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Ultrassonografia vascular no seguimento da correção endovascular do aneurisma da aorta abdominal

Ultrassonografia vascular no seguimento da correção endovascular do aneurisma da aorta abdominal

Autores:

Domingos Moraes Filho,
Fernando Barbosa Trevisan,
José Manoel da Silva Silvestre,
Wander Eduardo Sardinha,
Eduardo Durante Ramires,
Silfayner Victor Mathias Dias,
Henrique Matsuda

ARTIGO ORIGINAL

Jornal Vascular Brasileiro

versão impressa ISSN 1677-5449versão On-line ISSN 1677-7301

J. vasc. bras. vol.13 no.3 Porto Alegre jul./set. 2014

http://dx.doi.org/10.1590/jvb.2014.019

INTRODUÇÃO

A correção endovascular do aneurisma, introduzida por Parodi1, 2 em 1991, é uma alternativa muito utilizada no reparo cirúrgico aberto em pacientes com aneurisma da aorta abdominal (AAA). Esta técnica foi projetada para evitar a expansão e a ruptura do aneurisma, colocando uma endoprótese em seu interior, formando um canal ao fluxo de sangue através do saco aneurismático1, 2. Em comparação com a cirurgia convencional, a correção endovascular possui baixas taxas de mortalidade e morbidade perioperatórias, mas necessita de uma estreita vigilância ao longo da vida, devido a uma incidência relevante de complicações em longo prazo, tais como vazamento endovascular, crescimento aneurismático, falha estrutural, migração do enxerto, trombose, oclusão de ramos e infecção1, 3-5.

Segundo Geller SC6, o acompanhamento com imagens após a correção endovascular deve avaliar três principais parâmetros: (1) o diâmetro aneurismático; (2) a detecção e a classificação do vazamento endovascular, e (3) a detecção de qualquer alteração morfológica da endoprótese. Oclusão do enxerto, infecção ou outras complicações potenciais também devem ser avaliadas4. Dessa forma, a angiotomografia vem sendo considerada a técnica de imagem padrão-ouro para avaliar todas essas complicações1, embora alguns estudos nos últimos anos tenham demonstrado um aumento do risco de câncer induzido por radiação e de nefropatia induzida pelo contraste, após exposição repetida à tomografia7, 8.

À luz destes fatos, muitos pesquisadores têm proposto a substituição da tomografia por outras modalidades de imagem no acompanhamento destes pacientes, incluindo a ultrassonografia vascular (USV) com ou sem contraste. Esta é uma alternativa relativamente barata e atraente para a vigilância pós-operatória, sendo também uma modalidade diagnóstica não invasiva de disponibilidade generalizada9-11. Desta forma, vários estudos, comparando a precisão da ultrassonografia vascular com a angiotomografia na classificação dos vazamentos endovasculares, já foram realizados com resultados diversos12-14. O objetivo deste estudo foi avaliar a correlação, a sensibilidade e a especificidade do método ultrassonografico em relação à angiotomografia na medida do diâmetro aneurismático, na identificação de tortuosidades e na identificação e na classificação dos vazamentos endovasculares.

MATERIAIS E MÉTODOS

Delineamento

O estudo foi realizado de junho de 2012 a maio de 2013, já em avaliação pelo Comitê de Ética, sendo posteriormente aprovado. Foram incluídos todos os pacientes submetidos à correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal (AAA) atendidos no Ambulatório de Cirurgia Endovascular do Hospital Universitário de Londrina. O protocolo de seguimento pós-operatório dos pacientes incluía exames angiotomográfico, ultrassonográfico e radiográfico abdominal no primeiro, sexto e 12.° mês. no primeiro ano, e então anualmente. Como critérios de exclusão, foram considerados os pacientes que não possuíam seguimento adequado e que não haviam realizado a USV e a angiotomografia com intervalo menor do que 30 dias.

Protocolo radiológico

Exames radiológicos simples do abdome, em incidência anteroposterior, foram obtidos em todos os pacientes em acompanhamento após correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal. Estes exames tinham como objetivo avaliar alterações morfológicas da endoprótese, como fraturas, tortuosidade e deslocamento de segmentos.

