versão impressa ISSN 2359-4802versão On-line ISSN 2359-5647
Int. J. Cardiovasc. Sci. vol.31 no.1 Rio de Janeiro jan./fev. 2018
http://dx.doi.org/10.5935/2359-4802.20170097
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda maior causa de morte no mundo, responsável por 6,7 milhões de óbitos em 2012.1 No Brasil, entre as principais causas de morte, as doenças cerebrovasculares estão em primeiro lugar, seguidas do infarto agudo do miocárdio. Em 2014 o grupo com 80 anos ou mais representou aproximadamente 37% dos óbitos e a incidência foi semelhante em ambos os gêneros, 50,1% dos casos em homens.2
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que até 2030, o AVC continue sendo a segunda maior causa de mortes no mundo, sendo responsável por 12,2% dos óbitos previstos para o ano.3
No Estado do Paraná, em 2012, houve mais de 6 mil óbitos pela doença, sendo que a maioria foi de pessoas acima dos 50 anos. Dados indicam que apenas no primeiro semestre de 2013, o Estado já havia registrado 6,3 mil pessoas em internação por AVC.4
O Acidente Vascular Cerebral apresenta altos níveis de morbimortalidade e, nos casos em que os indivíduos acometidos pela doença não vierem a óbito, poderão ser gerados quadros de incapacidades funcionais que se apresentarão como provisórios ou permanentes.5 O AVC pode se manifestar de duas formas: isquêmica (obstrução do vaso, dificultando o suprimento de oxigênio e substratos ao tecido cerebral - resultado de processos ateroscleróticos ou embólicos) e hemorrágica (extravasamento de sangue dentro ou em volta das estruturas do sistema nervoso central - intraparenquimatoso e subaracnóideo, respectivamente).6 Os principais fatores de risco para a doença são divididos em não modificáveis e modificáveis. Os fatores não modificáveis são: idade avançada, o sexo masculino e a raça negra. Já os modificáveis são, principalmente, a hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e o tabagismo.7
Embora estejam disponíveis várias literaturas relacionadas a esta doença, até onde se sabe não há pesquisas atualizadas relacionadas à tendência de mortalidade por AVC no município de Maringá, portanto este estudo expõe dados que permitem a reflexão sobre medidas a serem elaboradas no reconhecimento precoce de acidente cerebrovascular, e então melhorar os indicadores de mortalidade do município.
Portanto o objetivo desta pesquisa foi analisar a tendência de óbitos por Acidente Vascular Encefálico (AVE) em Maringá, Paraná, Brasil.
Estudo de corte transversal de séries temporais dos óbitos por Acidente Vascular Encefálico (AVE), registrados na declaração de óbito de homens e mulheres de todas as faixas etárias e etnias, residentes em um município de médio porte do Sul do Brasil, com uma população de 397.437 habitantes.8 O estudo foi realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Maringá por meio da Vigilância Epidemiológica, no período de 2005 a 2015.
As informações obtidas foram coletadas a partir de um instrumento estruturado apresentando as seguintes variáveis: ano do óbito, faixa etária, sexo, etnia, estado civil, e Classificação Internacional de Doenças (CID 10) relacionadas ao AVE (I60 ao I69).
Os dados foram compilados no programa Microsoft Office Excel® e, posteriormente, analisados com auxílio de estatística descritiva simples através do cálculo de medidas resumo, gráfico de linhas, análises de tendência polinomial e diagrama de dispersão.
As análises inferenciais empregadas com o intuito de confirmar ou refutar evidências encontradas na análise descritiva foi o Teste de Qui-quadrado de Pearson ou extensão do teste Exato de Fisher. Para a conclusão obtida através da análise inferencial foi utilizado o nível de significância a igual a 5%.
