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História Clínica
Paciente do sexo feminino, 5 anos, portadora de paralisia cerebral, deu entrada na emergência do posto de saúde. Genitora relata que a criança não evacua nem elimina flatos há 3 dias e há 1 dia notou que seu abdome estava distendido e que “vomita tudo que come”. Nega febre.
Exames
Ao exame físico Criança REG, mucosas hipocrômicas ++/IV, emagrecida, afebril, acianótica, sinal da prega cutânea +. Ausculta pulmonar evidenciando sinais de hipoventilação em 1/3 inferior de ambos os Htx com crepitações tardias. Abdome globoso, cicatriz umbilical protusa, RHA aumentado, som timpânico difuso à percussão, tenso e doloroso à palpação profunda. Solicitado radiografia de tórax e abdome em PA.
Pontos de Discussão
– Quais as alterações encontradas na radiografia?
– Qual a principal suspeita diagnostica a partir do quadro clinico e do exame de imagem?
– Quais as principais complicações que podem acontecer?
– Qual a conduta que deve ser tomada?
– Por que a paciente encontra-se com sinais de hipoventilação em 1/3 inferior de ambos Htx?
Discussão
– Na radiografia da paciente é possível ver uma alça intestinal com intensa distensão.
– A principal suspeita diagnosticada para o quadro seria um abdome agudo obstrutivo. A paciente encontra-se afebriu (fala contra um quadro infeccioso). Além disso, apresenta um timpanismo difuso e ruídos hidroaéreo aumentados concomitantemente com ausência de flatos e dejeções há 3 dias e ainda a alteração radiográfica, todos indícios de uma obstrução.
– Dentre as principais complicações do quadro encontra-se a ruptura de alça intestinal pela distensão exacerbada da mesma ejeção de conteúdo intestinal para a cavidade abdominal causando peritonite.
– A diminuição da ventilação é causada pela compreensão do diafragma devido ao aumento da alça intestinal.