versão On-line ISSN 2317-1782
CoDAS vol.27 no.3 São Paulo maio/jun. 2015
http://dx.doi.org/10.1590/2317-1782/20152014103
Recentes avanços no tratamento de crianças com deficiência auditiva tem possibilitado o acesso à percepção auditiva dos sons da fala para indivíduos com deficiência auditiva neurossensorial, proporcionando valiosos benefícios para a comunicação e qualidade de vida desses sujeitos.
Esses avanços são vistos, em sua maioria, nos dispositivos sensoriais aplicados à deficiência auditiva. Entre eles, destacam-se o aparelho de amplificação sonora individual (AASI), o implante coclear (IC) e os sistemas de Frequência Modulada (FM).
Com o diagnóstico precoce e com a efetivação da Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva( 1 ), implantada em setembro de 2004, um grande contingente de crianças com deficiência auditiva passou a ter acesso gratuito aos dispositivos sensoriais como o AASI e o IC, podendo chegar à escola usufruindo desses dispositivos, o que favorece seu aprendizado no contexto escolar( 2 ). Vivencia-se atualmente um novo momento histórico com a implantação do programa "Viver sem Limites"( 3 ), que está organizado em quatro eixos: acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade da pessoa com deficiência, o qual prevê a ampliação do direito à educação, a ampliação das ações de prevenção aos deficientes e a implantação de Centros de Referência para oferecer apoio às pessoas com deficiência em situação de risco e disponibilizar ações conjuntas entre União, estado e município. Segundo a Política Nacional de Educação Especial( 4 ), a integração educativa-escolar refere-se ao processo de educar - ensinar, no mesmo grupo, a criança tanto com como sem a deficiência, durante uma parte ou na totalidade do tempo de permanência na escola.
No caso da criança com deficiência, a acessibilidade à educação deve ser assegurada. O Sistema de FM é considerado uma alternativa dentre os recursos de apoio utilizados por estudantes com deficiência auditiva, visando auxiliar a integração educativa-escolar. Para alguns autores, o Sistema FM é a mais importante e essencial ferramenta educacional já desenvolvida para os indivíduos com deficiência auditiva, pois, independentemente do tipo (pessoal, autocontido e campo livre), é o meio mais efetivo para favorecer a relação sinal/ruído, principalmente em ambiente educacional( 5 - 7 ).
O benefício em relação à percepção de fala em ambiente escolar da criança com deficiência auditiva usuária de dispositivos sensoriais (AASI e IC) acoplados ao Sistema FM é um fator importante no âmbito escolar e em pesquisas na área da Audiologia.
O panorama atual da saúde auditiva nos serviços públicos propicia melhores condições para o desenvolvimento da função auditiva e da linguagem para a criança diagnosticada precocemente com deficiência auditiva e, concomitantemente, mais acesso à intervenção especializada. Porém, sabe-se que essa criança, ainda que apresente bom desempenho funcional em audição e em linguagem oral, no decorrer do seu desenvolvimento e ao chegar à fase escolar, se depara com vários obstáculos, dentre os quais se destacam: o ruído na sala de aula, a distância entre o professor e a criança (falante-ouvinte) e a reverberação na sala de aula. Essas condições adversas se devem, na maioria das vezes, ao grande número de alunos em uma mesma sala e salas de aulas com pouco ou nenhum tratamento acústico, agravado pelo fato de que professores em geral recebem pouca ou nenhuma orientação quanto à deficiência auditiva. Estima-se que orientações sobre o manuseio e as condições necessárias para a valorização do uso dos dispositivos sensoriais também sejam escassas.
Essas condições adversas fazem com que a criança tenha dificuldade em adquirir os conteúdos acadêmicos e, em casos mais graves, o desempenho acadêmico fica totalmente prejudicado.
Nesse sentido, o Sistema de FM é um dispositivo eletrônico utilizado como acessibilidade pelas pessoas com deficiência auditiva, para uso fundamentalmente no ambiente acadêmico. Ele possibilita que a criança com deficiência auditiva usuária de dispositivos sensoriais perceba a voz do professor em sala de aula, independentemente da distância e do ruído comumente gerado em sala de aula. Por esse motivo, é considerado um instrumento de acessibilidade assistiva que faz parte do tratamento das deficiências auditivas, sendo um recurso utilizado na escola, independentemente da idade, contudo, é potencialmente voltado para crianças.
No Brasil, os dispositivos sensoriais (AASI e IC) já são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o uso do Sistema de FM foi um importante passo na acessibilidade acadêmica das crianças com deficiência auditiva desde a sua inclusão pela Portaria nº 1.274, de 25 de junho de 2013, na tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS( 8 ).
