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Traumatismos faciais em mulheres por mecanismos violentos e não violentos

Traumatismos faciais em mulheres por mecanismos violentos e não violentos

Autores:

Mário César Furtado Costa,
Gigliana Maria Sobral Cavalcante,
Lorena Marques da Nóbrega,
Pierre Andrade Pereira Oliveira,
Josuel Raimundo Cavalcante,
Sergio d'Avila

ARTIGO ORIGINAL

Brazilian Journal of Otorhinolaryngology

versão impressa ISSN 1808-8694

Braz. j. otorhinolaryngol. vol.80 no.3 São Paulo maio/jun. 2014

http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2013.10.001

Introdução

Traumas faciais são mais comuns, em comparação com lesões em outras regiões do corpo.1 As principais causas de trauma facial são acidentes com contusão, lutas, quedas e lesões esportivas.2 A elevada prevalência dessa forma de trauma tem origem no fato de que a face é uma parte do corpo extremamente exposta e desprotegida. Essas lesões podem resultar em problemas estéticos complexos, perda de função e elevados custos com o tratamento.3 - 5 Ademais, frequentemente, o trauma facial exige uma abordagem multidisciplinar, em decorrência dos efeitos nos tecidos moles e nos ossos, além do possível envolvimento dos olhos, nervos e cérebro.6 , 7

A violência contra mulheres, cometida por membros da família ou por estranhos, é um problema social que pode ser observado em todas as categorias de idade, religião, escolaridade e classe socioeconômica. Na maioria das vezes, os casos ocorrem no seio da família, sendo cometidos por indivíduos com laços pessoais e emocionais com a vítima, e podem deixar graves cicatrizes físicas e emocionais.8 , 9

O objetivo do presente estudo foi determinar a prevalência de casos de trauma facial entre vítimas mulheres atendidas em um serviço de urgência de um hospital em uma cidade de porte médio no Nordeste do Brasil.

Métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo, indutivo, observacional e cruzado envolvendo 247 prontuários clínicos de pacientes do gênero feminino vítimas de trauma facial e atendidas no setor de emergência entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011, na cidade de Campina Grande, estado da Paraíba, Brasil. Essa cidade é a segunda mais populosa do estado (população: aproximadamente 695.931 habitantes), e está localizada a 125 km da capital.10

Os dados foram registrados em um formulário especificamente projetado para o presente estudo, listando dados sociodemográficos (idade e gênero), além de etiologia, tipo e local do trauma. A idade foi categorizada como se segue: crianças/adolescentes (0-19 anos), adultos (20-59 anos) e idosos (60 anos ou mais). O agente etiológico foi categorizado como acidente de tráfego (automóvel, motocicleta e bicicleta), agressão interpessoal ou queda. O tipo de trauma facial foi categorizado, com base em descrições utilizadas por Silva et al.,11 como lesão a tecido mole, fratura (simples e múltipla), trauma dentoalveolar, ou outros. O local anatômico foi categorizado como região intraoral, mandíbula/maxila/arco zigomático, ossos nasais/região periorbital/testa, e outros.

Esse estudo foi realizado de acordo com normas nacionais e internacionais para pesquisas envolvendo seres humanos (Declaração de Helsinque e Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde) e está registrado no Sistema Nacional de Ética em Pesquisa (SISNEP), tendo recebido aprovação da Comissão de Ética para Pesquisa Humana da Universidade Estadual da Paraíba, processo n° CAAE n° 02266.0.133.000-10

Os dados foram tratados por análises univariadas e bivariadas com aplicação do teste do Qui-quadrado de Pearson e do teste exato de Fisher. O nível de significância foi estabelecido em 5% (p < 0,05). Todas as análises foram realizadas com a ajuda do programa SPSS, versão 18.0.

