Coronavírus

Covid-19: O que diz a Anvisa sobre testes rápidos em farmácias

Covid-19: O que diz a Anvisa sobre testes rápidos em farmácias

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No último dia 28 de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a realização de testes rápidos de diagnóstico do novo coronavírus em farmácias e drogarias. A decisão foi tomada por unanimidade pela Diretoria Colegiada.

Com caráter temporário e excepcional, tem validade enquanto durar a emergência de saúde pública decretada em fevereiro pelo Ministério da Saúde. A Anvisa justificou a flexibilização: o cenário de pandemia no Brasil impõe necessidade de ações rápidas e efetivas.

Detalhamos abaixo o que diz a Anvisa sobre a realização dos exames. Confira!

O que são os testes rápidos

Os ensaios imunocromatográficos, conhecidos como “testes rápidos”, buscam a existência de anticorpos IgM e IgC no organismo do indivíduo. Eles devem ser feitos a partir de sete dias após o início dos sintomas.

Esses dispositivos não precisam de equipamentos de apoio, como os que são utilizados em laboratórios. Outra característica é que o resultado sai entre 10 e 30 minutos.

Os testes rápidos também estão divididos em duas categorias. A primeira, para detecção de anticorpos Sars-CoV-2 em amostras de sangue total, soro e plasma. O segundo, é para testes de swab de nasofaringe e/ou orofaringe para detecção do antígeno viral.

Embora ágeis, o resultado indicado não pode ser tomado como determinante. Por exemplo, falsos negativos são esperados, principalmente no estágio inicial da infecção. Isso acontece por causa da ausência ou dos baixos níveis dos anticorpos e antígenos do Sars-CoV-2 na amostra.

Por outro lado, testes positivos indicam a presença de anticorpos do coronavírus. Isso significa que houve exposição ao vírus, mas não determina se há ou não infecção ativa no momento da testagem.

O ideal, então, é que os resultados obtidos nos testes rápidos sejam interpretados por um profissional de saúde. Nesse caso, a avaliação vai considerar informações clínicas, sinais e sintomas do paciente.

Esse conjunto, sim, permitirá avaliação de diagnóstico ou descarte de contaminação pelo novo coronavírus.

O que farmácias devem fazer

Não é obrigatório que todos as farmácias e drogarias realizem os testes. No entanto, aqueles que decidirem oferecer o serviço devem seguir à risca as determinações da Anvisa.

Por exemplo, é preciso seguir as Boas Práticas Farmacêuticas, nos termos da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 44, de 17 de agosto de 2009. Outra exigência: os testes devem ser feitos por farmacêutico treinado, usando dispositivos regularizados junto à agência.

Também é preciso estabelecer o procedimento escrito para o atendimento, incluindo árvore decisória para utilização do teste. Essa árvore deve ser elaborada conforme a instrução de uso do teste disponível no estabelecimento e a janela imunológica do paciente.

No caso de o paciente ser descartado pela árvore de decisão, ele deve ser orientado quanto ao momento mais adequado para realizar o teste rápido.

Outras determinações são:

  • Garantir o registro e rastreabilidade dos resultados;
  • Estabelecer área privativa para realização da testagem;
  • Delimitar fluxo de pessoal e áreas de atendimento, espera e pagamento diferentes para os usuários que buscam serviços de teste rápido e para os que buscam outros serviços no estabelecimento;
  • Utilizar medidas de biossegurança para manipulação da amostra;
  • Fornecer a declaração de Serviço Farmacêutico ao paciente, em meio físico ou digital, assinado pelo farmacêutico, com o resultado do teste e com as orientações ao paciente;
  • Informar os resultados, sejam positivos ou negativos, às autoridades de saúde competentes.

A Anvisa determina também que as secretarias de saúde devem coordenar a participação das farmácias nas campanhas de saúde pública do governo. Também reforça que os testes rápidos não têm finalidade confirmatória, apenas auxiliar no diagnóstico da Covid-19. Os testes rápidos fornecem apenas uma parte das informações que vão determinar a contaminação pelo novo coronavírus.

Confira o vídeo:


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