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Você já se perguntou quais os efeitos a longo prazo da COVID-19? Talvez você já tenha atendido um paciente recuperado da COVID-19, mas que queixa-se da permanência de algum sintoma.
A verdade é que, apesar da maioria dos pacientes apresentarem recuperação completa, uma parcela de pacientes podem experimentar a permanência de algum sintoma, que pode durar por semanas ou até meses.
Conforme avança a pandemia, avança também o conhecimento que temos a respeito da doença responsável por este momento que vivemos.
Muitas incertezas ainda permanecem, mas parece ser claro já para os pesquisadores que sequelas da COVID-19 podem permanecer após a recuperação do indivíduo, sequelas estas que não se restringem apenas ao aparelho respiratório.
Como descobriremos os efeitos a longo prazo da COVID-19?
Sabemos que o principal órgão alvo danificado com a infecção pelo SARS-CoV-2 é o pulmão.
Mas também sabemos, até pela história natural de outras doenças infecciosas, que há muitas maneiras pelas quais o envolvimento sistêmico pode ocorrer em consequência da patogenia de um agente infeccioso.
Para descobrir os efeitos a longo prazo da COVID-19, estudos longitudinais, com grandes populações, serão necessários. Na verdade, estes estudos já estão em andamento, mas ainda não tiveram tempo de coletar informações suficientes.
Quais os sintomas mais comumente apresentados?
Enquanto os resultados dos estudos a longo prazo não estão disponíveis, devemos trabalhos com os dados que temos.
A CDC (Central for Disease Control and Prevention) lista em seu site oficial quais são os sintomas mais comumente reportados a longo prazo em pacientes recuperados da COVID-19. São eles:
- Fadiga
- Dispneia
- Tosse
- Artralgia
- Dor torácica
Alguns outros sintomas, menos comumente identificados ou relacionados à COVID-19, mas que também têm sido reportados, são:
- Dificuldade de organização do pensamento e concentração
- Depressão
- Mialgia
- Cefaleia
- Febre intermitente
- Palpitações
Sintomas mais graves podem estar presentes
Até então os sintomas que abordamos são de natureza leve e tolerável. Mas há alguns outros de natureza mais grave, com comprometimento mais marcante de um sistema específico.
São eles:
- Cardiovascular: inflamação do miocárdio
- Respiratório: anormalidades na função pulmonar
- Renal: Injúria renal aguda
- Dermatológico: rash, alopecia
- Neurológico: anosmia e ageusia, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, perda de memória
- Psiquiátrico: depressão, ansiedade, mudanças de humor
Como evitar efeitos a longo prazo?
A única e melhor maneira, até então conhecida, para prevenir os efeitos a longo prazo da COVID-19 é protegendo-se da doença.
As melhores estratégias já são amplamente conhecidas, mas não custa nada lembrarmos:
- Uso de máscara
- Distanciamento social
- Evitar aglomerações
- Evitar locais de confinamento
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Referências
Long-Term Effects of COVID-19 – Central for Disease Control and Prevention