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Dor crônica relacionada à qualidade do sono

Dor crônica relacionada à qualidade do sono

Autores:

Leandro Freitas Tonial,
José Stechman Neto,
Wagner Hummig

ARTIGO ORIGINAL

Einstein (São Paulo)

versão impressa ISSN 1679-4508versão On-line ISSN 2317-6385

Einstein (São Paulo) vol.12 no.2 São Paulo abr./jun. 2014

http://dx.doi.org/10.1590/S1679-45082014AO2825

INTRODUÇÃO

A dor, segundo a International Association for the Study of Painé “uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano presente ou potencial, ou descrita em termos de tal dano”.(1)

Quando nominada “dor crônica”, ela é caracterizada como uma dor contínua ou recorrente, com duração mínima de três meses, muitas vezes com etiologia incerta, e não desaparece com o emprego de procedimentos terapêuticos convencionais, tornando-se a causa de incapacidades e inabilidades prolongadas.(1)

Quando a dor refere-se às condições álgicas relacionadas às estruturas da boca e da face propriamente ditas, esta recebe a denominação de “dor orofacial”. Entretanto, tanto as estruturas do crânio, como as do pescoço, também podem causar dores faciais. A denominação “dor orofacial” tornou-se popular entre os cirurgiões dentistas e profissionais da área de saúde envolvidos no tratamento desse tipo de dor.(2) Segundo aAmerican Academy of Orofacial Pain (AAOP),(3) a dor orofacial vem evoluindo e abrange as dores de cabeça, a dor neurovascular, a dor musculoesquelética mastigatória, os transtornos da articulação temporomandibular, os distúrbios do sono, entre outros.

Na literatura, o número de trabalhos que se referem à dor crônica orofacial vem aumentando. Um instrumento constantemente empregado para identificar a interação complexa entre as dimensões físicas e psicológicas da dor crônica é conhecido como critérios diagnósticos para pesquisa das desordens temporomandibulares (RDC/TMD, sigla do inglês research diagnostic criteria for temporomandibular disorders).(4)

É possível utilizar o questionário RDC/TMD e a Escala de Sonolência de Epworth para avaliar a dor crônica e os níveis de sonolência dos pacientes, respectivamente, bem como para relacioná-los.(4,5) Isso porque, segundo pesquisas,(6)portadores de disfunção temporomandibular crônica apresentam algum grau de impacto da dor em suas vidas, como as alterações no sono, as quais podem acarretar alterações significativas no funcionamento físico, ocupacional, cognitivo e social do indivíduo, além de comprometerem substancialmente a qualidade de vida.(1,7,8) Esse resultado está de acordo com as conclusões obtidas por pesquisadores(9) que observaram que pacientes com dor crônica sofrem de má qualidade do sono. Outros trabalhos enfatizam os estudos sobre a associação entre dor crônica e sono,(10) com destaque para a importância dos cirurgiões dentistas, que desempenham um papel importante no alívio da dor orofacial e dos problemas associados ao sono.

A Escala de Sonolência de Epworth foi elaborada por Murray Johns e validada para o português por Bertolazi.(5,11) É constituída por uma avaliação subjetiva, rápida(5)e autoaplicável, além de ser acompanhada de instruções para pontuação das situações indagadas, como chance de cochilar sentado, lendo ou assistindo à televisão.(5) Trata-se de um instrumento válido e confiável para a avaliação da sonolência, sendo equivalente à sua versão original, quando aplicado em indivíduos que falam português do Brasil.(11)

OBJETIVO

Determinar a relação entre os graus de dor crônica e os níveis de sonolência dentre pacientes de um centro de tratamento especializado.

MÉTODOS

Estudo realizado com os pacientes do Centro de Diagnóstico e Tratamento da Articulação Temporomandibular e Alterações Dento Faciais Funcionais (CDATM) da Universidade Tuiuti do Paraná, localizada na cidade de Curitiba (PR), no período de março de 2012 a março de 2013. O estudo foi aprovado pela Plataforma Brasil sob parecer número 241.463. Os pacientes envolvidos na presente pesquisa assinaram um termo de consentimento livre esclarecido (TCLE).

A escolha dos pacientes foi aleatória sendo incluídos 115 pacientes − porcentagem significativa em referência ao total de pacientes que procuraram a clínica no período da realização do trabalho. Os pacientes responderam a todas as questões do questionário RDC/TMD, sendo que, na presente pesquisa, utilizaram-se apenas algumas delas. Em seguida, foram avaliados os dados referentes ao protocolo de registro de dor crônica RDC/TMD − Eixo II, o qual permite avaliar a intensidade da dor, relacionado-a à incapacidade que a mesma pode causar, por meio de um quadro classificatório.

Após, foi aplicada, aos 115 pacientes, a Escala de Sonolência de Epworth. Os resultados foram utilizados para a classificação dos mesmos quanto ao grau de sonolência apresentado.

