Encefalopatias metabólicas são estados de disfunção global do cérebro induzidos por estresse sistêmico. Tendo em vista essa descrição, o tratamento de cada encefalopatia é a correção da alteração sistêmica identificada em cada paciente.
São alterações neurológicas associadas a emergências hipertensivas (pressão arterial sistólica maior ou igual a 180 mmHg e/ou pressão arterial diastólica maior ou igual a 110 mmHg com disfunção de órgão-alvo).
Hipoperfusão cerebral que resulta em lesão intraparenquimatosa. Pode ser irreversível ou deixar sequelas, como retardo mental, paralisia cerebral e epilepsia.5 Todas as manifestações clínicas são decorrentes e proporcionais à hipóxia cerebral.
Complicação frequente em pacientes com cirrose.
Acomete pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica com depuração de creatinina abaixo de 15 mL/min.
É a persistência do déficit de memória e do aprendizado associados à tríade clássica: oftalmoplegia extrínseca, ataxia e confusão mental. Desses sinais e sintomas, apenas a confusão está relacionada à demência irreversível.
O traumatismo cranioencefálico pode evoluir com hemorragias intracranianas, hematomas, dissecção vertebral ou carotídea, concussões e lesões axonais difusas. A demência pugilística é caracterizada por traumas de repetição, como em boxeadores, com efeito cumulativo.
A formação de radicais livres leva à quebra da barreira hematoencefálica e acaba danificando o parênquima cerebral. Exemplos: pesticidas, solventes, antibióticos (cefalosporinas, quinolonas, carbapenêmicos), anticonvulsivantes (lamotrigina, alprazolam, vigabatrina, topiramato e ácido valproico), álcool, cocaína, neurolépticos, aciclovir, compostos orgânicos voláteis e hidrocarbonetos.