Print version ISSN 0103-2100On-line version ISSN 1982-0194
Acta paul. enferm. vol.28 no.5 São Paulo Sept/Oct. 2015
http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201500075
O processo de trabalho é uma prática social destinada a um determinado objeto, que deve ser transformado em um produto, fazendo uso de instrumentos para atingir uma finalidade específica. Seus elementos básicos são: os agentes, os objetos, os instrumentos, a atividade e a finalidade. Em Enfermagem, a organização e divisão do trabalho referem-se a objeto de trabalho, meios e instrumentos. Nesse sentido, o enfermeiro deve estar apto a estabelecer prioridades e metas, avaliando, posteriormente, os resultados alcançados.
Apesar do crescente interesse em estudar a saúde do trabalhador, há pouca discussão nos âmbitos nacional e internacional acerca do impacto do trabalho para o profissional de Enfermagem e menos ainda no contexto da saúde mental.(1,2) Uma busca bibliográfica na Biblioteca Virtual em Saúde, a partir do ano de 2011, resultou em 15 artigos relacionados ao impacto do trabalho a profissionais de Enfermagem. No entanto, apenas cinco deles versavam sobre o fenômeno vivenciado em serviços de saúde mental.(3,4-8)
Assim, a questão que norteou o presente estudo foi sobre a sobrecarga à qual os profissionais de Enfermagem se expõem em um serviço comunitário de saúde mental, a fim de refletir acerca do processo de trabalho e dos impactos gerados pelo mesmo, e das estratégias individuais e institucionais que podem minimizá-los.
O objetivo do estudo foi analisar o processo de trabalho e seu impacto nos profissionais de Enfermagem de um serviço de saúde mental destinado à atenção de usuários de álcool e outras drogas. A hipótese inicial era a prevalência do desgaste psíquico, em relação ao físico, em trabalhadores de Enfermagem.
Trata-se de um estudo transversal realizado em um serviço especializado de saúde mental para a atenção integral de usuários de álcool e outras drogas, da Rede de Atenção Psicossocial da Secretaria do Estado de São Paulo, na Região Sudeste do Brasil. Os dados foram coletados entre os meses de agosto e novembro de 2013.
A amostra não intencional foi composta por oito profissionais de Enfermagem com vínculo trabalhista na instituição há mais de um ano e que não estivessem afastados das atividades profissionais. Estes foram os critérios de elegibilidade para participação no estudo.
Utilizou-se o instrumento semiestruturado Escala de Satisfação dos Pacientes com os Serviços de Saúde Mental, conhecido pela sigla SATIS-BR (do inglêsEvaluation of the Users Satisfaction Scale Brief), para analisar o impacto do trabalho referido pelos participantes.
Para obtenção dos dados acerca do processo de trabalho, elaborou-se um roteiro autoaplicável com questões referentes à temática. Os dados obtidos foram organizados nas seguintes categorias de análise: objeto de trabalho; finalidade do trabalho; meios e instrumentos do trabalho; e organização e divisão do trabalho.
Dados quantitativos foram transcritos e submetidos aos participantes, a fim de que confirmassem os dados obtidos, utilizando-se o programa Statistical Package for Social Sciences® (SPSS), versão 19. Para os dados qualitativos, empregou-se a hermenêutica dialética, que permite a articulação entre os dados coletados e os referenciais teóricos da pesquisa, a fim de se encontrarem os fundamentos relacionados às questões e aos objetivos formulados.
O desenvolvimento do estudo atendeu as normas nacionais e internacionais de ética em pesquisa envolvendo seres humanos.
Entre os profissionais de Enfermagem, 62,5% eram homens, e a idade variou entre 26 a 54 anos, sendo que 37,5% tinham entre 25 e 30 anos de idade. No que diz respeito à escolaridade, apenas 25% dos enfermeiros possuíam pós-graduação na área de saúde mental.
