Conhecida também como anemia de doença crônica, trata-se de uma síndrome que caracteriza anemia em pacientes com condições inflamatórias subjacentes, por exemplo, doenças neoplásicas, infecciosas (viral, bacteriana, fúngica, parasitária), doenças reumatológicas e outras situações que levem a um processo de ativação imune, uma vez que há falha da medula óssea em aumentar a eritropoiese suficientemente para compensar a menor sobrevida das hemácias.
A anemia da inflamação é a segunda causa mais frequente de anemia, sendo superada somente pela anemia ferropriva.
Doenças infecciosas ou inflamatórias agudas ou crônicas podem ser a etiologia da anemia da inflamação, incluindo tuberculose, endocardite e osteomielite.
É influenciada pela condição inflamatória subjacente que leva a liberação de citocinas (interleucinas - IL-1, IL-10-, fator de necrose tumoral - TNF-alfa) através de monócitos ativados, e liberação de interferon (IFN) beta e gama pelos linfócitos T
O paciente geralmente tem uma doença conhecida (infecções, neoplasia, doença inflamatória intestinal, renal crônica, doenças autoimunes como lúpus) ou uma doença ainda não diagnosticada e apresenta-se com anemia normocítica ao hemograma.
Devemos suspeitar de anemia da inflamação em pacientes com infecções, inflamações (na maioria das vezes crônicas) ou neoplasias malignas, que tenham anemia leve a moderada (Hb não costuma ser menor que 8 g/dL), normocítica, normocrômica, com reticulócitos normais ou pouco reduzidos. O diagnóstico é baseado em critérios clínicos e laboratoriais.
Consiste no tratamento da doença de base com o objetivo de corrigir os mecanismos envolvidos no desenvolvimento da anemia.