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Síndrome de cauda equina causada por lipoma de filum terminale: características do exame de ressonância magnética e do tratamento cirúrgico

Síndrome de cauda equina causada por lipoma de filum terminale: características do exame de ressonância magnética e do tratamento cirúrgico

Autores:

Benedito Jamilson Araújo Pereira,
Ulysses Caus Batista,
Fúlvio Nicolau Bechelli Filho,
Carlos Alberto Afonso Ribeiro,
Carlos Vanderlei Medeiros de Holanda,
Paulo Eduardo Carvalho Galvão

ARTIGO ORIGINAL

Einstein (São Paulo)

versão impressa ISSN 1679-4508versão On-line ISSN 2317-6385

Einstein (São Paulo) vol.15 no.1 São Paulo jan./mar. 2017

http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082017ai3882

Paciente do sexo feminino, de 36 anos, com histórico repentino de lombalgia, irradiando à extremidade esquerda. O exame físico revelou paraparesia, anestesia em sela e incontinência urinária. A imagem por ressonância magnética revelou lipoma de filum terminale (sinal hiperintenso dentro de filum terminale) (Figura 1). A paciente foi imediatamente submetida à cirurgia com monitoramento neurofisiológico intraoperatório (Figura 2) e obteve recuperação total dos deficts neurológicos.

Figura 1 Imagens do pré-operatório. Imagem por ressonância magnética pesada em T1 mostrando lipoma de filum terminale (sinal hiperintenso em filum terminale, seta branca) em plano sagital (A) e axial (B) 

Figura 2 Características dos achados cirúrgicos: exposição do saco dural (A), observem os lipoma de filum terminale (seta) e após abertura do saco dural (B). Lipoma de filum terminale (C), monitoramento neuropsicológico (D): tracejado demonstrando amplitude da onda e número de estágios antes (seta contínua) e depois (seta tracejada). Observou-se aumento da amplitude do número de ondas e fase após ressecção do lipoma de filum terminale 

O lipoma de filum terminale é uma das causas mais comuns de disrafismo espinhal oculto.1 Contudo poucos estudos o associam ao deficit neurológico.2

REFERÊNCIAS

1. Finn MA, Walker ML. Spinal lipomas: clinical spectrum, embryology, and treatment. Neurosurg Focus. 2007;23(2):E10. Review.
2. Bulsara KR, Zomorodi AR, Villavicencio AT, Fuchs H, George TM. Clinical outcome differences for lipomyelomeningoceles, intraspinal lipomas, and lipomas of the filum terminale. Neurosurg Rev. 2001;24(4):192-4.