Para a verificação de tendência, utilizou-se o modelo de regressão polinomial, no qual os coeficientes de mortalidade foram considerados como variáveis dependentes (y) e os anos de estudo como variáveis independentes (x). A variável ‘ano’ foi transformada na variável ano-centralizada (x-2009) e as séries foram suavizadas por meio de média móvel de três pontos. Foram testados os modelos de regressão polinomial linear (y = β0+β1x1), quadrático (y = β0+β1x1+β2x2), e cúbico (y = β0+β1x1+β2x2+β3x3). Considerou-se tendência significativa, aquela cujo modelo estimado obteve p valor <0,05. Para a escolha do melhor modelo foi considerada ainda a análise do diagrama de dispersão, do valor do coeficiente de determinação (r2) e análise dos resíduos (suposição de homocedasticidade verdadeira). Quando todos os critérios eram significativos para mais de um modelo e o coeficiente de determinação era semelhante, optou-se pelo modelo mais simples. As análises foram realizadas por meio do Microsoft Excel (versão 2013), Epi Info 2005 e SPSS, versão 20.1.
Os coeficientes de mortalidade (CM) por causa principal do óbito foram calculados empregando-se no numerador o total de pessoas que foram a óbito por AVE, e no denominador a população exposta ao risco, multiplicados por cem mil. Posteriormente foram realizados os cálculos do coeficiente de mortalidade por CID para cada faixa etária, utilizando-se no numerador o total de óbitos em dado grupo etário, e no denominador a população do mesmo grupo etário, multiplicados por cem mil. Os dados populacionais foram obtidos no banco de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Os aspectos éticos que envolvem a presente pesquisa foram embasados nas diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos do Conselho Nacional de Saúde (Resolução CNS 466/2012). A pesquisa não exige o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) por se tratar de dados secundários, no entanto foi assinado o Termo de Risco e Confidencialidade em anexo. O projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética O projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética do Centro Universitário de Maringá - Unicesumar, com parecer positivo n. 1.745.904.
No período estudado, foram registrados 20.387 óbitos no total. O acidente vascular encefálico foi responsável por 1.843 das mortes, sendo que o CID 10 - I64 (Acidente Vascular Cerebral não especificado como hemorrágico ou isquêmico), I69.4 (Sequelas de acidente vascular cerebral não especificado como hemorrágico ou isquêmico) e o I61.9 (Hemorragia intracerebral não especificada) foram os mais encontrados, correspondendo a 536, 535 e 268 casos respectivamente.
Em seguida buscou-se identificar o comportamento dos coeficientes de mortalidade (CM), segundo variáveis clínicas e sociodemográficas, comparando ao coeficiente geral de mortalidade por AVC e os específicos para os CID10 mais encontrados (I61.9, I64 e I69.4). A Tabela 1 apresenta um maior coeficiente de mortalidade geral por AVC entre os anos de 2007 e 2008. Os coeficientes de mortalidade do sexo masculino, raça branca e estado civil casado foram os que mais se destacaram na maior parte do período estudado.