Resultados

Foram examinados 247 prontuários clínicos de pacientes do gênero feminino vítimas de trauma facial. A amostra contava com 48,.6% de adultos. Um número similar de vítimas ocorreu nos dois anos analisados (2010 e 2011), e 51,4% do número total de casos ocorreu em 2010 (tabela 1). Queda da própria altura foi a causa mais frequente de trauma (95 casos; 38,5%); lesões de tecido mole foram as mais prevalentes (67,6%). As estruturas anatômicas mais afetadas foram: mandíbula, maxila e arco zigomático (tabela 2).

Tabela 1 Distribuição percentual de grupos etários e ano de ocorrência do trauma facial; Campina Grande, Brasil, 2012 (n = 247) 

Variável n %
Grupo etário
Crianças/adolescentes (0-19 anos) 96 38,9
Adultos (20-59 anos) 120 48,6
Idosos (≥ 60 anos) 31 12,6
Ano
2010 127 51,4
2011 120 48,6
Total 247 100

Fonte: Pesquisa direta, 2012.

Tabela 2 Distribuição percentual da etiologia, tipo e local do trauma facial; Campina Grande, Brasil, 2012 (n = 247) 

Variável n %
Etiologia
Acidente de tráfego 56 22,7
Agressão física 79 32,0
Queda 95 38,5
Outros 17   6,9
Tipo de lesão
Lesão a tecido mole 167 67,6
Fratura (múltipla ou simples) 59 23,9
Trauma dentoalveolar 9   3,6
Não identificado 12   4,9
Local da lesão
Região intraoral 57 23,1
Mandíbula/maxila/arco zigomático 108 43,7
Ossos nasais/região periorbital/testa 33 13,4
Outros 49 19,8
Total 247 100

Fonte: Pesquisa direta, 2012.

A idade estava significativamente associada à etiologia das lesões (p > 0,001), e os atos de violência foram a causa mais comum entre adultos, e quedas a causa mais comum em crianças/adolescentes e em idosos (tabela 3). Maior prevalência de lesões do tecido mole ocorreu em todos os grupos etários; crianças/adolescentes foram o único grupo a sofrer trauma dentoalveolar (tabela 4). Lesões da mandíbula, maxila e arco zigomático foram as mais prevalentes em todos os grupos etários; as intraorais foram mais prevalentes entre crianças/adolescentes; e as lesões nos ossos nasais/região periorbital/testa foram mais prevalentes entre idosos (p = 0,007) (tabela 5).

Tabela 3 Distribuição de grupos etários de acordo com a etiologia do trauma facial; Campina Grande, Brasil, 2012 (n = 247) 

Variável Acidente de tráfego Agressão física Queda Outros Total
Grupo etário n % n % n % n % n %
Crianças/adolescentes
(0-19 anos)
19 19,8 23 24,0 50 52,1 4 4,2 96 100
Adultos (20-59 anos) 34 28,3 51 42,5 24 20,0 11 9,2 120 100
Idosos (≥ 60 anos) 3 9,7 5 16,1 21 67,7 2 6,5 31 100
247 100

Teste exato de Fisher: p < 0,001.

Fonte: Pesquisa direta, 2012.

Tabela 4 Distribuição de grupos etários de acordo com o tipo de lesão; Campina Grande, Brasil, 2012 (n = 247) 

Variável Lesão de tecido mole Fratura Trauma dentoalveolar Não identificado Total
Grupo etário n % n % n % n % n %
Crianças/adolescentes
(0-19 anos)
68 70,8 16 16,7 9 9,4 3 3,1 96 100
Adultos (20-59 anos) 76 63,3 37 30,8 - - 7 5,8 120 100
Idosos (≥ 60 anos) 23 74,2 6 19,4 - - 2 6,5 31 100
247 100

Teste exato de Fisher: p = 0,002.

Fonte: Pesquisa direta, 2012.

