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Efeitos do método Pilates sobre a função pulmonar, a mobilidade toracoabdominal e a força muscular respiratória: ensaio clínico não randomizado, placebo-controlado

Efeitos do método Pilates sobre a função pulmonar, a mobilidade toracoabdominal e a força muscular respiratória: ensaio clínico não randomizado, placebo-controlado

Autores:

Letícia Tiziotto de Jesus,
Letícia Baltieri,
Luana Gomes de Oliveira,
Liliane Rodrigues Angeli,
Silvia Patrícia Antonio,
Eli Maria Pazzianotto-Forti

ARTIGO ORIGINAL

Fisioterapia e Pesquisa

versão impressa ISSN 1809-2950versão On-line ISSN 2316-9117

Fisioter. Pesqui. vol.22 no.3 São Paulo jul./set. 2015

http://dx.doi.org/10.590/1809-2950/12658022032015

RESUMEN

El método Pilates puede ser una herramienta eficaz para el fisioterapeuta en la rehabilitación, pues presenta algunos beneficios y pocas contraindicaciones. Aunque ampliamente practicado por la población, la literatura es escasa acerca de los beneficios relacionados al sistema respiratorio. El objetivo de este estudio fue evaluar la influencia del método Pilates sobre la función pulmonar, movilidad toracoabdominal, fuerza muscular respiratoria y características antropométricas en mujeres saludables. Se trata de un ensayo clínico no randomizado, placebo-controlado con 21 voluntarias, que fueron divididas por conveniencia en dos grupos: Pilates con 11 voluntarias, con edades de 33,18±8,08 años, sometidas al método Pilates dos veces a la semana durante tres meses y Control con 10 voluntarias, con edades de 31,70±7,39 que permanecieron tres meses sin ejercicios físicos regulares. Todas fueron sometidas a la evaluación antropométrica, cuestionario de actividad física de Baecke, función pulmonar por espirometría, movilidad toracoabdominal por cirtometría y fuerza muscular respiratoria por las medidas de las presiones respiratorias máximas obtenidas por medio de un manovacuómetro. Todas las voluntarias fueron evaluadas antes de la inserción en los grupos y revaluadas después de tres meses. En el grupo Pilates hubo aumento significativo de la actividad física recreativa y en el cuestionario total de actividad física hubo aumento de la movilidad en los tres niveles (axilar, del xifoides y abdominal) de la fuerza muscular respiratoria, tanto inspiratoria como espiratoria, así como la reducción significativa de la circunferencia de la cintura (CC) (p<0,05) después de tres meses de intervención. Sin embargo, con excepción de la actividad física de recreación y en el total del cuestionario de actividad física, en comparación con los grupos, no fueron detectadas diferencias significativas (p≥0,05). No se constató diferencias significativas (p≥0,05) entre los grupos y sus integrantes para la función pulmonar. Se concluye que después de la práctica del método Pilates hubo mejoría en la actividad física de recreación, movilidad toracoabdominal, fuerza muscular respiratoria y reducción de la circunferencia de la cintura. Sin embargo, en comparación con el Grupo Control, el método Pilates no promovió alteraciones relevantes en la función pulmonar, movilidad toracoabdominal, fuerza muscular respiratoria y características antropométricas de mujeres saludables que no realizaron programas de ejercicios físicos.

Palabras clave: Técnicas de Ejercicio con Movimientos; Modalidades de Fisioterapia; Espirometría; Fuerza Muscular

INTRODUÇÃO

Como os demais músculos esqueléticos, os músculos respiratórios respondem aos estímulos dados através do treinamento físico 1),(2 , e com essa finalidade tem sido preconizada a prática regular de exercícios físicos 3 .

Um dos objetivos do método Pilates é o equilíbrio muscular, de forma que os grupos musculares interajam com força e flexibilidade, coordenação da respiração, fortalecimento intenso da musculatura abdominal, etc., diferenciando-se de outras formas de exercícios que visam à hipertrofia muscular 4 . Estudos confirmam a eficácia do método para correção postural 5 , flexibilidade 6 , fortalecimento muscular 7 , programas de reabilitação 8 e condicionamento físico 9),(10 . Porém, a literatura é escassa quando se trata de evidenciar a efetividade do método Pilates sobre as respostas da mecânica muscular respiratória e função pulmonar.

