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Fechar um diagnóstico é uma tarefa muito mais complexa do parece. Afinal, é um processo que envolve desde a identificação dos sinais e sintomas, desenvolvimento do raciocínio clínico e correta leitura dos exames e da história do paciente. Sem dúvidas é um desafio muito difícil. Então, é importante que você esteja preparado para saber como fazer diagnósticos.
Muito do que você irá aprender sobre diagnósticos vai vir da sua experiência profissional. Mas isso não pode ser regra para esperar para se capacitar. Por exemplo, se for considerado que um médico com 10 anos de experiência já sabe bem como fazer diagnósticos, como ele fará durante esses 10 anos? Por isso a técnica e o conhecimento devem ser sempre valorizados, para substituir a falta de experiência.
Nesse texto, vamos te dar um passo a passo simples de como fazer um diagnóstico. Esse conteúdo foi retirado do novo livro Yellowbook: Como Fazer Todos os Diagnósticos, sobre o qual falaremos mais adiante.
Como fazer diagnósticos – Passo 1
Extrair a Ideia Central
Após toda a anamnese e o exame físico, cabe ao médico extrair a ideia central da enfermidade do paciente. Ou seja, destacar qual ou quais dos sintomas apresentados são os mais alarmantes e merecem sua atenção.
Por exemplo, em um paciente que apresente cefaleia, febre prolongada, coriza e tosse leve, a ideia central deve ser a febre prolongada, pois ela delimita um escopo maior de doenças e síndromes e também representa um maior problema na saúde do paciente.
Apenas tome cuidado com pacientes com várias queixas ou com doenças de base. Afinal, você precisará desconsiderar o que é sintoma situacional (por exemplo, dor de cabeça para quem tem febre persistente, que é um sintoma esperado) e encontrar uma ideia central dentro do atendimento ao paciente.
Como fazer diagnósticos – Passo 2
Listar as principais causas
Faça a sua primeira lista de hipóteses diagnósticas. Mas lembre-se que esse não é o momento de eliminar causas, mas sim de listar o que for possível envolvendo a ideia central.
Por exemplo, no caso de febre prolongada, confira a lista presente no livro:
Esse passo é importante para que você tenha em mente as principais causas e não deixe o diagnóstico escapar. Portanto, tenha cautela para não passar para o próximo passo sem ter listado corretamente.
Como fazer diagnósticos – Passo 3
Relacionar hipóteses e dados clínicos
Esse é o momento de efetivamente pensar quais possibilidades listadas são mais prováveis. Ou seja, esse é o momento de efetivo raciocínio clínico. Assim, considere outros dados da anamnese e do exame físico e pense no que o paciente deve ter.
Por exemplo, no caso da febre prolongada, imagine que a palpação do abdome identificou hepatomegalia aguda. Nesse caso, a hipótese pode ser reduzida a:
Assim, você reduz as suas opções. Mas faça isso sem descartá-las completamente, pois ainda podem ser diagnósticos diferenciais.
Como fazer diagnósticos – Passo 4
Testar hipóteses com exames
Agora é o momento de testar as suas hipóteses diagnósticas. Então esse é o passo que vai poder gerar resultados definitivos e fechar diagnósticos. Esses exames podem ser laboratoriais ou de imagem, e são eles que vão te dar mais dados sobre o paciente.
Continuando com o exemplo da febre persistente com hepatomegalia, os seguintes exames podem ser solicitados:
Perceba que a tomografia confirmou a presença de abscessos hepáticos. Ou seja, esse 4º passo completou o diagnóstico.
Gostou desse passo a passo? Pois saiba que descrevemos apenas 5 das 800 páginas do Yellowbook: Como Fazer Todos os Diagnósticos.
Yellowbook: Como Fazer Todos os Diagnósticos
O novo lançamento do Yellowbook é o livro definitivo para te auxiliar na técnica de dar diagnósticos. São mais de 300 fichas clínicas de doenças e síndromes para te auxiliar.
Além disso, o livro possui diversos fluxogramas para desenvolver o seu raciocínio clínico. É uma obra muito didática, inovadora e completa. Tudo isso sem perder a praticidade e com um ótimo custo-benefício.
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