versão impressa ISSN 1809-2950versão On-line ISSN 2316-9117
Fisioter. Pesqui. vol.26 no.1 São Paulo jan./mar. 2019
http://dx.doi.org/10.1590/1809-2950/18003226012019
Evaluar el rendimiento de los músculos respiratorios en practicantes de ejercicios utilizando el método Reformer de Pilates después de un entrenamiento de 12 sesiones. Este estudio se realizó con 24 voluntarios, adultos jóvenes, sanos, no fumadores y no deportistas regulares, siendo divididos en grupo control (GC) y grupo entrenado (GE). El GE participó en un programa de entrenamiento ejecutando 6 ejercicios en el aparato Reformer. Ambos grupos se sometieron a evaluaciones iniciales y finales para analizar el rendimiento de los músculos respiratorios mediante la manovacuometría y la electromiografía del músculo recto abdominal. La prueba de Shapiro-Wilk se utilizó para verificar la normalidad de los datos. Se utilizó el análisis de varianza two-way para las comparaciones entre los grupos (GE y GC) y los momentos (inicial y final). Para comparaciones múltiples, se utilizó la prueba post-hoc de Scheffé. El GC y el GE se emparejaron por edad e IMC mediante la prueba t pareada. Se consideró el valor de significación p<0,05. Se observó una diferencia significativa (p=0,039) entre los valores iniciales (116,6 ± 12,8) y finales (120 ± 12,8) de PImax en el grupo entrenado, así como entre los valores de iniciales (75,3 ± 12,4) y finales (89,3 ± 13,7) de PEmax en el mismo grupo (p=0,0005). En la electromiografía, se observó una diferencia significativa (p=0,03) entre los momentos inicial (42,1 ± 15,8) y final (76,7 ± 37,1) del GE para el músculo recto abdominal izquierdo. Se concluye que las 12 sesiones de Pilates utilizando el aparato Reformer mejoran el rendimiento de los músculos respiratorios, aumentando la fuerza muscular inspiratoria y espiratoria.
Palabras clave Técnicas de Ejercicio y Movimiento; Músculos Respiratorios; Electromiografía
O Método Pilates (MP), desenvolvido por Joseph Pilates, que o chamava de “Contrologia”, é um sistema de condicionamento físico que possui seis princípios: concentração, controle, precisão, centramento, respiração e movimento fluido1.
O MP pode ser desenvolvido no solo ou com auxílio de aparelhos, sendo um deles o Reformer, que tem estrutura retangular sobre a qual se desliza um carrinho, uma barra de altura regulável para apoio dos pés ou das mãos e cinco molas responsáveis por oferecer resistência ao movimento2.
Durante os exercícios do MP, o treino da musculatura respiratória é constante, trabalhando tanto resistência quanto força3. O método prioriza a expansão lateral da caixa torácica e, assim, influencia os volumes pulmonares4. Consegue agir na mobilidade tóraco-abdominal, por meio do padrão respiratório adotado5, promovendo intenso recrutamento do músculo transverso do abdome e do músculo oblíquo interno, principalmente quando associado o padrão respiratório ao movimento de tronco6.
O MP vem se popularizando, mas a literatura ainda é escassa no que diz respeito a seus benefícios para o sistema respiratório. Trata-se de investigação relevante, mediante o enfoque dado para o controle respiratório nessa metodologia de exercícios físicos7. Salvadeo et al. (5 propõem, também, que pesquisas voltadas para o entendimento da fisiologia da prática do MP nos diferentes sistemas corporais devem ser realizadas, ratificando a ascensão e o destaque de tal metodologia.
Acredita-se que a realização de um protocolo de exercícios físicos baseado no MP proporcione incremento no desempenho muscular respiratório. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar esse desempenho e a atividade elétrica do músculo reto abdominal em praticantes de exercícios que utilizaram o aparelho Reformer do MP após 12 sessões.
Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, com delineamento longitudinal e descritivo.
A amostra foi não probabilística, composta por 24 voluntárias do sexo feminino, idades entre 21 e 34 anos, saudáveis, não tabagistas, não praticantes de exercício físico regular e iniciantes no MP.
O trabalho seguiu todos os preceitos éticos, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), sob número 2406.
As participantes foram distribuídas em dois grupos, sendo eles Grupo Treinado (GT, n=12) e Grupo Controle (GC, n=12). A distribuição ocorreu com a ordem do aceite de participação no estudo alternando entre GT e GC. O estudo foi conduzido em um laboratório da UFTM.
Foram aferidos os valores da massa corporal (kg) e da estatura (m) e calculado o valor do índice de massa corporal (IMC, em kg/m2). Para isso, utilizou-se balança digital da marca Balmak, classe III, com capacidade de 150kg e divisão de 50g para massa corporal, capacidade de 2 metros e divisão de 0,5 metros para estatura.
