Coronavírus

COVID-19: Ceratoconjuntivite pode ser parte da apresentação inicial

COVID-19: Ceratoconjuntivite pode ser parte da apresentação inicial

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Imagem de perfil de Sanar

Um relato de caso publicado em abril de 2020 apresenta um alerta a oftalmologistas, médicos de família e médicos de emergência no que se refere a identificação precoce da COVID-19 e consequente redução da sua disseminação.

O principal sintoma da paciente de 29 anos era um olho vermelho com secreção aquosa e fotofobia há 1 dia que, apesar de apresentar sintomas respiratórios leves como congestão nasal, não apresentou febre.

Além da queixa, apresentou histórico de viagem às Filipinas com retorno 3 dias antes do início dos sintomas. Por conta da progressão dos sintomas apesar do tratamento para a ceratoconjuntivite administrado e por mudanças no protocolo de triagem para COVID-19 no Canadá, um teste conjuntival do olho afetado foi positivo para o vírus SARS-CoV-2.

COVID-19: Ceratoconjuntivite pode ser parte da apresentação inicial
Imagem 1: Linha do tempo do caso clínico Covid-19

COVID-19: Ceratoconjuntivite e outros sintomas

Os sinais e sintomas do COVID-19 até agora foram descritos como febre, tosse, mialgia, fadiga, produção de escarro, dor de cabeça, hemoptise e diarreia. Apesar disso, existem inúmeros relatos de olho vermelho sendo o sintoma inicial antes do início de pneumonia, incluindo o de Guangfa Wang, um especialista nacional na avaliação de pneumonia durante as investigações iniciais em Wuhan, China.

Wang fazia atendimento aos pacientes ainda sem proteção visual, mas em uso de máscara N95. Dias depois, antes de evoluir com sintomas respiratórios da COVID-19 (a qual foi testado positivo), apresentou conjuntivite, alertando a comunidade acadêmica sobre a possível transmissão ocular da doença.

Dessa forma, o artigo alerta que os profissionais da linha de frente, incluindo médicos de família, médicos de emergência e oftalmologistas, atendendo pacientes apresentando um olho vermelho, deve garantir uma revisão completa dos sinais respiratórios associados, dos contatos e de histórico de viagens.

Pacientes que tem um olho vermelho, sintomas respiratórios como tosse e falta de ar e que viajou recentemente para áreas com transmissão comunitária conhecida correm maior risco de ter COVID-19.

Confira o vídeo:


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