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Conheça as primeiras mulheres que fizeram história na medicina

Conheça as primeiras mulheres que fizeram história na medicina

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Confira o panorama da presença feminina na medicina e conheça as primeiras mulheres na medicina!

Você sabia que em 2024 as mulheres devem ser maioria entre os profissionais de medicina no Brasil? A Demografia Médica no Brasil 2023, bem como suas edições anteriores, chama atenção para o processo de feminização da medicina, que deve ser celebrado. Afinal, por muito tempo essa foi uma área em que as mulheres eram proibidas de atuar e também demorou muito para que elas ocupassem mais espaços. 

O estudo aponta que em 1990 as mulheres representavam apenas 30% dos profissionais ativos no país. Atualmente, a realidade é outra: as mulheres representam 49,08% do total e a perspectiva é que essa porcentagem aumente ainda mais. 

Para 2024, há uma projeção de que as mulheres representem 50,2% (299.749), enquanto os homens representem 49,8% (297.678). Ao olharmos para a projeção de 2035, o cenário esperado é de 56% de mulheres e 44% de homens. 

É importante que a discussão sobre o fenômeno da feminização da medicina chegue em tópicos como vencer a desigualdade de gênero na renda e na ocupação de especialidades médicas. Para que as mulheres não apenas sejam a maioria, mas sejam a maioria com condições justas e dignas de se estabelecer profissionalmente como assim desejarem. 

Médicas e o Dia da Mulher: as primeiras mulheres na medicina

Após te apresentar o panorama da presença feminina na medicina, queremos te convidar a mergulhar na história e conhecer as primeiras mulheres na medicina. 

Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, que é celebrado no dia 8 de março, a Sanar reuniu oito mulheres que fizeram – e seguem fazendo – história na medicina. Confira: 

  • Dra. Elizabeth Blackwell: em 1849, Dra. Elizabeth se torna a primeira mulher a se formar na faculdade de medicina no mundo.
  • Dra. Rita Lobato: em 1887, Dra. Rita Lobato Velho se torna a primeira mulher médica formada do Brasil e a segunda da América Latina.
  • Dra. Maria Odília: em 1909, Dra. Maria se torna a primeira médica negra do Brasil. Em 1914, é a primeira médica negra a lecionar na Faculdade de Medicina da Bahia.
  • Dra. Virginia Apgar: em 1953, Dra. Virginia Apgar cria a Escala de Apgar, usada para descrever a condição cardiorrespiratória e neurológica do recém-nascido.
  • Dra. Nise da Silveira: em 1956, Dra. Nise funda A Casa das Palmeiras, clínica pioneira em regime de externato, visando o processo terapêutico, à socialização e à realização de atividades artísticas por pacientes psiquiátricos.
  • Dra. Zilda Arns Neumann: em 1983, Dra. Zilda Arns Neumann funda a Pastoral da Criança junto com o seu irmão, um dos principais movimentos sociais de desenvolvimento infantil no Brasil.
  • Dra. Mae Jemison: em 1992, Dra. Mae Jemison é a primeira mulher negra a ir para o espaço.
  • Dra. Adriana Melo: em 2015, Dra. Adriana foi a primeira  a identificar a relação entre a Zyka e a microcefalia

Leia também o artigo: quem foi a primeira médica negra do Brasil?

Médicas brasileiras que marcaram a medicina 

A história da medicina é recheada de profissionais brasileiros que revolucionaram suas especialidades. Como falamos sobre o dia da mulher, queremos que conheçam mais sobre as médicas Nise Silveira e Rita Lobato. 

Rita Lobato

Rita Lobato Velho Lopes nasceu em 09 de junho de 1866, em Rio Grande, Rio Grande do Sul. Após muita luta, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1879, transferindo posteriormente para a Bahia.

Em 1887, se tornou a primeira médica formada do Brasil e a segunda da América Latina. Ela atendia mulheres e tinha como objetivo acabar com estigmas e tabus em relação aos seus corpos, colocando a saúde feminina à frente de qualquer pudor.

Rita apoiou ativamente o movimento feminista da época e chegou a ser vereadora de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. 

Nise Silveira

Nise de Magalhães da Silveira nasceu em 15 de fevereiro de 1905, em Maceió, Alagoas. Ingressou na faculdade de Medicina da Bahia em 1921, sendo a única mulher da turma.

Especialista em psiquiatria, a médica sempre se portou contra os métodos tradicionais utilizados no tratamento de pacientes psiquiátricos. 

Nise propôs que os tratamentos fossem mais humanizados, em que seus pacientes pudessem ter contato com a arte e animais domésticos. Ela fundou a primeira clínica voltada para tratamento humanizado no país, a Casa das Palmeiras. 

Além disso, fundou o Museu de Imagens do Inconsciente, onde seus pacientes podiam expor suas obras artísticas desenvolvidas na clínica. 

Primeiras mulheres na medicina são inspiração para todas as gerações 

Personalidades como a Dra. Rita e a Dra. Nise foram fundamentais para avançarmos e chegarmos ao patamar de discussões que temos hoje sobre a saúde e liberdade da mulher e também sobre a prática da psiquiatria no Brasil.  

Para além da importância em suas respectivas áreas de atuação, as médicas são verdadeiras fontes de inspiração para que mais mulheres lutem pelo que elas acreditam, para que mais mulheres vejam que são capazes de qualquer coisa. 

Sugestão de conteúdo complementar

Fonte: Demografia Médica no Brasil 2023