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Entenda tudo sobre o Carcinoma Espinocelular CEC

Entenda tudo sobre o Carcinoma Espinocelular CEC

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O carcinoma espinocelular CEC é o segundo tipo mais comum de câncer de pele, sendo superado somente pelo carcinoma basocelular.

Não é exclusivo da pele, acometendo também mucosas, como, garganta, boca, colo do útero, vagina e pênis. Seu comportamento é mais agressivo nas mucosas, principalmente em boca e garganta, com maior risco de metástases e evolução para óbito.

Tem como fatores de risco pele clara, sexo masculino, exposição à radiação ultravioleta, HPV, imunossupressão, úlceras crônicas e cicatrizes e tabagismo.

                                            Imagem tabela carcinoma espinocelular cec


Caso clínico de Carcinoma Espinocelular CEC

Identificação do paciente

Paciente do sexo masculino, 78 anos.

História da doença Atual (HDA)

apresenta-se com relato de disfagia para alimentos sólidos, odinofagia e perda progressiva de peso há aproximadamente 6 meses. Em uso de enalapril 2×/dia. Ex-tabagista e hipertenso.

Exame físico

Realizou videoendoscopia, na qual se observou lesão infiltrativa, endurecida e circunferencial na transição esôfago-gástrica, ocupando 95% da luz esofágica, presença de estase de conteúdo líquido, sugestivo de CA de esôfago distal.

TC de tórax, verificando a presença de nódulo pulmonar sólido não calcificado no segmento basal lateral do lobo pulmonar inferior esquerdo, 1.3 cm. Milimétricos nódulos esparsos em ambos os pulmões, <4mm cada. Hemicúpula diafragmática esquerda elevada, com faixas atelectásicas na base pulmonar.

Presença de espessamento parietal circunferencial do terço médio/distal do esôfago na extensão craniocaudal, sem sinais de metástase. Linfonodo periesofágico à direita (medindo 1.3×1 cm) e linfonodo adjacente a cárdia no hiato diafragmático (medindo 1.6×1 cm).

USG  de abdome, com cistos renais bilaterais.

Diagnóstico e tratamento para Carcinoma Espinocelular CEC

Diagnóstico de CEC de esôfago médio-distal, estadiamento clínico IIIA.

Iniciou tratamento quimioterápico (QT de indução) com carboplatina AUC2 + paclitaxel 50mg/m2 semanal e hidratação venosa de suporte.

Boa resposta clínica após S4, apresentando controle álgico completo e melhora da disfagia. Encontra-se em fase final do tratamento.

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