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Distúrbios musculoesqueléticos autorreferidos na equipe de enfermagem em um hospital universitário

Distúrbios musculoesqueléticos autorreferidos na equipe de enfermagem em um hospital universitário

Autores:

Edilson Gonçalves Maciel Júnior,
Francis Trombini-Souza,
Paula Adreatta Maduro,
Fabrício Olinda Souza Mesquita,
Tarcísio Fulgêncio Alves da Silva

ARTIGO ORIGINAL

BrJP

versão impressa ISSN 2595-0118versão On-line ISSN 2595-3192

BrJP vol.2 no.2 São Paulo abr./jun. 2019 Epub 19-Jun-2019

http://dx.doi.org/10.5935/2595-0118.20190028

INTRODUÇÃO

Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) são afecções que acometem as estruturas musculares, tendões, sinóvias, nervos, fáscias e ligamentos, de forma combinada ou isolada, com ou sem a degeneração de tecidos, voltados ao trabalho. Atualmente, a literatura adota o termo "distúrbios musculoesqueléticos" (DME) relacionados ao trabalho em vez da expressão DORT1.

Os DME vêm se consolidando como problemas relevantes na saúde pública, principalmente em países industrializados, acometendo trabalhadores de diversas áreas pois determinam uma variedade de sinais e sintomas, tais como, dor, desconforto, sensação de peso, fadiga, parestesia, limitação do movimento, dentre outros, que podem ser concomitantes ou não. Geralmente, começam de forma insidiosa e evoluem rapidamente, caso não haja mudanças nas condições de trabalho1,2.

Nesse sentido, é possível dizer que o espaço do trabalho apresenta vários fatores de riscos para o surgimento dos DME, principalmente pela associação entre ambiente de trabalho inadequado e condições físicas deficitárias dos trabalhadores. O ambiente hospitalar pode proporcionar estresse emocional e agravos físicos devido à sua natureza insalubre, onde há constante exposição a um ou mais fatores que podem levar a doenças ou acometimentos decorrentes da própria natureza do trabalho e de sua organização1,3.

Entre os profissionais da saúde, a equipe de enfermagem apresenta alta incidência e prevalência no acometimento por DME4,5, devido às grandes exigências desses profissionais no ambiente hospitalar. Geralmente, as atividades desempenhadas pelos trabalhadores são diretamente relacionadas ao paciente, e podem estar acompanhadas de posturas inadequadas; sobrecarga de trabalho; levantamento de peso; movimentos repetitivos e tensão. Além de fatores como falha na organização de trabalho; equipamentos inadequados e cobrança excessiva de produtividade6.

O objetivo deste estudo foi analisar os DME na equipe de enfermagem e correlacionar com o nível de atividade física (AF), características antropométricas e o perfil profissional no Hospital Universitário (HU) em Petrolina, Pernambuco.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo de caráter transversal. A população analisada compreende profissionais enfermeiros e técnicos de enfermagem efetivos do HU da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), na cidade de Petrolina, Pernambuco. Todos foram convidados a participar e a pesquisa foi realizada com uma amostra por conveniência composta por 143 profissionais de enfermagem. Os critérios de inclusão foram idade mínima de 18 anos; presença de vínculo empregatício com tempo mínimo de trabalho de um mês no HU. Os critérios de exclusão foram todos os sujeitos que não preencheram aos requisitos descritos ou que não aceitaram participar da pesquisa.

Foram colhidos dados demográficos e antropométricos, como sexo, idade, massa e estatura. Além disso, foram aplicados dois instrumentos de avaliação: os Questionários Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e o Internacional de Atividade Física (IPAQ).

Para a avaliação dos principais sintomas dos DME foi utilizado o QNSO, na sua forma geral, compreendendo todas as áreas anatômicas.

Esse instrumento foi validado no Brasil em 20027 e consiste em escolhas múltiplas ou binárias quanto à ocorrência de sintomas nas diversas regiões anatômicas nas quais são mais comuns, conforme a figura 1. A dor, referida nos últimos sete dias, foi a considerada para análise neste estudo.

Figura 1 Regiões anatômicas investigadas no Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares8  

Outro fator oportuno de ser avaliado em trabalhadores é o Nível de Atividade Física pelo IPAQ, visto que quanto mais inativo fisicamente for o indivíduo mais ele poderá desenvolver certas limitações e comorbidades, entre essas, a dor9,10. Esse instrumento surgiu em decorrência de estudos feitos por agências normativas de saúde, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o anseio de unificar um questionário que pudesse ser útil em todas as populações do mundo, facilitando a pesquisa11,12.

Utilizou-se a versão curta do IPAQ, sob a forma de entrevista. A referência adotada para avaliar a AF foi a da última semana. Desse modo, foi realizado um conjunto de perguntas relacionadas com a frequência e a duração da realização de AF moderadas, vigorosas e de caminhada. O sistema de avaliação adotado compreendeu e categorizou os participantes como muito ativo; ativo; insuficientemente ativo a; insuficientemente ativo b; sedentário.

