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Perception of the residents about their performance in the multidisciplinary residency program

Perception of the residents about their performance in the multidisciplinary residency program

Autores:

Jaqueline Callegari Silva,
Divanice Contim,
Rosali Isabel Barduchi Ohl,
Suzel Regina Ribeiro Chavaglia,
Eliana Maria Scarelli Amaral

ARTIGO ORIGINAL

Acta Paulista de Enfermagem

Print version ISSN 0103-2100On-line version ISSN 1982-0194

Acta paul. enferm. vol.28 no.2 São Paulo Mar./Apr. 2015

http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201500023

Introdução

As mudanças na formação dos profıssionais de saúde tem ganhado relevância no mundo,(1) tendo o Ministério da Saúde brasileiro assumido a responsabilidade de orientar a formação desses profıssionais para atender as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a implantação da resolução sobre as diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação em saúde no Brasil, houve incentivo à formação profıssional generalista com competências relacionadas à atenção á saúde, tomada de decisóes, comunicação, liderança, administração, gerenciamento e educação permanente.(2)

Nos últimos anos, percebe-se aumento expressivo da demanda de candidatos aos cursos de especialização em saúde, e, da ampla criação de cursos de pós-graduação lato sensu. Na área da enfermagem, a procura por esses cursos justifica-se na busca de qualificação e certificação para inserção no mercado de trabalho e melhor posicionamento profıssional.(3,4)

No Brasil, a modalidade de ensino denominada Residência consolidou-se como especialização na área da saúde, com o intuito de promover mudanças na formação dos profıssionais em relação ao modelo médico-assistencial. O Ministério da Saúde propõe a estratégia da modalidade de Pós-Graduação - Lato Sensu com os programas de Residência Multiprofıssional em Saúde voltados para a educação em serviço destinada às demais áreas de saúde.(5,6)

Intenciona com ele capacitar os profıssionais a entenderem a multicausalidade dos processos mórbidos, individuais e coletivos, contextualizando o indivíduo em seu meio ambiente, abrangendo as áreas da Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional.

É um programa de cooperação intersetorial, favorecendo a inserção qualificada dos jovens profıssionais no mercado de trabalho, orientada pelos princípios e diretrizes do sistema único de saúde a partir das necessidades e realidades locais e regionais. Para tanto, foi instituída a Comissão Nacional de Residência Multiprofıssional em Saúde com as atribuições de credenciar, avaliar e acreditar os programas.(7)

Caracteriza-se pelo ensino e formação em serviço, e tem como objetivo promover a especialização de profıssionais da saúde na promoção de atributos que possibilitem o exercício profıssional com excelência nas áreas de cuidado integral à saúde, envolvendo as pessoas e as comunidades, da gestão e organização do trabalho e da educação na saúde, visando à melhoria da qualidade de vida.

Os programas foram estabelecidos com duração mínima de dois anos, carga horária total de 5760 horas, tendo 80% da carga horária de atividades práticas e 20% de atividades teóricas ou teoricopráticas, 60 horas semanais, priorizando as atividades em Atenção Primária à Saúde e Hospitalares.

O objetivo deste estudo foi compreender o signifıcado das experiências de formação dos residentes e sua articulação com os trabalhadores dos campos de prática.

Métodos

Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Os pesquisadores, tendo experiência e com formação em pós-graduação stricto sensu foram os facilitadores e condutores do estudo, havendo participação de uma aluna bolsista da graduação em enfermagem.

O interesse da pesquisa surgiu da necessidade de conhecer a percepção do residente multiprofıssional sobre suas ações no cenário de prática. Pretende-se que esse conhecimento venha a subsidiar a proposição de uma nova área no programa de residência da instituição.

Primeiramente foi solicitada junto ao coordenador do programa de residência multiprofıssional uma listagem com o nome das áreas de atuação, telefone, e-mail e local de prática dos residentes do programa. Posteriormente, o método de abordagem utilizado foi realizado por contato telefônico ou e-mail com os mesmos para se efetivar o convite de participação na pesquisa.

Após o aceite, realizou-se contado pessoal no qual foi apresentado o termo de consentimento livre e esclarecido, e feito agendamento da entrevista, definindo-se local e hora para sua efetivação. Os autores da pesquisa, por não fazerem parte do programa de residência, não possuíam nenhum relacionamento com os sujeitos.

A população estudada foi composta pelos residentes integrantes do programa de residência multiprofıssional do primeiro e segundo ano, de diferentes formações da área de saúde que, após contato prévio, demonstraram interesse e disponibilidade em participar do estudo. A amostra foi constituída por 16 sujeitos, definidos pelo critério de saturação dos dados, tendo sido descartadas duas entrevistas, contabilizando-se assim um total de 14 residentes.

