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COVID-19 – O novo coronavírus no mundo | Colunistas

COVID-19 – O novo coronavírus no mundo | Colunistas

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Imagem de perfil de Felipe Vanderley Nogueira

Última atualização feita dia 13/05/2020

O número crescente de casos do novo Corona Vírus (COVID-19, agora chamado de SARS-CoV-2) teve início na cidade de Wuhan na China, em dezembro de 2019, primeiramente ocorrendo entre frequentadores e comerciantes de um mercado atacadista de frutos do mar e animais selvagens vivos e mortos.

Relatos afirmam que os indivíduos infectados inicialmente haviam tido contato direto com vísceras e fluidos desses animais.

Posteriormente, em poucos meses de evolução e expansão da doença, ela se expandiu para um grande número de países, até que em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o surto da doença como uma pandemia.

A MEDICINA ESTÁ REALMENTE PREPARADA PARA UMA NOVA PANDEMIA?

A população de forma geral tem encarado a epidemia de duas formas: negação quanto à capacidade patogênica do vírus e pânico. Ambas são atitudes controversas, haja vista que a negação advém principalmente do fato de a doença ainda ter uma baixa letalidade e muitos a tratarem com descaso ou pouca preocupação. O pânico por sua vez advém da incerteza quanto aos melhores métodos para lidar com a situação, além do crescente número de Fake News divulgadas diariamente. Atualmente muitos países tem utilizado o isolamento como método para evitar o rápido alastramento da doença, e esse fato por si só consegue deixar muitos em pânico.

Dados divulgados pelo Índice Global de Segurança Sanitária (GHS), de outubro de 2019, revelaram que nenhum país latino americano possui um sistema de saúde que está totalmente preparado para lidar com essa nova pandemia. Os países mais preocupantes segundo o documento são: Guatemala, Belize, Guiana Francesa, Honduras e Venezuela. A mesma pesquisa também avaliou a capacidade dos países ao redor do mundo em conseguir lidar de forma eficaz contra uma inevitável pandemia e apenas 13 países foram alistados como tendo recursos e preparação para lidar de forma eficaz. Portanto ainda há muito campo para melhora nos sistemas de saúde de todo o mundo e os efeitos desse despreparo são refletidos nos dados que são divulgados a cada dia.

No ano de 2017 foram publicadas recomendações pelo Center of deseases Control (CDC) para o controle de epidemias de influenza e há alguns dias muitos meios de informação voltaram a enfatizar a importância desse gráfico no controle e tomada de medidas preventivas. A importância da adoção dessas medidas está no fato de evitar que o sistema de saúde se sobrecarregue com uma patologia que segundo a própria OMS é controlável.

A realidade é que cerca de 13,8% dos infectados vão precisar de atendimento hospitalar por dias ou semanas, portanto não é um simples caso de uma síndrome gripal. Se não houver um controle eficaz do número de novos casos o sistema de saúde pode se sobrecarregar e outras doenças até mesmo de maior letalidade poderão ser negligenciadas. Isso é bem representado no gráfico abaixo.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/post/2020/03/12/um-grafico-explica-a-pandemia.ghtml

Uma frase marcante que traz atenção à potencial gravidade que uma pandemia pode desempenhar, foi dita pelo colunista David von Drehle, no Washington Post: “Uma doença não precisa ser a pior de todos os tempos para produzir o pior cenário de todos os tempos. Basta impor ônus adicionais aos recursos de saúde superiores à capacidade desses recursos”.

Devido a isso, a OMS recomenda que os países não poupem esforços para “Achatar a curva”. Exemplos de países que conseguiram implementar um modelo eficaz de medidas de controle são Singapura, Taiwan e Hong Kong. Estes são três locais que deveriam ter números altos de infectados, comparados aos da Itália e dos Estados Unidos, porém com suas medidas de controle e prevenção precoces que tiveram grande aderência da população, eles têm conseguido se manter com uma curva achatada.

Taiwan segue atualmente com 440 casos, Singapura com 25.346 casos e Hong Kong com 1.050. Entre as medidas se destacam o controle de fronteiras, realização de exames e monitoramento constantemente, medidas mais rigorosas relacionadas ao isolamento com punições financeiras aos infratores, além de uma ampla educação à população com distribuição de máscaras e medidas públicas de educação em saúde.

