Índice
- 1 1- Um plantonista de UTI deve saber lidar com doenças mais prevalentes
- 2 2- Realizar os procedimentos necessários
- 3 3- O plantonista de UTI e a sobrecarga emocional
- 4 4- Sabe dar notícias ruins
- 5 5- Gestão de tempo para o médico plantonista de UTI
- 6 Referência bibliográfica
- 7 Sugestão de leitura complementar
Tudo o que você precisa saber sobre as dificuldades do médico plantonista de UTI!
A unidade de terapia intensiva consiste em um ambiente de alta complexidade, sendo seu funcionamento baseado em monitorização e vigilância constantes.
O médico plantonista de UTI é responsável por realizar diversos atendimentos hospitalares. Além disso, cabe a esse profissional analisar a conduta terapêutica do paciente que está no leito da unidade de terapia intensiva. No geral, o turno do médico plantonista dura cerca de 12 horas.
O plantão médico na UTI pode ser feito por um especialista em medicina de emergência ou por médicos de outras especialidades como:
- Cardiologista
- Ortopedista
- Neurologista
- Cirurgião geral
A rotina de um médico plantonista é intensa e envolve diversas dificuldades. Para te ajudar a saber mais sobre essa rotina, trouxemos as principais adversidades que esses profissionais podem vivenciar.
1- Um plantonista de UTI deve saber lidar com doenças mais prevalentes
O médico plantonista de UTI é responsável por cuidar de pacientes com problemas de saúde que necessitam de uma atenção intensiva. Apesar de contar com a ajuda de uma equipe multidisciplinar, o plantonista precisa ter conhecimento e estar seguro em relação às principais doenças que afetam esses pacientes.
Vale lembrar que o médico de urgência e emergência, por exemplo, não deve ter conhecimento sobre tudo, visto que, o ideal é que haja uma equipe de profissionais especialistas. No entanto, este profissional deverá ter conhecimento sobre as doenças mais comuns que levam a internação em UTI, são elas:
- Infarto
- Desconforto respiratório
- Acidente vascular cerebral
- Hipotensão arterial refratária
Para além do tratamento medicamentoso, o intensivista deverá amenizar o sofrimento do paciente, como dor e falta de ar, independente do seu prognóstico.
2- Realizar os procedimentos necessários
O intensivista deve saber realizar diversos procedimentos que os pacientes da UTI necessitam. Dentre os principais procedimentos estão:
- Intubação endotraqueal e ventilação
- Traqueostomia percutânea
- Inserção de drenos
- Ultrassonografia
- Cateterização arterial
- Punção de veia central.
Além desse monitoramento nas UTIs, o profissional também poderá ser responsável pelo pós-operatório ou na unidade de queimados. Dessa forma, é necessário dar mais atenção ao aperfeiçoamento de procedimentos de acordo com a área que se está inserido.
Curso de pós em medicina de emergência
A pós-graduação em medicina de emergência é uma excelente oportunidade para médicos que acabaram de se formar e desejam aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos na graduação. Além de se manterem atualizados com os principais protocolos de atendimento internacionais.
O curso de pós-graduação em medicina de emergência oferecido pela Sanar, é um curso autorizado pelo MEC, que adota um modelo híbrido com:
- Aulas em vídeo
- Práticas presenciais.
A pós-graduação em medicina de emergência conta com professores renomados, todos padrão USP, atuantes dos principais serviços médicos do país.

3- O plantonista de UTI e a sobrecarga emocional
O trabalho em unidades de terapia intensiva (UTI) é estressante e tem uma carga emocional elevada. Isso ocorre porque há uma alta morbidade dos pacientes que estão nesse internamento. Além disso, os profissionais precisam muitas vezes lidar com o tempo e recursos limitados para o atendimento.
Por esses motivos, somados também a demandas externas dos indivíduos, os profissionais podem desenvolver estresse psicológico. Se esse estresse for persistente, o médico pode desenvolver sintomas deletérios, o que trará uma sensação de sobrecarga. Esses fatores juntos podem resultar em:
- Insônia
- Fadiga
- Irritabilidade
- Ansiedade
- Depressão
Dessa forma, é necessário que o intensivista não ignore esses sintomas e esteja sempre em acompanhamento psicológico, caso necessário. Dessa forma, ele saberá lidar com a carga emocional que a UTI exige.
4- Sabe dar notícias ruins
Os médicos de UTI são diariamente colocados em situações difíceis. Dentre as situações mais complicadas está ter que comunicar um prognóstico ruim para pacientes e familiares.
Por conta disso, o profissional deverá ter habilidade para falar com pacientes e familiares, mesmo que o momento seja difícil. Para isso, é necessário:
- Utilizar linguagem clara e simples
- Se sensibilizar com a situação mas não se sentir culpado
- Não minimizar o problema
- Não dá esperança que não sejam realistas
- Garanta a qualidade dos cuidados paliativos
- Dar o suporte emocional necessário para o paciente e seus familiares
5- Gestão de tempo para o médico plantonista de UTI
A rotina do médico de UTI é intensa e, muitas vezes, há uma sobrecarga do profissional. É necessário que o intensivista saiba gerir seu tempo, tendo uma boa rotina de sono. Diversos profissionais têm uma rotina de plantão noturno, o que já afeta o ciclo circadiano. Apesar disso, é preciso que eles estabeleçam:
- Horas necessárias de sono
- Boa alimentação
- Rotina de exercício físico
Todas essas condutas contribuem para que o intensivista não se sinta sobrecarregado e nem desenvolva sintomas de estresse.
Referência bibliográfica
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo suporte avançado de vida. 2016. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_avancado_vida.pdf>. Acesso em 20 de Julho de 2022.
- Almeida, M. D. D., & Santos, A. P. A. L. (2013). Câncer infantil: O médico diante de notícias difíceis: uma contribuição da psicanálise. Mudanças, 21(1), 49-54. doi: http://dx.doi. org/10.15603/2176-1019/mud.v21n1p49-54