É a forma mais comum das cardiomiopatias com incidência de 5-10 casos por 100.000 pessoas/ano e caracteriza-se por dilatação de um ou ambos os ventrículos associada a disfunção sistólica. Acomete predominantemente homens na faixa etária de 20 a 50 anos e é 2,5 vezes mais prevalente na raça negra. Em 50% dos casos não se identifica a etiologia da cardiomiopatia dilatada (CMD), sendo, portanto, rotulada como idiopática, mas pode ser também familiar e genética, viral e imune, alcoólica e tóxica.
A dilatação acomete mais os ventrículos do que os átrios, dando ao coração uma forma globosa e, ao mesmo tempo, certo grau de espessamento da parede ventricular. Essa alteração geométrica desloca os músculos papilares e altera o fechamento valvar atrioventricular, podendo ocasionar insuficiência tricúspide e/ou mitral. Além disso, em 50% dos pacientes encontram-se trombos intracavitários, sendo mais frequentes na região apical. Na microscopia se vê áreas extensas de fibrose intersticial e perivascular, com ilhas de infiltrado celular e necrose contrastando com áreas de hipertrofia reacional.
Pode variar desde assintomático até graus avançados de IC. O sintoma mais comum é a dispneia devido à congestão pulmonar. É geralmente acompanhada de tosse e hemoptise, associada a pequenos ou grandes esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna e até a dispneia em repouso. A redução do DC causa sudorese, fadiga, extremidades frias, tontura e síncope.
É variável dependendo do quadro clínico e do grau de IC. O portador de CMD pode apresentar alguns sintomas.
Ecocardiograma, Eletrocardiograma, Radiografia de tórax, Cintilografia miocárdica, ressonância nuclear magnética, Cateterismo cardíaco.
Atividades físicas regulares devem ser encorajadas, evitar o consumo de bebidas alcóolicas e tabagismo, pois contribuem à agressão ao miocárdio e pioram a disfunção preexistente, restrição dietética de sal e até água nos pacientes com IC avançada.
Diuréticos, Digitálicos, Vasodilatadores, Anticoagulantes, Antiarrítmicos, Betabloqueadores adrenérgicos,
A ventriculomiectomia parcial tem a finalidade de reduzir o diâmetro transverso do VE, alterando o seu formato de globoso para triangular, diminuindo a tensão parietal e melhorando a função ventricular. O marcapasso cardíaco pode ser empregado em casos graves e resistentes à terapêutica convencional, onde se observa aumento na FE e redução da cardiomegalia com melhor desempenho aos esforços.