A coleta de dados foi realizada em local privativo em salas cedidas pelo serviço no campo de atuação do residente. As entrevistas foram conduzidas utilizando-se os pressupostos da entrevista semiestruturada(8) tendo como fio condutor a seguinte questão norteadora: “Como você percebe a sua atuação no cenário da pratica? Por quê?”

Assim, o sujeito pesquisado teve a oportunidade de dissertar sobre a temática estudada. Foi realizado um teste prévio à realização da coleta dos dados para adequação da questão norteadora. As entrevistas foram gravadas por meio digital de áudio e os discursos obtidos posteriormente foram transcritos na integra. Os diálogos gravados foram disponibilizados por arquivos digitais. Foram também realizados registros através do diário de campo. As entrevistas tiveram duração média de 1 a 3 horas.

A saturação teórica, defınida como o conjunto que subsidiará a análise e interpretação dos dados a partir da experiência do pesquisador no campo de pesquisa, foi determinada pelos pesquisadores quando observaram que a coleta de dados por meio de novas entrevistas acrescentaria poucos elementos para discussão em relação à densidade teórica já obtida.

O referencial metodológico utilizado foi o da Análise de Conteúdo(9) constituída pelas etapas: pré-análise; exploração do material; e tratamento dos resultados, inferência e interpretação.

Após transcrição, os residentes tiveram a oportunidade de fazer a leitura de sua entrevista, validando assim seu conteúdo. Os dados foram codificados a partir das unidades de registro. Na última etapa foi feita a categorização dos discursos, que consiste na classificação dos elementos segundo suas semelhanças e diferenciações, com posterior reagrupamento em função de características comuns, gerando assim as categorias temáticas pertinentes aos dados obtidos. Para categorização utilizou-se códigos para as unidades de signifıcados, seguida pelo número correspondente ao discurso.

O desenvolvimento do estudo atendeu as normas nacionais e internacionais de ética em pesquisa envolvendo seres humanos.

Resultados

Participaram da pesquisa 14 residentes, predominando sexo feminino, 13 (92,8%) e faixa etária entre 22 e 27 anos, 12 (85,8%). Foram entrevistados, três educadores físicos, três enfermeiras, uma nutricionista, duas terapeutas ocupacionais, uma biomédica, uma fısioterapeuta, e três assistentes sociais. A maioria dos sujeitos, 9 (64,3%) atua há um ano e os demais, 5 (35,7%) há três meses.

Identificaram-se quatro categorias temáticas: 1. A residência e prática multiprofissional; 2. A residência como prática do trabalho em equipe; 3. Reconhecimento do trabalho do residente pelo usuário e 4. A experiência da residência no contexto do trabalho em saúde.

1. A residência e prática multiprofissional

Refere-se ao entendimento dos residentes sobre o sentido da prática multiprofissional. Relatam que a residência traz a oportunidade de novos conhecimentos acerca de outras áreas e isso faz com que profissões diferentes se auxiliem e se complementem.

A assistência ao paciente acontece de forma integral com uma visão abrangente, tratando-o não apenas como um doente, mas atendendo suas necessidades.

Os residentes percebem que para trabalhar de forma multiprofıssional devem estar cientes do papel de cada sujeito. Assinalaram a importância das discussões de caso dos pacientes atendidos a fım de proporcionar atendimento multidisciplinar ampliado.

2. A residência como prática do trabalho em equipe

Os sujeitos relatam como é trabalhar em equipe na residência, sendo compreendida como uma excelente oportunidade de aprendizado, de contato e troca de conhecimento e experiências com profıssionais das outras áreas.

O residente procura realizar suas ações de forma conjunta e partilhada sempre com outro profıssional de área distinta à sua e quando o paciente necessita de cuidados que vão além da sua competência, demonstra ter ciência de como agir e para quem deve encaminhá-lo.

Os residentes percebem que, apesar do trabalho ser realizado em equipe, cada profıssional deve ter sua individualidade, não interferindo na atuação do outro, mas contribuindo para o desenvolvimento da prática multiprofıssional em benefıcio do paciente.

3. Reconhecimento do trabalho do residente pelo usuário

Os sujeitos desvelaram aceitação e reconhecimento dos pacientes aos profıssionais e aos atendimentos. Eles sentem-se valorizados e reconhecidos quando os usuários admitiram ter satisfação com a assistência prestada, e reconhecem seu papel.

