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Corrente Aussie em estudantes com cervicalgia crônica: um ensaio clínico randomizado

Corrente Aussie em estudantes com cervicalgia crônica: um ensaio clínico randomizado

Autores:

Bruna Caroline da Silva,
Camila Amaral Coracini,
Carla Lautenschleger Branco,
Mayara Doneda Michelon,
Gladson Ricardo Flor Bertolini

ARTIGO ORIGINAL

BrJP

versão impressa ISSN 2595-0118versão On-line ISSN 2595-3192

BrJP vol.1 no.3 São Paulo jul./set. 2018

http://dx.doi.org/10.5935/2595-0118.20180040

INTRODUÇÃO

A cervicalgia é uma queixa de dor comum em indivíduos adultos sendo muito relacionada ao uso de computadores e à sobrecarga de trabalho; fatores que influenciam na exacerbação dos sintomas1. Afeta o bem-estar global do indivíduo e a saúde da sociedade de forma geral, definindo-se como um problema de saúde pública e de grande importância na sociedade mundial2. Pode advir de diversas causas, tais como radiculopatias, cefaleia cervicogênica, tumores, espondilites e artrites. São comuns em diversas faixas etárias, com maior incidência no sexo feminino, trazendo prejuízos nas suas atividades de vida diária1.

Em geral, pode estar relacionada com movimentos bruscos, longa permanência em posição forçada, movimentos repetitivos, esforço ou trauma, resultando quadros dolorosos, inflamatórios, com perda de amplitude de movimento (ADM), fadigabilidade de flexores e extensores de cervical, rigidez local e redução da propriocepção2. Além disso, leva uma grande parte das pessoas a vícios farmacológicos, instabilidade emocional, quadros deprimentes, disfunções relacionadas às atividades laborais e deficiências nas atividades diárias3.

A eletroestimulação se mostra eficaz para a inibição de dor, promovendo analgesia por meio das vias ascendentes e descendentes de controle da dor4. As correntes mais comumente utilizadas na prática clínica são a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), tanto de frequên cia baixa quanto alta, a corrente interferencial (bi ou tetrapolar) e a estimulação elétrica neuromuscular (FES), sendo que as duas primeiras geralmente são as escolhidas quando se objetiva a redução de quadros dolorosos5. Porém, ao avaliar correntes de média frequência, com diferentes correntes carreadoras, Ward e Robertson6 observaram que 1kHz apresentou maiores torques do que frequências superiores. Ainda dentro dessa gama de correntes, a modulação em bursts com menores frequências do que as observadas na interferencial e Russa, têm características de melhor produção de torque e sensibilidade7,8.

Ward, Oliver e Bucella9 compararam duas formas de corrente de média frequência (correntes Russa e Aussie) com duas formas de baixa frequência monopolares, avaliando tanto o torque produzido quanto o seu desconforto. Observaram que a corrente Russa produziu menor torque que as demais, sendo que as de média frequência foram mais agradáveis. Assim, concluíram que a Aussie (1kHz e pequena duração de burst) é uma boa opção quando se deseja conforto associado a altos níveis de torque. Apesar de relatos favoráveis a seu uso, há uma lacuna com relação ao uso da corrente Aussie para analgesia abaixo do limiar motor.

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da corrente Aussie em estudantes com cervicalgia crônica, bem como suas características de acomodação.

MÉTODOS

Estudo quantitativo, experimental e aleatorizado (amostras colhidas por conveniência). Para este estudo foram recrutados 26 estudantes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) de ambos os sexos (20 mulheres e 6 homens), com idade média de 21,81±2,48 anos, altura 1,67±0,08m, peso 66,31±14,95kg, e índice de massa corporal (IMC) 23,12±4,27kg/m2, que apresentavam cervicalgia crônica. Os participantes foram separados equitativamente em grupo controle (GC - foram submetidos a tratamento placebo) e grupo corrente Aussie (GA). O cálculo para a amostra, com base na força de preensão, com desvio padrão e diferença a ser detectada de 2,8I/cm2, poder de 80%, apresentou para cada grupo 12 indivíduos.

