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Eletroestimulação atenua alterações morfológicas e previne atrofia do músculo tibial cranial desnervado

Eletroestimulação atenua alterações morfológicas e previne atrofia do músculo tibial cranial desnervado

Autores:

Cleuber Rodrigo de Souza Bueno,
Mizael Pereira,
Idvaldo Aparecido Favaretto Junior,
Carlos Henrique Fachin Bortoluci,
Thais Caroline Pereira dos Santos,
Daniel Ventura Dias,
Letícia Rossi Daré,
Geraldo Marco Rosa Junior

ARTIGO ORIGINAL

Einstein (São Paulo)

versão impressa ISSN 1679-4508versão On-line ISSN 2317-6385

Einstein (São Paulo) vol.15 no.1 São Paulo jan./mar. 2017

http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082017ao3808

INTRODUÇÃO

As lesões nervosas periféricas são frequentes na sociedade, tornando-se preocupação para a saúde pública e o sistema previdenciário. Suas causas mais prevalentes são as ocasionadas por projéteis de arma de fogo, quedas, traumas perfurocortantes e acidentes automotivos.1-4

Sabe-se que a desnervação ocasiona a perda de massa muscular, a diminuição da secção transversal das fibras e a incapacidade de gerar força, acompanhada do aumento de tecido conjuntivo em nível de perimísio e endomísio.5 Esta fase é seguida por necrose progressiva e apoptose das fibras musculares, além de substituição do tecido muscular por tecido conectivo fibroso e tecido adiposo.6-8

A melhora da recuperação motora após a lesão e o reparo do nervo podem ser otimizados, acelerando a regeneração axonal e diminuindo a progressão da atrofia no músculo alvo, melhorando também, desta forma, sua capacidade funcional.9

Neste sentido, vários autores sugeriram que a estimulação elétrica feita no músculo após o reparo pode ser benéfica durante o período de regeneração nervosa. Sugere-se também que, durante o período de desnervação, o método mais direto para minimizar a atrofia no musculo é a estimulação elétrica.10-12

Caierão et al.13 relatam diminuição do tecido conjuntivo e aumento da área da fibra muscular por meio de um protocolo de estimulação elétrica no músculo desnervado. Matheus et al.14 mencionam melhora nas propriedades mecânicas do músculo.

Estudos do uso terapêutico da estimulação elétrica são controversos entre si, devido à falta de consenso na utilização de parâmetros, intensidade, duração e protocolos, necessitando de mais estudos para avaliar protocolos de estimulação elétrica, principalmente, em músculos desnervados. No entanto, há registros de que estimulação elétrica promoveu efeitos deletérios, retardando a recuperação funcional e acelerando a atrofia das fibras musculares de ratos submetidos à axonotmese.15

Nesse sentido, idealizamos o presente estudo experimental para avaliarmos os efeitos de um protocolo de estimulação elétrica direcionado para um músculo desnervado que é composto de fibras musculares mistas.

OBJETIVO

Investigar se a estimulação elétrica pela corrente russa é capaz de manter a morfologia do músculo tibial cranial de ratos desnervados experimentalmente.

MÉTODOS

Foram utilizados 36 ratos (Rattus norvegiccus) da linhagem Wistar, jovens, machos, com 80 dias de vida, pesando em média 250g. Os animais foram mantidos em caixas apropriadas, com água e ração ad libitum, sem restrições na movimentação, respeitando ciclos de 12 horas de luz, em temperatura média de 24°C. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade do Sagrado Coração, com o protocolo 231/10 e realizado no período de 2011/2012.

Os animais foram distribuídos em quatro grupos com nove animais em cada, denominados assim: Grupo Controle Inicial (GCI), cujos animais foram eutanasiados com 80 dias de vida, ou seja, no início do experimento; Grupo Controle Final (GCF), cujos animais foram eutanasiados com 125 dias de vida, ou seja, no final do experimento; Grupo Experimental Desnervado (GED), cujos animais foram desnervados com 80 dias de vida, não receberam nenhum tipo de tratamento e após 45 dias foram eutanasiados; Grupo Experimental Desnervado Tratado (GEDT), cujos animais foram desnervados com 80 dias de vida, receberam o tratamento pós-cirúrgico de estimulação elétrica por 45 dias e foram eutanasiados.

Procedimentos cirúrgicos

Os animais foram pesados e submetidos à anestesia geral com injeção intramuscular de cloridrato de tiletamina associada a cloridrato de zolazepam (10mg/kg) na região dorsolateral da coxa esquerda. Eles foram considerados anestesiados quando o reflexo córneo-palpebral foi negativo e não demonstraram nenhuma reação motora imediatamente após a estimulação dolorosa do coxim adiposo de qualquer um dos membros.

