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Correlação entre dor neuropática e qualidade de vida

Correlação entre dor neuropática e qualidade de vida

Autores:

Flavia Cesarino Almeida,
Amanda Castilho,
Claudia Bernardi Cesarino,
Rita de Cassia Helu Mendonça Ribeiro,
Marielza Regina Ismael Martins

ARTIGO ORIGINAL

BrJP

versão impressa ISSN 2595-0118versão On-line ISSN 2595-3192

BrJP vol.1 no.4 São Paulo out./dez. 2018

http://dx.doi.org/10.5935/2595-0118.20180066

INTRODUÇÃO

A dor neuropática (DN) é uma dor que ocorre como uma consequência direta de uma doença ou lesão que afete o sistema somatossensorial1 e que deve ter o diagnóstico baseado na descrição da dor pelo paciente e outros sintomas subjetivos (queimação, fisgadas, choques etc.), avaliação de sinais clínicos, além de testes laboratoriais que demonstrem tais alterações2.

Os dados da literatura variam, mas reportaram prevalência de DN em torno de 8% da população geral, provavelmente devido à metodologia utilizada e aos instrumentos para o diagnóstico. Na América Latina, a DN afeta 2% da população, sendo que 15 pacientes de cada 100 que procuram auxílio médico por dor, sofrem de DN2,3.

A avaliação do paciente deve focalizar o grau de comprometimento do sistema somatossensorial, os déficits neurológicos, as comorbidades do sistema límbico e da cognição, e finalmente, o impacto geral da dor na saúde e qualidade de vida (QV) dos pacientes3.

Estudos mostram que a dor crônica neuropática pode contribuir para deficiência, depressão, ansiedade, distúrbios do sono, má QV e aumento dos custos dos cuidados de saúde, com cerca de 20% da população adulta na Europa4,5 comprometida.

Estudos recentes mostraram que a maioria dos pacientes tratados para DN recebe fármacos de eficácia não demonstrada ou em subdoses, sendo os fármacos antidepressivos tricíclicos e anticonvulsivantes os principais representantes no tratamento deste tipo de dor, seja de origem periférica ou central6,7.

Um fator que interfere com o estudo da prevalência da DN é o método empregado para fazer o diagnóstico. Atualmente são usados vários critérios, e os instrumentos mais usados têm sido os questionários Douleur Neuropathique 4 Questions (DN4) e especialmente o Leeds Assessment of Neuropathic Symptoms and Signs Score (S-LANSS) que visam identificar predominantemente a dor de origem neuropática, como distinta da dor nociceptiva, sem a necessidade de exame clínico. O questionário S-LANSS foi recentemente validado para uso em pesquisas por via postal, tornando a identificação da dor de origem predominantemente neuropática mais fácil e possível. Outro instrumento é o questionário painDETECT (PD-Q), instrumento de triagem confiável, com alta sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo em torno de 80%8,9.

Nota-se que nas pesquisas recentes cada vez mais são utilizados métodos não farmacológicos e psicoeducativos para o manuseio da dor; o que demonstra uma nova visão dos profissionais.

Ainda assim, esses estudos são escassos no Brasil, e na literatura internacional, onde são mais frequentes, verifica-se que as intervenções educativas produzem efeitos positivos significativos sobre a função e o conhecimento dos pacientes com dor10.

Dessa forma, é recomendável capacitar a pessoa a se autogerenciar, e a educação e o treinamento sobre a natureza da dor e seus efeitos demonstraram que o uso da intervenção educativa de autocuidado em pacientes com DN melhora a QV, a independência e vitalidade11.

Diante desse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar a correlação entre a dor e a QV, identificando aspectos limitantes no cotidiano desses pacientes.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo, transversal, realizado na Clínica da Dor do Hospital de Base de São José do Rio Preto, com pacientes diagnosticados clinicamente com DN, em média a 15±2,3 meses. Foram excluídos os pacientes com incapacidade mental, doença neurológica ou que não consentissem em participar do estudo.