Como princípio essencial da pesquisa baseada em evidências, a pergunta de investigação deste estudo foi: a criança com deficiência auditiva, usuária de dispositivos sensoriais (AASI e IC), tem benefício em relação à percepção de fala em ambiente escolar, quando utiliza o Sistema de FM em sala de aula?
A estratégia de busca empregada na revisão bibliográfica foi guiada pela combinação de nove descritores indexados nos Descritores em Ciências da Saúde (DecS), em Português e Inglês, e também foram utilizadas palavras-chave que não são consideradas descritores em ciências da saúde, porém foram inseridas para auxiliar o levantamento bibliográfico nas bases de dados. Todos os descritores foram empregados em grupos, com, no mínimo, duas palavras-chave (Quadro 1).
As bases de dados científicas escolhidas para a pesquisa foram: LILACS, MEDLINE, SciELO, Cochrane Library, PubMed, EMBASE, Institute for Scientific Information (ISI) e Science Direct. Foi também utilizado o processo de busca manual, com o objetivo de encontrar referências bibliográficas quando não constaram na busca das bases eletrônicas.
Foram consideradas, para efeito deste estudo, as publicações produzidas no período de 2000 a 2012, sendo que a última busca realizada nas bases eletrônicas de dados ocorreu em outubro de 2012.
A seleção dos artigos seguiu critérios de inclusão baseando-se na conformidade dos limites dos assuntos aos objetivos deste trabalho. Os critérios adotados foram:
participantes: crianças usuárias de dispositivos sensoriais (AASI e/ou IC) que frequentam o ensino fundamental e médio;
intervenção: selecionados os estudos cuja intervenção tenha sido realizada por meio de testes padronizados com o objetivo de verificar a percepção de fala da criança usuária de AASI e/ou IC acoplados ao Sistema de FM;
desfechos mensurados: seguintes categorias de interesse - resultados expressos em porcentagem de acertos nos testes de percepção e de inteligibilidade da fala, resultados expressos por meio da classificação de escalas do desenvolvimento das habilidades auditivas e descrição da situação acadêmica;
tempo: publicados nos últimos 12 anos (2000-2012);
língua: artigos escritos em Português, Inglês e Espanhol;
tipos de estudos: artigos publicados em revista indexadas com nível de evidência 1A, 1B, 1C, 2A, 2B, 2C, 3A, 3B e 4, segundo a classificação do Oxford Centre for Evidence-Based Medicine (9) (Tabela 1).
Tabela 1. Níveis de evidência científica de acordo com a classificação do Oxford Centre for Evidence-Based Medicine
Níveis de evidência | Tratamento/prevenção - etiologia |
---|---|
1A | Revisão sistemática (com homogeneidade) de ensaios clínicos controlados e randomizados |
1B | Ensaios clínicos controlados e randomizados com intervalo de confiança estreito |
1C | Resultados terapêuticos do tipo “tudo ou nada” |
2A | Revisão sistemática (com homogeneidade) de estudos de coorte |
2B | Estudo de coorte (incluindo ensaio clínico randomizado de menor qualidade) |
2C | Observação de resultados terapêuticos (outcomes research)/estudo ecológico |
3A | Revisão sistemática (com homogeneidade) de estudos caso-controle |
3B | Estudo caso-controle |
4 | Relato de casos (incluindo coorte ou caso-controle de menor qualidade) |
5 | Opinião desprovida de avaliação crítica ou baseada em matérias básicas (estudo fisiológico ou estudo com animais) |
A seleção dos estudos foi feita em três etapas e guiada pelos critérios citados anteriormente. Inicialmente, três revisores analisaram todos os estudos identificados pelas combinações dos descritores em todas as bases de dados propostas, por meio da análise do título do estudo, selecionando os artigos que reuniam os critérios de elegibilidade predeterminados. Ainda nessa etapa, foi possível realizar a busca manual dos artigos que não constaram nas bases de dados eletrônicas (primeira etapa). Em seguida, para a etapa de seleção dos textos, verificou-se, no corpo dos resumos, se estes traziam informações disponíveis sobre a utilização de algum instrumento de avaliação quanto à percepção de fala das crianças matriculadas nas séries do ensino fundamental e médio com o Sistema de FM. Foram levantados os textos na íntegra nos casos em que o título ou o corpo do resumo deixaram margens de dúvidas (segunda etapa). Os principais dados de cada artigo selecionado foram detalhadamente coletados por meio de uma ficha protocolar padronizada para o presente estudo. Os artigos foram lidos na íntegra (terceira etapa).
