versão impressa ISSN 1414-462Xversão On-line ISSN 2358-291X
Cad. saúde colet. vol.24 no.1 Rio de Janeiro jan./mar. 2016
http://dx.doi.org/10.1590/1414-462X201600010103
Symptoms such as insomnia, fatigue, irritability, forgetfulness, difficulty concentrating, and somatic complaints may signal the existence of Common Mental Disorders (CMD). Therefore, tracking these disorders with the aim of preserving the integrity of workers' mental health is currently required. The objective of this study was to investigate the association of CMDs with the variables age, shiftwork, and role in employees of a metallurgical industry located at the region of Vale do Paraiba, Sao Paulo state, Brazil.
The Brazilian version of the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) was used as analytical tool.
Seventy-seven workers aged 20-50 years were evaluated. The results show that the second work shift presented a higher frequency of affected workers (72%), with 22% of them aged 33-34 years. With respect to the variables associated with depressive-anxious mood, most workers reported feeling nervous, tense or worried. For somatic symptoms, most workers reported frequent headaches. Regarding vital energy decrease, feeling tired easily was detected as the most influential component. For assessment of depressive thoughts, most workers reported frequent loss of interest. The results also show that general assistants (31%) and forklift operators (40%) are the most affected workers.
The SRQ-20 was effective in assessing CMDs to track occupational mental health.
Keywords: health management; occupational medicine; common mental disorders
Desenvolver-se cognitivamente é de fundamental relevância para o ser humano. Porém, diante dos avanços nos meios e métodos de comunicação, o ambiente de trabalho se mostra cada vez mais repleto de informações e, uma vez que esses conteúdos não são filtrados, o excesso de demandas com as quais os trabalhadores têm de lidar gera distúrbios caracterizados por sinais e sintomas, como insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração e queixas somáticas. Nesse sentido, é de suma importância que tais indicadores de transtornos mentais comuns (TMC) sejam monitorados pelas equipes de saúde local com vistas a sinalizar e estabelecer intervenções precoces para evitá-los, de forma a manter a integridade da saúde mental das pessoas sem repercutir negativamente na qualidade e produtividade do trabalho destas1-4. Ressalta-se ainda a necessidade de que essas intervenções sejam estabelecidas para que se possam diferenciar os diversos grupos de trabalhadores afetados pelos TMC5.
O conjunto de sintomas sinalizados como o TMC, nos estudos populacionais de países industrializados, sinaliza que a prevalência oscila entre 7 a 30%6. No Brasil, uma pesquisa realizada em 1994 revelou que 22,7% da população adulta urbana de Pelotas, Rio Grande do Sul, sofria com os TMC7. Já no Nordeste, mais especificamente no Estado de Pernambuco, um estudo conduzido em adultos residentes na cidade de Olinda identificou prevalência de 35% de indivíduos afetados de alguma maneira pelos TMC8.
Frequentemente observados nas mais distintas organizações, tais transtornos representam alto custo social e econômico, já que muitas vezes são incapacitantes, constituindo uma causa importante de absenteísmo no trabalho, além de elevarem a demanda nos serviços de saúde6. Outro fato importante se refere às situações de desemprego, que, por sua vez, pode ser um fator determinante para instalação de quadros de TMC tanto em homens quanto em mulheres2,9-12. Especificamente neste último grupo, os quadros de TMC podem ser agravados pelo uso de bebidas alcoólicas e pelas situações de violência doméstica13.
Entretanto, mesmo empregado, uma série de características intrínsecas do processo de trabalho, como a instabilidade no emprego, a insatisfação com a função desenvolvida, o estresse no ambiente de trabalho, a necessidade de atingir determinada produtividade para que se possa alcançar um certo ganho, a baixa remuneração e o controle rígido e autoritário por parte dos gestores, também pode comprometer sobremaneira o estado mental de funcionários10,14.
