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Identifying the effects of children on family relationships

Identifying the effects of children on family relationships

Autores:

Luísa Maria da Costa Andrade,
Maria Manuela Ferreira Pereira da Silva Martins,
Margareth Angelo,
Alzira Teresa Vieira Martins Ferreira dos Santos,
Jussara Gue Martini

ARTIGO ORIGINAL

Acta Paulista de Enfermagem

On-line version ISSN 1982-0194

Acta paul. enferm. vol.27 no.4 São Paulo Aug. 2014

http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201400064

Introdução

Na família, observam-se mudanças significativas depois dos elementos do casal se tornarem pais, sendo necessário articular as demandas pessoais, conjugais, sociais e profissionais com as parentais.(1)

Na decisão de ter filhos, as famílias devem considerar as implicações e o impacto que estes terão na sua vida, sendo a decisão partilhada e negociada pelo casal.

Nas últimas décadas em Portugal tem-se observado um decréscimo da taxa de natalidade e consequentemente uma redução do número de filhos por família. Esta variação da taxa de natalidade é uma realidade transversal a diversos países. Se por um lado os motivos mais apontados na decisão de ter filhos vinculam-se ao ser e sentir, e foram “Ver os filhos crescerem e desenvolverem-se” e a “Realização pessoal”. Por outro lado, os motivos mais referidos para a decisão de não ter filhos relacionam-se com o ter e poder e foram “Custos financeiros associados a ter filhos” e “Dificuldade para conseguir emprego”. Em Portugal estes impedimentos, de natureza prática, podem estar associados à crise econômica em que o país tem estado mergulhado nos últimos anos, mas também têm origem nos projetos pessoais e as exigências que o projeto parental lhe tem associado. A mulher assume fora de casa um papel de paridade com o homem, considerando que uma grande percentagem das mulheres portuguesas têm uma atividade profissional.

As demandas da parentalidade obriga a ajustes e muitas vezes a perdas nos outros subsistemas, neste sentido, os estudos têm sugerido que à parentalidade está associada uma diminuição da satisfação conjugal,(1) sendo esta maior nas mulheres.(2) A diferença entre os papéis familiares de acordo com o gênero é percebida pela mulher como injusta, embora as mulheres refiram uma atitude mais favorável para as atividades domésticas e cuidados aos filhos e se sintam mais responsáveis por eles do que os homens.(3,4)

As relações na família têm grande reciprocidade e são multideterminadas. As caraterísticas dos filhos, o apego seguro dos pais condicionam a satisfação conjugal. Esta também é condicionada pela segurança que sentem no parceiro e pelo tempo passado em casal.(1,2,4)

A vida profissional também tem repercussões na família, o cansaço físico e mental relacionado ao trabalho, influencia o desempenho das tarefas familiares, causando desânimo e irritabilidade.(5)

A exigência do papel parental é evidente na gemelaridade e neste sentido os resultados da pesquisa sugerem que as mães de gêmeos falam mais frequentemente, de experiências difíceis, apresentam níveis elevados de stresse e sintomas de depressão(6-8) Nas famílias com filhos gêmeos a renegociação de papéis e a reorganização do trabalho assume particular relevância para o casal na medida em que cuidar de duas ou mais crianças da mesma idade e com as mesmas necessidades se torna uma tarefa exigente e quase impossível para uma única pessoa. As exigências dos filhos quando são gêmeos pode trazer ao subsistema familiar múltiplas vulnerabilidades e dificuldades ao nível da gestão diária, aumentando ainda as necessidades econômicas das famílias e dificulta a vida social.(8,9)

Os cuidados às famílias quando suportados numa concepção reducionista, centrada na fragmentação do cuidado, carência da integralidade contribuem para uma experiência parental mais difícil, importa ajudá-las atendendo aos seus problemas de saúde de forma ágil, plena e longitudinal.(10)

O objetivo deste estudo é identificar os efeitos que os filhos têm nas relações familiares; identificar a priorização de preocupações dos pais com e sem filhos gêmeos.

Métodos

O estudo é exploratório transversal descritivo realizado num agrupamento de centros de saúde do Norte de Portugal, no período de Setembro a Dezembro de 2012. A amostra de pais de gémeos foi selecionada pela lista de inscritos nos centros de saúde e aos restantes foi solicitada a sua participação no momento em que recorreram ao centro de saúde para consulta de saúde infantil no referido período de tempo. Foi solicitada a participação a 400 pais, sendo 200 com filhos gêmeos. Devolveram o instrumento de coleta 282, foram rejeitados 17 questionários por estarem parcialmente preenchidos. Constitui-se uma amostra não probabilística de conveniência composta por 265 casos com filhos menores dos quais 143 com filhos gêmeos.