Para a coleta de dados utilizou-se uma entrevista semiestruturada com objetivo de identificar os dados sociodemográficos dos pacientes com dores neuropáticas e o questionário sobre dor DN412, originalmente em francês, que foi devidamente traduzido e validado para o português e foi utilizado para identificar os pacientes com dor não neuropática e neuropática. O questionário é composto por 10 itens subdivididos em duas partes: descritores sensoriais (sete itens) e sinais referentes ao exame sensorial (três itens). A presença de DN foi considerada a variável dependente e necessária para atingir um escore de pelo menos 4 em 10, enquanto a dor não neuropática apresentou escores menores que 4 em 10.

Para avaliar a QV foi utilizado o questionário WHOQOL-bref13 que consta de 26 questões dividas em 4 domínios, sendo eles: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. Esse instrumento é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) porque valoriza a percepção individual, podendo avaliar a QV em diversos grupos e situações, independentemente do nível de escolaridade. O instrumento apresenta propriedades psicométricas satisfatórias e demanda pouco tempo de aplicação. Por meio desse instrumento é possível descrever a percepção subjetiva de um indivíduo em relação à sua saúde física e psicológica, às relações sociais e ao ambiente em que vive13,14.

A amostragem foi de conveniência e o cálculo do seu tamanho considerou a população de 70 pacientes atendidos mensalmente no Serviço da Clínica da Dor. A amostra do estudo foi calculada pela calculadora amostral online, considerando um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 55, totalizando 61 pacientes.

Esses dados foram coletados por um pesquisador previamente treinado, antes da consulta médica, e seus contatos telefônicos registrados para futura investigação acerca do automanuseio.

Este estudo foi aprovado com o Parecer n. 2.024.585 pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FAMERP.

Análise estatística

A análise estatística utilizou o teste t na comparação dos escores dos instrumentos de QV e o teste de Análise de Variância (ANOVA) com teste de comparação múltipla de Tukey post-hoc para comparação dos escores dos instrumentos de QV e dor, além da análise alfa de Cronbach para as correlações. O nível de significância aplicado para os testes: 0,05 ou 5% e o software utilizado foi o Minitab 17 (Minitab Inc.).

RESULTADOS

Foram avaliados 61 pacientes sendo 57,3% (n=35) mulheres, com média de idade 50,6±13,1 anos e mediana de 51 anos. O coeficiente de variação (CV) dessa distribuição foi de 25,9%. A idade mínima observada foi de 21 anos e a máxima de 74 anos. Quanto ao nível educacional, 59% (n=36) frequentaram apenas o ensino fundamental e 61% (n=37) eram casados. Foi relatado em 39% (n=24) doenças como sendo a principal causa de dor e, relatando os problemas físicos como as principais mudanças após a dor (57% - n=35).

A maioria dos pacientes apresentou atitude positiva em relação à DN (68% - n=42) (Tabela 1).

Tabela 1 Percentual das variáveis de caracterização amostral dos pacientes com dor neuropática avaliados no estudo. São José do Rio Preto/SP, 2017 

Variáveis Pacientes com dor neuropática
n %
Sexo
Feminino 35 57,38
Masculino 26 42,62
Escolaridade
Fundamental 36 59,02
Médio 15 24,59
Superior 10 16,39
Estado civil
Com companheiro 37 61,67
Sem companheiro 23 38,33
Causa da dor
Acidente 16 26,23
Doenças 24 39,34
Outras 16 26,23
Não sabe 5 8,20
Mudanças após a dor
Problemas emocionais 26 42,62
Problemas físicos 35 57,38
Como lidam com a dor
Atitude negativa 19 68,85
Atitude positiva 42 31,15

Todos os pacientes tiveram confirmados a DN pelo DN4. Ao considerar os aspectos envolvidos nesse questionário, a intensidade da dor foi de 5,1±1,2 e os descritores sensoriais mais prevalentes foram formigamento (52%) e queimação (28%). Quanto aos sinais físicos referentes à sensibilidade, a hipoestesia ao toque foi a predominante (62%).

Com relação à QV, a tabela 2 mostra os resultados da aplicação do WHOQOL-BREF para os pacientes com DN.

