Confira um resumo curto sobre icterícia neonatal!
A icterícia é um dos problemas mais frequentes no período neonatal e corresponde à expressão clínica da hiperbilirrubinemia. É definida como concentração sérica de bilirrubina indireta (BI) maior que 1,3 a 1,5 mg/dL ou de bilirrubina direta (BD) superior a 1,5 mg/dL, (quando esta representa mais de 10% do valor de bilirrubina total).
Na maioria dos casos, a icterícia reflete uma adaptação neonatal ao metabolismo da bilirrubina, sendo chamada de “fisiológica”.
Outras vezes, ela decorre de um processo patológico, podendo alcançar altas concentrações e ser lesiva ao cérebro. Instalando-se o quadro de encefalopatia bilirrubínica, que se caracteriza por coloração dos gânglios da base, denominada kernicterus.
Icterícia: riscos para os recém-nascido
Os RN de termo ictéricos com doença neurológica evoluem inicialmente com hipotonia, debilidade de sucção, recusa alimentar e convulsões, progredindo em 3 a 4 dias para hipertonia, opistótono (estado de distensão e espasticidade grave), hipertermia e choro com tonalidade aguda.
Nessa fase, 70% dos pacientes podem evoluir para óbito em decorrência de parada respiratória.
Nos sobreviventes, após uma melhora aparente, aparecem as sequelas neurológicas, tais como:
- paralisia cerebral espástica,
- movimentos atetoides,
- distúrbios de deglutição e fonação,
- deficiência auditiva grave
- e deficiência mental leve a moderada.
Referência
Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria / organizadores Dioclécio Campos Júnior, Dennis Alexander Rabelo Burns. — 3. ed. — Barueri, SP: Manole, 2014.
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