A respeito do subtema “objeto de trabalho” os trabalhadores consideraram que os usuários eram pessoas com alterações cognitivas refletidas em seu comportamento, impactando negativamente em sua vida cotidiana, familiar e social. Para eles, os usuários necessitavam de apoio e compreensão dos trabalhadores do serviço e da família. O tratamento devia ser sistematizado, em corresponsabilidade com usuário e família, em um plano terapêutico singular, que atendesse as necessidades individuais de cada um dos usuários.
Da mesma forma, os profissionais de Enfermagem apontaram os métodos como “finalidade do trabalho”, indicando a humanização e o atendimento individual e em grupo como ferramentas. Segundo a perspectiva dos participantes, o trabalho objetivava estimular a autoestima e autonomia; e promover mecanismos de enfrentamento, a capacidade de construir relacionamentos sociais e a melhora da capacidade cognitiva, que contribuíam para a reabilitação psicossocial dos usuários.
Na perspectiva dos “meios e instrumentos” do processo de produção de serviços de saúde, os profissionais elencaram os trabalhadores e os serviços prestados aos usuários: grupo de acolhida, medicamentos, encaminhamentos e oficinas terapêuticas.
Com relação à “organização e divisão do trabalho” no serviço, as tarefas eram divididas de acordo com as funções de cada profissional, quais sejam: coordenação, equipe administrativa, equipe técnica e de apoio (serviços gerais), e, por fim, a comunidade.
Quando questionados a respeito da sobrecarga resultante do cuidado aos usuários, 75% dos profissionais de Enfermagem afirmaram estar moderadamente sobrecarregados. Nesse mesmo contexto, 62,5% consideraram que seu trabalho afetava parcialmente seu estado geral de saúde física. Um indicativo disso foi o aumento dos problemas ou queixas físicas que passaram a existir ao iniciarem a atividade profissional na área de saúde mental.
Com relação à estabilidade emocional dos profissionais de Enfermagem, para 50% deles, o trabalho com os usuários não afetou muito, enquanto que para 37,5% afetou parcialmente. De forma geral, os participantes alegaram que se sentiriam menos esgotados emocionalmente se trabalhassem em outra área.
A insatisfação com o emprego ficou mais evidente para 50% profissionais de Enfermagem, que afirmaram pensar frequentemente em mudar de campo de trabalho. Entretanto, o impacto do trabalho em saúde mental, entre os participantes, não interferiu no relacionamento familiar para 62,5% dos profissionais de Enfermagem. Para a maioria, a vida social não foi afetada pela modalidade de trabalho que desenvolvia.
Entre os participantes, foram citados como fatores geradores de sobrecarga: desorganização do processo de trabalho, esgotamento emocional, relacionamento entre os profissionais e número insuficiente de profissionais.
Na tabela 1, observam-se as cargas de desgastes às quais os profissionais de Enfermagem se expunham no local de trabalho.
Tabela 1 Cargas de desgastes no ambiente de trabalho
Cargas de desgastes | n(%) |
---|---|
Iluminação inadequada | 4(11,1) |
Exposição à umidade | 3(8,3) |
Múltiplas funções | 3(8,3) |
Jornada de trabalho densa | 2(5,6) |
Desgaste físico | 1(2,8) |
Distância percorrida dentro da instituição | 1(2,8) |
Manipulação de peso | 1(2,8) |
Permanecer em pé por longos períodos | 1(2,8) |
Cargas de desgastes psíquicas | n(%) |
Esgotamento mental | 5(13,8) |
Agressões verbais | 4(11,1) |
Medo de agressão física | 4(11,1) |
Assédio sexual | 2(5,6) |
Desvalorização pelos demais integrantes | 1(2,8) |
Falta de supervisão imediata | 1(2,8) |
Cargas de desgastes biológicas | n(%) |
Exposição à fumaça dos cigarros | 3(8,3) |
Dentre as cargas de desgastes, prevaleceram algumas relacionadas à estrutura física (19,4%), à jornada e dinâmica de trabalho (13,9%), ao esgotamento mental (13,8%), ao medo de agressão física (11,1%) e às agressões verbais (11,1%).