Tabela 1 Coeficientes de mortalidade segundo variáveis clínicas e sociodemográficas. Maringá-PR, 2005 a 2015
Ano | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
C.M geral | 48,6 | 47,16 | 54 | 53,71 | 43,2 | 46,49 | 49,4 | 45,18 | 47,4 | 43,4 | 43,3 |
Tipo AVC | |||||||||||
I61.9 | 6,58 | 8,01 | 7,06 | 9,05 | 8,64 | 6,44 | 4,69 | 7,08 | 7 | 5,87 | 5,79 |
I64 | 12,5 | 15,1 | 16,6 | 16,6 | 11,3 | 14 | 13,5 | 12,25 | 13 | 11,49 | 15,4 |
I69.4 | 15,4 | 10,48 | 16 | 12,67 | 11 | 12,6 | 18,8 | 15,79 | 14,5 | 12 | 11,8 |
Sexo | |||||||||||
Masculino | 28,8 | 24,7 | 25,5 | 30,2 | 25,6 | 24,4 | 22,9 | 24,8 | 23,8 | 20,4 | 22,6 |
Feminino | 19,8 | 22,5 | 28,5 | 23,5 | 17,6 | 22,1 | 26,5 | 20,4 | 23,6 | 23,0 | 20,6 |
Faixa etária | |||||||||||
0 - 29 anos | 0,3 | 0,6 | 0,0 | 0,6 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,3 | 0,3 | 0,0 | 0,8 |
30 - 49 anos | 4,7 | 4,3 | 4,0 | 3,3 | 1,2 | 3,1 | 4,4 | 2,4 | 3,4 | 3,3 | 1,0 |
50 - 65 anos | 7,5 | 8,3 | 10,4 | 12,4 | 10,4 | 8,4 | 7,5 | 11,4 | 8,3 | 6,4 | 7,3 |
> 65 anos | 36,1 | 33,9 | 39,6 | 37,4 | 31,6 | 35,0 | 37,5 | 31,0 | 35,5 | 33,7 | 34,2 |
Raça/cor | |||||||||||
Branco | 40,4 | 38,8 | 47,2 | 41,9 | 34,9 | 37,0 | 39,5 | 35,1 | 37,6 | 32,9 | 32,0 |
Negro | 4,7 | 3,4 | 4,0 | 6,3 | 4,8 | 6,2 | 4,1 | 3,8 | 4,9 | 6,1 | 6,0 |
Outro | 3,4 | 4,9 | 2,8 | 5,4 | 3,6 | 3,4 | 5,8 | 6,3 | 4,9 | 4,3 | 5,3 |
Estado civil | |||||||||||
Solteiro | 6,6 | 2,5 | 4,0 | 6,6 | 2,7 | 3,1 | 5,8 | 4,9 | 5,7 | 3,3 | 4,3 |
Casado | 21,9 | 21,9 | 25,2 | 23,2 | 23,5 | 22,7 | 21,8 | 21,8 | 18,4 | 19,7 | 19,4 |
Viúvo | 16,3 | 19,4 | 22,1 | 19,3 | 14,0 | 18,2 | 17,9 | 13,9 | 18,4 | 16,1 | 16,1 |
Outro | 3,8 | 3,4 | 2,8 | 4,5 | 3,0 | 2,5 | 3,9 | 4,6 | 4,9 | 4,3 | 3,5 |
Escolaridade | |||||||||||
< 8 anos | 9,7 | 10,8 | 12,3 | 16,9 | 7,2 | 7,0 | 13,0 | 11,4 | 12,4 | 10,5 | 9,1 |
≥ 8 anos | 37,0 | 34,5 | 35,6 | 33,8 | 34,3 | 37,8 | 36,2 | 32,9 | 34,0 | 32,9 | 34,2 |
Os C.M específicos para o CID10 apresentaram-se com poucas variações no intervalo de tempo estudado. O coeficiente do CID 10 - I69.4 apresentou-se maior em 2011. O menor coeficiente em todo o período foi do I61.9. A tendência dos coeficientes de mortalidade total alcançou pico nos anos de 2007 e 2008, pequenas variações aconteceram após esse período até 2015. (Figura 1)
Figura 1 Distribuição e modelos de tendência dos coeficientes de mortalidade por AVC no total e segundo o CID10. Maringá, Paraná, Brasil, 2005 a 2015
A Tabela 2 mostra, a partir dos C.M demonstrados anteriormente, que a tendência de mortalidade no sexo masculino foi crescente, com CM médio de 25,07, e aumento de 0,73 ao ano (r2= 0,5347). Também houve tendência crescente dos coeficientes na raça branca, com coeficiente médio de 37,94 e aumento de 0,94 ao ano (r2= 0,51). Os dados também permitem observar que houve tendência crescente em pessoas casadas, com coeficiente médio de 21,76, e aumento de 0,42 ao ano (r20,50). A tendência total da mortalidade por AVC apresentou-se constante.