O instrumento utilizado foi um questionário de autopreenchimento constituído por três partes: caraterísticas sociodemográficas: idade, sexo, estado civil, composição do agregado familiar, número e idade dos filhos e a existência de filhos gêmeos; lista de preocupações parentais(11) composta por 12 possíveis preocupações das quais os participantes deveriam selecionar até um máximo de cinco sentidas pelo próprio e até um máximo de cinco que percebessem na mãe/pai dos seus filhos e Escala de impacto familiar de um filho.

A Escala de impacto familiar de um filho avalia o impacto familiar considerando os efeitos que os filhos têm na família ao nível social, casal/parental, financeiro e realização e frustração parental. Traduzida e validada para Portugal, apresenta uma estrutura conceitual organizada em cinco dimensões da vida da família: “Impacto na vida social” na qual se considera os impedimentos que os filhos têm nas atividades sociais considerando a sua realização e participação; “Impacto na vida financeira” relacionada com o custo que os filhos acarretam; “Impacto na relação conjugal” que se refere à dinâmica e suporte entre o casal incluindo a partilha do papel parental; “Sentimentos positivos sobre a parentalidade” orienta para a satisfação que as pessoas percecionam que obtêm com os filhos e “Sentimentos negativos sobre a parentalidade” que atendem as frustrações sentidas com a experiência parental.

Cada dimensão é constituída por 2 ou mais itens resultando um total de 29 itens expressa numa escala do tipo Likert de 5 pontos, desde 1 (discordo completamente) até 5 (concordo completamente). O último item avalia quão positiva é a experiência dos pais quando comparados com os outros pais com filhos da mesma idade e é respondido numa escala de Likert de 7 pontos, desde 1 (muito menos positiva) a 7 (muito mais positiva).

Os valores possíveis variam entre 0 e 100 sendo que o valor máximo associa-se a um impacto mais positivo.

Numa primeira fase procedeu-se a uma análise da estrutura conceptual da escala pela análise fatorial recorrendo a uma técnica de análise de componentes principais com rotação varimax, com normalização dos valores de Kaiser-Meyer-Oklin (KMO) e obteve-se o valor de 0,82 o que permitiu a prossecução da análise fatorial. Conforme recomendação dos autores, previamente, inverteram-se os itens em que a resposta era de tendência negativa, ou seja os itens 4, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 16, 17, 18, 19, 21, 22, 24 e 26.

O resultado da análise factorial foi coerente com o da escala original. A fidelidade da escala foi avaliada através do Alpha de Cronbach tendo sido obtido os seguintes valores: 0,54, para a dimensão “Impacto na vida conjugal”, no entanto quando eliminado o item 11 esse valor ascende para 0,78*; 0,88 para a dimensão “Impacto na vida social”; 0,78 na dimensão “Impacto na vida financeira”; 0,63 na dimensão “Sentimentos negativos sobre a parentalidade”; 0,58 na dimensão “Sentimentos positivos sobre a parentalidade”. Para a escala total com os 29 itens foi encontrado um valor de 0,83. Os resultados quando comparados com a escala validada para Portugal apresentam valores inferiores de fiabilidade na dimensão “Impacto na vida conjugal” e “Sentimentos positivos sobre a parentalidade”.

A coleta de dados foi feita com a colaboração dos enfermeiros das unidades de saúde familiar do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES), os quais procederam ao contacto prévio com os participantes.

Para o tratamento estatístico utilizámos o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 21.0. Recorremos à estatística descritiva e inferencial de acordo com a natureza das variáveis e os objetivos do estudo. Em relação ao significado estatístico das associações encontradas, utilizamos como referência o valor de 0,05.

O desenvolvimento do estudo atendeu às normas nacionais e internacionais de ética em pesquisa envolvendo seres humanos.

Resultados

Caraterização da amostra

A maioria dos inquiridos é do sexo feminino (68,5%). O nível de escolaridade é semelhante em ambos os grupos, predominam os que têm mais de 12 anos de escolaridade havendo contudo uma grande dispersão pelos três grupos. A maioria tem dois filhos, é casada e vive com o cônjuge e com os filhos (Tabela 1).

Tabela 1 Caraterização dos pais 

Caraterísticas dos pais Pais Pais de gêmeos p-value
Mulheres 72,8 63,6 Ns
Média de idade (Min-Max) 37,1(24-53) 36,3(22-54) Ns
Escolaridade      
≤ 9 anos 33,9 28,2 Ns
10-12 anos 28,2 30,0
>12 anos 37,9 41,8
Estado civil      
Casado 89,6 90,0 Ns
União de fato 5,6 8,2
Divorciado 4,0 1,8
Solteiro 0,8 0,0
Número de filhos      
1 41,9 0,0 0,0001
2 51,6 58,2
3 6,5 38,2
4 0,0 3,6
Com quem vive      
Cônjuge e filhos 89,5 93,6 Ns
Cônjuge, filhos e pais 3,7 2,4
Cônjuge, filhos e sogros 2,4 0,9
Filhos 4,8 0,9
Filhos e pais 0,8 0,9

A distribuição das idades do filho mais velho é assimétrica positiva, pelo que predominam as idades mais baixas. A média de idades é de 8,4 anos.