Para participar do estudo, os participantes deveriam ter idade de 18 a 30 anos, serem discentes da UNIOESTE, apresentar dor cervical por mais de três meses, com dor ao movimento da cervical, nunca ter feito nenhum tipo de eletroestimulação no local, ter disponibilidade para estar presente durante os períodos de tratamento ou avaliação, e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Foram critérios de exclusão: cirurgia relacionada à cervical, gestação, marca-passo cardíaco, ingestão de fármacos analgésicos 30 dias antes da aplicação e durante o período experimental, radiculopatia, alteração de sensibilidade local. Devido a faltas, foram excluídos dois voluntários do GC.

A coleta de dados e as intervenções foram realizadas no Centro de Reabilitação Física (CRF) da UNIOESTE. Foi aplicado o Neck Disability Index (NDI)10, adaptado para o português, que coletou os dados individuais a respeito de intensidade de dor, cuidado pessoal, levantamento de objetos, leitura, dores de cabeça, atenção, trabalho, condução de automóveis, dormir e diversão. Além desse questionário, foi utilizada a escala analógica visual (EAV), por meio de um dispositivo de madeira, com escalímetro variando em 10cm com indicações de sem dor (nível zero) e máxima dor (nível 10). No lado contralateral (visão do avaliador) havia uma régua centimetrada. As avaliações foram aplicadas pré (Av1) e pós-intervenção (Av2), além da sua reaplicação com um mês de seguimento (Av3).

Além das avaliações citadas, foram realizadas nos mesmos momentos a goniometria ativa da coluna cervical, nos movimentos de flexão, extensão, e flexão lateral, com goniômetro universal com avaliação em graus; o teste de força de preensão com uso de um dinamômetro manual (North Coast Medical®), com mensuração em libras por cm2.

A intervenção com a corrente Aussie (Neurodyn - Ibramed®) foi realizada três vezes na semana durante quatro semanas, totalizando 12 aplicações em cada indivíduo. A frequência da base foi de 1000Hz (1kHz), modulada em 50Hz, com duração de ciclo de quatro milissegundos. A intensidade utilizada foi considerada forte, porém não dolorosa, não atingindo o limiar motor. Foram utilizados dois eletrodos de borracha-silicone (2 por 4cm), um sobre a região atlanto-occipital e outro sobre o processo espinhoso da segunda vértebra torácica (Figura 1).

Figura 1 Posição dos eletrodos durante a aplicação da corrente Aussie, utilizados em ambos os grupos 

Visto o fenômeno da acomodação à corrente elétrica, foram avaliadas a intensidade e o tempo que demorou para ocorrer a primeira acomodação, na 1ª, 4ª, 8ª e 12ª terapias.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIOESTE sob nº 2.162.923.

Análise estatística

Os dados são apresentados em mediana, 1º e 3º quartis para NDI e EAV, com comparação dentro dos grupos com teste de Kruskal-Wallis e comparação entre os grupos com Mann-Whitney. Para a força de preensão e goniometria, os dados são apresentados em média e desvio padrão, com comparações realizadas por ANOVA unidirecional e teste t para amostras não pareadas, intra e intergrupos, respectivamente. Para as variáveis de acomodação da corrente, os dados são apresentados em média e desvio padrão, com comparações realizadas por ANOVA unidirecional. Em todos os casos o nível de significância aceito foi de 5%.

RESULTADOS

Não se verificou diferença significativa entre as três avaliações na comparação intra e intergrupos para o NDI e a EAV (Tabela 1).

