Cara Editora,

Li o valioso artigo "O papel da oxigenoterapia hiperbárica e da ozonioterapia na surdez súbita" de Gülin Ergun Taşdöven et al.¹ Os autores mencionaram que o custo da oxigenioterapia hiperbárica (OTHB) para perda auditiva neurossensorial súbita idiopática (PANSI) não é coberto por companhias de seguros. No entanto, essa informação é incorreta. Por isso, gostaria de dar algumas informações sobre a lista de pagamento do Sistema de Segurança Social do Governo (GSSS) na Turquia.

Uma lista de pagamentos de indicações cobertas pelo GSSS é publicada anualmente na Turquia. Os critérios de inclusão para pagamentos também estão incluídos.

A PANSI é uma das indicações que tem sido paga pelo sistema de segurança social turco durante anos, inclusive 2010. Em 2010, o critério do GSSS foi "O paciente deve iniciar a oxigenioterapia hiperbárica no prazo de um mês do diagnóstico de PANSI". Esses pacientes são submetidos a um teste audiológico semanal. Se o ganho auditivo for < 10 dB (média de tom puro) após duas semanas de tratamento (10 sessões), as sessões subsequentes não serão pagas, mas se o ganho auditivo for igual ou superior a 10 dB, 30 sessões adicionais podem ser pagas pelo GSSS.² O critério em uso desde 2012 é que a "PANSI deve ser diagnosticada por teste audiológico nos últimos 30 dias". Se o ganho auditivo for < 20 dB (média de tom puro) após a 20ª sessão de tratamento, as sessões subsequentes não serão pagas, mas se o ganho auditivo for ≥20 dB, 20 sessões adicionais serão pagas pelo GSSS.³

Além do pagamento do GSSS, as clínicas privadas de HBOT na Turquia podem solicitar uma taxa extra para cada sessão, que pode variar a até 15 dólares dos EUA. Por exemplo, os pacientes pagam apenas 2,5 USD de taxa extra para cada sessão em nossa clínica.

Além de PANSI, o GSSS e algumas companhias privadas de seguros pagam por OTHB para as indicações de doença de descompressão, embolia de ar ou gasosa, intoxicação por monóxido de carbono, intoxicação por cianeto, inalação aguda de fumaça, gangrena gasosa, infecções necrotizantes de tecidos moles, lesões por esmagamento, síndrome de compartimento, isquemia traumática aguda, feridas crônicas diabéticas e não diabéticas, osteomielite refratária crônica, necrose de radiação, retalhos e enxertos comprometidos, lesões térmicas, abscesso cerebral, encefalopatia anóxica, oclusão da artéria retiniana, osteomielite aguda do crânio-esterno-vértebras e necrose avascular óssea.³