Diante dos modelos de organização no trabalho, tanto estatais quanto privados, identifica-se a real necessidade de intervenção quanto aos cuidados relacionados à saúde mental, pois muito se fala em ergonomia, porém pouco se exploram temas como a psicodinâmica do trabalho, intrinsicamente relacionada à ergonomia cognitiva. Perante o exposto, objetivou-se investigar a possível associação entre os TMC e algumas variáveis, como a idade do trabalhador, seus turnos de trabalho e função por eles desempenhada, em uma população específica de indivíduos do sexo masculino, funcionários de uma indústria metalúrgica localizada no Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo. Entende-se que, mapeados os TMC da amostra elencada para o presente estudo, permitir-se-á a criação de campanhas com foco em melhores resultados que poderão, certamente, minimizar condicionantes incapacitantes, reduzir as taxas absenteísmo e, consequentemente, a demanda nos serviços de saúde.
Trata-se de um estudo descritivo, prospectivo, de abordagem quantitativa e de corte transversal, realizado com funcionários de uma indústria metalúrgica localizada no Vale do Paraíba/SP. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se uma versão adaptada do Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), já validada em diversos países15-18, inclusive no Brasil7,19,20, e originalmente desenvolvida por Harding et al.21. Secundariamente, dados relacionados à faixa etária, ao turno de trabalho e à função laboral foram coletados por uma enfermeira devidamente treinada para a pesquisa. As coletas de dados foram realizadas no intervalo de descanso de 1 hora na refeição, com tempo médio de preenchimento de 20 minutos, sob orientação de uma enfermeira, que convidou os voluntários a participar do estudo e, quando necessário, ajudou os participantes na interpretação de algumas questões.
Para análise dos dados, calculou-se a frequência absoluta (FA) e a frequência relativa (FR) de cada variável elencada. O quadro apresentado na seção de resultados, bem como os cálculos descritivos utilizados, foi desenvolvido utilizando o software Microsoft Excel para Windows, versão 2010 (Vista). O perfil dos entrevistados, assim como os quatro fatores que participaram da composição das dimensões específicas do instrumento de coleta utilizado no presente trabalho (fator I: humor ansioso e depressivo; fator II: sintomas somáticos; fator III: decréscimo de energia; fator IV: pensamentos depressivos), foi avaliado por meio de uma análise fatorial de suas correlações, conforme sugerido por Iacoponi e Mari22.
Com sensibilidade variando entre 62,9 a 90% e especificidade variando em torno de 44 a 95%, a escolha do SQR-20 como como instrumento de screening adveio do fato de que esse instrumento já foi traduzido, testado e validado em populações urbanas brasileiras19,20. O questionário é composto de 20 questões do tipo sim/não, das quais quatro são sobre sintomas físicos, e 16, sobre distúrbios psicoemocionais. Inicialmente, o escore de corte do SRQ-20 para este estudo foi definido em 7/8, conforme realizado por Mari19.
Foram incluídos no estudo apenas indivíduos do sexo masculino e que concordaram em participar da presente experimentação por meio da assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Esta pesquisa foi inserida na Plataforma Brasil e aprovada por um Comitê de Ética em Pesquisa de acordo com parecer consubstanciado nº 526.192, emitido em 7 de fevereiro de 2014, por obedecer às diretrizes éticas e legais estabelecidas pela Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, que determina os preceitos éticos que devem nortear as pesquisas envolvendo seres humanos.
Participaram desta pesquisa 77 voluntários, funcionários da empresa investigada, todos do sexo masculino, com idades variando entre 20 e 50 anos (média de 35±6 anos). Esses indivíduos foram agrupados de acordo com seus turnos de trabalho, ou seja, 30 funcionários no primeiro turno, 32 no segundo e 15 no terceiro.