De acordo com Wellset et al. 11 , o fundamento tradicionalmente conhecido do método Pilates é o controle da respiração. Durante a realização dos exercícios, a estabilização da coluna vertebral promove intenso recrutamento do músculo transversal do abdome e do músculo oblíquo interno, especialmente quando ocorre a associação do controle respiratório ao movimento de flexão do tronco 12 .

O padrão respiratório utilizado no método Pilates é conhecido como "respiração lateral", isto é, evita a expansão da região abdominal durante as inspirações. Ao utilizar predominantemente o tórax e os músculos da caixa torácica, favorecendo a expansão lateral da caixa torácica, aumenta o espaço para a expansão pulmonar 13),(14) e, assim, influencia volumes pulmonares em indivíduos saudáveis praticantes do método 15 .

Até o presente momento, não foram encontrados estudos na literatura consultada, investigando os efeitos do método sobre o sistema respiratório e, diante do exposto, torna-se relevante a investigação da influência do método Pilates sobre tal sistema, uma vez que vem sendo utilizado como complemento da fisioterapia e também da fisioterapia respiratória devido ao importante enfoque no controle da respiração.

Tem-se como hipótese que a aplicação do método Pilates pode promover ganhos na função pulmonar, na mobilidade toracoabdominal e na força muscular respiratória de indivíduos saudáveis, além de alterações nas características antropométricas, especialmente quanto à distribuição de gordura corporal.

Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do método Pilates sobre a função pulmonar, mobilidade toracoabdominal, força muscular respiratória e distribuição de gordura corporal.

METODOLOGIA

Trata-se de ensaio clínico, com um protocolo único, aplicado em mais de um local e realizado por mais de um investigador. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), sob o parecer 03/11, registrado no ClinicalTrials com o identificador NCT01841385 e realizado em clínicas de Pilates da região. As clínicas que contavam com fisioterapeuta com formação específica no método foram selecionadas e convidadas a participar do estudo. Mediante aceite, foi realizado encontro com os profissionais para a padronização do método e progressão do programa, sendo em seguida, realizado convite formal à alunas iniciantes das respectivas clínicas e à voluntárias diretamente na comunidade, por meio de cartazes e convite formal. As participantes realizaram a prática do método sem ônus, independente do local. Aquelas com disponibilidade para realizar o programa de exercícios propostos por três meses consecutivos compuseram o Grupo Pilates e, as outras, o Grupo Controle.

Foram incluídas mulheres com idade entre 25 e 55 anos, com índice de massa corpórea (IMC) ≤29kg/m2, não tabagistas ou etilistas, sem quaisquer anormalidades do sistema cardiovascular, respiratório ou neuromuscular. Foram excluídas mulheres com doenças incapacitantes, gestação, incapacidade de entendimento para a realização dos testes e exercícios, que não apresentassem regularidade nas sessões de treinamento (Grupo Pilates) ou que iniciassem qualquer programa de atividade física durante o período do estudo (Grupo Controle).

Protocolo experimental

As voluntárias compuseram dois grupos:

  1. Grupo Pilates (n=16): aquelas que não estavam realizando qualquer modalidade de exercício físico regular, supervisionado ou não, há pelo menos um ano, e que não tinham praticado o método Pilates anteriormente, mas que iniciariam as atividades com o método após a avaliação inicial, sendo reavaliadas após três meses. Para o protocolo do método Pilates, os exercícios foram aplicados no solo e em equipamentos, com progressão gradual da carga. Os equipamentos utilizados foram: Cadillac, Reformer, Chair e Ladder Barrel. Os exercícios realizados no solo e nos equipamentos foram: teaser, rollover, horse back no Ladder Barrel, tendon stretch no Reformer, push-through (seated front) no Cadillac, splits side modificado utilizando faixa elástica no Reformer, side arm twist modificado utilizando caixa de extensão na Chair. A intervenção com o método teve regularidade de duas sessões semanais com duração de uma hora, durante 12 semanas, totalizando 24 sessões. Após as avaliações iniciais, visando a adaptação e aprendizado dos movimentos, as voluntárias se familiarizaram com o método terapêutico realizando uma sessão, que não foi incluída no número total de sessões. O programa de exercícios partiu de um protocolo pré-estabelecido e houve progressão individualizada de carga e número de séries e repetições a cada 4 semanas.