Já a China adotou, ainda que posteriormente, práticas agressivas de isolamento, um verdadeiro lockdown e com isso conseguiu reduzir drasticamente o número de mortos em um período curto de tempo. Esses países são exemplos na prática de controle e que têm conseguido demonstrar a eficácia das medidas de isolamento.

Um grupo de especialistas da PUC-RJ, Fiocruz e do Instituto D’Or, fez uma análise das diversas estratégias utilizadas pelos países no combate ao vírus, e analisam a curva de crescimento dos casos no país. Eles até o momento chegaram à conclusão de que nos países em que as medidas de isolamento social foram tomadas no início da infecção tiveram resultados mais satisfatórios no controle do número de casos. Já aqueles países que adotaram uma política de isolamento tardiamente se tornaram os maiores centros de disseminação do vírus e apresentaram uma curva mais acentuada, sendo forçados a tomar medidas mais radicais de controle. A Itália se tornou um exemplo nesse aspecto, por ter conseguido ultrapassar a China em número total de vítimas fatais e se tornado durante um período o epicentro de disseminação.

Outro fator que também pesa muito a nível internacional são os impactos financeiros que naturalmente acompanham uma pandemia. Estes impactos estão diretamente ligados ao grau de sensibilidade e vulnerabilidade econômica das Federações, sobretudo relacionadas às trajetórias preexistentes da economia. Quanto maior o tempo de duração das medidas de isolamento, maiores serão os impactos humanos e as consequências da desaceleração econômica. Porém muitos economistas concordam que, com base em outros surtos internacionais como a SARS, a MERS, e a Influenza, as desacelerações econômicas só serão passíveis de reversão após a estabilização e o controle nos casos. Isso faz com que o efeito real das crises econômicas sobre os países só possam ser corretamente elucidadas um tempo após seu término.

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SITUAÇÃO MUNDIAL DO NOVO COVID-19 E COMPARAÇÃO COM OUTRAS CRISES GLOBAIS

No link https://www.healthmap.org/covid-19/ é possível acompanhar em tempo real o número de casos suspeitos e confirmados do novo SARS-CoV-2 em todo o mundo. O mapa é uma iniciativa do Healthmap do Hospital Infantil de Boston, que compila dados divulgados publicamente ao redor de todo o mundo. Os países mais afetados até o momento são (dados de 13/05 /2020):

  • Estados Unidos: 1,379,903 casos confirmados e 82,316 mortes.
  • Espanha: 269,520 casos confirmados e 26,920 mortes
  • Rússia: 242,271 casos confirmados e 2,212 mortes
  • Reino Unido 230,583 casos confirmados e 33,251 mortes
  • Itália: 221,216 casos confirmados e 30,911 mortes
  • França 178,349 casos confirmados e 26,991 mortes 
  • Brasil: 179.457 casos confirmados, 12,531 mortes
  • Alemanha: 173,546 casos confirmados e 7,780 mortes
  • Turquia: 141,475 casos confirmados e 3,894 mortes
  • Irã: 112,725 casos confirmados e 6,783 mortes
  • China Continental: 82,926 casos confirmados e 4,633 mortes
  • Mundo: 4,348,428 casos confirmados, 293,270 mortes

Na América latina já possui novos casos notificados em todos os países. Alguns dados de outros países da América Latina: Argentina (6,563 casos), Chile (31,721 casos), México (38,324 casos), Bolívia (2,964 casos), Colômbia (12,272 casos), Costa Rica (804 casos), Cuba (1,804 casos), Guatemala (1,199 casos), Uruguai (717 casos) e Venezuela (423 casos).

No Brasil, os estados mais afetados até o momento são SP (47,719 confirmados e 3,949 mortes), RJ (18,486 casos confirmados e 1,928 mortes) e Ceará (18,412 casos confirmados e 1,280 mortes). E o menos afetado até o momento é o Mato Grosso do Sul com 405 casos e 12 mortes confirmadas. O estado que apresenta maiores taxa de mortalidade é o Amazonas, com 13 das 20 cidades com a maior taxa do país.