Tabela 2 Estatísticas descritivas dos escores da qualidade de vida de pacientes com dor neuropática pela aplicação do World Health Organization Quality of Life-BREF. São José do Rio Preto/SP, 2017 

Domínio n Média±desvio padrão2 Mediana Valor de p1
Geral 61 49,18±17,66 ab 50,00 <0,001
Físico 61 43,74±14,60 b 46,43
Psicológico 61 55,33±15,50 a 54,17
Social 61 56,69±18,56 a 58,33
Ambiente 61 55,58±12,57 a 56,25

1Valor de p referente ao teste de Análise de Variância (ANOVA) a p<0,05.

2Letras diferentes na mesma coluna diferenciam-se entre si pelo teste de comparação múltipla de Tukey a p<0,05.

Neste estudo, o domínio físico foi o que apresentou menor escore quando comparado aos demais domínios, evidenciando que os pacientes avaliados apresentaram QV significativamente inferior nesse domínio. Sendo assim, esse domínio será analisado de acordo com as variáveis de caracterização amostral com o objetivo de observar a influência dessas variáveis no escore do domínio físico (Tabela 3).

Tabela 3 Estatísticas descritivas dos escores do domínio físico de acordo com o World Health Organization Quality of Life-BREF para os pacientes com dor neuropática. São José do Rio Preto/SP, 2017 

Estatísticas descritivas n Média±desvio padrão Mediana Valor de p
Sexo
Feminino 35 44,69±13,23 46,43 0,570
Masculino 26 42,45±16,45 44,64
Faixa etária (anos)
Até 59 44 45,62±13,23 46,43 0,157
60 ou mais 17 38,87±17,17 42,86
Estado conjugal
Com companheiro 38 44,08±13,19 42,86 0,827
Sem companheiro 23 43,17±16,99 46,43
Escolaridade
Fundamental 36 44,15±15,32 44,64 0,888
Médio 15 42,14±17,03 46,43
Superior 10 44,64±7,19 44,64
Causa da dor
Acidente 16 49,33±12,73 50,00 0,344
Doença 24 40,92±16,14 42,86
Outras 16 42,41±15,20 42,86
Não sabe 5 43,57±6,87 46,43
Mudanças após a dor
Problemas emocionais 26 44,23±13,13 44,64 0,817
Problemas físicos 35 43,37±15,79 46,43
Como lida com a dor
Atitude negativa 19 40,04±13,07 42,86 0,165
Atitude positiva 42 45,41±15,10 46,43

*Valor de p referente ao teste t para amostras independentes a p<0,05.

Os resultados da tabela 3 mostraram que não há diferenças significativas nos escores do domínio físico para as variáveis de caracterização amostral avaliadas.

Quanto a correlações foi utilizado o parâmetro alfa de Cronbach que indica a aderência da amostra ao instrumento de QV aplicado, evidenciando a alta ou baixa confiabilidade do instrumento para mensurar a QV dos indivíduos do estudo. A tabela 4 mostra os coeficientes de alfa de Cronbach para os pacientes com DN.

Tabela 4 Coeficientes alfa de Cronbach para os domínios do instrumento World Health Organization Quality of Life-BREF para os pacientes com dor neuropática. São José do Rio Preto/SP, 2017 

Domínios Escala/item Coeficiente alfa de Cronbach com a exclusão de item Coeficiente alfa de Cronbach da escala
Geral 1 - -0,055
2 -
Físico 3 0,493 0,492
4 0,445
10 0,506
15 0,430
16 0,362
17 0,484
18 0,433
Psicológico 5 0,455 0,550
6 0,441
7 0,358
11 0,470
19 0,487
26 0,711
Social 20 0,469 0,475
21 0,043
22 0,557
Ambiental 8 0,524 0,546
9 0,517
12 0,551
13 0,536
14 0,453
23 0,496
24 0,477
25 0,535

DISCUSSÃO

Uma pesquisa realizada pela Escola de Enfermagem da USP em 201515 objetivou conhecer as implicações da DN na QV de indivíduos com lesão medular traumática. Contrapondo os resultados do presente estudo, os pacientes participantes da pesquisa foram em sua maioria do sexo masculino, com idade entre 30 e 49 anos, casados, aposentados e com ensino médio. As implicações dos pacientes com DN e QV mostram que pacientes que referiram maior intensidade de dor têm um pior resultado em relação à QV, no fator social, que aborda relações pessoais, vida sexual e apoio que recebem dos amigos15.