Protocolo ultrassonográfico

Exames ultrassonográficos vasculares em modo B, cor, análise espectral e modo power de toda a aorta abdominal e das artérias ilíacas, usando transdutor convexo abdominal ESAOTE de 3-5MHz, foram realizados em todos os pacientes após a correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal. Esses exames eram realizados com o paciente em jejum de 8 horas, com preparo intestinal adequado com 40 gotas de dimeticona de 8 em 8 horas, com seu início no dia anterior ao exame. Todos os exames foram também realizados pelo mesmo Cirurgião Vascular, credenciado em Ecografia Vascular. Estes exames tinham como objetivo avaliar o diâmetro dos aneurismas e a perviedade das endopróteses, além de identificar e classificar a presença dos vazamentos endovasculares. Estas avaliações foram realizadas através da medida aneurismática em anteroposterior e laterolateral, e pela identificação do fluxo sanguíneo fora da endoprótese pelo Doppler.

Protocolo tomográfico

Exames angiotomográficos abdominais totais de três fases: sem contraste; com 100-120 mL de contraste, e tardia, após 180 segundos da injeção de contraste, em tomógrafo de 16 canais com cortes em abdomem e pelve de 1,25 mm, foram realizados conforme nosso protocolo de rotina nos pacientes em acompanhamento. Estes exames também tinham como objetivo avaliar a presença e a classificação dos vazamentos endovasculares, identificados pelo contraste fora das endopróteses, assim como avaliar o diâmetro dos aneurismas pelas medidas em anteroposterior e laterolateral, além da perviedade e das alterações estruturais das endopróteses nas reconstruções tridimensionais. Para evitar interferência na avaliação ultrassonográfica, outro examinador, que somente realizou a avaliação angiotomográfica, também credenciado, ficou responsável por esse procedimento. Pacientes com história de alergia e/ou insuficiência renal eram devidamente preparados com antialérgicos, corticoesteroides e hidratação adequada pré e pós-exames.

Estatística

Comparações das medidas do tamanho entre os aneurismas da USV com a angiotomografia foram realizadas pelo cálculo dos coeficientes de variação. O coeficiente de variação foi determinado dividindo-se o desvio padrão das diferenças entre as duas medições feitas com a média das médias da população do estudo. Para determinar o nível de concordância entre a USV e a angiotomografia, o coeficiente da correlação de Pearson foi calculado.

RESULTADOS

No período de junho de 2012 a maio de 2013, foram examinados 62 pacientes no protocolo de acompanhamento pós-correção endovascular de AAA. Destes pacientes, três haviam sido tratados para correção endovascular de AAA em 2010, 11 em 2011, 13 em 2012 e três em 2013. Foram excluídos os outros 32 pacientes por estes não possuírem acompanhamento adequado nem exames ultrassonográficos e angiotomográficos em datas próximas.

Quanto ao gênero, os pacientes se dividiram em 25 homens (84%) e cinco mulheres (16%), com média de idade de 73 anos (56-84). Hipertensão, tabagismo e diabetes foram as comorbidades mais encontradas. Quanto ao diâmetro dos aneurismas abdominais, foram encontrados, após a correção endovascular, pela angiotomografia, diâmetros entre 3,0 e 10,5 cm, com uma média de 5,8 cm. Aneurismas em artérias ilíacas também foram identificados pela angiotomografia em nove pacientes, 30% dos casos, sendo que, em cinco casos (17% do total), eram bilaterais.

Quando analisadas as radiografias abdominais, em apenas um paciente, foi constatada tortuosidade na estrutura da endoprótese, sem alteração hemodinâmica significativa quando analisada pela ultrasssonografia vascular (Figura 1). Ao Raio x simples, não foram diagnosticadas desconexões nem fraturas estruturais.

Figura 1 Radiografia simples de abdomem com tortuosidade de ramo de endoprotese. 

Em relação à USV, nos 30 pacientes analisados, foram identificados quatro vazamentos endovasculares, dois do tipo IA e dois do tipo II. Quando comparados à angiotomografia, pela qual também foram encontrados quatro vazamentos endovasculares, em três houve a confirmação diagnóstica do vazamento. Em somente uma angiotomografia, foi identificado um vazamento não diagnosticado na ultrassonografia. Dessa forma, tem-se como resultado estatístico uma sensibilidade e uma especificidade para vazamento endovascular, respectivamente, de 75% e 96%, assim como um valor preditivo positivo e preditivo negativo de 75% e 96%. No entanto, já não observamos a mesma relação quanto à classificação dos vazamentos endovasculares, pois foi somente em um dos casos em que houve a mesma classificação; nos outros três casos, ou a classificação estava errada ou era um falso positivo.