O grupo de pais de gêmeos têm caraterísticas sociodemográficas semelhantes ao grupo de pais sem gêmeos com exceção do número de filhos, os pais de gêmeos têm significativamente mais filhos t (229) = 10,45, p = 0,0001.

Preocupações parentais

As preocupações parentais priorizadas por ambos os grupos de participantes foram: “Falta de horas de sono e cansaço”, “Necessidades económicas da família”, “Aumento das tarefas domésticas” e “Stresse individual com os papéis e com as responsabilidades”. Para os pais com filhos gêmeos acresce a “Perda de tempo livre para si e para as atividades sociais” enquanto para os pais que não têm filhos gêmeos a “Mudança imprevisível no humor e ansiedade” surgem como uma das cinco preocupações parentais prioritárias. A perceção que têm das suas preocupações é semelhante às que percebem nos conjugues (Tabela 2).

Tabela 2 Priorização das preocupações parentais em porcentagem 

Preocupações Minhas preocupações Preocupações da mãe ou pai dos meus filhos
Com gêmeos Sem gêmeos Com gêmeos Sem gêmeos
Falta de horas de sono e cansaço 70,9 72,8 55,5 60,8
Aumento das tarefas domésticas 70,9 59,2 55,5 52,8
Declínio do interesse sexual da(o) parceira(o) 29,1 16,8 27,3 20,8
Necessidades económicas da família 70,0 64,8 60,0 56,8
Dúvidas pessoais sobre as tarefas ou competências parentais 29,1 38,4 26,4 36,0
A intrusão dos sogros 10,9 12,0 9,1 12,0
Desacordo no casal acerca dos papéis 18,2 22,4 20,0 29,6
Stresse individual com os papéis e com as responsabilidades 51,8 65,6 34,5 49,6
Mudança da situação profissional 23,6 28,8 14,5 24,8
Perda de tempo livre para si e para as atividades sociais 49,1 37,6 41,8 36,8
Mudanças da imagem (aspeto) corporal 19,1 24,8 10,9 9,6
Mudança imprevisível no humor e ansiedade 31,8 56,0 24,5 39,2

No sentido de perceber se há diferenças significativas entre os grupos de pais, aplicou-se o teste do qui-quadrado para cada preocupação parental. Os resultados sugerem que a preocupação “Declínio do interesse sexual da(o) parceira(o)” tem maior relevância para os pais com filhos gêmeos. As preocupações “Stresse individual com os papéis e com as responsabilidades” e “Mudança imprevisível no humor e ansiedade” apresentaram maior relevância para os pais sem filhos gêmeos. Nas restantes preocupações parentais, não se observaram diferenças significativas entre os dois grupos de pais.

O impacto familiar dos filhos

Considerando a análise descritiva por dimensão para a amostra total temos os valores médios e por ordem decrescente: Sentimentos positivos parentalidade 86,18; Impacto na vida social 79,34; Impacto na vida conjugal 65,80; Sentimentos negativos parentalidade 49,91; Impacto na vida financeira 24,82 e escala total 61,21.

Comparando a amostra de pais de filhos gêmeos e de pais com filhos não gêmeos, observaram-se diferenças estatisticamente significativas apenas na dimensão “Impacto da vida financeira” mas altamente significativas (t (263) = 2,07; p = 0,04), mostrando os primeiros maior impacto negativo na vida financeira (M = 22,79; DP = 18,03) relativamente aos pais com filhos não gêmeos (M = 27,19; DP = 16,34).

Ao procedermos à análise de acordo com as variáveis socio demográficas e o impacto familiar dos filhos identificaram-se diferenças com significado estatístico no grupo de pais com filhos gêmeos na dimensão “Impacto na vida financeira” em função: da escolaridade (F (4.138) = 3,58; p = 0,008). Essas diferenças existem nos indivíduos que tem o 2º ciclo comparando com os que tem o ensino secundário, apresentando estes últimos um impacto mais negativo. Também a idade do filho mais velho apresenta uma correlação fraca negativa mas significativa (r = -0,21; p = 0,03) sendo mais sentidos os constrangimentos financeiros quando os filhos são mais velhos. Verificou-se ainda uma diferença significativa no “Impacto da vida social” em função da idade dos pais (F (2.107) = 4,00; p = 0,02) sendo as diferenças localizadas entre os indivíduos do grupo etário médio quando comparados com os mais velhos, apresentando estes últimos uma perspetiva mais positiva do impacto dos filhos na vida social. A idade dos filhos gêmeos apresenta uma correlação estatística altamente significativa (r = 0,26; p = 0,006) com o impacto da dimensão social, sendo que os pais com filhos mais velhos apresentam uma melhor vida social.