Foi realizada tricotomia da face dorsolateral do membro pélvico direito, com os animais posicionados em decúbito ventral na placa de cortiça, as patas fixadas com fita adesiva. A antissepsia foi realizada com iodopovidona com 1% de iodo ativo (Povidine Alcoólico®, VIC Pharma Ind. e Com. Ltda., Taquaritinga, SP, Brasil).

Foi feita uma incisão longitudinal na face dorsolateral da coxa direita com aproximadamente 2cm. A pele e a tela subcutânea foram rebatidas, e os músculos suprajacentes, divulsionados, para exposição e secção total do nervo isquiático. Após a secção do nervo, a extremidade proximal foi retrovertida em 180° e suturada no músculo adjacente, enquanto a extremidade distal foi retrovertida 180° e suturada na tela subcutânea, para evitar a reinervação espontânea.16

Nos 2 dias consecutivos, foi administrada medicação analgésica de dipirona 150mg/kg (Analgex V®, Agener União) via intraperitonial a cada 12 horas.

Protocolo de eletroestimulação

O músculo tibial cranial foi escolhido por sua localização superficial, o que facilita o posicionamento dos eletrodos para a estimulação elétrica. Foi usado o aparelho da marca KLD Endophasys R Et 9701. Os eletrodos cutâneos, com dimensões de 2cm x 2cm, e gel de acoplamento, foram posicionados sobre o músculo tibial cranial.

A eletroestimulação ocorreu em três sessões semanais, com dois ciclos de aplicação, durante os 45 dias. Os ratos receberam aplicações de estimulação elétrica com corrente russa.

O primeiro ciclo foi realizado por 10 minutos, com o objetivo de estimular as fibras vermelhas. Para isto, foi utilizada a frequência de ciclo de 2500Hz em período de 0,4ms; frequência de ativação de 30Hz; intervalos de 3/1, com 9 segundos de estimulação para 27 segundos de repouso. A percentagem de modulação foi de 50%.

O segundo ciclo foi realizado por 10 minutos, para estimular as fibras brancas. Para isso, foi utilizada a frequência de ciclo de 2500Hz, em período de 0,4ms; frequência de ativação de 100Hz; intervalos de 3/1, com 9 segundos de estimulação para 27 segundos de repouso. A percentagem de modulação foi de 50%.17

Eutanásia e coleta do músculo tibial cranial

Os animais foram eutanasiados após 45 dias decorridos da cirurgia com overdose anestésica. Após, foi coletado o músculo tibial cranial direito de todos os animais.

Processamento histológico e morfometria muscular

Para o tratamento histológico, foi retirado um fragmento da porção média do ventre muscular e posicionado no meio de inclusão Tissue-Tek® (O.C.T., Sakura Finetek, Torrance, EUA) para congelamento em nitrogênio líquido, obtenção de cortes histológicos de 10µm em criostato (Leica®, CM1850, Nussloch, Alemanha) a -20°C e confecção das lâminas histológicas em coloração de hematoxilina e eosina.18

A observação e a morfometria dos músculos foram realizadas utilizando-se o software de captura e análise de imagem Image-Pro Plus® 6.2 (Media Cybernetics, Bethesda, MD, EUA), acoplado ao microscópio óptico (Olympus®, BX50, Tóquio, Japão) e este acoplado a uma câmera fotográfica (Olympus® DP-71, Tóquio, Japão) com resolução de 12 megapixels. Foi realizada a morfometria de 220 fibras de cada animal, agrupadas em ordem crescente de valores; foram retiradas as dez maiores e as dez menores fibras musculares.19

Análise estatística

Aplicou-se o teste de normalidade de Shapiro-Wilk. Posteriormente, os grupos foram comparados pela técnica da Análise de Variância one-way (one-way ANOVA) e foram aplicados testes de Tukey com nível de significância p≤0,05.

RESULTADOS

Observações macroscópicas

Em todos os animais do GCI e do GCF, foi observada morfologia normal do músculo, enquanto que, nos grupos GED e GEDT, nenhum animal apresentou sinais de reinervação espontânea por neurotização. Constatou-se autofagia na região lateral da pata operada nos animais do grupo GED, fato acontecido pela secção do nervo isquiático que, de forma indireta, lesiona o nervo sural, o qual tem a função de propiciar a inervação sensitiva da pata do animal. Desta forma, o animal julgava que a pata não o pertencia mais e praticava a automutilação. Estes achados não foram observados nos animais do grupo desnervado tratado com o protocolo da estimulação elétrica.

