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Manual de Atendimento Pré-Hospitalar

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Índice
1.7

CENÁRIO 1 DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

Filha da vítima aciona o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) relatando à TARM, que o seu pai de 47 anos, apresentou episódio de dor torácica intensa. Ao médico regulador, relata que o paciente manifestava quadro de dor precordial intensa em aperto, sem irradiação, que começou no início do dia, sendo enviada uma Unidade de Suporte Avançado.

AVALIAÇÃO DA CENA DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

Ao chegar ao endereço fornecido, a equipe certificou-se de que o ambiente não oferecia risco aos socorristas e ao paciente e que se tratava de um local seguro, sendo, portanto, iniciado o atendimento.

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

Nível de consciência: alerta A: via aérea pérvia. B: dispneico, com respiração espontânea em ar ambiente, expansão simétrica, MV presente e simétrico à ausculta, SatO2 = 90%.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

Sinais vitais: FC = 113bpm; FR = 30 irpm; PA = 120x110mmHg em membro superior direito; temperatura axilar = 36ºC. Exame físico: ritmo cardíaco irregular, em dois tempos, com bulhas normofonéticas, sem sopros.

CENÁRIO 2 DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

Solicitante aciona Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para atendimento do seu esposo, paciente de 71 anos, apresentando dor torácica intensa.

AVALIAÇÃO DA CENA DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

Ao chegar ao endereço fornecido, a equipe certificou-se de que o ambiente não oferecia risco aos socorristas e ao paciente e que se tratava de um local seguro, sendo, portanto, iniciado o atendimento.

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

Nível de consciência: alerta A: via aérea pérvia. B: expansão simétrica, MV presente e simétrico com presença de estertores pulmonares à ausculta, SatO2 = 88%. C: pulso filiforme, simétrico, irregular, mucosas descoradas, palidez cutânea.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

Sinais vitais: FC = 140bpm; FR = 32irpm; PA = 90x60mmHg em membro superior direito; temperatura axilar = 36ºC. Exame físico: ritmo cardíaco irregular, em dois tempos, com bulhas normofonéticas, sem sopros.

PONTO DE DISCUSSÃO DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

1. Qual a prioridade no atendimento desses pacientes? 2. Quais os prováveis diagnósticos? 3. Qual o papel do tempo no atendimento desses pacientes? 4. Quais as medidas terapêuticas necessárias? 5. Quais os diagnósticos diferenciais a serem considerados?

DISCUSSÃO DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

As síndromes coronarianas agudas (SCA) podem ser definidas como um conjunto de quadros clínicos compatíveis com isquemia miocárdica aguda, sendo caracterizados por eventos agudos, sobre uma placa aterosclerótica vulnerável. O espectro fisiopatológico e clínico das SCA engloba a angina instável em um dos polos; o infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCST) no polo oposto, e o infarto agudo do miocárdio sem supradesnível do segmento ST (IAMSST) numa posição intermediária. O paciente evolui em curto espaço de tempo com sinais e sintomas de isquemia progressiva.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO/COMPETÊNCIAS DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

• Identificar as manifestações clínicas sugestivas de SCA. • Diferenciar a dor torácica anginosa das demais causas. • Identificar os sinais do diagnóstico eletrocardiográfico do IAM. • Entender o papel do tempo no atendimento de um paciente com SCA. • Compreender o manejo inicial de um paciente com SCA no pré- -hospitalar. • Saber conduzir o paciente com SCA após o manejo inicial

PONTOS IMPORTANTES DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

1. As síndromes coronarianas agudas incluem a angina instável, o IAMCST e o IAMSST. 2. A prioridade no atendimento pré-hospitalar do paciente com dor torácica e diferenciar as causas anginosas das não anginosas e identificar o quadro clinico do IAM. 3. É imprescindível avaliação imediata do paciente, com história clínica direcionada, monitorização eletrocardiográfica realização de ECG em até 10 minutos. 4. O ECG constitui um instrumento importante para realizar a triagem inicial e sugerir o provável diagnostico de IAM. 5. Após o diagnóstico clínico e eletrocardiográfico, o uso dos medicamentos segue as mesmas recomendações para o atendimento hospitalar do IAM. 6. Pacientes com suspeita de IAM devem ter a sua avaliação inicial feita idealmente nos 10 primeiros minutos e devem ser submetidos ao tratamento básico exposto. 7. Se disponível hospital de referência com possibilidade de ATC em tempo <90minutos, encaminhar para ATC.

SOLUÇÃO DO CENÁRIO 1 DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

Hipótese Diagnóstica: infarto agudo do miocárdio. Procedimentos: paciente apresentava dor torácica sugestiva de SCA, sendo submetido à monitorização cardíaca e eletrocardiograma na ambulância, que evidenciou diminuição da onda T, supradesnivelamento do segmento ST em DI, aVL,V5 e V6 e bloqueio completo em ramo esquerdo (BCRE). Foi of

SOLUÇÃO DO CENÁRIO 2 DO CASO DE EMERGÊNCIAS 7

Hipótese Diagnóstica: infarto agudo do miocárdio. Procedimentos: paciente apresentava quadro clínico sugestivo de SCA, sendo encaminhado até a ambulância e submetido à monitorização cardíaca e oxigenoterapia com máscara nãoreinalante. Foi oferecido ao paciente 300mg de AAS para mastigar, enquanto se preparava a realização do GCS. O paciente evoluiu com piora do desconforto respiratório e arresponsividade. Após verificação do pulso central, a equipe iniciou massagem cardíaca e ventilação com bolsa-valva-máscara. Foi instalado o desfibrilador e prosseguiu-se com a análise do ritmo cardíaco, que mostrou atividade elétrica sem pulso (AESP), sendo realizado intubação orotraqueal e administração de adrenalina. Paciente evoluiu com fibrilação ventricular (FV) e recebeu três choques na potência máxima (360 joules) e administração de amiodarona.

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