A Figura 1 demonstra graficamente a distribuição dos respondentes de acordo com a função exercida na empresa. Nela é possível identificar que, dentre os profissionais entrevistados, predominaram os ajudantes (17 indivíduos, correspondendo a 22% da amostra), seguidos dos operadores industriais nível I (10 indivíduos, totalizando 13% dos entrevistados) e dos balanceiros (6 participantes, representando 8% do total). As outras categorias profissionais representaram percentuais que variaram de 1 a 6% dos respondentes.
Na Figura 2, é possível observar que, quando se avaliou a ocupação que mais se repetiu em cada um dos turnos, os 20 operadores industriais nível I representaram 42% do total, seguidos dos 17 ajudantes, que representaram agora 35% dos funcionários, dos 6 balanceiros (13% da amostra) e dos 5 operadores de ponte rolante, perfazendo 10% dos entrevistados.
A Figura 3 representa graficamente as frequências relativas e absolutas das respostas positivas ao instrumento SQR-20. Nela é possível confirmar que sentir-se nervoso, tenso ou preocupado é uma característica comum a 14% dos respondentes (20 indivíduos), seguida do fato de dormir mal (16 indivíduos, representando 11% dos respondentes) e da presença de dores de cabeça (14 indivíduos, perfazendo 10% do total).
A Tabela 1 faz um apanhado geral das respostas dos funcionários de todos os turnos, agrupados por suas funções, idades e turnos, conforme as quatro etapas de resposta ao instrumento. Nele verifica-se uma distribuição bastante semelhante com relação às idades, maior percentual de respostas para a categoria de pensamentos depressivos (72%), seguidos do decréscimo de energia vital e do humor depressivo-ansioso (ambos com 62%) e dos sintomas somáticos (48%).
Tabela 1 Respostas dos funcionários de todos os turnos, agrupados por suas funções, idades e turnos
Todos | Idade | Turnos | |
---|---|---|---|
Humor depressivo-ansioso | |||
Sente-se nervoso, tenso ou preocupado? | 20 | 20% 33 anos | 62% 2° Turno |
Assusta-se com facilidade? | 7 | ||
Sente-se triste ultimamente? | 11 | ||
Você chora mais do que de costume? | 1 | ||
Sintomas somáticos | |||
Tem dores de cabeça frequentemente? | 14 | 20% 33 anos | 48% 2° Turno |
Você dorme mal? | 16 | ||
Você sente desconforto estomacal? | 10 | ||
Você tem má digestão? | 8 | ||
Você tem falta de apetite? | 5 | ||
Tem tremores nas mãos? | 5 | ||
Decréscimo de energia vital | |||
Você se cansa com facilidade? | 12 | 19% 33 anos | 62% 2° Turno |
Tem dificuldade em tomar decisão? | 7 | ||
Tem dificuldades de ter satisfação em suas tarefas? | 7 | ||
O seu trabalho traz sofrimento? | 2 | ||
Sente-se cansado todo o tempo? | 4 | ||
Tem dificuldade de pensar claramente? | 3 | ||
Pensamentos depressivos | |||
Sente-se incapaz de desempenhar papel útil em sua vida? | 1 | 22% 34 anos | 72% 2° Turno |
Tem perdido o interesse pelas coisas? | 4 | ||
Tem pensado em dar fim à sua vida? | 2 | ||
Sente-se inútil em sua vida? | 2 |
A Tabela 2 traz a distribuição dos respondentes de acordo com suas idades, sexo, funções e turnos de trabalho, com destaque para o fato de que a totalidade dos indivíduos pertencia ao sexo masculino.