  2. Grupo Controle (n=13): aquelas que não estavam realizando qualquer modalidade de exercício físico regular, supervisionado ou não, há pelo menos um ano, não tinham praticado o método Pilates anteriormente e que permaneceram nesse estilo de vida durante o período do estudo. A cada 30 dias as voluntárias deste grupo foram contatadas por telefone para que o pesquisador obtivesse informações sobre a manutenção da ausência da prática de exercícios físicos das voluntárias.

Todas as voluntárias foram avaliadas por um único pesquisador, sendo que a avaliação constituiu-se em anamnese com coleta de história clínica e de dados como: idade, massa corporal, altura, IMC, circunferência da cintura (CC) e do quadril (CQ), relação da circunferência da cintura e quadril (RCQ) e circunferência do pescoço (CP), além da avaliação da atividade física habitual (AFH) pelo questionário de Baecke et al. 16 , validado no Brasil por Florindo e Latorre 17 . Para este estudo foram utilizados os escores de AFH dos últimos 12 meses: para exercícios físicos no lazer (EFL), com quatro questões, e para as atividades físicas de lazer e locomoção (ALL), também com quatro questões.

Função pulmonar

Para a avaliação dos volumes, fluxos e capacidades pulmonares foi utilizado um espirômetro computadorizado (Microquark; Cosmed, Roma, Itália), seguindo as normas da American Thoracic Society e European Respiratory Society (ATS/ERS) 18 e diretrizes para testes de função pulmonar 19 . As voluntárias foram orientadas a realizar as manobras de capacidade vital lenta (CVL) e capacidade vital forçada (CVF) e ventilação voluntária máxima (VVM). As curvas foram analisadas de acordo com os critérios de aceitabilidade e reprodutibilidade preconizados na literatura 18),(19 .

Mobilidade toracoabdominal

A mobilidade toracoabdominal foi mensurada por meio da cirtometria na posição ortostática, pelo mesmo avaliador, nos níveis axilar, xifoidiano e abdominal, sendo realizada com a utilização de uma fita métrica, três vezes em cada nível, após inspiração e expiração máximas. A diferença entre o maior valor obtido da inspiração e o menor da expiração foi considerada a mobilidade toracoabdominal para cada um dos níveis.

Força muscular respiratória

A força muscular respiratória foi avaliada por meio das pressões respiratórias máximas através de um manovacuômetro analógico (Criticalmed(r)), com intervalo operacional de ±300cmH2O, equipado com um adaptador de bocal e um orifício de 2mm de diâmetro, servindo de válvula de alívio 20 .

A pressão inspiratória máxima (PImáx) foi medida a partir de uma expiração máxima (volume residual), enquanto a pressão expiratória máxima (PEmáx) foi medida a partir de uma inspiração máxima (capacidade pulmonar total). Cada esforço foi sustentado por no mínimo dois segundos, com 45 segundos de intervalo entre cada manobra.

Para minimizar o efeito aprendizagem foram realizadas cinco medidas, sendo que a diferença entre elas deveria ser de até 10%. Foi considerado para análise o maior valor obtido.

Análise estatística

Foi utilizado o programa SPSS versão 13.0. Para a verificação da normalidade foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk. Para a análise intragrupo foram utilizados os valores absolutos, e para dados paramétricos foi realizado o teste t de Student (amostras relacionadas), enquanto o teste Wilcoxon foi aplicado para dados não paramétricos. Para a comparação dos dados entre os grupos foram utilizadas as diferenças dos valores obtidos entre o pré e o pós-tratamento. Foram realizados os testes t de Student (amostras independentes), para dados com normalidade, e o de Mann-Whitney para dados sem normalidade. O nível de significância estatística adotado foi de 5%.

O cálculo do tamanho da amostra foi realizado por meio de um estudo piloto, com a variável PImáx do Grupo Pilates.

Utilizou-se para o cálculo a média da diferença, considerando os momentos antes e após a aplicação do tratamento assim como o desvio-padrão da diferença.Utilizou-se o teste t de Student para duas amostras relacionadas, adotando-se um poder estatístico de 80% e um alfa de 0,05. Assim, determinou-se um número de 10 voluntárias por grupo.