De todos os exames realizados com a USV, em somente um dos casos foi observada alteração na análise espectral. Neste caso, a angiotomografia confirmou o diagnóstico ultrassonográfico de oclusão do ramo externo de uma endoprótese em sanduiche, em artérias ilíacas (Figura 2). Sensibilidade e especificidade de 100%, apesar da pequena amostra.

Figura 2 (a) Ultrassonografia vascular com fluxo em ilíaca externa direita monofásico. (b) Angiotomografia com oclusão do ramo ilíaco externo direito. 

Quanto aos diâmetros aneurismáticos medidos pela ultrassonografia, de forma semelhante à literatura, também observamos uma variação de três milímetros em relação à angiotomografia, com forte correlação linear positiva (Tabela 1).

Tabela 1 Correlação entre as análises do diâmetro aneurismáticos: USV × angiotomografia. 

Análise Resultado (cm)
Diâmetro médio ultrassonográfico 5,79
Diâmetro médio tomográfico 5,86
Variação média 0,35
Desvio Padrão 0,32
Coeficiente de correlação de Pearson 0,91

cm: centímetro.

DISCUSSÃO

No seguimento do tratamento endovascular do AAA, as radiografias seriadas são úteis na avaliação da alteração estrutural, especialmente quando o interesse é na detecção de fraturas e torções das endopróteses abdominais15. Essas radiografias são simples de se obterem, baratas e facilmente disponíveis. Além disso, sua sensibilidade para a migração da endoprótese é semelhante à tomografia computadorizada15. Portanto, para uma correta avaliação e interpretação das radiografias, é imprescindível a compreensão da construção da endoprótese, bem como a posição dos marcadores radiopacos16, 17. No entanto, a radiografia apresenta duas importantes limitações: não avalia o diâmetro do aneurisma nem identifica os vazamentos endovasculares.

Por outro lado, a USV pode ser usada como modalidade para vigilância do diâmetro aneurismático e para a busca de vazamento endovascular após correção endovascular do AAA3, 4. Trata-se, também, de um exame conveniente, não invasivo, barato e portátil, que não envolve exposição à radiação nem necessita de uso de contraste. No entanto, a variabilidade inter ou intraobservadores é relativamente mais elevada na ultrassonografia do que na angiotomografia18, sendo que essa variabilidade não é maior do que 4 mm, em média19. Além disso, a ultrassonografia também oferece uma melhor aproximação do verdadeiro diâmetro perpendicular do aneurisma de aorta abdominal, pois esta não é afetada pela angulação da aorta, como ocorre na tomografia em angulações maiores do que 25°(20).

A detecção de vazamento endovascular pelo ultrassom é possível graças à análise do fluxo sanguíneo pelo modo cor e análise espectral. Embora as taxas de especificidade relatadas pela ultrassonografia com Doppler para a detecção de vazamento endovascular sejam altas (89%-97%)21, a sensibilidade e o poder diagnóstico do Doppler para a detecção desses vazamentos endovasculares, em comparação com a angiotomografia, ainda é discutível11, 22-30. Alguns estudos11, 22-25, como o de Collins et al.11, relataram um valor preditivo positivo da ultrassonografia vascular de 85%, enquanto outros26-30 demonstraram que a ultrassonografia é menos sensível do que a tomografia, como Ashoke et al.30, que verificaram uma sensibilidade de 70% em seu trabalho. Em nossa pesquisa, dos quatro pacientes portadores de vazamento endovascular identificado pela angiotomografia, três (clínicamente significativos do tipo IA) foram também identificados pela USV e somente um caso de vazamento endovascular do tipo II, que não apresentava expansão, não foi identificado pela USV (Tabela 2). Dessa forma, percebemos que a USV, mesmo não apresentando uma sensibilidade relativamente alta, conforme também foi observado em outros trabalhos, já seria suficiente para identificar e indicar o tratamento dos vazamentos endovasculares, sem interferir na qualidade do tratamento.

Tabela 2 Correlação entre os pacientes com vazamento endovasculares: USV × angiotomografia. 

Paciente Dmt aneurisma USV Tipo de vazamento endovascular Dmt aneurisma TC Tipo de vazamento endovascular
Paciente 1 5,8 IA 6 Sem vazamento Falso positivo
Paciente 2 6,6 II 6,9 IA
Paciente 3 10,3 Sem vazamento 10,9 II Falso negativo
Paciente 4 7,9 II 7,3 IA
Paciente 5 10 IA 9,8 IA

Dmt: diâmetro; USV: ultrassonografia vascular; TC: tomografia computadorizada.