O tratamento dos dados obtidos por meio da aplicação do RDC/TMD − Eixo II e da Escala de Sonolência de Epworth foi realizado com o auxílio do Software Microsoft Excel. Este trabalho consistiu na determinação da distribuição linear, na obtenção da equação da reta e do valor de R2, com nível de significância α ≤ 0,05.

RESULTADOS

A presente pesquisa envolveu a participação de 115 pacientes com média de idade de 41±16 anos, sendo que o paciente mais novo tinha 12 anos de idade e o mais velho 77 anos.

A proporção de pacientes envolvidos na presente pesquisa, em função do gênero, mostrou prevalência do gênero feminino (80%) (Tabela 1).

Tabela 1 Pacientes dos gêneros feminino e masculino, com e sem dor crônica 

Gêneros Pacientes
Total (%) Com dor crônica (%) Sem dor crônica (%)
Feminino 80 85 68
Masculino 20 15 32

Quanto aos pacientes, gênero feminino e masculino, com e sem dor crônica, observou-se que 70% apresentaram dor crônica e 30% não apresentaram. A proporção de pacientes com e sem dor crônica entre os gêneros é mostrada na tabela 1.

A tabela 2 apresenta a relação entre os graus de dor crônica e o número de pacientes e suas respectivas porcentagens, além da proporção de pacientes dos gêneros feminino e masculino para cada grau de dor crônica.

Tabela 2 Relação entre os graus de dor crônica e o número de pacientes e suas respectivas porcentagens, e a proporção de pacientes dos gêneros feminino e masculino para cada grau de dor crônica 

Grau de dor crônica Pacientes n (%) Gênero n (%)
Feminino Masculino
Sem dor crônica 34 (29,6) 23 (20,0) 11 (9,6)
I 17 (14,8) 13 (11,3) 4 (3,5)
II 44 (38,3) 38 (33,0) 6 (5,3)
III 13 (11,3) 11 (9,6) 2 (1,7)
IV 7 (6,0) 0 (0) 7 (6,0)

Na relação dos graus de dor crônica, predominou o grau II, alta intensidade de dor e baixa incapacidade, seguidos pelos graus sem dor crônica, I, III e IV. (Tabela 2). Importante destacar que o grau I corresponde à baixa intensidade de dor e à baixa incapacidade; o grau III a uma limitação moderada, independente da intensidade de dor, com alta incapacidade; e o grau IV a uma forte limitação, independente da intensidade de dor, e à alta incapacidade.

Relacionando-se os gêneros com os graus de dor crônica, pode-se observar que, no gênero feminino, prevaleceu o grau II de dor crônica e, no gênero masculino, prevaleceram pacientes sem dor crônica (Tabela 2).

A proporção observada para os níveis de sonolência mostrou maior prevalência para o débito de sono médio (Tabela 3).

Tabela 3 Relação entre os níveis de sonolência e o número de pacientes e suas respectivas porcentagens, e a proporção de pacientes dos gêneros feminino e masculino para cada nível de sonolência 

Níveis de sonolência Pacientes n (%) Gêneros n (%)
Feminino Masculino
Sem débito de sono 20 (17,4) 19 (16,5) 1 (0,9)
Sono abaixo do necessário 14 (12,2) 10 (8,7) 4 (3,5)
Débito de sono médio 44 (38,3) 33 (28,7) 11 (9,6)
Débito de sono grave 20 (17,4) 16 (13,9) 4 (3,5)
Débito de sono gravíssimo 17 (14,7) 14 (12,1) 3 (2,6)

Os dados da tabela 4 mostram a prevalência do débito de sono médio para os graus sem dor crônica, grau I e grau II de dor crônica, respectivamente. Para o grau III de dor crônica, a maior prevalência foi observada para os nivéis débito de sono médio e débito de sono grave. O grau IV apresentou maior incidência para o débito de sono gravíssimo.

Tabela 4 Relação entre os graus de dor crônica e os níveis de sonolência em porcentagem 

  Sem dor crônica Grau I Grau II Grau III Grau IV
Sem débito de sono 5,2 1,7 9,6 0,9 0
Sono abaixo do necessário 0,9 1,7 6,1 2,6 0,9
Débito de sono médio 13,9 6,1 13,0 3,5 1,7
Débito de sono grave 6,1 1,7 5,2 3,5 0,9
Débito de sono gravíssimo 3,5 3,5 4,3 0,9 2,6

A única ausência de pacientes foi observada para o grau IV de dor crônica com nível de sonolência sem débito de sono (Tabela 4).

Os resultados obtidos para a correlação entre os gêneros e os graus de dor crônica, gêneros e os níveis de sonolência, os graus de dor crônica e os níveis de sonolência são mostrados na figura 1.

Figura 1 Associação entre os gêneros e os graus de dor crônica (A); os gêneros e os níveis de sonolência (B); e os graus de dor crônica e os níveis de sonolência (C) 

DISCUSSÃO

Os resultados obtidos a partir do presente trabalho permitiram constatar que a maioria dos pacientes que procurou o CDATM era do gênero feminino e, destes, a maioria apresentou dor crônica.