Os países que se tornaram epicentro da disseminação do novo coronavírus desde deu início foram: China, seguido pela Itália e pelos Estados Unidos da América. O gráfico abaixo traz uma análise comparativa desde o início da crise até o 83º dia de infecção do COVID-19 com outras crises globais como a SARS e a Influenza H1N1. É notável que o avanço do número de casos do COVID-19 é superior ao das outras duas, tendo alcançado em menos dias um número maior de novos infectados. Porém ao se analisar a mortalidade decorrente das patologias, a SARS possui a maior dentre elas com 9,6%, seguida do COVID-19 de cerca de 4%, e pela H1N1 com aproximadamente 0,6%. Portanto, o vírus atual possui alta disseminação, maior até que muitas outras pandemias, apesar de os dados demonstrarem que até o momento ainda é considerado de baixa letalidade.

Fonte: https://covid19info.live/

Esse outro gráfico demonstra uma comparação entre o número absoluto de mortes até o 83º dia de três grandes crises globais. É digno de nota que a infecção pelo COVID-19 já ultrapassa em número absoluto até mesmo as pandemias de H1N1 e SARS.

Fonte: https://covid19info.live/

No link https://www.sanarmed.com/a-epidemiologia-do-corona-virus-yellowbook?term=CORONA é possível ter acesso ao material publicado pelo Yellowbook sobre a epidemiologia da doença.

BREVE LINHA DO TEMPO DO COVID-19 AO REDOR DO MUNDO

Dezembro 2019

  • Dia 31/12/2019 é notificado o primeiro caso em Wuhan, na China, de uma pneumonia inespecífica que posteriormente foi caracterizada como o primeiro caso de um novo tipo de corona vírus.

Janeiro 2020

  • Japão e Tailândia são confirmados como os primeiros países com casos do novo coronavírus em pacientes que haviam viajado para Wuhan.
  • Primeiro caso é confirmado na cidade de Seattle, EUA, após triagem em aeroportos do país.
  • OMS declara o COVID-19 como uma ameaça à saúde pública internacional
  • Novos casos são confirmados na França, Alemanha e na Costa do Marfim. Estados Unidos notifica três novos casos.
  • OMS declara o surto como emergência de saúde pública global

Fevereiro 2020

  • Mais de 81.300 casos são confirmados em mais de 44 países. Em dois dias foram detectados casos em 13 novos países.
  • Itália e Irã apresentam os maiores aumentos no número de casos. Itália de 79 para 222 casos em apenas dois dias e Irã com 12 mortes fechamento das fronteiras.
  • No mundo, são confirmados mais de 80 mil casos, sendo mais de 2 mil casos em 31 países além da China, com 2.600 mortes, sendo 35 fora da China.
  • No dia 09/02 os brasileiros que viviam em Wuhan na China, considerada o epicentro do novo coronavírus, foram repatriados com auxílio de duas aeronaves da força aérea brasileira.
  • No Brasil são considerados suspeitos todos os pacientes sintomáticos que tenham histórico de viagem para os países: Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã, Camboja, Austrália, Filipinas, Malásia, Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes, e China.
  • No dia 26/02 é confirmado o primeiro caso de coronavírus no Brasil, em um homem de 61 anos com histórico de viagem recente à Itália.

Março 2020

  • OMS definiu a Europa como novo epicentro do Coronavírus.
  • Argentina registra a primeira morte por COVID-19 da América Latina em um homem de 64 anos
  • O corona vírus é considerado uma pandemia pela OMS no dia 11/03.
  • No dia 13/03 o Ministério da Saúde regulamenta critérios de isolamento e quarentena a serem aplicados pelas autoridades estaduais. Nesse mesmo dia o primeiro brasileiro diagnosticado com COVID-19 foi curado.
  • China consegue estabilizar e manter baixo o número de novos casos diagnosticados por dia, em contrapartida a Itália ultrapassa a China em número de vítimas fatais.
  • No Brasil é divulgada a primeira morte atribuível ao coronavírus no dia 17/03/2020 em um homem de 62 anos com histórico de Hipertensão arterial e Diabetes Mellitus. Com isso o estado de SP decreta estado de emergência. Ainda ao final deste mesmo dia, há a confirmação de mais duas mortes em pacientes confirmados com coronavírus, um homem de 69 anos, com histórico de viagem recente para os EUA que evolui para quadro de angústia respiratória repercutindo em choque séptico. A outra morte foi de uma mulher de 63 anos que se acredita ter se contaminado ao entrar em contato com uma mulher no local onde trabalhava que havia viajado recentemente para a Itália. Nesse mesmo dia há 291 casos confirmados e 8.819 casos suspeitos.
  • O Conselho Federal de Medicina aprova o uso da telemedicina em caráter excepcional durante a pandemia do COVID-19.
  • Hidroxicloroquina e cloroquina demonstram resultados satisfatórios no combate do coronavírus, e FDA aprova de forma emergencial seu uso em pacientes graves.
  • Ministério da Saúde declara no dia 20/03/2020 a transmissão comunitária do novo Coronavírus em todo o território nacional.
  • Estados Unidos emergem ao final do mês de março como novo epicentro do novo coronavírus.

