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Manual de Atendimento Pré-Hospitalar

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Índice
2.1

CENÁRIO 1 DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

Transeunte aciona o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) relatando ao TARM que presenciou uma colisão de motocicleta com bicicleta, deixando uma vítima do sexo masculino, com aparentemente cerca de 40 anos, que se encontrava inconsciente, respirando e com sangramento abundante. Ao médico regulador, o solicitante relatou que a vítima pilotava a moto, sem capacete, e que, no momento, não estava responsivo e apresentava sangramento intenso pelo nariz e ouvido. A Unidade de Suporte Avançado foi enviada.

AVALIAÇÃO DA CENA DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

Ao chegar ao endereço fornecido, a equipe certificou-se de que o ambiente não oferecia risco aos socorristas e ao paciente e que se tratava de um local seguro, sendo, portanto, iniciado o atendimento.

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

A: via aérea obstruída com secreções.

CENÁRIO 2 DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

Solicitante aciona Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para atendimento de um jovem de 23 anos, vítima de queda de moto, que se encontrava consciente, respirando e com sangramento intenso. Ao médico regulador, relatou que a vítima pilotava o veículo sem uso de capacete, perdeu a consciência no momento do acidente e apresentava importante lesão na cabeça. Foi enviada Unidade de Suporte Básico para o local.

AVALIAÇÃO DA CENA DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

Ao chegar ao endereço fornecido, a equipe certificou-se de que o ambiente não oferecia risco aos socorristas e ao paciente e que se tratava de um local seguro, sendo, portanto, iniciado o atendimento.

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

B: taquidispneico, expansão simétrica, MV presente e simétrico, SatO2 =98%. C: pulso cheio, simétrico, regular, mucosas coradas. D: Escala de Coma de Glasgow=11, sem déficit motor, pupilas isocóricas e fotorreativas. E: lesão corto-contusa em região frontal da cabeça com sangramento abundante.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

inais vitais: FC=111bpm; FR=28irpm; PA=110x100mmHg em membro superior direito; temperatura axilar=36,5ºC. S: refere dispneia e cervicalgia. A: nega alergias. M: nenhuma. P: nada digno de nota. L: última refeição há 3 horas e ingestão de bebida alcoólica nas últimas 3 horas. E: queda de moto em estrada de terra.

PONTO DE DISCUSSÃO DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

1. Quais as lesões associadas ao trauma cranioencefálico? 2. Qual a prioridade no atendimento desses pacientes? 3. Como deve ser feito o manejo terapêutico inicial? 4. Quais os sinais clínicos de gravidade no trauma cranioencefálico?

DISCUSSÃO DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

Definição. O traumatismo cranioencefálico (TCE) pode ser definido como qualquer lesão decorrente de um trauma externo, que tenha como consequência alterações anatômicas do crânio, como fratura ou laceração do couro cabeludo, ou comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou seus vasos, resultando em alterações cerebrais, que podem ser momentâneas ou permanentes e de natureza cognitiva ou funcional.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO/COMPETÊNCIAS DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

• Identificar as lesões associadas ao TCE. • Saber identificar os sinais de gravidade clínica do TCE. • Compreender a estratificação do paciente com TCE quando à classificação de risco. • Compreender o manejo inicial de um paciente com TCE no pré- -hospitalar. • Saber conduzir o paciente com TCE após o manejo inicial

PONTOS IMPORTANTES DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

1. A etiologia do TCE está intimamente relacionada a causas externas traumáticas, tendo como principais os acidentes automobilísticos, quedas e causas violentas. 2. As lesões associadas ao TCE podem ser divididas em primárias, quando ocorrem como consequência imediata e direta do trauma, ou secundárias, quando surge nas primeiras horas após o momento do trauma;

SOLUÇÃO DO CENÁRIO 1 DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

Hipótese Diagnóstica: trauma cranioencefálico grave. Procedimentos: foi realizada estabilização manual da coluna cervical com rolamento de 180º, seguida de manobras de desobstrução de vias aéreas, imobilização em prancha rígida e retirada da vítima para atendimento na ambulância. Após realização de aspiração nasotraqueal, foi estabelecida uma via aérea definitiva com intubação orotraqueal e o paciente foi submetido à ventilação com bolsa-valva-máscara, oximetria de pulso e à punção venosa periférico com infusão de cristaloide (ringer lactato). Desfecho: o paciente evoluiu com aumento do nível de SatO2 para 96% durante o transporte até a chegada ao hospital de referência

SOLUÇÃO DO CENÁRIO 2 DO CASO DE EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 15

Hipótese Diagnóstica: traumatismo cranioencefálico moderado. Procedimentos: à chegada da equipe ao local, foi realizada proteção cervical e imobilização em prancha rígida, sendo administrado, na ambulância, O2 a 100% sob máscara nãoreinalante com reservatório. Para controle do sangramento, foram aplicados compressão direta e curativo compressivo, e instalado acesso venoso periférico com reposição de cristaloide.

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