RESULTADOS

Das 29 voluntárias avaliadas, oito foram excluídas durante o estudo (cinco alegaram motivos pessoais, uma iniciou atividade física e duas não compareceram para a reavaliação), restando 21 voluntárias, das quais 11 ficaram no Grupo Pilates e 10 no Grupo Controle ( Figura 1 ).

Figura 1 Diagrama de distribuição das participantes 

Os dados de características iniciais e distribuição dos grupos, como idade e medidas antropométricas estão apresentados na Tabela 1 . Observa-se homogeneidade dos grupos em relação às características na primeira avaliação: idade, altura, IMC e massa corporal.

Tabela 1 Idade e características antropométricas do Grupo Pilates e do Grupo Controle, no início do estudo, expressas em média e desvio-padrão 

Pilates (n=11) Controle (n=10) p-valor [IC95%]entre grupos
Idade (anos) 33,18±8,08 31,70±7,39 0,67 [-8,5;5,61]
Altura (m) 1,63±0,05 1,64±0,06 0,66 [-0,03;0,06]
Massa corporal (kg) 55,86±6,94 60,85±13,18 0,62
IMC (kg/m²) 21,17±3,16 22,56±3,62 0,36 [-1,7;4,4]

IMC. Índice de Massa Corporal; IC95%: Intervalo de Confiança a 95%

Na Tabela 2 estão descritos os valores das circunferências e os resultados do questionário de Baecke sobre a atividade física habitual. Na análise intragrupo do Grupo Pilates, nota-se que houve redução da CC, aumento do escore da atividade física de lazer e, consequentemente, do escore total do questionário de atividade física. No Grupo Controle não houve diferença significativa para nenhuma das variáveis. Na comparação entre os Grupos Controle e Pilates, houve aumento significativo na variável "atividade física do lazer", obtida por meio do questionário de Baecke. Entretanto, não foram constatadas diferenças significativas em relação à CC quando comparados os dois grupos.

Tabela 2 Variáveis antropométricas, circunferências e escores de atividade física habitual do lazer e locomoção do Grupo Pilates e do Grupo Controle, na pré e pós intervenção, expressas em média e desvio-padrão, diferenças pré-pós, bem como o p-valor e intervalo de confiança a 95% (IC95%) das análises intragrupo e entre grupos 

Pilates (n=11) Controle (n=10) p-valor [IC95%]entre grupos
Pré Pós Diferença pré-pós p-valor [IC95%] intragrupo Pré Pós Diferença pré-pós p-valor [IC95%] intragrupo
CC (cm) 81,3±7,60 78,5±8,38 ↓ 2,77 0,038 84,5±10,9 84±11,04 ↓ 0,48 0,85 [-5,1;6,0] 0,41 [-8,0;3,5]
CQ (cm) 97,1±6,95 96,02±7,1 ↓ 1,13 0,38 [-1,6;3,8] 98,3±13,8 98,9±8,87 ↑ 0,61 0,81 [-6,4;5,2] 0,53 [-7,5;4,0]
RCQ 0,83±0,05 0,82±0,06 ↓ 0,01 0,33 [-0,01;0,05] 0,86±0,14 0,85±0,07 ↓ 0,01 0,75 [-0,07;0,10] 0,9 [-0,08;0,08]
CP (cm) 31,4±2,17 31,1±1,71 ↓ 0,37 0,37 [-0,53;1,27] 31,8±1,92 31,8±1,84 ↓ 0,03 0,86 [-0,3;0,40] 0,46 [-1,29;0,6]
AFL 1,95±0,31 2,43±0,32 ↑ 0,47 0,002 [-0,73;-0,2] 2,45±0,50 2,35±0,46 ↓ 0,10 0,57 0,008 [0,17;0,9]
ALL 1,30±0,64 1,52±0,82 ↑ 0,22 0,38 [-0,78;0,32] 1,8±0,39 1,72±0,72 ↓ 0,075 0,80 [-0,59;0,74] 0,44 [-0,5;1,1]
TOTAL 3,25±0,69 3,95±0,79 ↑ 0,70 0,02 4,25±0,55 4,07±0,91 ↓ 0,17 0,65 [-0,68;1,03] 0,07 [-0,08;1,8]