Nos pais sem filhos gêmeos foi encontrada uma correlação fraca negativa mas altamente significativa dos sentimentos negativos com a parentalidade (r = -0,26; p = 0,003) apresentando os pais de crianças mais velhas mais sentimentos negativos face à parentalidade.

Discussão

As limitações do estudo estão relacionadas com o delineamento transversal que não permite o estabelecimento de relações causais, assim como a amostra intencional que pode não ser representativa da população.

Os resultados do estudo contribuíram para uma intervenção mais sustentada, por parte dos enfermeiros em famílias com filhos menores de idade e mais especificamente com filhos gêmeos, possibilitando um planeamento mais ajustado e centrado nas preocupações mais priorizadas pelos pais.

As preocupações parentais priorizadas foram igualmente consideradas tanto pelo próprio como para o cônjuge o que é corroborado pela ideia de que há uma influência mútua do casal sobre as suas percepções.(12)

As questões econômicas, a sobrecarga de trabalho e falta de horas de sono e a responsabilidade dos papéis foram as mais priorizadas, corroborando com os resultados de um estudo realizado em Portugal, onde as dificuldades econômicas e a dificuldade em conciliar a vida profissional com as necessidades da família e em particular dos filhos, como estando na base da decisão de não ter filhos.

Entre as preocupações mais priorizadas pelos pais observou-se uma conexão entre a falta de horas de sono, o cansaço e a sobrecarga de trabalho, que concorrem para a sensação de fadiga parental, esta figurou como uma variável com grande potencial no nível de stresse parental.(13) A atividade profissional, o número de filhos e a dificuldades percebidas no seu cuidado, foram outras variáveis identificadas num estudo, que contribuíram para o aumento do stresse parental estando estreitamente relacionadas com o cansaço e sobrecarga de trabalho.(14) O stresse parental foi também uma das principais causas de sintomas depressivos nas mães de múltiplos.(8)

A falta de horas de sono e o cansaço foram substancialmente considerados pelos pais independentemente de terem ou não filhos gêmeos, os resultados de um estudo sugeriram que este foi mais acentuado, nas idades mais precoces dos filhos diminuindo gradualmente este tempo à medida que os filhos se tornaram mais velhos.(15)

As preocupações de ordem económica foram priorizadas por ambos os grupos de pais mas foram mais significativas nos pais de gémeos, o número de filhos efetivamente agrava as necessidades económicas e estas têm reflexos na vida da família e no exercício partilhado da parentalidade.(16) Também o impacto financeiro foi coerente na medida em que foi superior nos pais com filhos gêmeos.

Estas dificuldades econômicas foram mais sentidas nas famílias com filhos adolescentes o que foi corroborado pelos dados do relatório do National Centre for Social and Economic Modelling (NATSEM) que sugeriram que o custo de criar os filhos aumentou progressivamente até atingir um máximo no final da adolescência.(17)

A perceção das necessidades pessoais e familiares dependeu muito do contexto socioeconômico e cultural, os pais que tinham como habilitações o ensino secundário consideraram que a sobrecarga econômica foi mais elevada quando comparada com os pais que tinham o ensino básico o que corrobora outros resultados que sugeriram que nas famílias com rendimentos mais baixos muitas vezes associados a habilitações acadêmicas menores, os gastos com os seus filhos foram menores do que nas que tinham rendimentos mais elevados.(17)

Por outro lado, os resultados sugeriram que a idade dos pais condicionou a perceção que tinham do impacto que os filhos gêmeos teve na vida social da família, isto é, quanto mais velhos melhor é percebido esse impacto, o que está de acordo com a opinião de outros autores que consideraram que a parentalidade, globalmente, foi percebida como menos difícil pelas pessoas que foram pais mais tardiamente.(18)

Em ambos os grupos houve uma perceção muito positiva do impacto que os filhos tiveram na vida da família quando se compararam com outras famílias. Depois de terem sido mãe/pai a centralidade na criança foi percetível, tendo tido implicações na vida pessoal e conjugal, o que levou a uma mudança de rotinas, com menor tempo para os amigos e para o lazer.(18)

Conclusão

Os efeitos dos filhos nas relações familiares foram: negativamente o impacto financeiro e com maior significado nas famílias com filhos gêmeos e positivamente a nível do impacto na vida social, os sentimentos positivos e negativos sobre a parentalidade são realçados, ambos foram valorizados e fortemente sentidos. As preocupações parentais priorizadas foram muito semelhantes em ambos os grupos e relacionaram-se essencialmente com as questões econômicas e de sobrecarga de trabalho e a responsabilidade dos papéis.

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