Tabela 2 Análise de tendência dos coeficientes de mortalidade segundo variáveis clínicas e sociodemográficas. Maringá-Paraná, 2005 a 2015
Variáveis | Modelo | R2* | p | Tendência |
---|---|---|---|---|
Sexo | ||||
Masculino | y = 25,07+0,73x-0,019x2-0,007x3 | 0,5347 | 0,0106 | Crescente |
Feminino | y = 23,2+0,32x-0,064x2-0,015x3 | 0,0033 | 0,8667 | Constante |
TOTAL | y = 48,27+1,05x-0,083x2-0,022x3 | 0,3267 | 0,0662 | Constante |
Tipos AVC | ||||
I61.9 | y = 7,23+0,50x-0,030x2-0,017x3 | 0,2343 | 0,1314 | Constante |
I64 | y = 13,65+1,04x+0,01x2-0,04x3 | 0,0797 | 0,4003 | Constante |
I69.4 | y = 14,34-0,89x-0,06x2+0,051x3 | 0,0005 | 0,9482 | Constante |
Faixa Etária | ||||
0 - 29 anos | y = 0,09+0,06x+0,016x2-0,003x3 | 0,0002 | 0,9648 | Constante |
30 - 49 anos | y = 3,10-0,19x+0,009x2+0,022x3 | 0,3145 | 0,0727 | Constante |
50 - 65 anos | y = 10,05+0,58x-0,11x2-0,022x3 | 0,1000 | 0,3434 | Constante |
> 65 anos | y = 35,02+0,60x+0,002x2-0,019x3 | 0,1171 | 0,3029 | Constante |
Raça/cor | ||||
Branco | y = 37,94+0,94x | 0,5149 | 0,0129 | Crescente |
Não branco | y = 4,86+0,10x+0,007x2-0,013x3 | 0,1742 | 0,2016 | Constante |
Estado civil | ||||
Solteiros | y = 4,35-0,369x+0,013x2+0,022x3 | 0,0043 | 0,8473 | Constante |
Casados | y = 21,76+0,4245x | 0,5061 | 0,0141 | Crescente |
Escolaridade | ||||
< 8 anos | y = 11,35+0,16x-0,04x2-0,004x3 | 0,0097 | 0,7730 | Constante |
≥ 8 anos | y = 34,93+0,07x-0,01x2+0,008x3 | 0,2211 | 0,1444 | Constante |
*R2: Coeficiente de Determinação
O presente estudo mostra os dados de tendência de mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) especificando a causa de morte de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID10). Os óbitos atribuídos aos acidentes vasculares cerebrais não especificados como hemorrágico ou isquêmico (CID 10 - I64), foram os que mais acometeram a população de Maringá no período de 2005 a 2015. A tendência dos coeficientes de mortalidade (CM) por AVE foi crescente no sexo masculino, raça branca e estado civil casado. Para os acidentes vasculares que mais foram acometidos: I61.9, I64 e I69.4 o coeficiente médio foi constante.
Um estudo publicado em 2012 também observou a predominância de óbitos por AVC no sexo masculino, representando 50,61% do total.9 Esses dados vão de encontro com a presente pesquisa, pois foi encontrado que aproximadamente 52% de todos os óbitos ocorreram no sexo masculino. Apenas nos anos de 2007, 2011 e 2014 a incidência de mortes em mulheres superou a de homens.