Abril

  • O presidente da República Jair Bolsonaro sancionou dia 01 de abril uma lei que estabelece que trabalhadores informais ganhem um auxílio de R$ 600 mensais, por três meses.
  • Ministério da Saúde divulga que a primeira morte por Coronavírus no país foi na verdade dia 23 de janeiro em uma paciente de 75 anos em MG, considerada o marco inicial da circulação do COVID-19 no Brasil.
  • Estados Unidos registra morte de um bebê de seis semanas por coronavírus no dia 01/04/2020.
  • Banco Mundial aprova um pacote de emergência de 1,75 bilhão de euros para 25 países em desenvolvimento lidarem com a emergência do coronavírus.
  • Número de casos de coronavírus ao redor do mundo ultrapassa 1.000.000 no dia 02/04/2020.
  • Número de mortos no Reino Unido chega a 2.921
  • Estados Unidos tem recorde mundial de mortes em 24h, com 1,169 em um dia. A Alemanha ultrapassa 1,000 mortes no dia 03/04/2020 e possui 85,903 infectados.
  • Reino Unido e Alemanha iniciam testes em humanos de vacinas contra o coronavírus, promovidos pela Universidade de Oxford.
  • No dia 18/04 os EUA registram mais 29 mil casos e 2,4 mil mortes em 24h, acumulando até esse dia 690.714 infecções e 35.443 óbitos.
  • Noroeste da China tem reincidência de casos de coronavírus na província de Shaanxi e 5 dias após declara que está livre do coronavírus. Segundo a porta-voz da Comissão Nacional de Saúde da China, se recuperou o último paciente em estado grave na sexta-feira, 24/04, sendo também o último caso grave da província de Hubei.
  • Número de mortes ao redor do mundo chega a 200,000 no dia 25 de abril.
  • Itália supera a marca de 25,000 mortos.

Maio 2020

  • EUA chega a 33 milhões de desempregados em 7 semanas.
  • O coronavírus é identificado em dois gatos nos Estados Unidos, criando incógnitas sobre seu potencial de infecção em outros animais domésticos.
  • Itália tem queda de 1,5 mil casos de coronavírus em 24 h e começa a reabrir. O país que já foi considerado epicentro da pandemia deixa de ser o maior em número absoluto na Europa e passa o posto para o Reino Unido, que registra 29.427 mortes em decorrência da Covid-19.
  • Rússia se torna o terceiro país com mais casos no mundo, superando o Reino Unido e a Itália em número de casos.
  • Reino Unido autoriza eventos esportivos sem público a partir de 1º de junho, no que chamou de “Our plan to rebuild”, incluindo a realização da Premier League. 
  • EUA iniciam testes de nova vacina produzida pela Pfizer em parceria com a alemã BioNTech. O objetivo é testar seu funcionamento com a ajuda de 360 voluntários previamente hígidos.
  • América ultrapassa Europa em número total de casos. EUA e Brasil são os países mais afetados.
  • O governo da Itália anunciou no dia 11/05 que vai permitir a suspensão das restrições de isolamento adotadas para conter a pandemia de coronavírus no país. Bares, restaurantes, museus, lojas e salões de beleza poderão reabrir a partir do dia 18 de maio.
  • Estados Unidos chegam a mais de 80,000 mortes por Covid-19.
  • França libera volta às aulas e de alguns estabelecimentos, afrouxando as medidas de isolamento.
  • Mortes por coronavírus no Reino Unido chegam a quase 40 mil, e continua sendo considerada a pior na Europa.
  • Fernando de Noronha consegue zerar o número de casos de coronavírus no dia 13/05.