Os residentes demonstram satisfação pelo reconhecimento dos pacientes e constatam que as ações desenvolvidas no programa trazem benefícios aos mesmos através da assistência qualifıcada, evidenciada pelo retorno e assiduidade no serviço e pela participação constante nas atividades propostas pelos profıssionais.

4. A Experiência da residência no contexto do trabalho em saúde

Quanto às diferenças de atuação no hospital e na atenção primária, os sujeitos evidenciam que o ambiente hospitalar envolve uma ação e intervenção imediata e este é provido de melhores recursos para a assistência apropriada ao paciente. Em contrapartida, percebem que o atendimento na atenção primária ocorre de forma dinâmica e abrangente, embora seja também desgastante, em razão dos recursos nem sempre atenderem as necessidades dos profıssionais para desenvolverem suas atividades assistenciais.

A percepção dos residentes quanto ao acolhimento hospitalar se contrapõe ao realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) por esta possibilitar diferentes abordagens. No hospital, o cuidado é direcionado para a assistência de forma fragmentada e individualizada, pouco abrangente, com foco na situação de doença aguda ou doença crônica agudizada. Assim, a assistência acontece de forma direcionada aos procedimentos técnicos, embora o programa de residência tenha como principio a assistência mais abrangente e integral.

Na UBS, a atuação profıssional é baseada no atendimento da pessoa como um todo, cuidado esse ampliado no âmbito da sua residência. Esta abordagem permite abranger também seus familiares, através da realização das visitas domiciliárias que proporcionam melhor acompanhamento aos usuários, estimulando a adesão aos tratamentos propostos, à prevenção e promoção da saúde.

Discussão

Este estudo limita-se ao conhecimento das percepções manifestas pelos residentes numa abordagem qualitativo-interpretativa. Portanto, a ampliação da compreensão das vivências destes sujeitos faz-se necessária a partir de outras abordagens metodológicas, além de novas pesquisas sobre essa temática.

Os resultados desse estudo conduzem a compreensão da realidade de ensino e assistência vivenciada pelos residentes, o que contribui agregando conhecimento no processo de formação profıssional dos residentes para o SUS.

Na categoria residência e a prática multiprofıssional, os sujeitos reconhecem que o processo formativo deve ser articulado, garantindo a participação das diferentes profıssões da saúde na construção de um saber coletivo, onde se agreguem as contribuções dos diferentes núcleos profıssionais inseridos nesse processo.

A construção coletiva do conhecimento, um dos objetivos dessa modalidade de qualifıcação, pode efetivar o desenvolvimento de uma proposta inovadora de assistência, além de ampliar as possibilidades de atuação junto a equipes Multiprofıssionais de Saúde e a comunidade.(10,11)

O trabalho multiprofıssional proporciona a interação entre vários conhecimentos técnicos e específıcos e por meio dessa interação surgem novas propostas de intervenção, que não poderiam ser concretizadas por nenhum profıssional de forma isolada, sendo resultado da união de diferentes saberes.

Assim, a prática multiprofıssional é caracterizada pelas diferenças das profıssões, utilizando-se desse critério para agregar conhecimentos de cada área e, dessa forma, a residência contribui tanto para a integração de conhecimentos como para o aprendizado do trabalho em equipe.(12)

Em relação à categoria temática residência como prática do trabalho em equipe, os residentes observam a importância da integração entre as diversas áreas de atuação para o desenvolvimento da assistência com qualidade.

O conceito de trabalho em equipe multiprofıssional implica em objetivos comuns, identidade de equipe compartilhada, compromisso compartilhado, funções da equipe e responsabilidades claras, interdependência entre os membros da equipe e integração entre os métodos de trabalho. A clareza dos papéis profıssionais de cada um dos seus membros é um fator essencial, pois pode permitir uma compreensão abrangente tanto de seu papel profıssional como também as funções profıssionais de seus outros colegas.(13)

Estudos observam que as ações conjuntas, compartilhadas, a valorização do profıssional de saúde, as metodologias ativas no trabalho, a troca de informações e o domínio das competências são princípios fundamentais nos atuais processos de produção em saúde.(1416)

Evidencia-se assim a necessidade de transformação do trabalho isolado em coletivo na qual se tem o reconhecimento do trabalho do outro, pois é no exercício multiprofıssional e interdisciplinar que acontece a apreensão dos múltiplos conhecimentos e práticas onde as açóes se convergem e possibilitam o trabalho em equipe.(17)

Estudos indicam que a noção de trabalho em equipe está etimologicamente associada à realização de tarefas, de trabalhos compartilhados entre individuos, sendo a base para açóes integrais na saúde que pressupóe a participação ativa dos seus elementos e a conjunção dos conhecimentos de cada área do saber na execução de projetos conjuntos que visem melhorar o nível de saúde das pessoas.(2,17,18)