A mortalidade por AVC no Brasil é uma das maiores dentre os países da América Latina e, embora essa taxa de mortalidade apresente um decréscimo nos últimos anos, a diminuição não é igual em todas as regiões do país, pois o Nordeste ainda apresenta taxas mais elevadas.10 O declínio na mortalidade difere de acordo com a etnia, o gênero e o estado socioeconômico. Apesar de pesquisas apresentarem a incidência maior em população negra,11 o presente trabalho apresentou crescente a mortalidade em indivíduos brancos, sendo que esses representaram aproximadamente 80% dos óbitos. Leva-se em consideração que, segundo o Censo de 2010 do IBGE, a cidade de Maringá apresentou 70,8% da população que se autodeclarava branca e 3,39% que se autodeclarava negra. Portanto, se for comparado o número de mortes por AVC na população negra e na população branca que estavam expostos ao risco, é possível observar que em 2010, 0,05% da população branca e 0,18% da população negra morreram por AVC.12
Uma redução significativa da mortalidade por doenças circulatórias (doenças cerebrovasculares e doenças isquêmicas do coração) acontece hoje no Brasil.13 Um estudo demonstrou que entre 1980 a 2002 houve uma redução da mortalidade por doença cerebrovascular maior do que 50% na maioria das regiões do Brasil, exceto pela região do Nordeste em que a redução foi de 41%. Compara-se essa redução da mortalidade com o que também foi observado nos EUA e Canadá, devido a melhorias das políticas de saúde pública.14
Um estudo realizado em Porto Alegre, Brasil, evidenciou os principais fatores de risco para o desenvolvimento de AVC. Entre eles destacam-se idade, estado civil e fator socioeconômico. Identificaram maior incidência da doença entre 40 a 79 anos, em indivíduos viúvos e de baixo fator socioeconômico. Relataram também que o maior número de anos de estudo é um fator protetor contra o AVC.15 No entanto, o presente trabalho demonstrou dados um pouco diferentes, pois observou-se um maior número de mortes em pessoas idosas com mais de 65 anos (74% do total), em indivíduos casados e viúvos e o maior número de óbitos ocorreu nos indivíduos com 8 anos ou mais de estudo. Uma possível explicação para a divergência em relação a escolaridade pode ser pelo fato de que, segundo o Censo de 2010, aproximadamente 68,37% da população maringaense apresentavam 8 anos ou mais de estudo.16
Pesquisas que buscam associar os fatores de risco para o acidente vascular cerebral e estratégias que possam melhorar a prevenção, o diagnóstico e a assistência terapêutica são fundamentais para a diminuição dos indicadores.
Uma das possíveis limitações do estudo foi a utilização de dados secundários, os quais podem apresentar subnotificações de óbitos por acidente vascular encefálico.
No período estudado, a tendência da mortalidade por AVC foi constante. Foram registrados 20.387 óbitos no total. O acidente vascular encefálico foi responsável por 1.843 das mortes, sendo que o CID 10 - I64, I69.4 e I61.9 foram os mais encontrados. Houve tendência crescente de mortes no sexo masculino, estado civil casado e raça branca. Os anos que mais foram acometidos por óbitos nesta patologia foram 2007 e 2008.
A ocorrência dos óbitos pela doença descritos neste trabalho, que não se mostraram em queda, pode ser reflexo da ineficiência dos programas de assistência e controle, que não conseguem constituir de forma ostensiva um programa de prevenção. É importante destacar que a eficácia da prevenção pode estar relacionada à redução de mortes e custos de saúde, trazendo benefício tanto para a população, quanto para economia.
A prevenção, o diagnóstico precoce, o rápido tratamento e a forma com que os profissionais e a família acompanham os pacientes portadores de AVC são pontos fundamentais para que sejam diminuídos os números relacionados à mortalidade pela doença. Nesse contexto, ressalta-se a importância da temática abordada no estudo para capacitação tanto dos profissionais envolvidos na assistência, quanto para os gestores de saúde. Esses precisam ser capazes de identificar fatores que coloquem em risco a saúde da população, e assim realizar a assistência adequada e encaminhamentos necessários, a fim de reduzir indicadores de morbimortalidade.
Espera-se que este trabalho contribua para definição, implementação e execução de programas de conscientização sobre o reconhecimento precoce, rastreamento e assistência do AVC na cidade de Maringá.