Tabela 2 Distribuição dos respondentes de acordo com suas idades, sexo, funções e turnos de trabalho
Variável | N (n=77) | % |
---|---|---|
Sexo | ||
Masculino | 77 | 100 |
Feminino | 0 | 0 |
Idade | ||
20 a 30 anos | 21 | 27 |
31 a 40 anos | 46 | 60 |
41 a 50 anos | 10 | 13 |
Turno | ||
Primeiro | 30 | 39 |
Segundo | 32 | 42 |
Terceiro | 15 | 20 |
Função* | ||
Operador industrial | 20 | 42 |
Ajudante | 17 | 35 |
Balanceiro | 6 | 13 |
Operador ponte rolante | 5 | 10 |
*Funções mais frequentes, com índice de corte mínimo de 5
Mediante os resultados apontados, a Tabela 3 permite identificar que os funcionários com maior número das manifestações no preenchimento do SRQ-20 são do segundo turno (72%), com faixa etária de 33 a 34 anos (22%). Quanto às investigações de humor depressivo-ansioso, verifica-se que a maioria se sente nervosa, tensa ou preocupada. Para os sintomas somáticos, foi possível identificar que a maior parte apresenta dores de cabeça frequentemente. Para o decréscimo de energia vital, os entrevistados, em sua predominância, relatam que se cansam com facilidade. Quando avaliados os pensamentos depressivos, verifica-se que a maioria tem perdido o interesse pelas coisas em geral.
Tabela 3 Manifestações do Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) distribuídas por idade, turnos e funções, e por quatro grupos de sintomas
Todos | Idade | Turnos | Funções | |
---|---|---|---|---|
Humor depressivo-ansioso | 20% 33 anos | 62% 2° Turno | 31% Ajudante |
|
Sente-se nervoso, tenso ou preocupado? | 20* | |||
Assusta-se com facilidade? | 7 | |||
Sente-se triste ultimamente? | 11 | |||
Você chora mais do que de costume? | 1 | |||
Sintomas somáticos | 20% 33 anos | 48% 2° Turno |
18% Ajudante |
|
Tem dores de cabeça frequentemente? | 14* | |||
Você dorme mal? | 16 | |||
Você sente desconforto estomacal? | 10 | |||
Você tem má digestão? | 8 | |||
Você tem falta de apetite? | 5 | |||
Tem tremores nas mãos? | 5 | |||
Decréscimo de energia vital | 19% 33 anos | 62% 2° Turno |
31% Empilhadeirista |
|
Você se cansa com facilidade? | 12* | |||
Tem dificuldade em tomar decisão? | 7 | |||
Tem dificuldades de ter satisfação em suas tarefas? | 7 | |||
O seu trabalho traz sofrimento? | 2 | |||
Sente-se cansado todo o tempo? | 4 | |||
Tem dificuldade de pensar claramente? | 3 | |||
Pensamentos depressivos | 22% 34 anos | 72% 2° Turno |
40% Empilhadeirista |
|
Sente-se incapaz de desempenhar papel útil em sua vida? | 1 | |||
Tem perdido o interesse pelas coisas? | 4* | |||
Tem pensado em dar fim à sua vida? | 2 | |||
Sente-se inútil em sua vida? | 2 |
*Porcentagens sinalizadas em negrito para os índices de maior frequência
Uma vez rastreados por função, os sintomas de humor depressivo-ansioso e os sintomas somáticos são mais evidentes nos ajudantes (31%). Envolvendo o decréscimo de energia vital e os pensamentos depressivos, os sintomas são mais evidentes nos empilhadeiristas (40%).
Diante da demanda de queixas mentais observada nos atendimentos do serviço de saúde ocupacional da indústria metalúrgica, foco da presente experimentação, julgou-se importante traçar o perfil dos indivíduos afetados pelos TMC a fim de incentivar a promoção de saúde da unidade local e fornecer dados que possam ser utilizados por outras empresas com o intuito de identificar tais transtornos em seus funcionários. Identificar e tratar os TMC contribui para a manutenção da integridade da saúde mental dos trabalhadores sem influenciar de forma negativa na produtividade e qualidade do serviço por eles desempenhado1-4. Os resultados da pesquisa apontaram para um desempenho satisfatório do SRQ-20, identificando particularidades entre características sociodemográficas, como já citado na literatura19.