CC: Circunferência da Cintura; CQ: Circunferência do Quadril; RCQ: Relação Cintura Quadril; CP: Circunferência do Pescoço; AFL: Atividade Física do Lazer; ALL: Atividade do Lazer e Locomoção

Em relação à função pulmonar, não foram constatadas diferenças significativas intragrupo nas medidas espirométricas, porém houve aumento significativo da mobilidade toracoabdominal nos três níveis e da força muscular respiratória (PImáx e PEmáx) para o Grupo Pilates. Quando os grupos foram comparados utilizando a diferença entre a primeira e segunda avaliação, não houve diferença significativa ( Tabela 3 ).

Tabela 3 Medidas das variáveis da função pulmonar, mobilidade toracoabdominal e força muscular respiratória de ambos os grupos, na pré e pós intervenção, expressas em média e desvio-padrão, diferenças pré-pós, bem como o p-valor e intervalo de confiança a 95% (IC95%) das análises intragrupo e entre os grupos 

Pilates (n=11) Controle (n=10) p-valor [IC95%] entre grupos
Pré Pós Diferença pré-pós p-valor [IC95%] intragrupo Pré Pós Diferença pré-pós p-valor [IC95%] intragrupo
Função pulmonar
CVL (%P) 94,5±16,4 98,5±12,2 ↑ 4,07 0,13 [-9,5;1,4] 97,36±14,1 100,95±19,6 ↑ 3,59 0,26 [-10,4;3,2] 0,9 [-7,6;8,5]
VRE (L) 0,73±0,2 0,89±0,4 ↑ 0,16 0,18 [-0,4;0,08] 0,93±0,3 0,80±0,3 ↓ 0,13 0,25 [-0,11;0,3] 0,07 [-0,03;0,6]
VRI (L) 1,94±0,6 1,78±0,5 ↓ 0,16 0,38 [-0,2;0,5] 1,87±0,6 2,13±0,5 ↑ 0,26 0,21 [-0,6;0,1] 0,12 [-0,9;0,12]
CVF (%P) 94,8±13,6 95,37±10,5 ↑ 0,55 0,71 [-3,7;2,6] 99,08±15,9 101,24±16,4 ↑ 2,16 0,054 [-4,3;0,05] 0,37 [-5,3;2,09]
VEF1 (%P) 98,1±16,9 101,5±13,5 ↑ 3,38 0,10 [-7,5;0,78] 102,26±14,5 102,65±14,3 ↑ 0,39 0,70 [-2,6;1,8] 0,18 [-1,5;7,57]
PFEF (%P) 95,9±30,5 96,78±31,1 ↑ 0,85 0,81 [-8,7;7,01] 98,37±19,4 106,26±23,9 ↑ 7,89 0,06 [-16,2;0,4] 0,18 [-17,7;3,6]
VVM (%P) 85,8±21,5 86,85±20,8 ↑ 1,01 0,54 [-4,6;2,58] 91,01±16,8 93,35±18,1 ↑ 2,34 0,38 [-8,1;3,4] 0,66 [-7,5;4,9]
Mobilidade toracoabdominal
Axilar (cm) 7,35±2,0 8,73±2,0 ↑ 1,37 0,007 6,95±2,0 8,33±2,1 ↑ 1,38 0,05 0,99 [-2,3;2,3]
Xifoidiana (cm) 6,52±2,1 8,37±1,7 ↑ 1,85 0,005 [-3,0;-0,67] 7,05±2,8 8,27±1,8 ↑ 1,22 0,26 [-3,5;1,1] 0,57 [-1,7;2,9]
Abdominal (cm) 4,05±2,2 5,94±1,8 ↑ 1,89 0,02 [-3,48;-0,2] 4,38±2,0 5,55±0,8 ↑ 1,17 0,12 [-2,7;0,4] 0,48 [-1,3;2,8]
Força muscular respiratória
PImáx (cmH2O) -72,7±21,6 -82,2±26,2 ↑ 9,55 0,009 [2,9;16,1] -67,50±16,7 -70,00±17,8 ↑ 2,50 0,52 [-6,1;11,1] 0,15 [-17,0;2,9]
PEmáx (cmH2O) 85,4±19,4 104,1±22,8 ↑ 18,64 0,001 [-27,6;-9,6] 77,50±21,6 87,00±12,7 ↑ 9,50 0,05 [-34,2;-0,08] 0,13 [-2,9;21,2]