Os aspectos do trabalho que resultaram em menor sobrecarga para os profissionais de Enfermagem foram desempenhar sua função, a flexibilidade da escala, a tomada de decisão em equipe e a participação em atividades internas e externas à unidade.
Apesar de serem evidentes as sobrecargas às quais os profissionais de Enfermagem estavam expostos, a instituição participante deste estudo não oferecia formas de alívio do estresse sofrido por eles. Neste sentido, eles procuravam individualmente por estratégias de enfretamento fora do ambiente de trabalho, como prática desportiva e convívio familiar, entre outras.
Como estratégias para a minimização das cargas de desgaste, os participantes mencionaram a diminuição da carga horária semanal e o aumento do número de trabalhadores na equipe de Enfermagem.
Os limites dos resultados deste estudo estão relacionados ao desenho do estudo e a sua realização em um único serviço de saúde mental, o que não permite a generalização dos resultados.
Ao fazer a análise do processo de trabalho da equipe de Enfermagem de um serviço especializado na atenção de usuários de substâncias psicoativas, os resultados deste estudo agregou conhecimento a respeito das concepções que aqueles trabalhadores tinham das sobrecargas às quais se percebiam expostos, de modo a possibilitar um salto qualitativo no processo de trabalho e, por consequência, na saúde dos profissionais de Enfermagem e à atenção aos usuários da área de saúde mental. O estudo sinalizou, aos gestores e trabalhadores de saúde mental, as cargas de desgaste geradas no processo de trabalho, bem como as estratégias para minimizá-las, o que, por consequência, deve repercutir no grau de satisfação e na permanência dos trabalhadores de Enfermagem em suas frentes laborais.
Dentre os resultados sociodemográficos, chamou a atenção a prevalência de profissionais do sexo masculino no quadro de Enfermagem da unidade, o que não é frequente na profissão.
Destacou-se, nos achados sociodemográficos, a formação em cursos de pós-graduaçãoLato Sensu, de um terço dos enfermeiros participantes. Este dado é observado na maioria dos serviços que atende usuários de substâncias psicoativas.
No presente estudo, dentre as cargas físicas, prevaleceram a exposição à umidade e à iluminação inadequada. Estas foram também relacionadas às deficiências de infraestrutura. Observou-se que a planta física da construção era inapropriada para sediar um serviço de saúde mental, em razão da iluminação natural insuficiente; da ventilação inadequada, com ausência de janelas na maioria dos cômodos; da existência de umidade nas paredes; e da inexistência de uma saída de emergência. Os recursos físicos oferecidos pela infraestrutura, aliados aos emocionais, disponibilizados pelos trabalhadores, atuavam como importantes geradores de estresse no trabalho. Dessa forma, os serviços de saúde mental devem combinar recursos físicos para as demandas de trabalho, de modo a diminuírem as cargas de desgaste à saúde da equipe de Enfermagem,(4) uma vez que os aspectos organizacionais podem desempenhar um papel muito mais significativo para o esgotamento profissional que os individuais.(1,9)
A jornada de trabalho densa e as múltiplas funções também foram referidas como cargas físicas às quais os profissionais de Enfermagem estiveram expostos, constituindo-se em sobrecargas de trabalho e geradoras de impactos negativos na saúde do trabalhador.
Estudo realizado com profissionais da saúde para identificar os fatores organizacionais e pessoais preditores do engajamento profissional e estresse ocupacional da Enfermagem e de outros profissionais da equipe de saúde revelou que a carga de trabalho, a saúde mental e a satisfação com o trabalho estavam correlacionadas com a energia para o trabalho. A eficácia profissional foi o melhor preditor para a satisfação com o trabalho. Assim, tem-se que se a carga de trabalho não for excessiva, e se os profissionais se sentirem emocionalmente equilibrados e resolutivos em sua atividade profissional, consequentemente, haverá maior satisfação em seu cotidiano laborial.(10)
No que tange às cargas biológicas, os profissionais de Enfermagem entrevistados referiram a exposição à fumaça dos cigarros, pela ausência de uma área apropriada em que os usuários pudessem fazer o uso do tabaco, em razão da deficiência da infraestrutura.
