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Manual de Atendimento Pré-Hospitalar

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Índice
1.9

CENÁRIO DO CASO DE EMERGÊNCIAS 9

O solicitante do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), filho da vítima, relatou à TARM que a paciente, de 56 anos, do sexo feminino, apresentou um quadro agudo de dispneia e mal-estar. Ao falar com o médico regulador, o filho refere que a paciente é portadora de doença renal crônica e iniciou um quadro de taquidispneia, tosse, agitação e diaforese, associado a náuseas e mal-estar geral.

AVALIAÇÃO DA CENA DO CASO DE EMERGÊNCIAS 9

Ao chegar ao endereço fornecido, a equipe certificou-se de que o ambiente não oferecia risco aos socorristas e ao paciente e que se tratava de um local seguro, sendo, portanto, iniciado o atendimento.

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO CASO DE EMERGÊNCIAS 9

Nível de consciência: responde ao estímulo verbal. A: via aérea pérvea. B: paciente taquidispneica, com uso de musculatura respiratória acessória. SpO2 =89% em ar ambiente. FR 32 irpm

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA DO CASO DE EMERGÊNCIAS 9

Sinais vitais: Pressão arterial: 190 x 120mmHg em membro superior esquerdo; Frequência cardíaca: 122 bpm; Frequência respiratória: 35 irpm; Temperatura axilar: 36,2ºC

PONTO DE DISCUSSÃO DO CASO DE EMERGÊNCIAS 9

1. Qual a forma mais adequada de conduzir inicialmente esse paciente? 2. Qual a principal hipótese diagnóstica? Quando suspeitar de tal hipótese? 3. Quais as prováveis causas que podem levar a esse quadro clínico? 4. Quais os principais diagnósticos diferenciais? 5. Quais as possíveis complicações desse paciente? E como conduzi-las?

DISCUSSÃO DO CASO DE EMERGÊNCIAS 9

O Edema Agudo de Pulmão (EAP) é uma situação de emergência caracterizada como uma síndrome clínica marcada pelo acúmulo de fluido nos espaços alveolares e intersticiais dos pulmões, que resulta em hipoxemia, aumento do trabalho respiratório, redução da complacência pulmonar e redução da relação ventilação/perfusão. A principal ferramenta diagnóstica em casos de EAP é o quadro clínico, e sua gravidade depende da quantidade de líquido acumulado nos pulmões. É importante sempre suspeitar de EAP, quando o paciente apresentar, inicialmente:

OBJETIVOS DE APRENDIZADO/COMPETÊNCIAS DO CASO DE EMERGÊNCIAS 9

• Identificar precocemente o quadro clínico inicial de EAP. • Saber reconhecer os fatores que aumentam a suspeição de EAP. • Conhecer as principais causas de EAP e os principais diagnósticos diferenciais do quadro. • Conduzir o paciente com quadro inicial ou avançado de EAP. • Reconhecer as possíveis complicações do EAP e conduzi-las prontamente

PONTOS IMPORTANTES DO CASO DE EMERGÊNCIAS 9

1. Quanto mais precoce a correção da hipoxemia, mais rapidamente ocorre melhora no quadro hemodinâmico do paciente. 2. Deve ser evitada a administração de morfina, sempre que houver suspeita de hemorragia intracraniana, asma, pneumonia crônica ou se o paciente estiver inconsciente. Além disso, PA sistólica < 90mmHg é contraindicação para o uso da droga.

SOLUÇÃO DO CENÁRIO DO CASO DE EMERGÊNCIAS 9

Hipótese Diagnóstica: edema agudo de pulmão Procedimentos: paciente apresentava quadro clínico compatível com edema agudo de pulmão, sendo submetida a monitorização com oximetria de pulso na ambulância. Foi fornecido oxigenoterapia suplementar por máscara venturi a 50%, com fluxo de O2 de 15 L/min; administrado furosemida 40mg IV e isordil 5 mg sublingual, e encaminhada ao hospital de referência da cidade.

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