versão impressa ISSN 1676-2444versão On-line ISSN 1678-4774
J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.55 no.4 Rio de Janeiro jul./ago. 2019 Epub 02-Set-2019
http://dx.doi.org/10.5935/1676-2444.20190037
Os tumores estromais gastrointestinais (GIST) são raros e representam cerca de 1% dos tumores gastrointestinais(1). Podem acometer qualquer porção do trato gastrointestinal; são mais frequentes no estômago(2), com predominância etária entre 50-60 anos(3) e sem prevalência entre homens e mulheres(2). Tais tumores apresentam origem mesenquimal nas células intersticiais de Cajal(2,4).
Paciente do sexo masculino, 65 anos de idade, apresentando massa em íleo proximal descoberta em uma laparotomia exploradora. Foi realizada ressecção do tumor com margens cirúrgicas livres; o material foi encaminhado para anatomia patológica, cuja macroscopia revelou lesão tumoral medindo 13,5 × 13 × 8,5 cm, que, ao corte, apresentou lesão cística com área sólida brancacenta e componente necrótico na parede, drenando líquido hemorrágico (Figura 1). A microscopia revelou tumoração com células fusiformes, núcleos alongados, citoplasma abundante, acentuada congestão e necrose (Figura 2). O diagnóstico anatomopatológico foi GIST, confirmado por imuno-histoquímica (CD117).
FIGURA 1 Macroscopia: lesão cística com área sólida brancacenta e paredes hemorrágicas junto ao íleo
Os GISTs são considerados tumores raros quando comparados com outros tumores gastrointestinais. No entanto, são os mais comuns entre os tumores mesenquimais do trato gastrointestinal. A imuno-histoquímica para CD117 confirma o diagnóstico. A ressecção cirúrgica completa da lesão com margem de segurança é a principal conduta curativa para pacientes com tumores primários; contudo, quimioterapia com Imatinib também é utilizada dependendo da situação clínica do paciente(1, 5).