Os dois grupos foram submetidos a avaliações iniciais e finais. Foi mensurada a pressão inspiratória máxima (PImáx) e a pressão expiratória máxima (PEmáx), por meio do manovacuômetro analógico da marca Comercial Médica com escala de -120 a +120cmH2O e divisão de 4cmH2O. Todas as medidas foram coletadas pelo mesmo pesquisador e realizadas sob comando verbal homogêneo, com as voluntárias sentadas, os pés apoiados, as narinas ocluídas por uma pinça nasal para evitar o escape de ar, e mantendo um bocal entre os lábios8. A medida da PImáx ocorreu durante esforço iniciado a partir do volume residual, e a da PEmáx a partir da capacidade pulmonar total. Cada voluntária executou três esforços de inspiração e expiração máximos, tecnicamente satisfatórios, considerando para a análise desse estudo o maior valor obtido9)- (11). Os valores previstos de PImáx e PEmáx foram calculados segundo Neder et al. (12.
Para a análise da atividade elétrica do músculo reto abdominal, utilizou-se eletromiógrafo Miotool 400USB (Miotec®) de quatro canais, sensores ativos diferenciais, eletrodos de Ag/AgCl de forma quadrangular com 1cm de diâmetro (MAXICOR®), ganho de 1000x por canal, conversor A/D 14Bits, taxa de aquisição de 1000Hz por canal, taxa de rejeição de modo comum de 110db, nível de ruído <2 LSB (Low Significative Bit) e impedância de entrada de 1010Ohm//2pF. O sinal foi tratado com auxílio do software Miograph (Miotec®), sendo filtrado por filtro passa-banda de 20-500hz, Butterworth de 4ª ordem.
Para a colocação dos eletrodos, o preparo da pele foi realizado segundo as recomendações do Surface Electromyography for the Non-Invasive Assessment of Muscles (SENIAM) (13. Os eletrodos foram posicionados no ventre muscular bilateralmente, no sentido das fibras musculares, 1cm acima do umbigo e a 2cm da linha abdominal média14. As voluntárias foram posicionadas em decúbito dorsal sobre uma maca, com os joelhos semifletidos, e orientadas a realizarem flexão voluntária isométrica máxima do tronco contra resistência manual imposta pelo examinador na região dos ombros, impedindo a elevação do tronco, mantida por 6 segundos, e registrada pelo eletromiógrafo para posterior análise. Foram analisados os valores de RMS (Root Means Square) e normalizados pela CIVM (contração isométrica voluntária máxima).
As avaliações foram realizadas por uma pesquisadora devidamente capacitada e a aplicação dos exercícios por outra pesquisadora habilitada no MP.
O protocolo de exercícios ocorreu três vezes por semana, com duração de 50 a 60 minutos por sessão, sendo realizada uma série de 10 repetições para cada exercício, totalizando 12 sessões.
Anteriormente às 12 sessões propostas, foi realizada uma sessão para familiarização com o aparelho Reformer, os exercícios selecionados e os princípios do método.
O GT foi, inicialmente, submetido à sessão de preparação muscular global realizada no solo através de autoalongamentos, realizados em três séries, com manutenção de 20 segundos cada.
Em seguida, as voluntárias foram submetidas aos exercícios do MP (Footwork toes, Leg series one leg (Figura 1), Hundred - variação, Arms up and down, Arms pulling e Bridge) realizados no aparelho Reformer. O exercício Hundred, que originalmente deve ser repetido 100 vezes (10 séries de 10 repetições), foi adaptado e executado uma série de 10 repetições. Essa variação foi utilizada pelo fato de as voluntárias serem iniciantes no método e, também, para padronizar o volume de treinamento em todos os exercícios.
Fonte: Arquivo Pessoal da Autora.
Figura 1 Execução do exercício Leg series one leg no aparelho Reformer
Como forma de resfriamento, ao final, realizaram-se exercícios respiratórios posicionadas em decúbito dorsal, no solo. O GC não participou do programa de treinamento com exercícios do MP e não praticou outra modalidade de exercício físico regular no período da pesquisa.
Na análise estatística os dados foram analisados pela média e desvio padrão para cada variável. Utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados. A análise de variância two-way (ANOVA) foi empregada para as comparações entre os grupos (GT e GC) e os momentos (inicial e final). Para comparações múltiplas, utilizou-se o teste post-hoc de Scheffé, a fim de identificar as diferenças específicas nas variáveis em que os valores de F foram superiores ao critério de significância estatística determinado (p<0,05). Para verificação de diferenças entre idade e IMC, entre os grupos, utilizou-se o teste t pareado.
