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Craving em usuários de crack segundo características individuais e comportamentais

Craving em usuários de crack segundo características individuais e comportamentais

Autores:

Karine Langmantel Silveira,
Michele Mandagará de Oliveira,
Bruno Pereira Nunes,
Poliana Farias Alves,
Gabriela Botelho Pereira

ARTIGO ORIGINAL

Epidemiologia e Serviços de Saúde

versão impressa ISSN 1679-4974versão On-line ISSN 2237-9622

Epidemiol. Serv. Saúde vol.28 no.1 Brasília 2019 Epub 08-Abr-2019

http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742019000100022

Resumen

Objetivo:

analizar la variación de los niveles de craving de acuerdo con las características individuales y comportamentales de usuarios de crack de dos servicios públicos de tratamiento especializado en Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.

Métodos:

estudio transversal, con muestra de 133 personas; se empleó la escala del Cocaine Craving Questionnaire para verificar los niveles de craving.

Resultados:

86% de los entrevistados presentaran altos niveles de craving; entre los factores individuales, se observó mayor nivel de craving entre las mujeres (45%), mulatos/mestizos (60%), con baja escolaridad (46%) y con trastornos psiquiátricos menores (59%); entre los factores comportamentales, el nivel de craving fue mayor entre quienes se divorciaron el último año (44%), tuvieron problemas con la Justicia (61%), practicaron actos de violencia (57%), hacían uso de más que cuatro sustancias psicoactivas (67%) y presentaban alto consumo de crack (57%).

Conclusión:

se observó que los usuarios presentaron niveles altos de craving, proporcionalmente mayor en algunas variables individuales y conductuales.

Palabras clave: Cocaína Crack; Ansia; Vulnerabilidad en Salud; Consumidores de Drogas; Determinantes Sociales de la Salud; Estudios Transversales

Introdução

Entre os transtornos relacionados ao uso do crack, o mais destacado é o craving. Caracterizado como o intenso desejo de consumir a substância, o craving é apresentado como um dos fatores relacionados ao padrão de consumo da droga,1-3 um critério para diagnóstico de dependência da substância, tanto na Décima Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) como no Manual de Diagnóstico e Estatística de transtornos mentais.4 A urgência pelo uso do crack e a intensidade do craving colocam o risco associado ao consumo abusivo como problema de Saúde Pública.2

Aspectos relacionados à vulnerabilidade social, como a desigualdade, a violência, a escassez de investimento do Estado na educação, na cultura e na saúde,5 entre outros, podem estar associados ao consumo do crack. A influência do craving no organismo está principalmente relacionada com as alterações observadas no humor, no comportamento e no pensamento do usuário,6,7 sendo fundamental compreender a relação dos determinantes sociais de saúde com o craving na população adicta ao crack.

Esses determinantes estão relacionados às condições em que uma pessoa vive e se caracterizam pelos fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais a que o indivíduo está submetido. Os determinantes sociais influenciam todas as dimensões do processo de saúde-doença das populações, tanto do ponto de vista individual quanto coletivo.8

Este estudo teve como objetivo analisar a variação do nível de craving de acordo com as características individuais e comportamentais de usuários de crack de dois serviços de tratamento público.

Métodos

Trata-se de estudo descritivo, realizado com usuários de drogas cadastrados no Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e outras Drogas e no Serviço de Redução de Danos, ambos do município de Pelotas, estado do Rio Grande do Sul, Brasil, no ano de 2012. A escolha desses dois serviços especializados justificou-se pela intenção de incluir o maior número de usuários de drogas atendidos pela rede pública de saúde do município.9

Foram elegíveis para estudo usuários de drogas maiores de 18 anos de idade, moradores de Pelotas e cadastrados e ativos nos serviços de tratamento públicos da cidade.

Para o cálculo da amostra, adotou-se a prevalência de 50% de usuários de crack, por não se dispor de uma estimativa prévia, admitindo-se um erro amostral de 4% sob o nível de confiança de 95%. No denominador, foi utilizado o total de indivíduos cadastrados nos dois serviços (N=5.900). Visando atender aos objetivos do estudo, estabeleceu-se que seriam entrevistados 680 usuários.

As variáveis selecionadas para a análise foram:

  • a) Sociodemográficas

  • - sexo (masculino; feminino);

  • - faixa etária (em anos: menos de 20; 20-24; 25-29; 30-39; 40-49; 50 e mais);

  • - raça/cor da pele (branca; preta; parda/mestiça);

  • - situação conjugal (solteiro; casado/unido; divorciado/viúvo);

  • - escolaridade (sem instrução; ensino fundamental; ensino médio e técnico; ensino superior);

  • - renda familiar (em salários mínimos: sem renda/menos de 1; 1-2; 2 ou mais); e

  • - ocupação (não trabalha; trabalho formal; trabalho informal; trabalhador autônomo).