Para nível de análise dos dados, os voluntários que responderam o IPAQ foram classificados em duas categorias: ativo - que representa os participantes que obtiveram resultados como "muito ativo" e "ativo"; e insuficientemente ativo - população que obteve respostas como "insuficientemente ativo a" e "insuficientemente ativo b" no nível de AF. Já os indivíduos classificados como sedentários foram excluídos do estudo por representarem uma amostra muito pequena em relação às demais.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNIVASF (Parecer 1386029). Todos os participantes tiveram conhecimento dos objetivos da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Análise estatística

Os dados foram processados no programa Microsoft Excel e foram analisados utilizando o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0. Os resultados descritivos foram explorados pela média, desvio padrão; frequências absolutas e relativas. O teste t de Student foi utilizado para a comparação entre os dois grupos. As razões de prevalência foram utilizadas nas análises ajustadas, como medida de associação, estimadas pela Regressão de Poisson, com ajuste para variância robusta. Aquelas que apresentaram valor de p<0,05 foram associadas ao desfecho estudado.

RESULTADOS

A população estudada constituiu-se de 374 profissionais de enfermagem. Destes, 143 profissionais participaram do presente estudo, sendo 26 enfermeiros (18,2%) e 117 técnicos de enfermagem (81,8%). Do total de voluntários, 122 (85,3%) indivíduos eram do sexo feminino e 21 (14,7%) do sexo masculino. Na tabela 1, são apresentadas as características dos profissionais avaliados.

Tabela 1 Características antropométricas dos profissionais enfermeiros e técnicos de enfermagem do estudo 

Variáveis Sexo Função
Feminino Masculino Valor de p Enfermeiro Técnico de enfermagem Valor de p
Idade (anos) 37±7 33±6 0,028 34±7 37±7 0,031
Massa (kg) 65,5±12,5 80±15,6 ≤0,001 66,5±14,9 67,9±13,8 0,631
Estatura(m) 1,59±0,06 1,71±0,07 ≤0,001 1,62±0,07 1,6±0,08 0,311
Índice de massa corporal 25,8±4,7 27,1±4,3 0,253 25±4,1 26,2±4,8 0,211

p: teste t de Student.

Quanto ao nível de AF referido no IPAQ, conforme a categorização adotada no presente estudo, 74 indivíduos (51,8%) foram classificados como "ativos", e 69 (48,2%) como "insuficientemente ativos".

Foi referida dor em 77 voluntários, o que equivale a 53,8% da amostra. Destes, 15 são enfermeiros (57,6%) e 62 são técnicos em enfermagem (52,9%). No geral, 35 (24,4%) voluntários relataram dor em mais de um segmento corporal. Na tabela 2 é apresentada a prevalência de dor por segmentos corporais. As queixas de DME distribuíram-se da seguinte forma: região lombar e joelhos (17,4%) cada; cervical e ombros (13,2%) cada; região torácica (11,1%); punho e mão (9,7%); tornozelo e pé (8,3%); coxa (7,6%) e cotovelo (2%).

Tabela 2 Prevalência de dor por segmento corporal em profissionais de enfermagem do estudo 

Prevalência de dor
Segmento corporal Frequência absoluta Frequência relativa (%)
Lombar 25 17,4
Joelhos 25 17,4
Cervical 19 13,2
Ombros 19 13,2
Torácica 16 11,1
Punho e mão 14 9,7
Tornozelo e pé 12 8,3
Coxa 11 7,6
Cotovelo 3 2,0

A tabela 3 demonstra a associação entre o desfecho dor com as variáveis independentes estudadas, com os valores ajustados das razões de prevalência, obtidos com a Regressão de Poisson. As variáveis que permaneceram no modelo final foram: sexo; função; nível de AF; massa; índice de massa corporal (IMC) e idade. No entanto, só se apresentam as regressões que obtiveram resultados estatisticamente significantes (p≤0,05).

Tabela 3 Análise de Regressão de Poisson com estimativas de razões de prevalência e intervalo de confiança de 95% da associação entre a presença de dor em cada segmento e as variáveis independentes 

Segmento corporal Variável independente Análise ajustada -
RP IC95% Valor de p
Cotovelo Sexo
Feminino
Masculino
5,5 1,0 (1,1-25,5) 0,028
Nível de AF
Ativo
Insuficientemente ativo
3,4 1,0 (1,1-10,3) 0,027
Joelho Nível de AF
Ativo
Insuficientemente ativo
2,4 1,0 (1,1-5,0) 0,021
Tornozelo Sexo
Feminino
Masculino
5,1 1,0 (1,3-19,2) 0,016

RP = razão de prevalência AF = atividade física; IC = intervalo de confiança.