Tabela 1 Resultados do Neck Disability Index e escala analógica visual, comparando as avaliações realizadas em cada grupo e entre os grupos 

GC GA Valor de p
NDI Av1 Mediana
1º - 3º Q
20
14-26
24
20-28
0,1644
Av2 Mediana
1º - 3º Q
14
12-15
16
14-24
0,2024
Av3 Mediana
1º - 3º Q
12
9-20
20
10-26
0,3391
Valor de p 0,3933 0,0964
EAV Av1 Mediana
1º - 3º Q
4
3-4,5
3
3-5
0,8393
Av2 Mediana
1º - 3º Q
2
2-4
2
2-3
0,7943
Av3 Mediana
1º - 3º Q
2
1,5-3
3
2-5
0,1396
Valor de p Valor de p 0,0525 0,3052

GC = grupo controle; GA = corrente Aussie; EAV = escala analógica visual; NDI = Neck Disability Index; Av1 = pré-intervenção; Av2 = pós-intervenção; Av3 = após um mês de seguimento

Novamente, não foram observadas diferenças significativas na força de preensão e nos movimentos avaliados (Tabela 2).

Tabela 2 Resultados da preensão e goniometria, em média e desvio padrão, comparando as avaliações dentro de cada grupo e entre os grupos 

GC GA Valor de p
Preensão Av1 9,9±3,1 9,8±2,5 0,9128
Av2 9,7±2,9 10,3±2,6 0,6500
Av3 9,1±2,6 9,3±2,3 0,7694
Valor de p 0,7055 0,6966
Flexão Av1 42,6±7,2 40,1±7,1 0,409
Av2 44,2±6,5 44,7±7,2 0,8382
Av3 43,8±8,1 43,8±6,3 0,9925
Valor de p 0,8749 0,2118
Extensão Av1 45,4±7,9 39,3±7,6 0,0705
Av2 45,1±6,4 44,1±7,9 0,7348
Av3 43,9±8,2 42,6±8,8 0,7165
Valor de p 0,8781 0,3291
Flexão lateral direita Av1 36,9±7,5 37,7±13,2 0,8508
Av2 36,8±4,6 39,6±7,6 0,3006
Av3 36,0±6,3 38,5±9,8 0,4451
Valor de p 0,933 0,8991
Flexão lateral esquerda Av1 36,9±8,9 32,3±8,6 0,2213
Av2 34±7,1 35,6±5,1 0,5197
Av3 35,1±6,4 38,4±5,1 0,1655
Valor de p 0,6701 0,0668

GC = grupo controle; GA = corrente Aussie; Av1 = pré-intervenção; Av2 = pós intervenção; Av3 = após um mês de seguimento.

Para a acomodação, com relação ao tempo necessário para ocorrer o primeiro evento, não houve diferenças significativas entre as terapias avaliadas, mas houve para a intensidade, sendo que a primeira apresentou valores menores do que as outras (Tabela 3).

Tabela 3 Resultados das intervenções no grupo tratado, observando o limiar de acomodação (tempo em segundos) e intensidade (miliamperes) 

Terapia Tempo Intensidade
267,6±172,5 20,6±10,1
233,4±176,2 38,1±17,8*
253,8±216,5 39,6±19,1*
12ª 300±136,3 37,7±11,1*

*Diferença significativa ao comparar com a 1ª terapia.

DISCUSSÃO

A crescente utilização das correntes de média frequência na reabilitação segue a teoria de que elas são mais confortáveis e mais eficazes que as correntes de baixa frequência; visto que as primeiras possuem menor impedância na pele, podendo estimular tecidos mais profundos, apesar de relatos apontarem para efeitos antinociceptivos variados entre as correntes11-13. Há necessidade de novas pesquisas com a eletroestimulação no tratamento de algias da coluna vertebral14.