Os grupos Controle e Treinado foram pareados para idade e IMC. As médias da idade e os dados antropométricos iniciais para os dois grupos (GC e GT) estão descritos na Tabela 1. Não houve diferença significante entre os grupos para as variáveis analisadas.
Tabela 1 Valores iniciais de antropometria e de idade dos grupos (média ± desvio padrão)
Grupos | Massa Corporal (kg) | Estatura (m) | IMC (kg/m²) | Idade (anos) |
---|---|---|---|---|
Controle | 66,0 ± 8,3 | 1,64 ± 0,04 | 24,5 ± 3,2 | 28,4 ± 4,1 |
Treinado | 63,4 ± 8,3 | 1,67 ± 0,05 | 22,7 ± 2,9 | 29,6 ± 4,0 |
p | 0.1500 | 0.4919 |
p< 0,05: valores de significância
Na Tabela 2, estão descritos os valores de PImáx e PEmáx obtidos e preditos. A média inicial dos valores obtidos já estava acima da média dos valores preditos para a população analisada. Houve diferença significante (p=0,039) entre os valores iniciais (116,6 ± 12,8) e finais (120 ± 12,8) de PImáx no Grupo Treinado, assim como entre os valores iniciais (75,3 ± 12,4) e finais (89,3 ± 13,7) de PEmáx nesse mesmo grupo (p=0,0005).
Tabela 2 Valores das pressões inspiratórias e expiratórias máximas obtidos (média ± desvio padrão)
Grupos | PImáx (cmH2O) | PEmáx (cmH2O) | ||||
---|---|---|---|---|---|---|
Inicial | Final | p | Inicial | Final | p | |
Controle | 115,0 ± 13,8 | 115,8 ± 12,8 | 0,750 | 78,3 ± 20,6 | 79 ± 20,6 | 0,79 |
Treinado | 116,6 ± 12,8 | 120 ± 00,0 | 0,039* | 75,3 ± 12,4 | 89,3 ± 13,7 | 0,0005* |
p | 0,65 | 0,12 | 0,52 | 0,34 |
* p< 0,05: valores de significância
Média dos valores preditos para a população avaliada (cmH₂O): PImáx 95,9 e PEmáx 97,5.
Na Tabela 3, estão descritos os resultados da eletromiografia. Foi utilizado o valor médio de RMS de cada grupo e entre os grupos, comparando o momento inicial e final. Houve diferença significante (p=0,03) entre o momento inicial (42,1 ± 14,3) e final (76,7 ± 28,1) do GT para o músculo reto abdominal esquerdo e tendência à significância (p=0,062) para o músculo reto abdominal direito (momento inicial: 39,1 ± 21, momento final: 73,3 ± 42,4).
Tabela 3 Valores de RMS de reto abdominais para os diferentes grupos (média ± desvio padrão)
Grupos | Reto abdominal direito | Reto abdominal esquerdo | ||||
---|---|---|---|---|---|---|
Inicial | Final | p | Inicial | Final | p | |
Controle | 48,3 ± 18,9 | 55,8 ± 18,6 | 0,38 | 46,5 ± 20,9 | 57,8 ± 18,1 | 0,23 |
Treinado | 39,1 ± 21 | 73,3 ± 42,4 | 0,062 | 42,1 ± 14,3 | 76,7 ± 28,1 | 0,03* |
p | 0,34 | 0,25 | 0,63 | 0,16 |
* p< 0,05: valores de significância
Este estudo analisou o efeito de 12 sessões do MP utilizando o aparelho Reformer sobre a força da musculatura respiratória e a atividade elétrica do músculo reto abdominal. Observou-se o aumento de PImáx e PEmáx, com diferença significante na atividade elétrica apenas do músculo reto abdominal esquerdo após o protocolo, confirmando parcialmente nossa hipótese.
Um dos aparelhos utilizados foi a manovacuômetro, que é simples, prático e preciso na avaliação da força muscular respiratória15, de fácil manuseio, com possibilidade de calibração5 e utilizado por diversos estudos16)- (19.
Outro aparelho foi o eletromiógrafo, que fornece resultados de grande interesse clínico, além de constituir-se em um método cientificamente consagrado e aceito20. A análise eletromiográfica realizada neste estudo foi pré e pós a realização do protocolo de exercícios, diferente de outros estudos que fizeram essa análise durante a execução de posições/exercícios específicos do MP21)- (23. O método de avaliação proposto objetivou verificar a hipótese de obter uma melhor ativação muscular abdominal, como o ocorrido no GT, o que significaria um ganho de controle motor.
O resultado significante no músculo reto abdominal esquerdo e não significante no direito pode estar relacionado ao posicionamento do avaliador no momento da avaliação. Em todas as avaliações este ficou localizado ao lado esquerdo das participantes, lado no qual ficaram também dispostos o equipamento de eletromiografia e o monitor do computador. Porém, houve tendência a valores significantes do lado direito, sendo necessário, talvez, um maior número de sessões ou de participantes para evidenciar o ganho da ativação muscular.