Observações histológicas

A histologia dos cortes transversais mostrou fibras musculares poligonais no GCF e no GCI, com núcleos periféricos, padrão fascicular normal, arquitetura histológica organizada pela presença de envoltórios conjuntivos, perimísio e endomísio, delimitando respectivamente cada fascículo e fibra muscular, e evidenciando a morfologia normal do tecido muscular estriado esquelético. Apenas uma característica diferente foi observada entre os grupos, comprovada na análise morfométrica e esperada naturalmente: fibras musculares visivelmente maiores no GCF, comparado ao GCI, devido ao desenvolvimento natural e sabidamente mais acelerado dos ratos quando comparado ao humano no período do estudo (Figura 1).

Já o GED apresentou grande aumento de tecido conjuntivo em nível de perimísio e endomísio, concomitantemente com desorganização fascicular, núcleos centralizados, fibras de pequena área, com morfologia angulada, caracterizando fibras musculares que sofreram a desnervação e estavam em processo de atrofia (Figura 1). Outro achado foi o aumento do número de fibras (intrafusais) no fuso muscular destes animais (Figura 2).

Figura 1 Fotomicrografia do músculo tibial cranial em corte transversal, sendo Grupo Controle Inicial (A), Grupo Controle Final (B), Grupo Experimental Desnervado Tratado (C), Grupo Experimental Desnervado (D). Observar fibras poligonais (estrela com cinco pontas), invasão de tecido conjuntivo (estrela com quatro pontas), núcleos centrais (seta branca), fibra muscular atrófica (losango). Coloração em hematoxilina e eosina. Aumento de 40x 

Figura 2 Fotomicrografia em corte transversal de destaque dos fusos musculares, sendo: Grupo Controle Inicial (A), Grupo Controle Final (B), Grupo Experimental Desnervado Tratado (C) e Grupo Experimental Desnervado (D). Observar a quantidade e a diferença de fibras intrafusais entre os grupos. Coloração em hematoxilina e eosina. Aumento de 100x 

No grupo GEDT, observaram-se características inerentes tanto do GCF, quando do GED. Constatou-se a maioria das fibras musculares com núcleos periféricos; núcleos centrais também foram observados, mais em raras ocasiões. Outra característica encontrada foi uma discreta desorganização fascicular, principalmente no perimísio. A maioria das fibras apresentou morfologia poligonal, com presença de algumas fibras musculares anguladas e de pequena área. Além disso, não foi observado aumento de fibras intrafusais como visto no GED (Figuras 1 e 2).

Análise morfométrica

Os dados morfométricos mostraram que houve diferença significativa entre o GEDT (2402±94µm2) comparado com o GED (755±227µm2). Já quando o GCI (2441±193µm2) foi comparado ao GEDT, não ocorreu diferença entre eles. Na comparação entre o GCF (3414±342µm2) e o GEDT, aquele obteve média significativa maior que este (Figura 3).

GCI: Grupo Controle Inicial; GCF: Grupo Controle Final; GED: Grupo Experimental Desnervado; GEDT: Grupo Experimental Desnervado Tratado.

Figura 3 Média e desvio padrão da área das fibras musculares dos grupos do experimento (letras diferentes representam diferença estatisticamente significante) 

DISCUSSÃO

Neste estudo, foi utilizado o modelo de neurotmese cirúrgica do nervo isquiático (secção total) e em nenhum dos animais desnervados GED e GEDT foi observada reinervação espontânea. Em estudos com desnervação, é necessária atenção especial ao procedimento cirúrgico empregado.

Em lesões classificadas como neurotmese, a transecção do nervo é total, e a regeneração depende necessariamente da intervenção cirúrgica, sendo este o modelo mais adequado para o estudo do processo de desnervação,13 diferente de muitos autores que optam pela lesão do nervo por esmagamento em seu desenho experimental. Alguns autores enfatizam que este artifício pode preservar parcialmente a estrutura do nervo, o que facilitaria a regeneração.20-23

A morfologia nos revela o estado correspondente do músculo. Características histológicas inerentes ao músculo sadio e desnervado podem ser observadas. A presente análise histológica revela que a estimulação elétrica conseguiu atenuar as modificações morfológicas decorrentes do fenômeno da desnervação.

Neste sentido, Schmalbruch et al.,24 descrevem a presença de núcleos centrais como um processo característico da desnervação. O GED apresentou diversos núcleos centrais, diferentemente do GEDT.

Viguie et al.,25 relatam que, com o aumento do período de desnervação, há uma diminuição progressiva de mionúcleos por fibra muscular, além de aumento inicial com posterior queda no números de células satélite, estando estes eventos correlacionados com uma diminuição da capacidade reparadora do músculo.

A hiperplasia do tecido conjuntivo também é bastante evidente nos músculos desnervados, principalmente em nível de perimísio e endomísio.26 Em nossos estudos, verificamos que o GEDT minimizou a proliferação do tecido conjuntivo, diferente do GED, no qual um grande espaçamento pode ser visto histologicamente entre as fibras com tecido conjuntivo interposto.