Tabela 5 Distribuição de grupos etários de acordo com a lesão; Campina Grande, Brasil, 2012 (n = 247) 

Variável Região intraoral Mandíbula, maxila, arco zigomático Ossos nasais, região periorbital, testa Outros Total
Grupo etário n % n % n % n % n %
Crianças/adolescentes (0-19 anos) 32 33,3 39 40,6 6   6,3 19 19,8   96 100
Adultos (20-59 anos) 22 18,3 56 46,7 18 15,0 24 20,0 120 100
Idosos (≥ 60 anos)  3  9,7 13 41,9 9 29,0   6 19,4   31 100
247 100

Teste exato de Fisher: p = 0,007

Fonte: Pesquisa direta, 2012.

Discussão

O Human Development Index - HDI (Índice de Desenvolvimento Humano) varia de 0 até 1; quanto mais próximo de 1, mais elevado será o HDI de determinado local. O Brasil tem HDI = 0,728, que é considerado alto; atualmente, está classificado mundialmente no 85° lugar. Brasília, a capital do país, tem HDI = 0,.874; o estado de da Paraíba tem HDI = 0,718, e a cidade objeto do estudo,HDI = 0,72, valor similar ao HDI nacional.10

O hospital onde este estudo foi realizado é um dos principais serviços de referência para vítimas de trauma na região, com uma média de 1,28 casos de trauma facial por dia e um total de 467 casos por ano. No total, 36,5% dessas vítimas necessitam de cirurgia; na média, foram realizadas 170 cirurgias para trauma facial.

O trauma facial é considerado um dos tipos mais graves de lesão, afetando tanto homens como mulheres de todas as idades e classes sociais. A incidência de trauma facial aumentou significativamente nos últimos anos, especialmente entre a população mais jovem. Tais lesões podem acarretar cicatrizes permanentes, com suas consequências emocionais concomitantes.4 , 8 Quedas foram a causa principal de trauma facial, afetando 38,5% da amostra. Esse achado concorda com dados publicados em estudos precedentes.11 - 14 No entanto, frequentemente, os profissionais de saúde encontram dificuldades em investigar e registrar traumas resultantes de agressão, em decorrência do estado emocional da vítima, que, seja por omissão ou por vergonha, se vê incapaz de explicar as razões que levaram ao ato de agressão, que muitas vezes pode ter sido induzido pelo uso de bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas.15 , 16 Assim, a maior frequência de relatos de quedas faz aflorar uma dúvida; se esse fator etiológico realmente estaria representando a experiência dessas mulheres ou se poderia estar mascarando casos de violência praticados no ambiente doméstico. Ao se recusarem a denunciar práticas violentas, as mulheres ficam cada vez mais expostas a fatores de risco, e os casos não relatados limitam as ações dos profissionais da saúde com relação ao atendimento inicial, cirurgia e hospitalização.

No Brasil, a Lei nº 10.778 determina como obrigatória a notificação de qualquer tipo de violência praticada contra mulheres tratadas em serviços de saúde públicos ou privados. Nesses casos, os cuidados médicos/hospitalares devem atender a todos os problemas e carências, sem qualquer discriminação em termos de faixa etária, raça, gênero ou religião.17 A especial atenção dada a essa problemática incentiva o respeito aos direitos da mulher e representa uma reafirmação do apoio através de políticas públicas. A divulgação dessas informações significa o reconhecimento das principais carências da vítima em termos de atendimento primário e de seguimento, possibilitando a determinação da extensão das consequências dessas lesões, que frequentemente vão além das questões físicas. Assim, há necessidade de uma avaliação mais aprofundada, para que fique assegurada a eficácia do tratamento.