Foi realizada análise descritiva das publicações selecionadas, de acordo com os objetivos da revisão.
No total, 2.241 artigos foram identificados em todas as bases de dados eletrônicas e nas buscas manuais (Tabela 2). Em uma pré-seleção dessas citações, baseada na leitura dos títulos e dos resumos de todos os estudos localizados na busca eletrônica, 2.233 foram excluídos, sendo que 8 trabalhos foram obtidos e lidos na íntegra (Tabela 3).
Tabela 2. Quantidade de artigos identificados nas bases de dados e em uma busca manual
PubMed | SciELO | Cochrane Library | LILACS | MEDLINE | Science Direct | EMBASE | Institute for Scientific Information | Busca manual | Total | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Hearing Loss X Child X Hearing Aids X Education | 187 | 0 | 0 | 2 | 26 | 177 | 158 | 21 | – | 571 |
Hearing Loss X Child X Cochlear Implant X Education | 190 | 0 | 1 | 2 | 19 | 230 | 93 | 43 | – | 578 |
Child X Hearing Aids X
Education X Assistive Technology |
11 | 0 | 0 | 0 | 2 | 5 | 8 | 2 | – | 28 |
Child X Cochlear Implant X
Education X Assistive Technology |
1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 | 2 | 1 | – | 7 |
Hearing Loss X Child X Hearing Aids X Education X Noise | 12 | 0 | 0 | 0 | 3 | 56 | 12 | 0 | – | 83 |
Hearing Loss X Child X Cochlear Implant X Education X Noise | 12 | 0 | 0 | 0 | 1 | 92 | 6 | 2 | – | 113 |
Child X FM Amplification | 6 | 1 | 0 | 0 | 2 | 14 | 10 | 8 | – | 41 |
Child X FM Amplification X Hearing Aids | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 12 | 9 | 5 | – | 27 |
Child X FM Amplification X Cochlear Implant | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 7 | 4 | 2 | – | 13 |
Child X FM System | 1 | 3 | 0 | 0 | 5 | 47 | 0 | 0 | – | 56 |
Child X FM System X Hearing Aids | 6 | 0 | 0 | 0 | 5 | 28 | 27 | 8 | – | 74 |
Child X FM System X Cochlear Implant | 4 | 0 | 0 | 0 | 0 | 32 | 15 | 5 | – | 56 |
Hearing Loss X Hearing Aids X Education X Rehabilitation of Hearing Impaired | 99 | 1 | 2 | 2 | 18 | 67 | 17 | 5 | – | 211 |
Hearing Loss X Cochlear Implant X Education X Rehabilitation of Hearing Impaired | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 | 7 | 3 | – | 13 |
Hearing Loss X Hearing Aids X Education X Hearing Impaired Persons | 48 | 0 | 1 | 1 | 12 | 24 | 18 | 1 | – | 105 |
Hearing Loss X Cochlear Implant X Education X Hearing Impaired Persons | 33 | 0 | 0 | 0 | 1 | 34 | 8 | 2 | – | 78 |
Hearing Loss X Child X Hearing Aids X Education X Faculty | 13 | 0 | 0 | 0 | 1 | 42 | 10 | 0 | – | 66 |
Hearing Loss X Child X Cochlear Implant X Education X Faculty | 12 | 0 | 0 | 0 | 0 | 79 | 4 | 0 | – | 94 |
Busca manual | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 27 | 26 |
Total | 635 | 6 | 4 | 7 | 95 | 952 | 408 | 108 | 26 | 2.241 |
Tabela 3. Motivos de exclusão dos trabalhos levantados em cada base de dado pesquisada e quantidade de artigos selecionados para leitura completa
PubMed (n=635) | Science Direct (n=952) |
LILACS (n=7) |
MEDLINE (n=95) |
SciELO (n=6) |
Cochrane Library (n=4) |
EMBASE (n=408) |
Institute for Scientific Information (n=108) |
Busca manual (n=26) |
Total | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Repetidos | 91 | 224 | 1 | 30 | 1 | 0 | 177 | 35 | 0 | 559 |
Tema | 457 | 310 | 6 | 51 | 5 | 4 | 146 | 65 | 9 | 1.053 |
Idioma | 0 | 0 | 0 | 6 | 0 | 0 | 12 | 5 | 0 | 23 |
Revisão de literatura | 7 | 3 | 0 | 5 | 0 | 0 | 41 | 3 | 10 | 69 |
Comentário | 1 | 0 | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 2 |
Resumos incompletos | 58 | 407 | 0 | 0 | 0 | 0 | 32 | 0 | 0 | 497 |
Idade | 12 | 3 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 2 | 17 |
Estudo de caso | 4 | 5 | 0 | 2 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 12 |
Recomendação | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 | 1 |
Selecionados para leitura completa | 5 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 | 8 |
Na Figura 1, encontra-se uma síntese do levantamento realizado nas bases de dados eletrônicas e na busca manual.