  • b) Problemas de saúde

  • - presença de problema de saúde (sim; não); e

  • - transtornos psiquiátricos menores (negativo; positivo).

  • c) Ter filhos (sim; não)

  • d) Eventos ocorridos no último ano

  • - divórcio/separação;

  • - prisão ou problemas com a Justiça;

  • - mudança na condição financeira;

  • - praticou ato de violência;

  • - sofreu ato de violência; e

  • - sofreu violência sexual.

  • e) Uso do crack

  • - tempo de uso de crack (em anos: menos que 1; 1-5; 6-10; 10 ou mais);

  • - padrão de uso (leve; moderado; pesado);

  • - uso associado com outra droga (sim; não); e

  • - quantas substâncias psicoativas utiliza no mesmo dia (1; 2-3; 3 ou mais).

  • f) Nível de craving (mínimo; leve; moderado; grave)

A presença de transtornos psiquiátricos menores foi mensurada utilizando-se a escala do Self-Reporting Questionnarie-20 (SRQ-20).10 Esta escala é constituída de um questionário com 20 perguntas, utilizando-se como ponto de corte 8 ou mais respostas afirmativas para a suspensão da presença de transtornos.

O Cocaine Craving Questionnaire-Brief (CCQ-B), por sua vez, foi utilizado para mensuração do nível de ‘fissura’ (craving) em usuários de crack; constitui-se de dez questões do tipo da escala de Likert, cujo escore é aferido pela soma simples. Os níveis de craving são classificados em quatro grupos: mínimo (0 a 11 pontos); leve (12 a 16 pontos); moderado (17 a 22 pontos); e grave (23 pontos e mais).3

Todos os dados foram coletados mediante aplicação de questionário estruturado junto à população usuária de crack.

O controle de qualidade foi realizado em três etapas: supervisão de campo; supervisão da codificação dos dados; e reaplicação do instrumento, via sorteio de 5% dos questionários e checagem de questões-chave.

Os dados foram digitados com uso do aplicativo Microsoft Access e exportados para o Stata versão 12, para realização das análises, cuja fase inicial constituiu-se de análises descritivas e exploratórias utilizando-se de distribuições de frequências, medidas descritivas e de dispersão das variáveis. Na segunda fase, análises bivariadas visaram identificar diferenças proporcionais entre as variáveis independentes e o nível de craving dos usuários de crack, mediante aplicação do teste do qui-quadrado de tendência linear, adotando-se o nível de significância estatística de 5%.

O projeto da pesquisa obedeceu aos princípios éticos recomendados pela instituição responsável, o Conselho Nacional de Saúde (CNS)/Ministério da Saúde, e foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas: Parecer nº 301/2011.

Resultados

Dos 681 usuários sorteados para o estudo, 505 foram entrevistados. As perdas e recusas totalizaram 26% (n=176), principalmente dada a negativa em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Entre os entrevistados, 133 usuários relataram fazer uso de crack, amostra utilizada para o estudo.

A maioria dos entrevistados foi do sexo masculino (84%), com média de idade de 32 anos (desvio-padrão=9,4). A raça/cor da pele autorreferida branca apresentou prevalência de 56%. Observou-se percentual de 71% de solteiros, e 80% apresentaram ensino fundamental completo ou incompleto. Quanto à situação ocupacional, 32% estavam desempregados, 15% possuíam emprego formal, 29% informal e 24% eram trabalhadores autônomos.

Em relação ao nível de craving, 6 usuários apresentaram nível mínimo, 12 nível leve, 58 nível moderado e 57 se encontravam no nível grave. O escore médio obtido da escala CCQ-Brief foi de 28 (desvio-padrão=12,4).

Como se observa na Tabela 1, a distribuição dos níveis de craving dos usuários que se autodeclararam de raça/cor da pele parda ou mestiça apresentou maior prevalência de nível grave (60%), quando comparada à prevalência dos demais (p=0,045).