Dada à prevalência do consumo de tabaco por pessoas com transtornos mentais mais que em outras patologias, é muito comum, no cotidiano de todas as modalidades de serviços de saúde mental, os conflitos entre pacientes/usuários em disputas por um cigarro, além dos riscos à saúde oferecidos pela fumaça, proveniente da queima de seus componentes.
Desde 2009, políticas públicas brasileiras em tabaco, no âmbito estadual e federal, têm se voltado para a promoção de ambientes livres da substância.(11)Neste sentido, as gerências de serviços de saúde mental devem desenvolver estratégias locais, a fim de que os usuários exerçam sua cidadania, quanto à liberdade de fumar e ao respeito às demais pessoas não fumantes, pois é muito comum que, nesses espaços, não existam áreas reservadas para fumantes, o que faz com que aqueles que não fumam o façam passivamente.
As cargas psíquicas percebidas foram medo de agressão física, desgaste mental, agressões verbais e assédio sexual. A constante atenção às ameaças e ao medo vivenciado no ambiente de trabalho causava esgotamento emocional, fazendo com que os trabalhadores vivenciassem maior sobrecarga psíquica.
A vivência da comorbidade psiquiátrica, com quadro psicótico, pode resultar em agressão física, o que levou muitos dos participantes a pensarem que, se trabalhassem em outro setor estariam menos expostos às sobrecargas. Em razão disso, cogitavam com frequência em mudar de área de atuação, para diminuírem os impactos decorrentes do trabalho em saúde mental.
Estudo com 69 enfermeiros psiquiátricos trabalhadores em hospital e em serviço comunitário irlandês revelou que, os profissionais permaneciam em um ambiente moderadamente estressante. As cargas de desgaste centravam-se em questões organizacionais e não naquelas que se relacionavam aos pacientes ou usuários. Os principais fatores desencadeantes de esgotamento profissional foram a falta de recursos, a carga de trabalho e as estruturas organizacionais/processos. Ambos os grupos apresentaram níveis médios de exaustão emocional; baixos níveis de despersonalização e níveis médios de realização pessoal.(5)
A sobrecarga no trabalho gera insatisfação com o trabalho e com a profissão, podendo levar os profissionais de Enfermagem a intencionarem mudar de emprego ou, até mesmo, de atividade profissional.(4) Há indícios de que isso ocorra com maior frequência com enfermeiros que trabalham em ambiente hospitalar. Estudo mostrou que profissionais que trabalhavam em ambientes hospitalares apresentavam escores mais elevados de despersonalização e que os enfermeiros que trabalhavam em serviços comunitários tiveram uma maior sensação de realização pessoal.(5-12)
A exposição a situações de conflito e o convívio com a violência no ambiente de trabalho podem contribuir para a carga psicológica em profissionais de Enfermagem. Uma medida protetiva contra a violência dos pacientes pode ser implementada pela gerência do serviço, com suporte terapêutico apropriado.(13,14)Em complementação, a construção de uma atmosfera agradável no ambiente de trabalho, contribui para a prevenção do esgotamento emocional dos profissionais.(1)
Muitos trabalhadores de Enfermagem se identificam com a atividade profissional que desenvolvem, mas sentem-se com poucos recursos internos para melhor enfrentamento das situações inesperadas que surgem no cotidiano do serviço, como, por exemplo: uma discussão entre usuários que se inicia de forma inesperada ou atitudes agressivas de um usuário com outro profissional ou consigo mesmo. Por não saberem lidar com essas demandas, as cargas de desgastes, físicas e/ou psíquicas são muito mais percebidas. Nesse sentido, organizações e gestões devem investir em capacitação do quadro profissional de saúde mental, a fim de que esteja mais preparado para o trabalho na área. Além disto, devem investir esforços no desenvolvimento de habilidades relacionadas à inteligência emocional, de maneira que os trabalhadores se tornem mais resilientes frente às demandas que lhes chegam, para melhor acolhê-las, sem que elas gerem cargas de desgaste psíquico.(7,15)