Ao final, oito artigos atenderam aos critérios de inclusão. Desses artigos incluídos na revisão, sete estudos foram classificados como estudo transversal, classificados como 2B em nível de evidência e um se caracterizava como revisão sistemática, classificado no nível 2A segundo critérios da classificação do Oxford Centre for Evidence-Based Medicine ( 9 ) (Tabela 1).
A revisão sistemática foi descrita no Quadro 2 quanto ao nome dos autores, título do artigo, nome da revista, o ano de publicação, objetivo do estudo, métodos do estudo e participantes, níveis de evidência científica de cada estudo, resultados e conclusão de cada estudo encontrado.
A partir da análise das pesquisas levantadas, foi possível identificar os motivos da exclusão dos artigos, visto que não foram investigados na íntegra por serem estudos repetidos, temas não relacionados, por não incluir a faixa etária estudada, estudos em outro idioma, entre outros.
Dos oito estudos que foram selecionados para a revisão sistemática, três incluíam somente a população usuária de IC, que são os estudos de número 1, 2 e 6. O estudo número 1 investigou a percepção de fala no ruído de crianças usuárias de IC acoplados ao Sistema de FM e o estudo número 2 investigou a percepção de fala, o ruído e a reverberação com um único Sistema de FM (campo livre) em duas situações acusticamente diferentes no ambiente escolar (acústica ideal e pobre). Já no estudo de número 6, por meio de uma revisão sistemática e meta-análise, os autores verificaram se os três tipos de Sistema de FM fornecem melhor reconhecimento de fala no ruído do que a utilização somente do IC.
Por meio da análise dos artigos selecionados para a leitura, verificou-se que o estudo de número 3 investigou a percepção de fala, ruído e reverberação somente em crianças usuárias de AASI, utilizando três tipos de tecnologias (infravermelho, FM de mesa e o FM pessoal).
Outros dois artigos que também foram selecionados analisaram tanto usuários de AASI quanto de IC. O estudo de número 4 investigou a percepção de fala em usuários de IC e/ou AASI expostos em salas acusticamente pobre e ideal, utilizando três tipos de tecnologia de Sistema de FM (infravermelho, FM de mesa e o FM pessoal). Já o estudo de número 5 avaliou a melhora na percepção de fala no ruído fornecida pelos três modos de estimulação (bilateral, bimodal e monoaural) em usuários de AASI e/ou IC acoplados ao Sistema de FM. Já os estudos números 7 e 8 avaliaram apenas crianças usuárias de AASI.
Quanto às avaliações realizadas nos estudos, em relação à percepção de fala no ruído, foi possível verificar que seis avaliaram a percepção de fala no ruído (estudos de número 1, 3, 5, 6, 7 e 8) e dois comparam a percepção de fala em ambientes acusticamente diferentes: um acusticamente pobre e outro acusticamente ideal (estudos de número 2 e 4).
Dos artigos analisados na íntegra, os estudos de número 1, 5, 7 e 8 avaliaram apenas o desempenho com o Sistema de FM pessoal e os demais estudos avaliaram três tipos de FM, sendo estes: campo livre, FM de mesa e FM pessoal, comparando os resultados destes entre si.
Ao analisar os estudos em relação ao tipo e nível de evidência de cada estudo, foi possível verificar que somente o estudo de número 6 foi considerado uma revisão sistemática e meta-análise com nível de evidência 2A e o restante dos estudos foram considerados de coorte com nível de evidência 2B, de acordo com a classificação do Oxford Centre for Evidence-Based Medicine (9) (Tabela 1).
Foi possível verificar que o Sistema de FM melhora a percepção de fala e o limiar de fala no ruído, sendo esses resultados encontrados em todos os estudos. Em relação ao desempenho quanto ao tipo de Sistema de FM, os melhores resultados foram obtidos quando as crianças utilizavam o Sistema de FM pessoal, seguido pelo de mesa e o campo livre.
Após a extensa revisão da literatura nacional e internacional, foi possível concluir que os estudos indicam a necessidade de pesquisas voltadas principalmente ao impacto do Sistema de FM no desempenho escolar de crianças usuárias de dispositivos sensoriais acoplados ao Sistema de FM, pois o que foi encontrado nos oito estudos incluídos nesta revisão foram publicações voltadas à questão da percepção de fala no ruído.