Tabela 1 - Distribuição dos níveis de craving segundo características individuais dos usuários de crack (n=133) atendidos nos serviços públicos de tratamento especializado de Pelotas, Rio Grande do Sul, 2012 

Variáveis Total Nível de craving p-valora
Mínimo 0-11 Leve 12-16 Moderado 17-22 Grave ≥23
n % n % n % n % n %
Sexo
Feminino 22 16,5 2 9,1 1 4,6 9 40,9 10 45,4 0,248
Masculino 111 83,5 4 3,6 11 9,9 49 44,1 47 42,3
Grupo etário (em anos)
<20 6 4,5 0 0,0 1 16,7 2 33,3 3 50,0 0,983
20-24 25 18,8 0 0,0 1 4,0 16 64,0 8 32,0
25-29 31 23,3 1 3,2 1 3,2 12 38,7 17 54,9
30-39 50 37,6 5 10,0 8 16,0 18 36,0 19 38,0
40-49 16 12,0 0 0,0 1 6,2 8 50,0 7 43,8
≥50 5 3,8 0 0,0 0 0,0 2 40,0 3 60,0
Raça/cor da pele
Branca 74 55,6 2 2,7 9 12,2 34 45,9 29 39,2 0,045
Preta 34 25,6 3 8,8 2 5,9 16 47,1 13 38,2
Parda/mestiça 25 18,8 1 4,0 1 4,0 8 32,0 15 60,0
Situação conjugal
Solteiro 94 70,7 4 4,3 11 11,7 40 42,5 39 41,5 0,942
Casado/unido 26 19,5 2 7,7 1 3,8 13 50,0 10 38,5
Divorciado/viúvo 13 9,8 0 0,0 0 0,0 5 38,5 8 61,5
Escolaridade
Sem instrução 1 0,8 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0,8 0,083
Fundamental 107 80,4 6 5,6 7 6,5 45 42,1 49 45,8
Ensino médio e técnico 21 15,8 0 0,0 4 19,1 11 52,4 6 28,6
Superior 4 3,0 0 0,0 1 25,0 2 50,0 1 25,0
Renda familiar (em salários mínimos)
Sem renda/<1 SMb 43 32,3 3 7,0 0 0,0 17 39,5 23 53,5 0,304
1-2 SMb 46 34,6 3 6,5 5 10,9 21 45,6 17 37,0
>2 SMb 44 33,1 0 0,0 7 15,9 20 45,5 17 38,6
Situação ocupacional
Não trabalha 43 32,3 3 7,0 5 11,6 15 34,9 20 46,5 0,863
Formal 20 15,0 1 5,0 1 5,0 11 55,0 7 35,0
Informal 38 28,6 0 0,0 3 7,9 18 47,4 17 44,7
Autônomo 32 24,1 2 6,2 3 9,4 14 43,8 13 40,6
Problemas de saúde
Não 80 60,2 4 5,0 7 8,8 34 42,5 35 43,7 0,674
Sim 53 39,8 2 3,8 5 9,4 24 45,3 22 41,5
Transtorno psiquiátrico menor (estimado pelo SRQ-20c)
Negativo 75 56,4 4 5,3 9 12,0 39 52,0 23 30,7 0,014
Positivo 58 43,6 2 3,4 3 5,2 19 32,8 34 58,6

a) Qui-quadrado de tendência linear.

b) SM: salário mínimo ao valor de R$ 622,00 no ano de 2012.

c) SQR-20: Self-Reporting Questionaire-20, questionário de autorresposta com 20 perguntas.

Quanto aos usuários que referiram SRQ positivo, 34 (59%) apresentaram nível grave de craving, e 19 (33%) nível moderado (p=0,014).

Conforme observado na Tabela 2, dos usuários com filhos, 48% apresentaram nível grave de craving, e entre os usuários sem filhos, 61% apresentaram nível moderado (p=0,045).

Tabela 2 - Distribuição dos níveis de craving segundo características comportamentais dos usuários de crack (n=133) atendidos nos serviços públicos de tratamento especializado de Pelotas, Rio Grande do Sul, 2012 