DISCUSSÃO

A dor no segmento lombar foi uma das mais prevalentes neste estudo, corroborando alguns achados na literatura13-15. Outros segmentos corporais afetados de forma relevante foram os ombros e a cervical. Isso pode ser explicado pela própria natureza do trabalho da equipe de enfermagem, que é responsável pela maior parte dos cuidados diretos ao paciente. Sabe-se que as atividades relacionadas diretamente aos pacientes são muitas vezes acompanhadas por posturas estáticas; inclinação anterior de tronco e levantamento assimétrico de cargas; elementos reconhecidos na literatura como fatores de risco para o desenvolvimento de DME nessas regiões13. Além disso, em um recente estudo com enfermeiros no Paquistão, os fatores identificados que mais contribuíram para o desenvolvimento de DME foram: trabalhar na mesma posição por períodos prolongados (93,1%); trabalhar em espaços apertados (78,6%) e com manipulação de cargas longe do corpo (64,1%)16.

No presente estudo, não foi possível observar diferenças significativas na dor em relação ao perfil profissional. Os técnicos em enfermagem apresentaram maiores fatores de riscos físicos e biomecânicos para o surgimento dos DME, isso devido à sua função de cuidado mais direto com as demandas do paciente, como transferências, higiene pessoal, entre outros16. Por outro lado, os enfermeiros estariam mais expostos aos fatores de risco psicossociais e de demanda cognitiva, visto que são eles que desempenham a maior parte das funções administrativas do setor17.

O sexo masculino apresentou razões de prevalência maiores para dor no cotovelo (RP=5,5, IC95%:1,1;25,5) e tornozelo (RP=5,1, IC95%:1,3;19,2) em relação ao sexo feminino. Em pesquisa com estudantes de enfermagem australianos, os indivíduos do sexo masculino tiveram uma maior prevalência de DME do que os do sexo feminino. Nessa população, os homens foram mais envolvidos no tratamento manual de pacientes18, o que possivelmente os expõem as maiores sobrecargas na região dos cotovelos. Isso pode explicar o maior surgimento de dor nesse sexo e está ligado a fatores antropométricos e culturais.

Quanto à dor no tornozelo, é possível dizer que tanto fatores individuais, como o tipo de pisada e o IMC, quanto fatores relacionados ao trabalho, como carga horária e aspecto de cada setor, são relevantes para o surgimento de complicações19. Muitos desses fatores não foram analisados no presente estudo, no entanto, o IMC não apresentou diferença significativa entre os sexos.

Outros resultados relevantes no presente estudo foram maiores razões de prevalência de dor em cotovelo (RP:3,4 IC95%:1,1-10,3) e joelho (RP:2,4 IC95%:1,1-5,0) nos indivíduos insuficientemente ativos em relação aos ativos.

A associação entre diminuição da força muscular e dor autorrelatada foi encontrada em recente estudo20. Outros demonstraram os efeitos benéficos dos exercícios físicos na prevenção ou até redução de dor21-25. Em ensaio clínico com técnicos industriais na Dinamarca, o treino de resistência nos membros superiores teve associação positiva na prevenção e melhora da dor no antebraço. As adaptações fisiológicas decorrentes das forças exercidas durante os exercícios, como o aumento da síntese de colágeno tipo I na fase excêntrica do movimento, podem estar associadas a um melhor rendimento no trabalho e menor associação com os DME23.

Em relação ao segmento do joelho, um programa de exercícios aeróbicos realizados durante três semanas apresentou considerável aumento no percentual de ativação de células CD4+ CD28+ comparado com o período antes da intervenção24, reduzindo dessa forma, a dor e os quadros inflamatórios desencadeados durante as atividades laborais e diárias25. No entanto, outros fatores como históricos de lesões em outras articulações nos membros inferiores e alinhamento em varo são de grande importância na predição de risco para DME nesse local26.

Quanto às limitações do presente estudo, pode-se destacar a natureza de autorrelato nos instrumentos de pesquisa (QNSO e IPAQ, principalmente), o que torna difícil descartar a possibilidade de viés de superestimação ou subestimação. Outro fator foi a característica transversal do estudo, onde apenas associações devem ser feitas, não podendo inferir sobre causalidades. Além disso, não foram realizadas associações da dor com aspectos como jornada dupla; carga horária; atividades diárias; prática de esportes; entre outros, pois não foram coletados devido a característica dos instrumentos da pesquisa e objetivos propostos.

CONCLUSÃO

Pode-se perceber que na amostra dos profissionais avaliados, a prevalência de sintomas osteomusculares foi elevada, sugerindo uma relação desses sintomas com as atividades desempenhadas pelos profissionais de enfermagem. Além disso, alguns fatores de risco como a inatividade física e o sexo masculino, foram associados com maior surgimento de dor.

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