Valores absolutos e em porcentagem do predito (%P). CVL: Capacidade Vital Lenta, VRE: Volume de Reserva Expiratório, VRI: Volume de Reserva Inspiratório, CVF: Capacidade Vital Forçada, VEF1: Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo, PFEF: Pico de Fluxo Expiratório Forçado, VVM: Ventilação Voluntária Máxima; PImáx.: Pressão Inspiratória Máxima, PEmáx.: Pressão Expiratória Máxima

DISCUSSÃO

Os principais resultados deste estudo evidenciaram aumento da mobilidade axilar, xifoidiana e abdominal, e da força muscular respiratória, assim como redução da CC e aumento da pontuação do questionário de atividade física no grupo que praticou o método Pilates duas vezes por semana, durante 12 semanas, totalizando 24 sessões. Porém, quando comparados os dois grupos na avaliação final, não houve diferença, apesar de ser possível evidenciar melhora no escore de atividade física habitual no grupo Pilates quando comparados ao controle.

Os resultados positivos encontrados nas voluntárias do Grupo Pilates podem ser atribuídos a um dos princípios norteadores do método Pilates: a respiração. Segundo Craig 21 , a respiração é o fator primordial no início do movimento, pois fornece a organização do tronco pelo recrutamento dos músculos estabilizadores profundos da coluna na sustentação pélvica.

De acordo com os princípios do método Pilates, a musculatura abdominal é responsável pela estabilização dinâmica do tronco 22 , que, durante a execução dos exercícios, faz parte do princípio da centralização, conhecido também como powerhouse, um dos mais importantes princípios do método Pilates.

Provavelmente, esse princípio norteador do método possibilitou o recrutamento dos músculos do tronco e da parede abdominal, assim como do diafragma, o que resultou na melhora da mobilidade toracoabdominal e no aumento da força dos músculos respiratórios observados neste estudo. A integridade da mobilidade toracoabdominal durante os movimentos respiratórios é fundamental para o funcionamento da adequada mecânica respiratória23. A melhora da mobilidade torácica e abdominal encontrada neste estudo, particularmente no Grupo Pilates, talvez possa ser atribuída à melhora da flexibilidade do tronco.

Estudos evidenciam a eficácia do Pilates para a correção de alterações posturais 5 , aumento da força muscular 7 e da flexibilidade 6),(9 . Tais benefícios podem justificar o ganho de mobilidade nas voluntárias, pois diminuem possíveis encurtamentos da musculatura respiratória ou melhoram seu alongamento, contribuindo para uma eficiente mecânica respiratória. O aumento da mobilidade toracoabdominal também foi confirmado com o método de Reeducação Postural Global (RPG) 24 . Os autores atribuem o fato tanto à duração do tratamento (8 semanas) quanto ao tempo de duração de cada sessão de alongamento (30 minutos). Interessante observar que mesmo com tempo de duração de tratamento (12 semanas) e de sessão (60 minutos) maiores, não foi possível evidenciar em nosso estudo diferenças da mobilidade em relação ao Grupo controle. Melhora de força muscular, flexibilidade, postura, habilidades motoras e qualidade de vida também foram benefícios atribuídos ao método Pilates por Guimarães et al. 25 , que estudaram a aplicação do método em idosos.

Além da mobilidade toracoabdominal, foi possível constatar o aumento da força muscular respiratória com sessões regulares do método Pilates, já que o princípio da respiração do método exige uma expiração máxima durante os exercícios. A expiração máxima é realizada pelos músculos reto abdominal, oblíquo interno e externo e transverso abdominal. Alguns estudos comprovaram a ativação dos músculos durante os exercícios do Pilates, principalmente do músculo reto abdominal 26 , multífidos e oblíquos externos 27 . Possivelmente, em nossa pesquisa, a ativação dos referidos músculos culminou no aumento da força muscular expiratória. Embora o ganho de força muscular expiratória seja relevante, não se pode constatar que isso se deu pelo método Pilates, pois não houve diferença entre o Grupo Controle na segunda avaliação.