A carência de estratégias de enfrentamento oferecidas pela instituição aos profissionais pareceu dificultar a implementação de outras, que fossem capazes de oferecer suporte e maneiras de minimizar as sobrecargas vivenciadas na rotina do trabalho. A implementação de ações voltadas a supervisões, que envolvam o aspecto emocional do profissional, bem como a discussão dos casos atendidos e mesmo a respeito do próprio trabalho, é estratégia capaz de ensinar o profissional de Enfermagem a lidar com situações de sobrecarga no trabalho e a compartilhar as experiências com os demais profissionais da equipe interdisciplinar.(4,16,17)
Soluções organizacionais como o aumento do número de enfermeiros e a melhor formação destes profissionais, além da redução do número de horas trabalhadas e automatização de processos, impactam positivamente na percepção da sobrecarga de trabalho.(15)
Estudo realizado em Wales, no Reino Unido, com 817 enfermeiros de serviços comunitários de saúde mental, com o intuito de correlacionar supervisão clínica e esgotamento emocional registrou que, dentre os participantes que responderam ao questionário (n=260), 73% tinham supervisão clínica em seu local de trabalho e 40% tiveram em emprego anterior. Os resultados mostraram que 36% sofriam esgotamento emocional elevado, 12% apresentavam despersonalização e 10% vivenciavam baixos níveis de realização pessoal. No estudo, 66% profissionais receberam seis ou mais sessões de supervisão clínica. Após a aplicação do instrumento Manchester Clinical Scale, observaram-se escores elevados, indicando menores níveis de esgotamento emocional e de despersonalização. Assim, os resultados evidenciaram que a supervisão clínica prolongada pode impactar positivamente nos níveis de esgotamento emocional dos enfermeiros.(18)
O perfil do gestor da unidade tende a influenciar na percepção de sobrecarga de trabalho e de esgotamento emocional dos trabalhadores.(3,6,16) Há evidências de que quando o profissional gerencia a unidade de forma compartilhada com a equipe de saúde, demais trabalhadores, usuários e familiares, por meio das reuniões de equipe técnica, conselho gestor e assembleias, com periodicidades preestabelecidas, empoderando a todos os atores do serviço, há maior satisfação individual dos profissionais de Enfermagem com o trabalho, e menor percepção de cargas físicas e psíquicas no cotidiano laboral. Daí a relevância de o gerente da unidade ter um bom perfil para sê-lo, pois um perfil autocrático certamente reflete nas relações interpessoais, na percepção de satisfação e cargas de desgastes e, por consequência, na qualidade do cuidado aos usuários.
Os resultados deste estudo sugeriram que o trabalho interdisciplinar; a ampliação do quadro funcional e capacitação dos enfermeiros; a construção de vínculos entre profissionais e usuários, que contribuem para maiores trocas afetivas; e as características do trabalho intrassetorial e intersetorial de saúde mental, em serviços comunitários, podem constituir fatores que minimizaram a percepção de sobrecarga de trabalho. Vale ressaltar que o grau de satisfação com o trabalho está associado com maior ou menor percepção de sobrecargas geradas pela atividade laboral.(4,15,16)
Os profissionais de Enfermagem, em seu processo de trabalho, estiveram expostos a todas as cargas de desgaste, sendo o desgaste psíquico mais intenso que o físico, o qual refletiu na insatisfação com a atividade laboral e na saúde física dos trabalhadores.