No presente estudo, a corrente Aussie com base de 1kHz foi utilizada em estudantes com cervicalgia crônica não específica, e avaliada a intensidade da dor pela EAV e a incapacidade funcional pelo NDI. Ambas são formas validadas e consagradas na literatura10,13,15. Apesar de relatos que a eletroestimulação afeta de forma positiva o tratamento de indivíduos com cervicalgia, como a TENS12,16,17 e a interferencial11, no presente estudo, as variáveis relacionadas à dor e incapacidade não apresentaram diferenças com relação aos valores basais ou entre os grupos. Já Corrêa et al.18 observaram em indivíduos com dor lombar crônica que a corrente interferencial, com base de 1 e 4kHz (AMF de 100Hz, durante 30 minutos, 3 dias na semana por 4 semanas), produziu significativa redução na intensidade da dor. Com o passar do tempo de terapia, houve redução no uso de analgésicos e aumento no limiar de dor à pressão. De forma diferente do presente estudo, o tempo por terapia foi maior, mas, Oliveira et al.19 avaliando os efeitos analgésicos da TENS mostraram resultados semelhantes entre 20 e 40 minutos.

Também utilizando a corrente interferencial com 1kHz, mas em indivíduos saudáveis, Venancio et al.20 observaram que 20 minutos de estimulação produziram aumento no limiar de dor à pressão, porém é uma frequência mais desconfortável que 4, 8 e 10kHz. Agripino21 avaliando indivíduos saudáveis, observou eficácia da corrente alternada de média frequência, Aussie, durante 20 minutos, com base de 1 e 4kHz (duração do burst de 2ms, modulada em 50Hz), sobre a intensidade de dor percebida, mas não para o limiar de dor à pressão, sendo que 4kHz mostrou-se superior. No estudo realizado por Pereira et al.22 foram avaliados os efeitos da corrente interferencial, com base de 2kHz, no limiar de dor induzida, aplicada durante 15 minutos, com os eletrodos dispostos nas raízes nervosas de C3 a T1, de forma transcutânea, pela técnica bipolar. Também não houve alteração no limiar de dor à pressão, mas produziu diminuição do limiar de dor ao frio. Assim, supõe-se que um aumento da frequência base utilizada poderia trazer mais benefícios em relação ao limiar de dor, com intensidade mantida abaixo do limiar de contração e a aplicação em raízes nervosas semelhantes.

Em relação a goniometria, o presente estudo não constatou aumento da amplitude em nenhum dos movimentos cervicais testados, apesar de estarem todos restritos. Já Dissanayaka et al.12 observaram melhoras na ADM cervical em indivíduos que foram submetidos à corrente de baixa frequência, mas não encontraram tais resultados naqueles submetidos à média frequência (interferencial).

Moberg et al.23, avaliando profissionais da saúde, observaram uma associação entre VO2max, força de preensão e dor musculoesquelética. Assim, no presente estudo, buscou-se observar se a corrente Aussie poderia melhorar a força de preensão por alterações na dor cervical crônica. No entanto, como já descrito, não houve mudanças no quadro álgico, tampouco na força de preensão manual. Resultado semelhante foi visto por Myśliwiec et al.24 que compararam tração Saunders com TENS em indivíduos com cervicalgia. Eles observaram efeitos de melhora da força de preensão apenas para a primeira opção de tratamento. Já com relação aos efeitos agudos da manipulação vertebral, tanto em indivíduos saudáveis25 quanto com dor cervical crônica26, não foram observadas diferenças na força de preensão manual.

Com relação à característica de acomodação da corrente elétrica, que é comum a outras formas de eletroestimulação27, buscou-se no presente estudo avaliar o comportamento ao longo das terapias, sendo que apenas para a intensidade foi possível observar que houve diferenças entre a primeira terapia e as demais. Isso pode ter ocorrido pela sensação de novidade do uso da corrente, sendo que nos dias seguintes, os voluntários suportavam melhor a intensidade inicial mais elevada. Salienta-se que uma das limitações foi não avaliar o comportamento de outras acomodações dentro da mesma terapia.

CONCLUSÃO

A corrente Aussie, aplicada sem produzir contração muscular, não proporcionou efeitos analgésicos e funcionais significativos em estudantes com cervicalgia crônica, sendo que eles suportaram maiores intensidades ao longo das terapias até que ocorresse sua acomodação.

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