Porém, vale ressaltar que Dorado et al. 28 observaram que em mulheres saudáveis e inativas o método Pilates é eficaz no reforço dos músculos da parede abdominal devido à hipertrofia deles, particularmente do reto abdominal.

Além disso, a retroversão pélvica realizada durante os exercícios do Pilates faz com que o músculo diafragma, principal músculo inspiratório, fique em posição de alongamento devido a sua inserção. Di Alencar et al. 29 relataram que o alongamento também resulta no aumento da força muscular, que em nosso estudo pode ser um fator para o aumento da força muscular inspiratória.

Outros músculos que participam da inspiração, além do músculo diafragma, também estão envolvidos nos exercícios do Pilates, e podem ser fortalecidos e aumentar a força inspiratória. Foi observado, ainda, aumento da força muscular respiratória em indivíduos praticantes de outros métodos, como Ioga 30),(31 , RPG 24 e Kabat 2 .

Segundo Doijad e Surdi 31 , as posturas de Ioga envolvem contração isométrica, conhecida por aumentar a força muscular esquelética. Assim, esse treinamento melhora a força e também a resistência dos músculos inspiratórios e expiratórios. Podemos inferir que, neste estudo, as posturas utilizadas pelo método Pilates, assim como a associação do método à respiração, podem ter contribuído para o aumento da força dos músculos respiratórios. Moreno et al. 24 relatam que os alongamentos presentes no método RPG podem ter favorecido o aumento do comprimento dos sarcômeros e uma contração mais eficaz, que refletiu no aumento das pressões respiratórias máximas e na força dos músculos respiratórios.

Barbosa et al. 12 estudaram o comportamento dos músculos expiratórios, ou seja, músculo reto abdominal, fibras superiores e inferiores, transverso do abdome e oblíquo interno utilizando eletromiografia de superfície durante o movimento de flexão do tronco em dois momentos: em um deles utilizando a respiração própria do método Pilates e, no outro, respiração normal. Puderam observar maior nível de amplitude de ativação dos músculos transverso do abdome, oblíquo interno e durante a realização da flexão do tronco associada à respiração típica do método Pilates. Os achados eletromiográficos do estudo de Barbosa et al. 12 podem contribuir para justificar o aumento da força muscular expiratória nas mulheres praticantes do método Pilates deste estudo. Desse modo, observa-se que a força muscular expiratória aumentou 17,9%, e a força muscular inspiratória aumentou 11,59% no Grupo Pilates, enquanto que no Grupo controle aumentou 10,91% e 3,57%, respectivamente.

Embora todos os benefícios relacionados à força muscular respiratória tenham sido encontrados no grupo que praticou o método Pilates, ainda assim, não podemos identificar a eficácia do método aplicado ao sistema respiratório, uma vez que, de forma geral, o Grupo Pilates se mostrou semelhante ao Grupo Controle em relação à força muscular respiratória e à mobilidade torácica.

Os resultados benéficos do método Pilates em relação ao incremento da força muscular respiratória devem ser ainda mais investigados, pois podem beneficiar indivíduos que apresentam disfunção dos músculos respiratórios, ou ainda necessidade de manutenção da integridade muscular respiratória, como ocorre com indivíduos idosos 32 .

No entanto, quanto aos efeitos do método Pilates na função pulmonar, os estudos são escassos na literatura. Neste estudo, as medidas de função pulmonar não apresentaram mudanças importantes, o que era esperado, já que todas as voluntárias são saudáveis, com valores espirométricos acima de 80% do predito, o que significa função pulmonar dentro da normalidade 18 . Tais achados foram semelhantes ao observado por Godoy et al. 30 , tanto nos indivíduos que praticaram Ioga, quanto nos que realizaram atividade aeróbia por três meses.

