versão impressa ISSN 0066-782Xversão On-line ISSN 1678-4170
Arq. Bras. Cardiol. vol.107 no.3 São Paulo set. 2016
https://doi.org/10.5935/abc.20160136
Ao Editor,
Foi com grande interesse que li o artigo intitulado "Influência do Consumo Tabagístico e Grau de Dependência Nicotínica na Modulação Autonômica Cardíaca" de Santos et al.,1 recentemente publicado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia 2016; 106: 510-8. Os pesquisadores relataram que apenas a intensidade do consumo tabagístico exerceu influência sobre a modulação autonômica cardíaca dos fumantes avaliados. Fumantes com grave intensidade de consumo apresentaram modulação autonômica pior do que aqueles com intensidade moderada.1
Medicamentos antidepressivos são uma opção de tratamento de primeira linha para transtornos de ansiedade moderados a graves; porém, alguns estudos sugerem que seu uso a longo-prazo pode estar associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.2-4
Kemp et al.5 relataram que todos os usuários de inibidores seletivos da recaptação de serotonina - exceto fluoxetina - apresentam alterações na frequência cardíaca ou na variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em comparação a não-usuários. Da mesma forma, usuários de paroxetina também demonstram redução leve a moderada na VFC em relação a usuários de citalopram, fluoxetina e sertralina, porém não em comparação a escitalopram.
Neste contexto, pode ser benéfico termos mais detalhes sobre medicamentos, devido a seu efeito na atividade autonômica cardíaca.