O instrumento de triagem SRQ-20, destinado a detectar sintomas – útil, portanto, para a mensuração do nível de suspeição (presença/ausência) de transtorno mental –, alcança relevante ação voltada para os níveis primários de atenção, justificando a realização do presente estudo, bem como cumprindo o objetivo ora proposto, que consistiu em identificar sintomas associados ao TMC na população de trabalhadores.
Quando direcionado para os aspectos psicométricos do instrumento que aqui foram avaliados, estes apresentaram, a despeito das limitações inerentes aos métodos de análise impostos às questões subjetivas, como os TMC, um desempenho aceitável. Em outras palavras, não obstante os possíveis limites referentes ao pequeno número amostral (N=77) e a abrangência do construto avaliado (transtornos mentais), o desempenho do questionário foi satisfatório, identificando sintomas e classificando, em níveis aceitáveis, os indivíduos como suspeitos e não suspeitos de TMC; ou seja, um instrumento útil para avaliação de morbidade psíquica em estudos epidemiológicos.
A análise fatorial das correlações entre o perfil dos trabalhadores e os quatro fatores que compunham as dimensões específicas do instrumento (fator I: humor ansioso e depressivo; fator II: sintomas somáticos; fator III: decréscimo de energia; fator IV: pensamento depressivo)22 apresentaram os resultados dispostos a seguir.
As questões “Sente-se nervoso, tenso ou preocupado?” e “Sente-se triste ultimamente?” destacaram-se por possuir a maior FA, respectivamente, na extração do fator I.
O fator II apresentou frequências maiores para questões relacionadas aos sintomas somáticos. Dentre elas, as que se agruparam e se destacaram para a formação desse fator, por possuírem maior frequência, foram “Tem dores de cabeça frequentemente?” e “Você dorme mal?”, respectivamente.
Para o decréscimo de energia vital, agrupado na formação do fator III, foi discriminado com maior frequência “Você se cansa com facilidade?”, seguido com igual proporção pelas perguntas “Tem dificuldade em tomar decisão?” e “Tem dificuldades de ter satisfação em suas tarefas?”.
No fator IV, que descreve sintomas característicos de pensamentos depressivos, foi mais frequente a sinalização “Tem perdido o interesse pelas coisas?”.
Entre os fatores identificados na análise, o III e IV apresentaram maior clareza para interpretação.
A análise de correspondências múltiplas, com a utilização do agrupamento de variáveis, fortaleceu a classificação dos quatro fatores sugeridos pela análise fatorial e, ao mesmo tempo, revelou dimensões extremas (sintomas somáticos/humor depressivo), admitindo-se que quanto mais distantes se encontram as variáveis, menos frequente será a sua ocorrência em conjunto. Esse achado expressa a natureza multidimensional dos transtornos mentais, avaliados em concordância com o SRQ-2022.
A justificativa encontrada para os baixos valores dos coeficientes de consistência interna do SRQ-20 repousa sobre o conceito de que os transtornos mentais não possuem características unidimensionais e que, portanto, não estabelecem relações homogêneas entre os itens que compõem as suas escalas. Dessa forma, quando os itens são avaliados globalmente, o indicador geral de consistência interna do instrumento apresenta resultado satisfatório23.
Em relação às variáveis idade, trabalho em turnos e função desempenhada, as manifestações evidenciadas pelo SRQ-20 destacaram-se na faixa etária localizada entre 33 a 34 anos, em trabalhadores do segundo turno e que desempenham as funções de ajudante e empilhadeirista.
Este estudo aponta para um desempenho aceitável do SRQ-20 em avaliar os TMC, ao destacar que, apesar da natureza múltipla dos transtornos emocionais, o instrumento demonstrou habilidade em identificar fatores que em conjunto denotam características indispensáveis para o rastreamento da saúde mental em âmbito ocupacional. Embora este trabalho tenha sido realizado em um único serviço e com uma amostra de conveniência, seus resultados podem ser utilizados para o direcionamento de campanhas com objetivos mais precisos quanto aos cuidados de saúde da população exposta aos TMC no ambiente de trabalho.