Já Doijad et al. 31 relataram um aumento da CVF e da VVM logo após a prática de Ioga. De acordo com os autores, as posturas e a respiração empregadas durante o método favorecem o fortalecimento e a resistência dos músculos respiratórios, e assim apresentam melhor performance nas manobras espirométricas de VVM e de CVF. A Ioga, apesar de se tratar de um método diferente, se assemelha ao Pilates no que se refere ao enfoque respiratório durante o exercício. Provavelmente não alcançamos os mesmos resultados, pois no estudo de Doijad et al. 31 a frequência de realização das sessões foi maior. Os voluntários do estudo realizaram 6 sessões por semana, enquanto no presente estudo a frequência semanal foi de duas vezes. Na totalidade do programa foram realizadas 24 sessões neste estudo, contra 72 sessões no de Doijad et al. 31 . O número de sessões do método Pilates pode ter sido fator fundamental para a falta de diferença significativa entre o Grupo Pilates e o Grupo Controle.

Há relevância clínica da redução da CC, pois se trata de um indicador antropométrico que confirma a obesidade abdominal e, se associada ao excesso de peso, acarreta riscos cardiovasculares envolvidos na síndrome metabólica, aumentando o risco de morbidade 33 . De acordo com a World Health Organization (WHO) 34 , valores da CC iguais ou superiores a 80cm são considerados indicativos de risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Vale destacar que as voluntárias do Grupo Pilates terminaram o programa de exercícios sem indicativo de risco (CC=78,56±8,38), enquanto o Grupo Controle se manteve na faixa de risco cardiovascular (CC=84,07±11,04). Não há dúvidas de que a atividade física regular contribui para o equilíbrio entre a energia consumida na forma de alimento e a gasta em decorrência do exercício 35 , promovendo a manutenção ou redução da massa corporal. Neste estudo, não foi possível identificar alterações significativas em relação à massa corporal e IMC, uma vez que as voluntárias estudadas foram classificadas como eutróficas e, em sua maioria, apresentavam faixa etária menos propensa ao ganho de peso. O aumento do escore da atividade física do lazer demonstra uma mudança na rotina das voluntárias do Grupo Pilates em relação à prática de exercícios físicos, sendo de grande importância para a saúde e qualidade de vida.

São vastos os benefícios à saúde da prática regular de exercícios físicos. O estudo de Matsudo et al. 36 menciona que o exercício físico apresenta benefícios tanto no aspecto físico e cognitivo quanto no psicológico e social, pois ajuda a controlar o peso corporal, diminui a gordura corporal e provome a hipertrofia muscular, aumenta a força muscular e melhora a flexibilidade. Todos esses benefícios são de grande valia para melhorar a qualidade de vida e a saúde dos indivíduos e, portanto, devem ser enfatizados. O método Pilates, além de promover a saúde física, pode trazer sentimentos positivos de prazer, satisfação e bem-estar 37 , o que pode justificar o aumento da atividade física habitual neste estudo e a mudança no estilo de vida.

Por fim, os resultados obtidos são referentes a pessoas saudáveis e eutróficas, as quais, mesmo sem realizar atividade física, mantêm a integridade da força muscular respiratória, da mobilidade torácica e das características antropométricas. Sugerimos que mais estudos sobre o método Pilates sejam realizados, como recurso para tratar disfunções respiratórias; recomendamos também que a frequência semanal de exercícios seja superior a duas vezes semanais.

Algumas limitações foram identificadas em nosso estudo, como a não randomização das voluntárias, a realização do estudo em mais de um local e a presença de mais de um instrutor do método com possível influência do meio e da empatia entre aluno/instrutor. O fato do Grupo Pilates ter procurado o método por iniciativa própria pode ter propiciado melhores resultados em função da dedicação e motivação para a prática de exercícios físicos.

CONCLUSÃO

Diante do exposto e dentro das condições experimentais utilizadas, conclui-se que, após 24 sessões do método Pilates, houve melhora na atividade física de lazer, na mobilidade toracoabdominal, na força muscular respiratória e redução da circunferência da cintura. No entanto, em comparação ao Grupo Controle, o método Pilates não teve alterações relevantes na função pulmonar, na mobilidade toracoabdominal, na força muscular respiratória e nas características antropométricas em mulheres saudáveis que não realizaram programa de exercício físico.

Sugere-se que haja acompanhamento para além das 24 sessões do método para melhor identificação dos benefícios, e, além disso, que sejam realizados estudos em populações com disfunções respiratórias.

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