As anemias megaloblásticas representam um grupo de doenças caracterizadas por células hematopoiéticas com padrão morfológico diferenciado devido à deficiência de cobalamina (vitamina B12) ou folato (B9), gerando um distúrbio na replicação do DNA. Tais componentes são essenciais no metabolismo dos monocarbonos, síntese de pirimidina e purina e formação de nucleotídeos do DNA.
As várias causas de anemia megaloblástica podem ser divididas, resumidamente, entre as decorrentes da deficiência de cobalamina e as por deficiência de folato.
Na deficiência de folato temos alteração de crescimento e da maturação das células de rápida multiplicação, como as de pele, mucosa e medula óssea. O ácido fólico é amplamente distribuído em vegetais especialmente crus, com absorção jejunal. A necessidade diária corresponde de 100 a 200 microgramas com aumento para 400 microgramas na gestação
Como os estoques de cobalamina são duradouros, as manifestações clínicas podem levar mais de três anos para se estabelecerem após a instalação de um bloqueio de absorção.
O diagnóstico de deficiência de vitamina B12 é feito pela dosagem da vitamina no sangue que está comumente menor que 200 pg/mL. É frequente encontrarmos pacientes com deficiência de cobalamina, mas com níveis séricos normais por terem recebido hidratação venosa ou suplementos vitamínicos contendo complexo B.
Vitamina B12: A reposição se dá com uma injeção 1000 mcg intramuscular ao dia por uma semana, uma injeção por semana por um mês, uma ampola ao mês no primeiro ano, seguida de 1000 mcg por ano por toda a vida, a depender da etiologia da deficiência. A reposição inicial pode ser feita com cobalamina parenteral, seguida de manutenção com cobalamina oral, 1000 mcg ao dia, contínuo. Ácido fólico A deficiência de folato é tratada com ácido fólico via oral na dose de 1 a 5 mg por dia até a correção da anemia. Além da suplementação farmacológica, a correção da dieta também é essencial, aumentando a ingestão de verduras e enfatizando o não cozimento dos alimentos. A deficiência de folato é tratada com ácido fólico via oral na dose de 1 a 5 mg por dia até a correção da anemia. Além da suplementação farmacológica, a correção da dieta também é essencial, aumentando a ingestão de verduras e enfatizando o não cozimento dos alimentos.