versão impressa ISSN 0066-782Xversão On-line ISSN 1678-4170
Arq. Bras. Cardiol. vol.107 no.6 São Paulo dez. 2016
https://doi.org/10.5935/abc.20160183
Tumores cardíacos fetais são achados raros na ultrassonografia pré-natal, com incidência de 1-2/10000.1 Os Rabdomiomas são o tipo mais comum de tumores na vida intrauterina, representando 60-86% dos tumores cardíacos fetais primários.1,2
De acordo com alguns relatos de séries de casos e, em sua maioria, relatos de casos, a prevalência da esclerose tuberosa associada a rabdomioma cardíaco fetal é de 50‑80%, resultando numa taxa de mortalidade perinatal de 0-100%.3
Os autores apresentam as imagens de um caso clínico de uma gestante de 26 anos com síndrome depressiva, sem outro antecedente pessoal ou familiar relevante, encaminhada na vigésima primeira semana de gestação para realização de ecocardiografia fetal, devido à detecção de tumores intracardíacos no ultrassom morfológico. O exame apontou a presença de duas massas homogêneas de superfície lisa no ventrículo esquerdo. Na vigésima oitava semana, um novo tumor foi detectado no ventrículo direito. Não havia obstrução de saída do ventrículo esquerdo ou direito. O ritmo cardíaco estava normal. Não havia evidência de derrame pericárdico ou ascite. Não foram identificados outros tumores viscerais em a ressonância magnética ou ultrassom dirigido de varrimento focado. O teste genético foi realizado e mostrou um cariótipo feminino normal sem mutações nos genes TSC1/TSC2. Os autores apresentam as imagens.