Järvinen et al.,27 mencionam que a manutenção do equilíbrio do tecido conjuntivo proporciona a capacidade de alongamento das fibras e força de tração, e, consequentemente, melhor capacidade funcional.

Guo et al.,28 observou que a estimulação elétrica proporcionou a manutenção do pool de células satélites por meio da regularização da sua proliferação e da apoptose durante o período da atrofia induzida por desuso, além de atenuar a perda de mionúcleos por fibra, área de secção transversal e massa muscular. Em nossa pesquisa, a análise histológica revelou que a estimulação elétrica atenuou também as modificações morfológicas decorrentes do fenômeno da desnervação.

Entretanto, os estudos realizados com estimulação elétrica ainda são controversos, como em casos em que ela retardou a regeneração neuromuscular.29 Cavalcante et al.,30 observaram que, quando aplicado um protocolo adequado, a estimulação elétrica pode retardar ou impedir a atrofia muscular. Tal fato corrobora o encontrado em nossa pesquisa, pois a estimulação elétrica impediu a atrofia muscular do GEDT quando comparado ao GED.

Diversas metodologias experimentais são utilizadas para a estimulação elétrica. As mais utilizadas são os eletrodos implantados e os cutâneos com gel de acoplamento. Aqui, foram usados os eletrodos cutâneos, devido ao custo reduzido e a não necessidade de outro procedimento cirúrgico, além da desnervação.30 Também se optou pelo uso do eletrodo cutâneo, na tentativa de trazer o estudo mais próximo da prática clínica, pois se trata de um dos mais utilizados e eficientes.31 O protocolo de aplicação é de extrema relevância para o desenvolvimento e para que os resultados do experimento sejam fidedignos. O protocolo do presente estudo mostrou-se benéfico considerando a prática clínica, pois impediu a atrofia muscular por 45 dias, o que assegura um tempo maior, até que o músculo seja reinervado. O uso dos parâmetros foi baseada na literatura e em suas aplicações clínicas. Foi escolhida a corrente russa por ser uma das mais utilizadas e por seus efeitos positivos na musculatura esquelética.32

Neste sentido, a área de secção transversal foi estudada como um importante parâmetro para a avaliação da musculatura esquelética, pois está vinculada fortemente ao poder de contração da fibra muscular.

Cavalcante et al.,30 concluem que deve se considerar a área de secção transversal como parâmetro para a avaliação do trofismo muscular. Em nosso estudo, utilizamos a área de secção transversal como parâmetro e verificamos que a estimulação elétrica com o protocolo utilizado foi capaz de impedir a atrofia do músculo tibial cranial quando comparamos o GEDT com o GCI, mostrando que a estimulação elétrica conseguiu manter o músculo em seu estado inicial quando sofreu a lesão. Deste modo, a estimulação elétrica foi capaz de impedir a atrofia subsequente, mas, quando comparamos o GEDT com o GCF, a estimulação elétrica não proporcionou o desenvolvimento natural do músculo. Uma explicação para tal fato pode ser de que a estimulação elétrica não possibilita o estímulo hipertrófico que o GEDT precisaria para chegar a resultados semelhantes ao GCF. Resultados similares foram encontrados por Caierão et al.,13 que relatam que talvez a estimulação elétrica não tenha um papel de estímulo hipertrófico, ou que a estimulação elétrica não tenha sido efetiva para a atenuação da queda da área de secção transversal do músculo, pois os grupos tratados com estimulação elétrica permaneceram semelhantes ao desnervado.

Outra justificativa pode ser o longo período de experimento. Polônio et al.,23 analisando o efeito da estimulação elétrica no músculo tibial cranial desnervado em vários períodos, prorrogaram as alterações morfológicas características da desnervação por até 28 dias, mostrando que a eficácia da estimulação elétrica parece decair ao prolongamento do período de desnervação.

Em estudos futuros, seria interessante realizar testes quantitativos, utilizando proteínas estruturais do músculo, e estudando a constituição e os tipos de colágeno dos envoltórios musculares, além de associar a vários períodos pós-cirúrgicos. Assim, seria possível verificar as mudanças que a estimulação elétrica possivelmente modula em nível molecular, mapeando seus níveis de expressão em períodos variados e adaptando o protocolo de estimulação elétrica no músculo desnervado.

CONCLUSÃO

A eletroestimulação por corrente russa não proporcionou o desenvolvimento do músculo de forma semelhante ao que ocorreria em um músculo sadio, mas mostrou-se capaz de impedir a atrofia decorrente da desnervação, e atenuar as alterações morfológicas e estruturais que sucederiam um músculo desnervado não tratado.

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