Neste estudo, foi utilizado protocolo de duração diária de 50 a 60 min, semelhante ao de outros autores18), (24) e que ocorre na maioria dos trabalhos de intervenção com o MP25. As 12 sessões propostas caracterizam um protocolo de exercício físico de curto prazo, que é o que comumente ocorre na prática clínica - nas primeiras quatro a oito semanas de exercícios ocorrem principalmente adaptações neuromusculares26. Na revisão sistemática realizada por Cadore et al. (27, que investigaram as adaptações neuromusculares decorrentes do treinamento resistido em idosos, observou-se que a melhora na força muscular máxima pode ser explicada por adaptações neurais e morfológicas. As principais adaptações neurais ao exercício físico resistido são o aumento no recrutamento das unidades motoras e na frequência de disparo dessas unidades.
Alguns estudos corroboram e outros divergem dos nossos resultados em relação à PImáx e PEmáx no GT. Rafael et al. (28 avaliaram jovens saudáveis em 10 sessões de Pilates no solo, e eles obtiveram aumento significante apenas da PImáx. Santos et al. (3 utilizaram um protocolo mais extenso, de 20 sessões de Pilates no solo, e detectaram aumento de PImax e PEmáx. O presente estudo obteve esse mesmo resultado, demonstrando que 12 sessões foram suficientes para evidenciar ganho de força muscular respiratória. Porém, há estudos com divergências dos resultados encontrados, como de Jesus et al. (7, no qual não houve diferença significante nos valores de PImáx e PEmáx em 24 sessões. Ressalta-se que os trabalhos encontrados voltam-se para a prática do MP no solo, diferindo deste trabalho que utilizou um aparelho específico, o Reformer, que permite trabalhar praticamente o corpo inteiro através do fortalecimento e do alongamento dos músculos25. Esse aparelho foi escolhido pela diversidade de exercícios físicos que podem ser realizados nele e pela facilidade de ajustes manuais possíveis para adaptá-lo às particularidades físicas de cada indivíduo.
Acredita-se que os resultados positivos encontrados no GT desse estudo sejam atribuídos principalmente a dois princípios que norteiam o MP: Respiração e Centralização. O músculo diafragma (principal músculo inspiratório) durante a respiração normal, com o abdome relaxado, tem a sua excursão livre, pois os músculos abdominais e os órgãos internos proporcionam pouca resistência à sua movimentação. Essa dinâmica é alterada durante os exercícios do MP, porque, ao realizar a respiração lateral (respiração característica do método), o músculo diafragma encontra resistência em sua excursão pela contração dos músculos abdominais (princípio de Centralização, que promove contração ativa principalmente dos músculos localizados na região abdominal, durante todo o exercício, para promover a estabilidade da coluna lombar) (29, que impedem o deslocamento dos órgãos, aumentando a pressão intra-abdominal e a tensão do músculo diafragma, o que, possivelmente, gera seu fortalecimento3.
Sabe-se que, no dia a dia clínico e esportivo, é necessário que o condicionamento físico e/ou a reabilitação ocorram a curto prazo. Dessa forma, este trabalho contribui ao mostrar que, com um número menor de sessões, é possível obter ganhos na força da musculatura respiratória e na ativação da musculatura abdominal.
Por se tratarem de participantes jovens e saudáveis, os valores iniciais de PImáx e PEmáx obtidos já estavam acima dos valores preditos para essa população. Uma limitação do estudo é que não foram realizadas avaliações em indivíduos com diagnóstico de disfunção respiratória. A princípio, optou-se por pessoas consideradas saudáveis, a fim de delinear o protocolo de treinamento e avaliação e, posteriormente, idealizar estudos com populações específicas.
Outras limitações do trabalho foram o número pequeno de participantes, a não realização de cálculo amostral e a utilização de apenas um equipamento do MP para a realização dos exercícios físicos propostos, uma vez que a rotina do método consiste na realização de exercícios em aparelhos diversificados e também no solo em uma mesma sessão.
As 12 sessões de Pilates utilizando o aparelho Reformer melhorou o desempenho muscular respiratório, tanto aumentando a força da musculatura inspiratória (PImáx) quanto o da musculatura expiratória (PEmáx) e promovendo melhora da ativação da musculatura reto abdominal em mulheres saudáveis.
Apesar de o presente estudo avaliar pessoas saudáveis, os resultados alcançados indicam que o MP pode ser importante recurso no tratamento de disfunções musculares respiratórias. Sugere-se que estudos que avaliem o efeito do MP em indivíduos que apresentem algum grau de comprometimento muscular respiratório sejam realizados, afim de evidenciar, de forma complementar, os benefícios do MP.