Já um estudo sobre a provável prevalência de DN nos EUA16, num total de 24.925 entrevistados, os dados demográficos apresentaram 52,2% do sexo feminino e idade média de 51,5 anos, corroborando os dados do presente trabalho.

Outros autores16 constataram que, mesmo com a convivência com a DN, os pacientes têm atitude positiva, buscando melhor QV, mas que é diretamente proporcional à intensidade da dor, ou seja, quanto maior a dor, menor a QV do indivíduo.

Nesse contexto, uma pesquisa recente17 refere que pessoas com dor crônica não são passivas. Eles tentam ativamente mudar as causas da dor e seu próprio comportamento em resposta à dor. No entanto, para muitos pacientes, tal mudança sem ajuda terapêutica é inatingível, e repetidas tentativas mal direcionadas para resolver o problema da dor os conduzem ainda mais para um ciclo de dor, depressão e incapacidade.

Um trabalho avaliou o impacto da neuralgia trigeminal na QV e sua associação com o tempo de dor18 em 20 pacientes acima de 40 anos, divididos em 2 grupos. O grupo I foi formado por 10 pacientes com neuralgia trigeminal e o grupo II por 10 pacientes saudáveis, sem dor. Concluiu-se que a neuralgia trigeminal exerce um impacto negativo na QV, não importando a intensidade da dor.

Em um estudo que buscou identificar a DN utilizando o DN4 mostrou que ele se apresenta como uma ferramenta validada de rastreamento19. Nesta pesquisa, o item “formigamento” foi o mais relatado pelas pessoas que referiram dor (52%), seguido de “queimação” (36,5%) como queixa mais relatada e, dos itens “alfinetada e agulhada” (35,4%) e “adormecimento” (31,2%). Esses resultados estão em concordância com o previsto na literatura, que apontam o formigamento, a dormência, a queimação, dor contínua, lacerante e com sensação de agulhadas como manifestações clínicas da DN19.

Estudos epidemiológicos sobre a prevalência da dor crônica neuropática no cotidiano dos pacientes referem que DN (NeP- Neuropatic Pain) crônica pode reduzir significativamente a QV e impor encargos econômicos aos indivíduos e à sociedade. Nesses estudos há fortes evidências e sugerem que os pacientes com NeP experimentam piores níveis de QV relacionados à saúde do que a população em geral15,19.

Todos os domínios do instrumento de avaliação da QV apresentaram coeficientes alfa de Cronbach abaixo de 0,700, especialmente o domínio geral, com alfa de Cronbach negativo. Sendo assim, com um coeficiente em torno de 0,4 e 0,5, o instrumento utilizado (WHOQOL-BREF) apresentou média aderência para os pacientes com dores neuropáticas. Vale ressaltar que a utilização de determinados questionários previamente validados e gerais podem acarretar esse tipo de resultado, já que não são específicos para determinados tipos de pacientes, ou seja, não são pontuais.

Em uma pesquisa realizada em São Luís, MA20, que avaliou a influência da dor crônica na QV de idosos, o WHOQOL-BREF apresentou boa consistência interna. Pelos valores observados pelo coeficiente alfa de Cronbach em todas as suas questões foi possível evidenciar a influência negativa da dor crônica na QV desses idosos.

Os estudos concordam em evidenciar que a dor crônica está relacionada com a diminuição da QV, afetando a autonomia e a realização de atividades cotidianas, sociais, familiares e financeiras17,19.

CONCLUSÃO

Foi constatado que os pacientes com DN tiveram a QV afetada com maior impacto nos problemas físicos após o aparecimento da dor e apresentaram uma atitude positiva frente a ela, tentando mudar as causas da dor, porém com ajuda terapêutica.

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