Variáveis Total Nível de craving p-valora
Mínimo 0-11 Leve 12-16 Moderado 17-22 Grave ≥23
n % n % n % n % n %
Tem filhos
Não 41 31,1 0 0,0 3 7,3 25 61,0 13 31,7 0,045
Sim 91 68,9 6 6,6 9 9,9 32 35,2 44 48,3
Eventos ocorridos no último ano
Divórcio/separação 34 25,6 4 11,8 1 2,9 14 41,2 15 44,1 0,040
Prisão ou problemas com a Justiça 51 38,4 0 0,0 5 9,8 15 29,4 31 60,8 0,305
Mudança na condição financeira 58 43,6 1 1,7 6 10,3 27 46,6 24 41,4 0,239
Praticou ato de violência 37 27,8 2 5,4 1 2,7 13 35,1 21 56,8 0,029
Sofreu ato de violência 45 33,8 2 4,4 3 6,7 18 40,0 22 48,9 0,345
Sofreu violência sexual 4 3,0 0 0,0 0 0,0 2 50,0 2 50,0 0,840
Tempo de uso (em anos)
<1 2 1,5 0 0,0 0 0,0 2 100 0 0,0 0,262
1-5 50 37,9 1 2,0 4 8,0 24 48,0 21 42,0
6-10 61 46,2 3 4,9 6 9,8 25 41,0 27 44,3
≥11 19 14,4 2 10,5 2 10,5 6 31,6 9 47,4
Padrão de uso
Leve 45 37,5 4 8,9 4 8,9 21 46,7 16 35,5 0,565
Moderado 10 8,3 0 0,0 2 20,0 6 60,0 2 20,0
Pesado 65 54,2 1 1,5 4 6,2 23 35,4 37 56,9
Uso associado com outra droga
Não 47 35,3 4 8,5 6 12,8 20 42,6 17 36,2 0,774
Sim 86 64,7 2 2,3 6 7,0 38 44,2 40 46,5
Quantas substâncias psicoativas utiliza no mesmo dia (n=86)
1 26 30,2 1 3,8 2 7,7 16 61,5 7 26,9 0,042
2-3 39 45,4 1 2,6 4 10,3 15 38,5 19 48,7
≥4 21 24,4 0 0,0 0 0,0 7 33,3 14 66,7

a) Qui-quadrado de tendência linear.

Observam-se diferenças proporcionais estatisticamente significantes entre os seguintes eventos e níveis de craving: ter se divorciado ou se separado (p=0,040) e ter praticado atos de violência (p=0,029) no último ano.

A distribuição dos níveis de craving segundo o número de drogas utilizadas evidenciou que 67% dos que utilizam quatro ou mais substâncias psicoativas apresentavam nível grave de craving (p=0,042).

Discussão

A maioria dos entrevistados apresentou nível de craving moderado ou grave. Os usuários que se autodeclararam de raça/cor da pele parda, com presença de transtornos psiquiátricos menores, com filhos, que utilizavam quatro ou mais substâncias psicoativas concomitantes com o crack e que haviam se divorciado e/ou praticado algum ato de violência no último ano apresentaram níveis de craving graves.

No perfil dos participantes, predominou o sexo masculino, idade em torno de 30 anos, situação conjugal como solteiro, baixa escolaridade e baixa renda. Trata-se de um perfil similar ao dos participantes da pesquisa realizada nos Centros de Atenção Psicossocial de Minas Gerais em 2011,11 e da pesquisa nacional sobre o uso de crack nas capitais do Brasil, esta realizada em 2013.12

Embora o abuso do crack não se restrinja às classes menos favorecidas social e economicamente, entre seu contingente predominam características de exclusão social, comparativamente à população geral.12,13 Sobre essas características, o presente estudo destaca o sexo feminino: a despeito de se apresentar em menor número na amostra, usuárias tiveram maiores níveis de craving quando comparadas a seus pares do sexo masculino. Outros fatores encontrados foram a raça/cor da pele parda ou preta autorreferida, a baixa escolaridade e o desemprego ou trabalho precário, sugerindo que a trajetória de marginalização social pode preceder o uso da substância.

O comportamento impulsivo, decorrente dos níveis de craving mais elevados,2 pode explicar alguns eventos do último ano da vida dos entrevistados. Entre eles, destacaram-se as mudanças nas condições financeiras, ser levado a prisão ou ter tido problemas com a Justiça, ter sofrido e/ou praticado atos de violência.

Quanto maior o tempo de uso de crack e a quantidade da substância, maiores serão os níveis de craving,11,14 padrão também observado no presente estudo: os maiores níveis de craving foram encontrados nos usuários que utilizavam a substância por mais tempo.

Um mecanismo a que costumam recorrer os usuários de crack para enfrentar o craving é a utilização concomitante ou intercalada de outras substâncias psicoativas.15 Porém, o presente estudo revelou que quanto mais substâncias eram utilizadas, mais severos os níveis de craving, chegando a 67% de nível grave para quem utilizava quatro ou mais substâncias no mesmo dia.

Observou-se relação estatisticamente significante entre a presença de transtornos psiquiátricos menores e níveis de craving. A correta identificação da comorbidade psiquiátrica é necessária, visto que funciona como um fator agravante, indutor e perpetuador da condição de dependência ou abuso da substância. Essa comorbidade é, muitas vezes, subestimada e subdiagnosticada, sendo os sintomas referentes ao transtorno mental atribuídos ao uso agudo do crack ou à síndrome de abstinência.14,16,17

Populações mais vulneráveis podem ser mais suscetíveis a apresentar nível de craving grave. Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam para as reflexões acerca das iniquidades em saúde entre usuários de crack, subsidiando a criação de novas propostas de atenção a essas pessoas com foco na integralidade do cuidado.

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