O QUE AINDA ESPERAR DO COVID-19?

Os principais grupos de risco são os Idosos, indivíduos com problemas respiratórios, hipertensos, diabéticos, doentes crônicos e indivíduos portadores de problemas cardiovasculares. A doença possui uma alta disseminação e ainda que tenha baixa letalidade poderá haver um grande número de mortos em todo o mundo por conta do COVID-19. Basicamente existem três grandes possibilidades para o que ainda vai ocorrer:

  • Autoridades de saúde impedem o contato entre infectados e pessoas saudáveis e tomam medidas eficazes de controle a modelo de outros países que tiveram resultados satisfatórios, o que vai evitar a progressão de novos casos.
  • Poderão ocorrer processos de imunização por meio de vacinação, de forma a promover a obtenção de anticorpos contra o COVID-19, o que diminuirá o número de infectados ou ao menos a atenuação das ações do vírus.
  • Disseminação em massa do vírus com elevado número de mortos ao redor do mundo. Aqui haveria o que é chamado de “imunização de rebanho”, ocasião em que muitos indivíduos se tornariam imunes aos efeitos do COVID-19 devido à memória imunológica adquirida, porém a custo de incontáveis mortes.

Existem muitas expectativas quanto ao surgimento de vacinas, de tratamentos experimentais. No Brasil o laboratório de imunologia do Incor (Instituto do Coração) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) está desenvolvendo uma vacina contra o novo coronavírus. É esperado que esse desenvolvimento avance nos próximos meses e já sejam testadas em animais para provar sua eficácia.

Outro estudo promissor ainda relaciona o uso de plasma sanguíneo de pacientes curados para tratar o coronavírus. O estudo foi aprovado e está sendo realizado na China, com a utilização de plasma de indivíduos hiperimunes já curados pelo do vírus. Até o momento são poucas as amostras desta pesquisa, mas seus resultados futuros parecem promissores.

Os medicamentos Hidroxicloroquina e cloroquina demonstraram resultados satisfatórios no combate ao coronavírus em pesquisas experimentais e a FDA aprovou de forma emergencial seu uso em pacientes graves, como medicamento off label. Porém em muitos locais a busca por esse medicamente pela população geral se tornou tão grande que o medicamento passou a faltar em muitas farmácias ao redor do mundo. Devido a isso, a ANVISA providenciou que os medicamentos no Brasil passassem a ser inseridos na lista de medicamentos controlados, tendo em vista que este não é recomendado como profilaxia e que seu uso ainda está sob estudo até mesmo em casos graves da doença.

Mais recentemente, o The Journal of the American Medical Association (JAMA) publicou um estudo brasileiro realizado no estado do Amazonas que demonstrou que existem ainda controvérsias relacionadas aos efeitos benéficos do uso da Cloroquina. O estudo foi realizado com duas dosagens diferentes do fármaco: 600 mg duas vezes ao dia por 10 dias e uma dose mais baixa de 450 mg, duas vezes ao dia (no primeiro dia), diminuindo para 450 mg, uma vez ao dia (nos 4 dias seguintes). Devido à gama de alterações cardiovasculares nos primeiros 81 pacientes, o estudo foi descontinuado, deixando como conclusões o potencial de aumento da mortalidade com o uso do fármaco.

Até o momento, o Brasil tem seguido o modelo mundial de Isolamento. Os países que conseguiram adotar medidas de isolamento cedo possuem hoje um melhor resultado no controle do número de casos, devido a isso a OMS recomenda a manutenção das medidas de isolamento nos países. Muitos órgãos internacionais e governos têm disponibilizado ajudas financeiras para contornar problemas na economia dos países e auxiliar a população, sobretudo trabalhadores informais e donos de pequenas empresas.

Enquanto esperamos o desfecho dessa pandemia resta aos profissionais de saúde a atualização constante e a todos a busca pelos melhores métodos de prevenção e busca por orientação e atendimento no caso da presença de sinais de alerta do vírus.

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Felipe Vanderley Nogueira – Acadêmico de Medicina

INSTAGRAM: @fel.vand

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