Um ponto de fundamental importância na abordagem etiológica é a diferenciação entre causas reativas e clonais.
nfecção helmíntica é a causa mais comum de eosinofilia em todo o mundo. No geral, indivíduos que possuem residência em localidades subdesenvolvidas ou que apresentam histórico recente de viagem para região endêmica de determinado parasita têm uma alta probabilidade de ter eosinofilia causada por infecções helmínticas.
Os medicamentos são uma causa frequente de eosinofilia, devendo- -se, portanto, ser obtida uma história detalhada do uso de medicações.
A eosinofilia pode ser encontrada em associação a várias neoplasias, como descrita no contexto de carcinoma do rim, adrenais, tireoide, fígado e pâncreas, mesotelioma e lipossarcoma.
Algumas síndromes de imunodeficiência e doenças autoimunes possuem forte associação com eosinofilia.
Eosinofilia também pode ser observada em rinite alérgica, dermatite atópica e asma. Quando ocorrem isoladamente essas doenças geralmente não cursam com contagem de eosinófilos > 1.500/mm³, sendo necessária avaliação de outras condições nesses casos.
As causas de eosinofilia clonal devem ser aventadas a partir da não identificação de causas reativas. A avaliação da clonalidade é feita segundo a análise do cariótipo, citogenética por FISH ou biologia molecular, tornando a abordagem mais complexa. Se nenhuma evidência de clonalidade for encontrada, considera-se síndrome hipereosinofílica idiopática.