A importância do caráter interativo do trabalho implica na necessidade de conhecer e compreender a participação dos sujeitos envolvidos na prestação de serviços e nas ações de saúde na buscado cuidado integral e resolutivo.(2)

Ressalta-se que o trabalho em equipe não pressupõe abolir as especifıcidades de cada profıssional, pois as diferenças técnicas podem possibilitar a contribuição da divisão do trabalho para a melhoria da qualidade dos serviços prestados na medida em que a especialidade permite o aprimoramento do conhecimento, do desempenho técnico em cada área de atuação, e uma maior produção.(19)

Assim, a prática multiprofıssional difere do trabalho em equipe, por consistir na interação recíproca entre as diferentes áreas de atuação em saúde, a articulação dos saberes e a divisão do trabalho. Essa situação permite ao profıssional de saúde analisar o paciente de forma ampla e integral, indo além das especifıcidades de sua prática profıssional, onde todos procuram alcançar metas conjuntas e há a compreensão da importância da atuação do outro para alcançá-las.(2,20)

Quanto ao reconhecimento do trabalho do residente pelo usuário, observa-se que o vínculo entre profıssional e usuário estabelece-se a partir de uma relação de confıança, favorecendo a adesão ao tratamento hospitalar e participação nos programas desenvolvidos pelas equipes.

Estudos demonstram a importância dos profıssionais conquistarem a confıança dos usuários e seus familiares, e do reconhecimento do profıssional como participante de seu processo de tratamento. Assim, o vínculo estabelecido é consequência da relação de proximidade da equipe com a população, que estimula sua autonomia e participação no processo de cuidado, numa relação de respeito e valorização das suas individualidades.(2123)

Observa-se assim que a assistência proporciona aumento do vínculo entre enfermeiro e usuário quando atende suas necessidades individuais, gerando satisfação e reconhecimento profıssional.

Estudos ressaltam a importância de que, na assistência, sejam consideradas questões objetivas e subjetivas inerentes ao ser humano, uma vez que ações de saúde devem ser permeadas pelas relações interpessoais considerando os aspectos familiares, individuais, sociais e os direitos do paciente.(24,25)

Em relação à experiência da residência no contexto do trabalho em saúde, os residentes percebem que a assistência prestada no hospital e UBS ocorrem de forma distinta, de acordo com suas especifıcidades.

As UBS são vistas pelos residentes como aquelas que oferecem um serviço abrangente à população por considerar aspectos voltados para as necessidades sociais, psicológicas e ambientais dos usuários, além dos biológicos. Porém, há carência de recursos humanos e materiais nesse ambiente de trabalho, necessários para garantir a integralidade das ações de saúde. A estruturação do trabalho em equipe multiprofıssional necessita de novas formas de viabilização do trabalho coletivo que superem as difıculdades estruturais da prática nesse ambiente de atuação.(26)

Já o ambiente hospitalar é concebido pelos sujeitos como modelo de assistência centrado na doença e no tratamento clínico, desconsiderando fatores como os determinantes psicossociais de saúde, e do meio ambiente. Nele, a atenção em saúde depende do trabalho conjunto de vários profıssionais, onde o cuidado recebido pelo paciente é produto de cuidados parciais menores, que vão se complementando, explícita ou implicitamente, a partir da interação entre os vários cuidadores.(27)

A atuação clínica com enfoque na doença, na prescrição e no tratamento é de fundamental importância no contexto do cuidado à saúde. Entretanto, acreditamos que ela deve estar associada a uma visão ampliada de saúde, que incorpore ao fazer profıssional, competências que lhe possibilitem uma visão humanista e integral do processo saúde-doença, nos aspectos político, econômico, educacional, familiar, dentre outros.

A RMS visa iniciativas para que este cenário possa ser modifıcado favorecendo a assistência, como a formação dos grupos de discussão, a inclusão dos demais membros da equipe nos estudos e acompanhamento dos casos, a inclusão dos familiares, entre outras. Tais condutas podem auxiliar no alcance de uma assistência mais humanizada e holística, propiciando melhor qualidade de vida.

Conclusão

O programa de RMS foi compreendido como uma oportunidade signifıcativa de aprendizado e contato com profıssionais de diferentes áreas, permitindo assim que os residentes assumam uma nova conduta na prática profıssional, onde a assistência aos usuários adquire um caráter mais humanizado e abrangente, através do um compartilhamento efetivo dos conhecimentos específıcos de cada área e a participação nas atividades de saúde.

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