inatividade física bem próxima às lá encontradas. Também em nosso estudo concluímos que a taxa de sedentarismo é maior no sexo feminino. Neste aspecto são necessárias intervenções, ações, estratégias de combate à inatividade física, estimulando os jovens a praticar exercício físico e arquitetando espaços onde o mesmo possa ser realizado45.
Apesar de 19,2 %, dos participantes do estudo fazerem uso de medicamentos contínuos, apenas 3,6 % destes, usam drogas psicotrópicas. Diversas pesquisas têm demonstrado a ocorrência de doenças mentais em adolescentes46. A OMS47 estima uma prevalência de 10% a 20%. Netto et al.48 ressalta que o uso inapropriado de psicofármacos provoca reações adversas, tolerância e dependência. Neste sentido, torna criterioso o uso dessas drogas, sobretudo em adolescentes que estão em estado de profundas transformações e construções de um cérebro adulto maduro49.
Buscando uma terapêutica conservadora, ou mesmo auxiliar à terapia medicamentosa, cabe aos familiares, educadores e aos profissionais da saúde a função de informar sobre os benefícios do exercício físico a saúde dos adolescentes49.
Araújo et al.50 demostraram que o mesmo é um coadjuvante do tratamento medicamentoso, agindo de maneira positiva sobre os estados de ansiedade e depressão. O exercício físico promove a saúde mental no adolescente, reduzindo a necessidade de medicamentos, os gastos em saúde pública e os riscos de futuras doenças mentais50.
Assim, esse estudo mostrou que o conhecimento do adolescente sobre os benefícios do exercício físico a saúde mental, pode influenciar positivamente em seus hábitos saudáveis e estilo de vida. Deste modo, a educação em saúde é fundamental para proporcionar conhecimento e levar informação aos jovens, e o incentivo à prática de exercício físico é essencial para o bem-estar mental.
O conhecimento dos adolescentes acerca dos benefícios do exercício físico à saúde mental oportuniza e incentiva a prática regular de exercício físico, independente da classe social. Os resultados sugerem que o conhecimento pode ser um fator protetor contra o sedentarismo e a inatividade física.