A maior prevalência de casos de trauma facial entre adultos se alinha com os achados relatados em estudos precedentes.3 , 13 As mulheres têm sido vítimas de diferentes formas de trauma, cuja ocorrência foi associada à sua inclusão na força de trabalho em ocupações previamente exercidas por homens. Além disso, essas atividades devem ser harmonizadas com as responsabilidades domésticas, o que pode levar a uma maior exposição a problemas de natureza psicológica. A literatura relata uma tendência para frequências equivalentes de trauma facial entre homens e mulheres, o que foi atribuído à maior participação da mulher no mercado de trabalho, inclusive em ocupações de alto risco.18 Em um estudo retrospectivo realizado em um serviço de atendimento de urgência na Inglaterra, Gerber et al. 19 constataram que a maioria dos 219 casos de trauma facial entre mulheres ocorreu em decorrência de acidentes, e mulheres com mais de 20 anos estavam em maior risco de violência doméstica. Os resultados do presente estudo concordam com esses achados. Com efeito, a queda da própria altura foi a principal causa de trauma facial entre crianças/adolescentes e idosos. Hussain et al. 20 informam achados similares em uma análise abrangente do trauma, em que as quedas ocorreram com maior frequência entre crianças e idosos, enquanto que os atos de violência interpessoal constituíram a principal causa de ocorrências entre indivíduos com 15 a 50 anos.

Kotech et al.21 também verificaram que a maioria dos casos de trauma facial em crianças teve origem nas quedas; as lesões de tecido mole foram mais comuns, e casos de violência interpessoal, mais raros. Do mesmo modo, em uma série de 793 casos de fraturas faciais em crianças, Mericli et al. 22 constataram que 98 casos tiveram como origem eventos violentos, e 695 foram decorrentes de outras causas. Eggensperger et al. 23 também observaram que as quedas foram a causa mais comum de trauma facial, seguidas por acidentes de tráfego e lesões esportivas. Por outro lado, um estudo realizado na Coreia constatou que a violência interpessoal era a causa mais comum de fraturas faciais em crianças.24 Em um estudo realizado na China abordando características e tendências de hospitalização em decorrência de trauma cefálico entre crianças, apenas 4,6% foram casos de suspeita de abuso infantil. Contudo, os autores enfatizam a importância de identificar tais casos, para que seja obtido maior conhecimento da abrangência desse problema social/de saúde.25

Em vários estudos,26 - 28 as quedas constituem o agente etiológico mais comum de trauma facial entre idosos. Esse achado sublinha a importância de medidas preventivas voltadas para os fatores de risco favorecendo a ocorrência de quedas, cuja maioria ocorre na própria casa da vítima. Embora a violência interpessoal seja responsável por menor número de casos de trauma facial vs quedas nesse grupo etário, é plausível considerar que as mulheres podem ter sido expostas à violência e às consequências de tais eventos ao longo de suas existências. Em uma amostra de 995 mulheres com 55 anos ou mais, praticamente metade tinha vivenciado algum tipo de abuso, e tinham maior probabilidade de informar efeitos negativos do trauma na sua saúde, em comparação com mulheres que não foram vítimas de abuso.29

As lesões de tecido mole foram o tipo mais comum de trauma facial na presente investigação, representando 67,6% dos casos, o que é similar aos achados informados em estudos precedentes.11 , 19 Os efeitos dessas lesões são: dor; dormência nos lábios, queixo e nariz; dificuldade em abrir a boca; lacunas visíveis entre coroas dentais; e lacerações profundas sobre ossos.1 , 9 , 11 , 12

Em decorrência dos impactos físicos e psicológicos, bem como dos altos custos relacionados ao trauma facial para o sistema de saúde, a identificação de associações com gênero e idade enfatiza a necessidade de medidas específicas voltadas para a resolução deste problema. A cirurgia oral e maxilofacial desempenha papel importante na reabilitação de vítimas de trauma; além disso, devem ser estabelecidas medidas preventivas para grupos específicos, mediante a identificação das implicações sociais subjacentes às lesões faciais.

Conclusão

Mulheres adultas foram mais afetadas por trauma facial do que os outros grupos etários estudados, com predominância de lesões de tecido mole e lesões de mandíbula, maxilar, arco zigomático e ossos nasais. Queda foi a causa mais prevalente de trauma facial, estando significativamente associada aos grupos etários de menos (crianças/adolescentes) e mais (idosos) idade.

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