A detecção da direção do fluxo do vazamento endovascular é outra vantagem da USV, detecção esta que não é facilmente avaliada pela angiotomografia. Parent et al.31 relataram a relação entre a forma de onda do Doppler e a análise do vazamento endovascular tipo II: um padrão 'anterógrado e retrógrado' foi associado à resolução espontânea, enquanto que a presença de uma forma de onda monofásica ou bifásica foi associada com a persistência do extravazamento. No entanto, não foi o que observamos em nosso trabalho, pois dos três vazamentos endovasculares corretamente identificados pela ultrassonografia, dois deles, do tipo IA, foram erroneamente classificados como do tipo II, sendo um corrigido com extensão proximal e o outro, com embolização (Figura 3). Provavelmente, uma falha na interpretação do examinador deve ter sido a principal causa dessa diferença.

Figura 3 (a) Ultrassonografia vascular em corte transversal e longitudinal (b) evidenciando vazamento endovascular tipo II. (c) Angiotomografia evidenciando vazamento endovascular tipo IA. 

Quando se avalia a estenose ou a oclusão do segmento aortoilíaco, é importante mencionar que é a arteriografia – e não a angiotomografia – o método padrão-ouro para o diagnóstico32. Além disso, Beeman et al.33 acreditam que a USV também é mais precisa do que a angiotomografia para identificar perviedade e outros problemas, como tortuosidades e estenoses. As imagens de fluxo de cor associadas com a análise da forma de onda fornecem dados anatômicos e hemodinâmicos que não são possíveis de se avaliar pela angiotomografia. Em seu estudo33, a USV identificou com precisão todos os sete casos de problemas de permeabilidade do enxerto que necessitaram de tratamento, assim como nós, que também identificamos nosso único caso de oclusão de ramo corretamente com a USV

Outras limitações da ultrassonografia duplex incluem a sua dependência do operador, as variações físicas do paciente e a necessidade de preparo intestinal4. No entanto, o avanço da tecnologia e das técnicas ultrassonográficas pode melhorar e aumentar o poder de diagnóstico da ultrassonografia. Meios de contraste, por exemplo, têm sido desenvolvidos para ultrapassar algumas das limitações ultrassonográficas34. Contrastes ultrassonográficos não são invasivos, são fáceis de manipular, são bem tolerados e, aparentemente, aumentam a sensibilidade da ultrassonografia. O uso de contrastes ultrassonográficos melhorou significativamente a sensibilidade para a detecção dos vazamentos endovasculares35-37, particularmente nos casos de endotensão, a qual é obscura na angiotomografia, mas pode ser vista sob o reforço do contraste36·37.

Além disso, o uso da radiografia e da USV como modalidade de imagem primária no seguimento dos pacientes após correção endovascular do aneurisma de aorta abdominal também pode reduzir os riscos radiológicos associados à angiotomografia38. O procedimento endovascular e a angiotomografia seriada ao longo da vida carregam uma substancial carga de radiação ionizante, além de a angiotomografia requerer a administração de agentes de contrastes iodados, que estão associados com efeitos nefrotóxicos39. Entretanto, sabe-se que a ultrassonografia também pode apresentar uma série de limitações. Pacientes obesos com preparo intestinal inadequado podem limitar o exame abdominal com uma janela acústica inapropriada4. No entanto, mesmo com a limitada amostra de 30 casos e do curto período de observação, o estudo obteve baixa variabilidade das dimensões do saco aneurismático com forte coeficiente de correlação, assim como também baixo número de exames falsos negativos, apenas um, sem significância clínica, pois o aneurisma não apresentava crescimento significativo.

CONCLUSÃO

Portanto, percebe-se que a ultrassonografia vascular aliada à radiografia abdominal pode ser usada como possível substituta da angiotomografia como modalidade primária no seguimento de pacientes com aneurismas de aorta abdominal operados pela técnica endovascular. A radiografia abdominal se comprovou como um excelente exame complementar para a avaliação estrutural das endopróteses. A ultrassonografia apresentou um forte coeficiente de correlação e uma baixa variabilidade quando comparada à angiotomografia em relação à medida do diâmetro aneurismático. E, quanto aos vazamentos endovasculares, todos clinicamente significativos, foram identificados pela ultrassonografia vascular.

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