Esse resultado está de acordo com a literatura,(12) na qual foram verificados elevada incidência (41,4%) de dor crônica na população e predomínio da mesma em pacientes do gênero feminino, após avaliarem 2.297 indivíduos com idade ≥20 anos, em Salvador (BA), entre os anos de 1999 e 2000.

Outros trabalhos(13-16) também observaram que a prevalência de dor crônica na população geral tem sido maior em mulheres do que em homens. Estudo realizado com 4.100 indivíduos mostraram que essa morbidade afetou 39% de homens e 45% de mulheres.(14)

A avaliação dos graus de dor crônica dos 115 pacientes da presente amostra mostrou que 29,6% deles não apresentavam dor crônica, 14,8% apresentaram grau I de dor crônica, 38,3% grau II, 11,3% grau III e 6,0% grau IV. Esse resultado reforça a alta incidência de dor crônica grau II entre os pacientes.(4)

Trabalhos similares(17-20) foram realizados afim de determinar a porcentagem de pacientes em cada grau de dor crônica. Para um trabalho realizado com os pacientes do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Instituto Nacional de Câncer, foi observado que, dos 30 pacientes, 9 apresentaram grau I (30%), 9 apresentaram grau II (30 %), 4 grau III (13,33%) e 8 (26,67%) grau IV de dor crônica.(17)

Tal qual este trabalho, a literatura também já demonstrou maior incidência do grau II de dor crônica.(18)Contudo, Teixeira(18) separou os pacientes em três grupos: grupo A (muscular), grupo B (articular) e grupo C (misto), conforme a origem da DTM, e, a partir dos valores obtidos, observou maior incidência para o grau II de dor crônica nos grupos A (40%) e C (50,7%).(18)

A avaliação dos níveis de sonolência constatou 17,4% dos pacientes sem débito de sono; 12,2% com sono abaixo do necessário; 38,3% com débito de sono médio; 17,4% com débito de sono grave e 14,7% com débito de sono gravíssimo. Para o nível de sonolência mais incidente, o débito de sono médio, a proporção entre os gêneros femino e masculino foi de 28,7 e 9,6%, respectivamente, mostrando, assim, que ambos os gêneros contribuíram para que esse nível apresentasse maior proporção.

Segundo a literatura,(21) a maior incidência também foi do débito de sono médio, quando comparado aos demais níveis de sonolência. Contudo, também foram encontrados na literatura(22) trabalhos com resultados distintos dos aqui observados, mostrando, dentre os níveis de sonolência, maior incidência para sonolência leve, a qual corresponde ao nível de sonolência abaixo do necessário.

A associação entre os graus de dor crônica e os gêneros mostrou resultados distintos; a maior incidência no gênero feminino foi para o grau II de dor crônica (33%) e, no gênero masculino, foi para sem dor crônica (9,6%).

Esse resultado corrobora outros discutidos anteriormente sobre a maior incidência de dor crônica em pacientes do gênero feminino. Contudo, ao avaliar os níveis de sonolência, não foram observadas diferenças entre os gêneros, uma vez que ambos apresentaram maior incidência para o débito de sono médio, sendo que, para os gêneros feminino e masculino, representam 28,7 e 9,6%, respectivamente.

A determinação da associação entre os graus de dor crônica e níveis de sonolência permitiu observar que, para os pacientes sem dor crônica, com grau I e II de dor crônica, prevaleceu o débito de sono médio. Para os pacientes com grau III de dor crônica, observou-se a mesma porcentagem de débito de sono médio e de sono grave, e, para os pacientes com grau IV de dor crônica, prevaleceu o débito de sono gravíssimo. Importante destacar que o débito de sono gravíssimo consiste em alta incapacidade e forte limitação.

Nenhuma correlação foi observada entre as variáveis. Não houve relação linear entre os gêneros dos pacientes com os graus de dor crônica (sem dor crônica e graus I, II, III e IV) e nem com os níveis de sonolência (sem débito de sono, sono abaixo do necessário, débito de sono médio, débito de sono grave e débito de sono gravíssimo). Este resultado mostrou que tanto o gênero feminino quanto o masculino apresentaram todos os níveis de sonolência e para os graus de dor crônica apenas o gênero masculino não apresentou grau IV de dor crônica, sendo os demais observados para todos os gêneros. Este resultado seria diferente se o valor de R2 fosse igual ou próximo a 1, pois, segundo a literatura, quanto maior a correlação, mais próximo de 1 é o valor de R2. Assim, por meio dos resultados de correlação é possível afirmar que, a partir do grau de dor crônica de um paciente, não podemos prever o nível de sonolência do mesmo, e vice-versa.

CONCLUSÕES

A maioria dos pacientes que procurou o CDATM é do gênero feminino e apresenta dor crônica. Dentre os graus de dor crônica, a maior incidência foi observada para o grau II (alta intensidade de dor com uma baixa incapacidade). Quanto aos níveis de sonolência, prevaleceram pacientes com débito de sono médio. Os graus de dor crônica e os níveis de sonolência não apresentam associação entre si, nem com o gênero dos pacientes.

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